10 produções audiovisuais serão exibidas em Festival de Cinema no Seridó

cinema em florania

PIX: 007.486.114-01

Colabore com o jornalismo independente

Nos próximos dias 9 e 10 de janeiro, quarta e quinta, a cidade de Florânia será o palco de um evento cultural no campo das artes visuais. É o 1º Festival de Cinema da cidade, um evento inédito que vai movimentar toda a comunidade da pequena cidade do Seridó Potiguar.

O Festival vai apresentar 10 produções, com vídeos de curta e média duração, dentre os quais “O resgate de Valentim na toca do cangaço” e o documentário “A família Giffoni no Seridó Potiguar”. Os vídeos serão apresentados ao ar livre, no pátio da igreja matriz, a partir das 19h, no dia 09, e das 20h no dia 10.

Todos os vídeos apresentados foram produzidos em Florânia, envolvendo atores, atrizes, personagens e técnicos da localidade. A produção do Festival está a cargo da Jota Filmes, com o suporte do Ponto de Cultura “Baú de Arte e Cultura”.

10 ANOS DE AUDIOVISUAL EM FLORÂNIA

O início das produções remonta ao ano de 2008 quando um grupo de artistas da cidade, coordenados pelo historiador Josimar Tavares, aproveitou o projeto dos pontos de cultura do então ministro do governo Lula, Gilberto Gil, e fundou o Baú de Arte e Cultura com o objetivo de fomentar as produções audiovisuais na cidade.

Esse incentivo inicial foi o suficiente para que um grupo de artistas e técnicos da cidade produzisse, já no ano de 2008, o primeiro longa metragem com o título “Feliciana e os cabaços do sertão”, uma comédia romântica que se passa no semi-árido nordestino, recheada de paixão, traição, inocência e um amor desajeitado. O longa ganhou o prêmio de melhor fotografia no Curta Nordeste, festival realizado em Natal em 2010.

Vencida as etapas da burocracia, O Baú de Arte e Cultura recebeu a chancela do Ministério da Cultura e foi contemplado com uma verba inicial, a qual foi utilizada para a aquisição de câmeras, ilhas de edição, computadores, entre outros equipamentos. A partir de 2012, as produções do grupo ganharam novos e modernos equipamentos, o que trouxe incremento e qualidade para os novos projetos.

JOTA FILMES

O sucesso do primeiro longa levou o grupo de artistas de Florânia a procurar cursos de especialização e um dos que mais seguiram esse caminho foi Jota Júnior, ator floraniense que já tinha experiência em atuação teatral. Jota Junior fez alguns cursos de produção em artes visuais, inclusive na UNP, e em 2013 montou a sua produtora, a Jota Filmes. Desde então, tem se dedicado a uma produção variada nos audiovisuais, incluindo filmes de curtas e longas metragens, vídeo clipes, filmagens comerciais, coberturas de eventos, casamentos, etc.

Em 10 anos a Jota Filmes contabiliza a produção de 30 filmes de curta e longa metragem, com destaque para “As 6 Marias”, “Zezinho e a árvore gigante”, “E se fosse o fim do mundo” e “A batalha dos delegados”. Em se tratando dos vídeos clipes, destaque para a produção de 3 vídeos do CD Opereta das Flôres, lançado em outubro de 2017, e bastante divulgados nas redes sociais: “Flores do Seridó”, “Seresteiros de Florânia” e “Ilusão Sertaneja”.

PARTICIPAÇÃO E COLABORAÇÃO

O diretor e cineasta Jota Junior, que tem registro formal na ANCINE, é o centro deste núcleo cinematográfico floraniense que conta com a participação de um grupo de artistas voluntários e comprometidos com a realização dos filmes. Dentre os principais colaboradores destacam-se Júnior Galdino, que além de ator atua também como assistente de direção, Ciszim, Nininha Silva, Hayllane, Fenelon, Célia Maria, Domingos Toscano, Mazinho, Leonardo, Kleydson, Jokaefe e Alexia, entre outros (as).

O 1º Festival de Cinema de Florânia será o ponto culminante dessa jornada de 10 anos, na qual um grupo de artistas abnegados e comprometidos driblam as parcas condições de produção para levar ao público as emoções que caracterizam e encantam na sétima arte. Esse grupo é a prova de que quando o artista coloca a arte em primeiro plano consegue transmitir ao público os bons valores da nossa cultura.

Seria Florânia a “Hollywood seridoense”? Aqueles que desejarem poderão ver de perto o trabalho desse grupo de artistas e conferir se essa definição tem algum fundamento. O convite está feito.

Sérgio Vilar

Sérgio Vilar

Jornalista com alma de boteco ao som de Belchior

WhatsApp
Telegram
Facebook
Twitter
LinkedIn

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais lidas da semana