“Serei uma autora best-seller. (…) Vou encontrar o caminho para fazer isso. Faça acontecer! Meus livros serão lidos por milhões de pessoas!”
Assim profetizou a autora do livro adotado para leitura e discussão do Leias Mulheres deste mês. Sim, o projeto inicia 2018 com essa coisa toda que é o “Kindred – laços de sangue”, de Octavia E. Butler.
Octavia Estelle Butler, mais conhecida por Octavia Butler, foi uma escritora afro-americana consagrada por seus livros de ficção científica feminista e por inserir a questão do preconceito e do racismo em suas histórias.
Neste livro em questão, Octavia conta a história de Dana, mulher negra que vive em 1976 – então livre -, e que frequentemente volta no tempo dos seus antepassados, primeiro a 1815, em um Estados Unidos cuja escravidão ainda era presente em vários estados, e vivencia lá tudo o que é até difícil imaginar.
Bem: mulher e negra em 1815 de escravidão – com esse pano de fundo, é impossível conter a angústia.
Mas sem spoilers por hora, a discussão aprofundada sobre o livro acontece dia 20/01 (sábado), às 14h30, no Parque das Dunas, em Tirol. Cangas, almofadas e lanchinhos são bem-vindos
SOBRE O LEIA MULHERES
Num breve resumo da trajetória do projeto, o Leia Mulheres nasceu em 2014 quando a escritora e ilustradora britânica Joanna Walsh propôs o projeto #readwomen2014, originalmente, com a ideia de empoderar as mulheres e aliar-se na luta pela sobrevivência no mercado editorial, onde predomina o sexo masculino.
A ideia foi disseminada para outros países e chegou ao Brasil com a consultora de marketing Juliana Gomes, a jornalista Juliana Leuenroth e a transcritora Michelle Henriques, que iniciaram o clube de leitura em São Paulo. Depois disso, Porto Alegre, Brasília, Rio de Janeiro, Fortaleza, Curitiba, Recife e Natal. E aqui no RN, o clube de leitura chegou, também, em Parnamirim e Assu.
A proposta do Leia Mulheres é trazer os escritos femininos, nacionais ou estrangeiros, e o seu universo para mais perto dos leitores. Em Natal, o projeto foi iniciado e é medidado por Maíra Dal´Maz, Isabela Helena e Danielle Sousa e já dura mais de um ano. Parnamirim e Assu também promovem o Leia Mulheres.