É um sopro de brisa na escassez do vento.
Uma luz de lamparina no fogão sem lenha.
Um cantar da mãe-da-lua no silêncio da madrugada.
Um ranger de carro de boi, após a morte dos bois.
Um olhar de incômodo na cegueira do tempo.
Uma pirralha que ralha e incomoda o canalha.
Um desassossego tão novo futuca o sossego dos velhos.
Um rosto suave incomoda o focinho da pústula.
Uma casca de vida chafurda a ferida do pus.
Não foi lagarta, nem morou no casulo,
É borboleta nascida no coito da paz.
Uma menina da idade da terra, faz-se Universo mais velha que ele.
E brilha e brilha… estrela cadente.