Se o projeto do novo Mercado Público da Redinha é do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves, se quem concluiu foi Álvaro Dias, se ambos, um ou outro tem maior participação, não importa. Todos foram eleitos para nos servir e fato é: o Mercado está uma belezura.
Amplo, ventilado, agradável, prático, limpo, entre outros adjetivos que irei gastar no decorrer desse texto. É um verdadeiro colosso na paisagem bucólica da velha de Redinha. A arquitetura modernosa contrasta com a Igreja de Pedra e seu jeitão de mamute e se impõe por toda a redondeza.
Estive lá ontem (8). Movimentação boa para um fim de tarde de uma quarta-feira. E acredito que muito mais pela curiosidade em conhecer o novo espaço do que pelo Festival Gastronômico promovido até o próximo dia 30, com preços mais inflacionados, mas também com mais variedade de opções. Tem por lá caldinhos, petiscaria, espetinhos, comida de boteco, drinks…
A tradicional ginga com tapioca, patrimônio imaterial de Natal, está comercializada a R$ 20. O preço é imposto pela produção do Festival. Segundo o neto da saudosa Francisca Florêncio, único box que reconheci dos velhos quiosqueiros do Mercado, o valor deve girar entre R$ 12 e R$ 15 após o festival.
E o mais importante: nenhum dos tradicionais quiosqueiros do velho Mercado ficarão de fora, embora estejam hoje e durante um bom tempo de desenvolvimento da obra. Os 33 boxes serão preenchidos com os 15 quiosqueiros tradicionais e mais 18 comerciantes que trabalham ao redor do Mercado. Haverá ainda sete restaurantes. E o espaço se completa ainda com praça de alimentação, mirante, píer e deck para embarcações, além de varanda panorâmica.
O Mercado permanece aberto até 20h. No período em que estive, das 16h30 até umas 18h30, tocava uma música ambiente agradável. E se o píer não favorece tanto a visão do pôr do sol, o mar histórico da Redinha, que lá no século 16 assistiu caravelas francesas se aproximando, já servem de mira aprazível, tendo a Ponte de Navarro cortando a vista e mostrando o caminho onde moram, agora, o simples e o moderno em perfeita combinação.
Fotos: Sergio Vilar