O descobrimento do Brasil foi no RN, mas não foi Cabral. Foi Vespúcio.

PIX: 007.486.114-01

Colabore com o jornalismo independente

O descobridor do Brasil se chama Américo Vespúcio.

Esteve na costa norte do hoje Rio Grande do Norte em 1499 e, em decorrência, Dom Manoel, rei de Portugal, fez questão de tê-lo na esquadra de 1501, enviada para o mesmo lugar onde ele estivera, que tinha por objetivo oficializar a posse da terra descoberta e dimensioná-la.

Vespúcio era um navegador conduzido pela ciência e Dom Manoel sabia disso.

E sabia que onde ele estivera em 1499 eram terras asseguradas a Portugal pelo Tratado de Tordesilhas, aquele que dividia o mundo entre Portugal e Espanha.

E que dali, tomando rumo sul, em “derrota”, como chamavam, muita terra devia haver, como as registradas por Cabral em 1500.

Foi nesta viagem de 1501 que Américo Vespúcio constatou tratar-se de um imenso continente as terras encontradas.

Essa concepção mereceu tanta importância que deu ao Novo Mundo o nome de América.

Não o homenageamos pelo simples quesito da nacionalidade não portuguesa.

O Rio Grande do Norte deve-lhe um Memorial junto ao Marco (de Touros) no lugar onde foi chantado. Um memorial à importância dessa viagem.

É o capítulo mais fascinante – e tétrico – do início do Brasil o relato deixado por Vespúcio da cena de canibalismo que aqui se deu e que ganhou mundo, o registro Caniballis dando nome ao lugar já sabido continental, permanecendo por anos em sequências de mapas daqueles tempos de deslumbramentos com o tudo novo que dali surgia.

O Brasil foi descoberto no Rio Grande do Norte de hoje, mas não foi na viagem de Cabral, e; a nossa primeira identificação significativa em mapas foi Terra dos Canibais.

Eduardo Alexandre

Eduardo Alexandre

Jornalista, poeta e artista plástico.

WhatsApp
Telegram
Facebook
Twitter
LinkedIn

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais lidas da semana