Poucas coisas na vida são tão saudáveis quanto poesia. Isso do ponto de vista psico-emotivo-biológico-cognitivo. Faz bem à alma, seja ela pequena ou não.
E por esse prisma queria só deixar registrado neste humilde post o trabalho já decano do agitador cultural Aluízio Mathias em garimpar, ano após ano, a poesia potiguar.
Desde que me entendo por jornalista – e isso aconteceu já no Diário de Natal em 2004 -, Aluízio se valia da celebração do Dia da Poesia em Natal para jogar poemas num encarte especial junto ao jornal.
O velho DN fechou as portas e Aluízio abriu outra janela. Migrou seu trabalho de garimpeiro para a Tribuna do Norte. E lá estava ele, no 14 de março, espalhando o encarte pelas ruas do Centro e outros points de comemoração da data.
Este ano dei uma conferida rápida na programação noturna montada pela Fundação José Augusto. Mal cheguei e Aluízio me entregou sua Folha Poética. Desta vez em formato mesmo de revista, com diagramação simples, mas charmosa.
São nada menos que 116 poemas publicados nesta edição. Não fosse a homenagem a Ferreira Itajubá e Jorge Fernandes na primeira página, cada um com dois poemas, diria que são 116 de 116 poetas diferentes.
Agora contabilize aí mais de dez nos de Folha Poética, o quanto de poemas de poetas muitas vezes desconhecidos estão publicados, registrados. E o quão isso é saudável, como disse no primeiro parágrafo.
Até tentei contato com o cabra, pelo face, para ter mais números desse trabalho. Não consegui. Mas tanto faz. A ideia deste texto não se pretende matéria jornalística cheia de dados, mas tão somente um registro humilde da contribuição de Aluízio para nosso Dia da Poesia.
Se na poesia tudo cabe, como costumam dizer, na poesia Aluízio tenta colocar todos, até não caber mais. Próximo ano tem mais uma centena, porque Natal, as esquinas crescem e os cantos do jornal já somem.