Isolado na a pandemia, o cantor potiguar, Hesha Roberto produziu músicas que vinha compondo nos últimos anos e não teme os temas espinhosos. “Em tempos difíceis é preciso que a arte seja uma arma. E nós estamos em guerra há uns 500 anos!”
Perguntado sobre a razão de ter escolhido a estética religiosa para um álbum sensual, ele explica: “Refleti profundamente sobre o caminho sombrio que algumas religiões estão tomando no Brasil, principalmente no que tange a questão LGBT.”
O álbum traz momentos de festa e celebração como “Festim”, “Trato”, “Meu Lugar no Céu” e “Choque de realidade”, mas também reflete as relações no sigilo de amor e ódio, que surgem desse conflito forçado, segundo o artista, entre sexualidade e religião.
Ouça Festim clicando AQUI!
“Assim como a indústria de beleza lucra quando se sente feio, o comércio da fé lucra quando você se sente culpado, e te vendem um ideal de pureza onde você, que é ‘sujo’, tem que se limpar.”, diz Hesha.
Com influências do funk, reggaeton, zouk, forró, dance music e outros ritmosm entre o latino e o pop, Festim tem um tom sagrado e profano ao mesmo tempo.
“Eu não acredito nesse Deus tóxico que fiscaliza o sexo das pessoas e enriquece charlatões. Por isso o meu álbum apresenta espiritualidade e não religião. Uma boa vibe tipo a de Jesus Cristo”, completa.
Serviço
O que: Lançamento do álbum Festim do cantor Hesha Roberto
Quando: 12/03
Onde: Plataformas digitais de distribuição de música
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