O concerto “sem chumbo nos pés” novo projeto musical do paraibano Naldinho Freire, intitulado a partir da canção “Pássaros”, parceria com Pedro Osmar do grupo Jaguaribe Carne, propõe um diálogo entre a canção e elementos da música eletrônica. E esse novo show tem agenda em Natal a partir desta terça-feira com uma roda de diálogos na Escola de Música da UFRN e ainda apresentações em quatro casas da cidade: Bardallos, Teatro de Cultura Popular, Resistência Cervejaria e Porão das Artes (Pium).
“Todo artista é um pássaro”, afirma Naldinho. “E creio que nós precisamos dessas asas que nos levam a criar. O mundo é um espaço com seus pesos e cabe-nos fazer florescer a essência da leveza, pois, as artes nos abrem os olhos, a mente e o coração. É disso que estou a tratar, marcado pelo momento pessoal e afetivo, mas também pelo contexto político que estamos vivendo.”
Sem chumbo nos pés
Com direção musical de Marcel Barretto, “sem chumbo nos pés” tem o violão como o instrumento norteador para melodias e textos das canções, com participações de Chico César, Pinduca, Mario Lucio, Ana de Holanda, Manuel di Candinho, Pedro Osmar, Adeildo Vieira, James Tha Costa, Glaucia Lima, Déa Limeira, Antonio Ronaldo, Natália Matos, Camila Honda, Pedro Vianna, Gláfira, Andrea Silveira, Dan Bordallo, Beá Santos, Lucas Torres, Gabriel Freire, e outros.
Estão no repertório as canções “Biruta” – Naldinho Freire e Lau Siqueira, “Surreal” – Naldinho Freire/ Kelcy Ferreira, Pretty Down – Mario Lucio, Trova de Madeira e Cordas – Naldinho Freire/ Ubirajara Almeida, entre outras, que estabelecem laços entre seus fazedores e o público que também é partícipe do espetáculo.
“Construir conexões é a melhor forma de estar em todos os lugares ao mesmo tempo, ainda que simbolicamente. A arte nos proporciona essa vivência. Minhas raízes têm um pouquinho de cada lugar, são base para o meu trabalho e me fazem sem chumbo nos pés” Naldinho Freire.
Naldinho Freire
Afora o extenso trabalho musical focado na oralidade e raízes nordestinas, Naldinho Freire também tem experiência em gestão de políticas públicas direcionadas à cultura. Ele foi o representante da Fundação Nacional de Artes (Funarte) para o Norte e Nordeste de 2011 a 2017.