Poeta abre pré-venda virtual de novo livro para ajudar custos em tempos de crise

thiago medeiros

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O poeta potiguar Thiago Medeiros, artista autônomo e um dos idealizadores do Sarau Insurgências Poéticas, é mais uma vítima do setor cultural paralisado pelas restrições impostas pelo combate ao Covid-19. Mas quem quiser tem a chance de ajudar e de maneira bem fácil.

Thiago está com seu segundo e mais novo livro prontinho. Estava agendado lançamento até o estouro da pandemia. Mas se você quiser pode adquiri-lo, ler ótimos poemas e ajudar um artista nesses tempos difíceis. Clique AQUI, veja mais sobre o livro e saiba como adquiri-lo.

Em “ARDÊNCIA”, Thiago apresenta versos que passeiam entre a redescoberta do amor e suas libertações, resistência e coragem para reexistir em dias não tão fáceis e tão pouco simples. O autor abre seu corpo, sua vida e seus sentimentos para refletir sobre planos de fuga de arder e sarar. Abre também cortes entre a rotina e o pensamento sobre o amor e suas profundidades.

Mais abaixo, seu lamento postado no facebook:

“Os tempos para os trabalhadores autônomos e individuais como eu, como os meus companheir@s de insurgências poéticas, como carlota, clara, cecilia, meysa e mais uma lista interminável de trabalhadores que estão desesperados sem saber como vencer uma pandemia e as contas para pagar que chegam como se não houvesse amanhã.
todas nós perdemos agendas, trabalhos que suadamente nos dariam um trocado para dar garantia e minimamente driblar os leões que aparecem com a mínima dignidade, dignidade de trabalhadores e trabalhadoras.

poderia me manter firme acreditando em um milagre nos dias que virão, uma semana se passou. os medos cresceram, as contas chegando, as lágrimas já não dão mais resultado, os longos áudios para a família, para os amigos mais próximos, para o psicólogo não estão dando esperança.

desculpem amigos e amigas a quem tenho perturbado e, muitas vezes, recebido silêncio que não sei se é melhor do que as respostas agressivas que tenho recebido de alguns. acreditem que quando o desespero bate na porta e um vírus quer entrar pela janela não sei se tem que segure a sanidade e mantenha firme o desejo de resistir.

nesse domingo o único desejo é de desistir mesmo. não pelo externo, mas pelos fracassos seguidos. eu sei que têm muito do capitalismo dentro da minha angústia. mas já não sei mais o que fazer, como fazer para dizer para as pessoas que acho que meu trabalho importa, que os trabalhos das amigas importam. em menos de 4 anos nossa classe trabalhadora tá na linha de frente toda hora, vendo ministério acabar, editais acabar e sempre o mesmo adjetivo em letras garrafais: VAGABUNDO.

não sei mais o que dizer ou como sensibilizar o pedido de que por favor, compartilhem a pré-venda do livro, as artesanias dos artesãos e artesãs da cidade, de que nós precisamos de vocês, assim como vocês dizem que precisam da arte para sobreviver. nós precisamos desse retroalimento para que nossos trabalhos permaneçam vivos, para que nós permaneçamos vivas.

com 10,00 você pode colaborar com a campanha do livro, com apenas um clique você pode compartilhar ela nas suas redes.

pelo amor de todas as deusas e deuses que vocês acreditam, a você trabalhador de outra classe que pode colaborar, nos faça acreditar que existe solidariedade, nos ajude a acreditar na gente mesmo.

perdão pela lamentação, hoje não tá dando.”

Sérgio Vilar

Sérgio Vilar

Jornalista com alma de boteco ao som de Belchior

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