CABALA
Quando arqueio as costas
vibro igual violino
e mesmo as amarras
mordaças e estacas
não me bastam.
A voz, a tua, arrepia
as porcelanas, os quadros
e estremeço
onde o corpo de contrai.
Meu horror é teu mandamento
consentido em meu corpo inteiro.
Se preciso eu uivo, sibilo
acendo tua vela, teu pavio, tua adaga
porque és armadilha de cilício
no meu ventre.