ISSO É TUDO O QUE EU VEJO
Vejo o sorriso,
de uma criança que brinca descalço
feliz por morar na favela.
Vejo a lágrima,
de um injustiçado, cativo
que sofre atrás de uma cela.
Vejo o amor,
no abraço quente e carinhoso
de um filho e seu pai.
Vejo a ódio,
de uma arma que dispara
e mais uma vida que se vai.
Vejo a fartura,
de uma família à mesa
ao fazer a refeição.
Vejo a fome e a miséria,
de uma mãe e seus filhos na rua
sofrendo, pedindo pão.
Vejo ações humanitárias,
e nações distintas
apertam as mãos.
Vejo as guerras e os conflitos,
nações destruídas
esqueceram a paz e a compaixão.
Vejo a vida,
de um novo ser humano
nascendo em uma sala de parto.
Vejo a morte,
de um jovem inconformado
que se atirou da janela do quarto.
Queria apenas escrever
coisas felizes e belas,
mas daqui da minha janela,
isso é tudo o que eu vejo.
(Erick Barros)