A simbologia da pipoca bokus no discurso da governadora na Fiern

fatima bezerra e a pipoca bokus

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A governadora Fátima Bezerra assinou hoje a renovação de quatro contratos do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Industrial do Rio Grande do Norte, o Proadi, durante a primeira reunião ordinária do ano promovida em um apertado auditório da Fiern.

Para além do discurso do ajuste fiscal e da herdada situação financeira calamitosa do Estado, chamou atenção àqueles atentos aos pormenores, um barulho paralelo à voz da governadora. É que em cada mesa de empresários, autoridades e imprensa, foi colocado um saquinho de pipoca boku’s.

Saquinhos de pipoca boku’s são populares no Brasil. Salgadinho de milho e conservantes vendidos por algumas poucas moedas. Uma ideia genial e milionária de um imigrante japonês. Há umas boas décadas, ele implantou a primeira fábrica em Olinda, Pernambuco, e a segunda foi em nossa Macaíba potiguar.

A Nippon Indústria e Comércio de Alimentos, responsável pela famigerada pipoca, foi uma das quatro empresas de contrato renovado com o Proadi. E ali, à mesa de cada um, estava essa marca nordestina e popular, de contrato renovado com incentivo do Estado e marketing construído, com bocas cheias de pipoca, barulho de saco mexido por horas e imagens na imprensa.

E a governadora não deixou por menos. Na sua simplicidade característica, que dois anos atrás arrancou uma lasca de galeto em plena bancada do Senado Federal, ao terminar seu discurso se ocupou com um saquinho de pipoca boku’s para acompanhar a explanação do titular da Seplan, Aldemir Freire.

E lá estava a chefe do Executivo, de boku’s na mão sendo clicada pela imprensa e dando o seu recado de forma indireta: neste Estado se vive momentos de “economia de guerra”, de austeridade fiscal e algumas simbologias que mostram que o governo também faz sua parte, seja com contenção de gastos ou trocando um filé por pipoca.

 

FOTOS na Fiern: Daniel Herrera (capa) e Elisa Elsie (foto interna)

FOTO no Senado: André Dusek/Estadão

Sérgio Vilar

Sérgio Vilar

Jornalista com alma de boteco ao som de Belchior

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