Sample Hate mergulha num nordeste psicodélico sem estereótipos

Nordeste Psicodélico

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Após o lançamento de 18 singles e do EP “O Novo Nordeste Psicodélico Volume I” (2022) – que levou os potiguares do Sample Hate à indicação ao Prêmio da Música Brasileira no Theatro Municipal do Rio de Janeiro – a banda lança agora o Volume II, representando um epílogo da proposta inaugurada no primeiro EP.

O Novo Nordeste Psicodélico Volume II é a continuidade da fuga de vários estereótipos – temáticos, timbrísticos e estéticos – muitas vezes atrelados ao universo da música regional nordestina. Buscamos, assim, a apresentação de um nordeste diferente, já perceptível na arte da capa desenvolvida pelo artista Daniel Nec.

O nordeste defendido no trabalho é de caráter urbano e cosmopolita. Não cabe falar em símbolos e códigos estereotipados e desgastados. O Novo Nordeste Psicodélico apresenta um nordeste onde pode-se cantar em inglês ou francês, por exemplo; onde o acordeon pode fundir-se a sintetizadores e guitarras; onde “O Guarani”, de Carlos Gomes, empodera-se com seu tema reorganizado sobre recortes eletrônicos e caóticos; onde rabecas sampleadas flutuam melodias acima de beats eletrônicos sincopados. Em um mesmo caldeirão musical, fundem-se violões, guitarras, synths, contrabaixos, bandolins, cavaquinhos, samples, a sabedoria de Ailton Krenak, clarinetas, sanfonas e naipes percussivos, cânticos indianos, poesia, William Blake, movimento armorial, Sidarta Ribeiro, Age of Aquarius, Jorge Amado, Tom Zé, Belchior, Caetano e Djavan.

Para baixar o álbum, clique AQUI

A banda menciona recortes de espaços e tempos que constituem suas vidas e identidades potiguares. O nordeste é uma cidade que se espalha meio às dunas e ao lixo; mergulhados na incessante contradição entre as belezas naturais e os esgotos que as castigam. “Tentamos, por nossa expressão artística, dissolver barreiras e restrições estéticas, purismos e protecionismos culturais”.

A cultura é, por natureza, indissociável do caráter da transmutação, da apropriação, da modificação e da liberdade. Mesmo as mais antigas manifestações humanas não se sustentam em pedestais cristalizados e inalcançáveis. A cultura se sustenta na experiência.

Redação

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