O poemúsico Wescley Gama e o fotógrafo Állan Matson mesclaram a subjetividade amena da poesia com a dureza fatídica da fotografia documental para montar o e-book ‘fotopoemas em pandemia’. O livro pode ser conferido de graça por este link AQUI. A obra física deverá estar à venda no próximo ano.
São 36 fotografias e 28 poemas selecionados para um registro de cotidianos afetivos dos mais diversos. “O olhar do poeta e do fotógrafo se entrecruzam em hiatos difusos, levando-nos a perguntar: quem nasceu primeiro? A palavra ou a imagem? Eu, particularmente, respondo: isso realmente importa?”.
São aspas da poeta Iara Maria Carvalho, que assina a apresentação do livro. Ela ressalta a relevância da arte como “espécie de refúgio para onde o ser
humano se volta quando tudo é vazio (…)”.
“Não seria diferente nos tempos de pandemia em que vivemos neste 2020, ano que certamente ficará marcado como um dos mais emblemáticos da história dos homens e das mulheres sobre a Terra. A arte, diante de tantas ameaças aos direitos humanos fundamentais, tornou-se, agora, ainda mais necessária”.
E parte dessa premissa, como lembra Iara, o diálogo “interartístico” entre o poeta e o fotógrafo, ambos artistas e ativistas culturais de Currais Novos, Seridó potiguar.
E a poeta, também uma agente de cultura curraisnovense, conclui:
“Penso que, numa época em que o isolamento social é algo tão necessário, debruçar-se sobre um livro cuja coluna dorsal é o AFETO, é algo que nos inspira a caminhar. Sim, porque é do afeto cotidiano e de cotidianos repletos de afetividade que este livro se compõe. Percorrer essas páginas com o coração aberto é um abraço possível para o momento, e que resistirá às agruras desta época, lembrando-nos que a arte oxigena, liberta e salva, sempre.”
1 Comment
A maestria desses dois é notória à léguas.
O coração com certeza é a inspiração major dessas lentes e desses cérebros.!
PARABÉNS.!