O sucesso de Potyguara Bardo no eixo Rio-São Paulo continua crescente. Prova disso foi o elogiado show na Casa Natura, prestigiada casa de espetáculos da capital paulista, no último fim de semana, além do anúncio da estrela pop potiguar como escolhida para abrir o show do inglês e um dos grandes nomes da música internacional contemporânea, Mika.
Os shows fazem parte do Queremos, um dos mais importantes festivais do país e acontecem no próximo dia 5 de abril no antológico espaço cultural carioca, o Circo Voador, palco de shows memoráveis da música nacional e de peças de teatro, embora seu lugar de origem tenha sido no Arpoador, no início da década de 80.
Potyguara Bardo
Potyguara Bardo é um drag queen cantor, compositor e ator. Seu disco mais recente é “Simulacre”, lançado pela gravadora Dosol e distribuido pela ONErpm.
Assim como muitas drags mais jovens, Potyguara se inspirou em RuPaul’s Drag Race e ali enxergou uma forma de, sem amarras, mostrar sua arte.
“Percebi que era uma plataforma na qual poderia exercer todas as minhas facetas artísticas. Eu me dirigiria e escreveria para mim mesmo e atuaria aquelas falas que eu mesmo escrevi,” completa.
Seu nome artístico vem em parte do livro A Experiência Psicodélica, de Timothy Leary. Nele, o autor se baseia no O Livro Tibetano dos Mortos, usado cerimonialmente em rituais fúnebres do budismo do Tibete há séculos. Ali, a artista se deparou com o termo “bardo”, que são estágios da experiência psicodélica, e percebeu que a descrição daquele primeiro estágio se parecia muito com uma experiência psicodélica que havia tido anteriormente.
“Foi algo incrível e aí eu senti que precisava falar sobre essa morte do ego”. Já o Potyguara está relacionado com o Rio Grande do Norte, local no qual nasceu. O nome vem do grupo indígena brasileiro que desde o século XVI habita trechos do litoral do Nordeste.