… “Nada podeis contra a carícia da espuma”/ disse aquele que chamei de o “barbeiro de Lisboa”,/ Eugênio gênio de Andrade./
Quando ouvi de um bêbado/ que a solidão era um luxo/ esnobei./ Tempos de fugas e multidões./
Não fujo mais/ ou fujo de agrupamentos e seitas./ Continuo encantado com as multidões./ Aquelas que cultivam hortas de liberdade./ As mais loucas,/ que a loucura é o alimento da luz.
Nos bares, prefiro-os cheios./ Desconhecidos, de preferência./ A menos que lá estejam Giovana, Felipe, Mariana, Leonardo./ Pela ordem de chegada./ Não no bar,/ na vida. E todos os agregados/ por eles carregados.
A solidão rega plantas,/ fermenta cerveja,/ estuda gestos,/ conhece o silêncio./
E faz barulho/ quando o calar é cumplicidade/ com a estupidez.