Para amanhecer poesia de Artur Guimarães

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REDINHARES

Longe de ti meus pulmões padecem de maresia e firmamento.

De manhã é sol, brisa, assobios, cana, caju, ginga e tapioca.

No almoço cioba, cavala ou serra fritado no óleo, tomate e cebola.

Suco de umbu, caju ou graviola. Coco, cerveja e cocada.

 

Açaí não é daqui, por favor leve para longe de mim.

 

Caminhada partindo do mercado, praiando, conversando e andando.

É sol na moleira, picolé de caicó e pensar doideras.

Lembro dos bêbados espirituais: Chimbal, Babau, Cícero Bucha e Serginho.

É passinho e vou passeando pelas ruas: Cruzeiro, Beberibe, Bauru e Guimarães.

 

Encontro no youtube o canal Árvore de Cordel rimando Redinhares e mares ancestrais.

Rio Doce lhe partiram ao meio, lhe encontro cancioneiro buscando o mar.

Descanso no posto salva vidas, não é mais velha é nova a subida.

Padeço de cansaço, decido boiar em nossas águas, descanso e flutuo na beirada.

 

Redinha dos meus amores és uma malhada, você é Redinhares sua danada!

Sigo cantando Litorânea e beiradas, é Aquário, casas e mulungos.

Brisa da tarde na Verdes Mares, atrás do Portal já operei milagres.

(Artur Guimarães)

Redação

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