Por Hudson Lima
Sempre um aprazado dia chega e nos traz a lembrança do que ganhamos por estarmos vivos, é hora de agradecer a presente futura noite sombria e misteriosa. Adormecer sonhos improváveis, feito neve no deserto; colorindo a árida paisagem trazida da memória dos encantamentos. Revelar segredos e manifestar todo desejado primeiro encontro, como se fosse o único derradeiro sentido, em vagas linhas que se preenchem ao desenhar a rota do bem querer. Sentimentos deixados à luz do pleno sol da tarde, banhado, desejado e depois negado como fazem os casais amantes afugentados depois de uma tarde traidora. Amor sem trégua, limitado na imensidão de um oceano no que resta de vida plena de alegria. Quando foi seu último desejo pelas madrugadas insones? As infinitas linhas sem conteúdo nem resposta, sem negação, talvez por medo de não bastar em si a declaração do que não faz mais sentido, por uma ávida bandida desapaixonada vida de sentires e saudades, faz-se noite vazia e entorpecida pelos desencontros todos desconstruídos pela falta do abraço carinhoso que já não podem aplacar a vontade de querer ser o próximo amante. Faz frio na noite findante avalanches de beijos na desesperada tarde do amor bandido que não se apaga.
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Boa!