O curta gravado no Rio Grande do Norte é vencedor do Prêmio Canal+ no Festival Internacional de Curta-Metragem de Clermont-Ferrand, na França.
Após sua estreia no Festival de Cannes, onde concorreu à Palma de Ouro como melhor curta, “Sideral” tem ganhado notoriedade nos festivais por onde passa.
O filme foi agraciado com o prêmio de aquisição do Canal+, um dos maiores grupos audiovisuais europeus, na 44ª edição do Festival Internacional de Curta-Metragem de Clermont-Ferrand, o mais renomado evento de curtas-metragens do mundo.
“Sideral” é uma produção do Rio Grande do Norte, todo rodado no estado e com elenco potiguar. O filme narra a expectativa de uma família sobre o lançamento do primeiro foguete tripulado brasileiro na Base Aérea de Natal.
O curta foi escrito e dirigido por Carlos Segundo, professor do curso de Audiovisual da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. É uma coprodução internacional entre as empresas brasileiras Casa da Praia Filmes e O Sopro do Tempo e a francesa Les Valseurs.
Recepção da Crítica Nacional
“Sideral” também tem sido bem acolhido pela crítica nacional. O filme concorreu ao Prêmio Abraccine 2021 na categoria de Melhor Curta-Metragem Brasileiro. A Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) tem desde 2013 selecionado os melhores filmes do país.
Segundo Pedro Fiuza, produtor do filme, afirma: “depois de Cannes, ‘Sideral’ já fez um primeiro semestre incrível, com mais de trinta festivais em quinze países e nove estados brasileiros, além de dezessete prêmios. Já temos inclusive festivais e prêmios qualificadores de Oscar, que nos permitem enviar o filme para a premiação”.
Além disso, Pedro nos conta que o filme “também tem sido muito bem recebido tanto pelo público como pela crítica, com ótimos retornos sobre a obra e a indicação da Abraccine além do prêmio de Melhor Filme Potiguar pela ACCiRN”.
Sideral foi escolhido pela Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Norte (ACCiRN) como melhor filme potiguar de 2021. Para Tatiana Lima, presidenta da associação, “a produção cultural potiguar passou por um período muito duro em função da pandemia da covid-19 e da crise econômica que abalou fortemente o setor. Mas a criação de editais de emergência, como os da Lei Aldir Blanc, contribuiu para oxigenar a produção de filmes locais, que efervesceu na pandemia. Sideral é um reflexo disso e do amadurecimento artístico de seu diretor, Carlos Segundo”.
Segundo a presidenta, a disputa não foi fácil: “E para a eleição de melhor curta potiguar de 2021 o filme contou com fortes concorrentes, que foram vistos nos inúmeros festivais de que participamos”. “Sideral não é uma gota em um oceano, mas fruto de um contexto que uniu criatividade, trabalho e incentivo”, afirma Tatiana.
Bons ventos pro cinema potiguar
O curta “Vai Melhorar”, vencedor do prêmio ACCiRN em 2020 e também assinado pela produtora potiguar Casa da Praia Filmes, é outro filme que tem se destacado no cenário nacional e internacional. A narrativa tem como trama os bastidores de uma eleição e continua atual, dois anos depois de sua estreia justamente por alcançar duas campanhas políticas nesse período.
Dirigido por Pedro Fiuza, o filme já conquistou 30 prêmios nacionais e internacionais desde que foi lançado em 2020. Também já atingiu o número de mais de 50 festivais em todo o mundo, chegando em países como Estados Unidos, Inglaterra, Portugal, Romênia e Coreia do Sul. O filme que também foi indicado a Melhor Curta-metragem Ficção no 20º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, estreia no próximo mês no Canal Curta!.