Coletivo de atores mobiliza bairro de Felipe Camarão com oficinas de formação teatral

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Durante os primeiros meses do ano de 2024, o projeto “Dramaturgias do meu bairro: Territórios imagéticos em disputa” será realizado para a comunidade de Felipe Camarão, na Zona Oeste de Natal, e interessados de outras localidades.

O projeto, aprovado na Lei Paulo Gustavo de apoio às demais áreas culturais, se estrutura na realização de um ciclo composto por cinco oficinas, onde o território do bairro será o grande difusor na conceitualização teórica e metodologia prática, aproximando, nestes movimentos, o olhar para a realidade social e o ensino em teatro.

A primeira entre as cinco oficinas aconteceu dias 08 e 09. Para as demais oficinas, as inscrições estão sendo realizadas de forma online, através de um formulário disponível no link da bio do coletivo (@coletivoagente). Ao todo, estão sendo oferecidas 20 vagas por oficina, com direito a certificado.

O projeto, de forma voluntária, nasceu sob caráter experimental, onde, os próprios integrantes do Coletivo A Gente e arte-educadores convidados mediaram momentos de prática teatral para os jovens residentes do bairro de Felipe Camarão.

Em 2023, este projeto piloto culminou em um processo de criação artística. A perspectiva, dessa vez, focaliza sua potência na experiência da formação. Para isso, cinco relevantes nomes do ensino em teatro de Natal e do Brasil foram convidados a estarem à frente das oficinas, entre os nomes, temos Jhoao Junnior, Makarios Maia, João Alexandre Lima, Melissa Lopes e Karyne Coutinho. Cada oficina terá uma carga horária de 8h, completando, portanto, um total de 40h de curso.

Francisco Silva, um dos fundadores do Coletivo A Gente e graduando no curso de Licenciatura em Teatro da UFRN, reflete sobre a trajetória do projeto, que, agora em 2024, com recursos da Lei Paulo Gustavo, se reinventa com uma nova dinâmica:

“Quando pensamos nas oficinas, no início de 2023, tínhamos como objetivo fazer a interlocução entre quem conseguiu o acesso à universidade, o que é o meu caso, para a comunidade de Felipe Camarão. Isso, na perspectiva do ensino de teatro e suas vertentes. Desde então, vimos transpassando os conhecimentos adquiridos dentro da academia para os moradores do bairro. O projeto se tornou então um espaço de experimentação, onde quem nunca pôde experienciar essas vivências pudesse ter contato direto com as diversas formas de se fazer teatro.”.

Ao longo do ano de 2023, os cinco fundadores do Coletivo A Gente, Alisson Lima, Erica Belizia, Francisco Silva, Nirlando Messias e Raphael Soares, vivenciaram uma experiência híbrida voltada para orientações artístico-pedagógicas. Mediando estes momentos, o ator e diretor teatral Jhoao Junnior.

Rompendo as barreiras geográficas entre a cidade do Natal e São Paulo, os artistas e o arte-educador se encontravam em imersões presenciais e reuniões online. As provocações deste renomado nome do teatro potiguar, que tanto nos representa em outras cidades brasileiras, foram fundamentais na construção do que o Coletivo A Gente vem se tornando.

A idealização do projeto “Dramaturgias do meu bairro: Territórios imagéticos em disputa”, “Obompó-Ropongá, as árvores contadoras de histórias” e “Lambe-Camarão: galeria de praça” são frutos que desabrocharam da parceria entre a mente do potiguar e os quereres dos jovens artistas. Neste percurso, questões que visibilizam a realidade do território de Felipe Camarão e de seus moradores estão sempre à tona.

Jhoao Junnior já desenvolve pesquisas que encaram o território, histórias de vida e memória social como potências dramatúrgicas e criativas. Enquanto idealizador do projeto, comenta: “A ação nasce do desejo de olhar para as composições e arranjos comunitários das periferias desse país a partir da força do modo de vida dos moradores de territórios periféricos. Para isso, temos o teatro como linguagem artística de relação entre as histórias de vida de moradores, da memória social e dos modos de ocupação do espaço urbano do bairro de Felipe Camarão. Me junto ao Coletivo A Gente, formado por jovens artistas moradores do bairro, para pensarmos e praticarmos um teatro que entenda a potência da periferia enquanto tecnologia social e articulação comunitária.”.

Link para inscrição: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSep5YPQtC250pGLUuAzIXImm7rElRiKusVMnbBNf-AbFiQQLw/viewform?usp=sf_link

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O projeto “Dramaturgias do meu bairro: Territórios imagéticos em disputa” tem idealização de Jhoao Junnior, junto ao Coletivo A Gente, e conta com patrocínio do Governo Federal, Prefeitura do Natal e Ministério da Cultura, através da Lei Paulo Gustavo de apoio às demais áreas culturais.

Redação

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