Por Rejane Luna
Sempre serei grata a quem me deu a mão. Almir Padilha já era uma referência para mim quando fui fazer meu primeiro show em um barzinho, no bairro em que eu morava.
O convidei, mas jamais imaginei que ele iria.
Mas ele não só foi, como foi extremamente carinhoso. O som deu problema, Joaquim Garcia (meu “painho” querido) me socorreu.
E Almir surpreendentemente aguardou. Eu, uma eterna iniciante, mais iniciante ainda naquele momento, não sabia nem como agradecer tamanha generosidade e simplicidade daquele grande artista, Almir.
Caio Padilha, seu pai me ensinou naquele dia a nunca sentir inveja por um artista, muito pelo contrário. Acredito que a melhor forma de agradecê-lo foi reproduzir o que ele fez por mim, sempre que pude.
Nunca fomos amigos próximos. Isso me fez admirá-lo ainda mais, porque era generosidade gratuita, aquela “sem olhar a quem”.
Sempre que o encontrava, fazia questão de agradecer a ele pela generosidade e deixar claro o quanto eu era fã dele por tudo, pelo artista e ser humano que demonstrava ser.
É isso! Nos resta agora ficar nessa “Casinha de sapê” chamada saudade.