O que é que se faz quando você curte Devo, Kraftwerk, Prodigy, Faithless, Skrillex, Daft Punk e mais uma porção de referências eletrônicas, mas na rádio da sua cidade só toca forró, brega e axé?
MISTURE TUDO!
Album Calango Elétrico: uma Homenagem a música nativa de Natal
https://open.spotify.com/album/2Nzw45Wn5ISHc1KXMVG4TE
Em Natal Potyx frequentava os bailes e baladas como um típico nativo, o forró, o brega e o Samba – Reggae oriundo da África e difundido pela música Baiana dominavam as ondas de rádio da cidade, bem como as aparelhagens e bandas de baile da região, marcando assim seu DNA musical para sempre.
Produtor e artista independente
Sempre na busca pela diversidade musical, Potyx utiliza fusões e desconstruções sonoras combinadas com tecnologia e diversas linguagens da música eletrônica, buscando manter um diálogo intenso com suas raízes e com outros estilos contemporâneos como o Jazz, soul, rock e reggae.
Engenheiro de som e multi-instrumentista, Potyx usa e abusa de beats, percussões, guitarras e Synths nas suas produções, Potyx acredita na miscigenação musical, combinando estilos e ideias para formar sua identidade.
Trajetória
Potyx, nasceu em Natal. Começou um pouco tarde na música, aos 15 anos de idade, quando seu pai lhe deu um teclado Casio CS-10 de presente.
Em sua casa havia grande circulação de artistas e músicos da MPB que eram amigos do seu pai, um amante de música e empresário artístico nas horas vagas.
Entre os nomes mais emblemáticos, saltava aos olhos o polêmico e controvertido Wilson Simonal, que passou grandes temporadas em sua casa durante os muitos anos de perseguição e ostracismo que o cantor sofreu. Foi com ele que Potyx aprendeu e tocou seu primeiro standard de jazz.
Já nas suas primeiras notas musicais fez parte da formação icônica da banda de heavy metal potiguar Deadly Fate. Depois sob a tutela dos mestres locais Manoca Barreto e Waldemar Ernesto, mergulhou no Jazz e na Bossa Nova.
Mais para frente, na época universitária, descobriu o Reggae e o Dub. Estes dois últimos estilos viraram uma marca forte nas suas criações.
Depois foi para São Paulo com uma trupe de músicos (Croskill/Zorazero) tentar a sorte, cursou engenharia de som e começou a trabalhar em produção de áudio para publicidade e comunicação passando pelas principais produtoras do país firmando-se como grande profissional da área.
Nesta época descobriu a música eletrônica, seus recursos e possibilidades infinitas, tornando-se o pilar central do seu som.
Projetos e colaborações
Trabalhando a mais de 20 anos na produção de áudio para publicidade e comunicação, Potyx dividiu palcos e estúdios com nomes importantes do mainstream e do underground.
Sempre colaborando fortemente no cenário da música, em especial na cena independente onde pode desenvolver inúmeros projetos, grandes parcerias e colaborações.
Eis aqui algumas delas.
Mulheres Fora da Caixa. https://open.spotify.com/album/5pZ1IvF7frKzh3wlLuEdx2
Programa de entrevistas e clipes musicais que homenageavam mulheres que estiveram a frente do seu tempo e romperam paradigmas.
Diversas artistas da cena alternativa engajadas no feminismo passaram pelo programa: Luiza Lian, Luana Hansen, Nina Oliveira, Sara Ñ Tem Nome, Larissa Baq, Lara Aufranc, Laya Layá, Tika e Camila Garófalo que foi a apresentadora do programa.
Machine Rock Orchestra. https://open.spotify.com/artist/44ROHgqfbFGaMI4Qp8mDfv
Projeto experimental que teve o apoio da 89 FM e reuniu intérpretes, instrumentistas, produtores e Djs de várias cenas musicais.
A ideia era transgredir e oferecer novos caminhos para sucessos consagrados.
Rock, soul, percussões de várias partes do mundo e mais um mix de influências, guiadas pela música eletrônica com diversas técnicas de produção.
Chicoantrônic Emboladub. https://open.spotify.com/artist/0JVqxCcJAZMJueu5flnYJ8
projeto é uma releitura do coco embolada, ritmo tradicional nordestino do começo do século passado, remixado nas mais distantes referências da música eletrônica e do rock experimental.
Inspirado em Chico Antônio, o maior embolador de coco de todos os tempos que foi descoberto por Mário de Andrade e citado em seus livros, Chico Antônio é uma das referências mais antigas da música Potiguar.
LINKS.
https://www.youtube.com/channel/UC16AgGWfFg1DnTvtMs9nByg?disable_polymer=true