[OPINIÃO] A Cantata para os Santos Mártires emociona

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A Cantata para os Santos Mártires emociona. O espetáculo produzido pelo Governo do Estado, através da Fundação José Augusto, Secretaria Estadual de Turismo, Governo Cidadão e Banco Mundial, arrebata lágrimas por onde passa. Foi assim no bucólico Monumento dos Mártires em Uruaçú, no pátio da Igreja Matriz de São Gonçalo do Amarante e no Teatro de Cultura Popular.

Para a realização do histórico musical foi fundamental o apoio da Arquidiocese de Natal e Prefeitura Municipal de São Gonçalo do Amarante.

Ovações e aplausos ao elenco eram ouvidos em todos os momentos, vindos de multidões crescentes, estimadas em quatro mil pessoas nas apresentações ao vivo, realizadas entre 25 e 30 de outubro. Depoimentos emocionais foram dados por habitantes de São Gonçalo que sentiram a força histórica da fé retratada no musical.

Além do desempenho vigoroso do ator Igor Fortunato no papel do sanguinário (Jacó Rabi), a música e texto de Danilo Guanais e o figurino de Ricardo San Martini são personagens fortes na odisseia histórico-religiosa que reconta o massacre executado por Holandeses e Tapuias em 1645.

A trilha encaminha o espetáculo através de instrumentações, cantos e efeitos sonoros que pontuam os momentos dramáticos do episódio histórico. A adaptação do texto à música é extremamente bem executada pelos atores.

Com extrema criatividade, o figurinista Ricardo San Martini consegue recriar a indumentária de época de holandeses, nativos e índios, destacando a individualidade dos personagens através de pequenos detalhes.

A projeção Mapeada, realizada por Wilberto Amaral assessora, através de imagens, o “fundo de cena”, conferindo contexto e dramaticidade ao espetáculo.

“A Cantata para os Santos Mártires”, dirigido com precisão e qualidade por Diana Fontes, será encenada nesta sexta (3/11) às 20h no Pátio da Igreja Matriz de Canguaretama, onde está Cunhaú, local histórico de um dos massacres.

Com certeza irá emocionar e fazer emergir o mesmo sentimento de coragem, exemplo e fé revelados pelos 30 santos canonizados pelo papa Francisco no último 15 de outubro.

O espetáculo pode e dever andar mais. Rodar o país, o mundo, e quem sabe ir até a Sua Santidade para que ele próprio possa também se emocionar com este épico.

Moisés de Lima

Moisés de Lima

Músico e jornalista. Praticante das coisas búdicas. Amante do blues e da democracia, mas atualmente confinado em nome da vida.

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