Para Izala Sarah
Os últimos dias de 2022 foram marcados por algumas surpresas, reencontros, passeios, samba, cerveja, praia, abraços, sorrisos. E foi pensando nesse período festivo e em todas as alegrias experimentadas nele que cheguei a uma conclusão: desejo que 2023 seja exatamente assim, cheio de afetos, música, bons papos, livros, café, amigos, viagens. Quero, principalmente, que em 2023 não me falte o bom e velho samba e aquela praia em dia de sol, com direito a banho de mar, água de coco e ginga com tapioca. Aliás, essa será a tônica para este novo ano e suas inúmeras possibilidades de felicidade. Que assim seja.
Se existe uma receita de Ano-novo, por assim dizer, a minha será esta: samba, literatura e praia. Esses três ingredientes não poderão faltar ao novo ano que se inicia e com ele traz a esperança de dias melhores e a certeza de que temos coisas novas por viver. Isso inclui o amor e a amizade, ingredientes que não podem faltar a uma receita de vida mais leve/saudável, cheia de afeto, afagos, esperança. Quero viver a divina comédia humana onde nada é eterno, pois meu coração selvagem tem essa pressa de viver, como diria Belchior.
As últimas semanas de 2022 foram intensas e marcadas por momentos únicos. Depois de dois anos sem participar de confraternizações, por causa da pandemia de Covid-19, pude experimentar novamente o gostinho desses encontros de final de ano que eu tanto amo e aproveitei ao máximo esses momentos com amigos/colegas de trabalho e familiares. O encontro no Mahalila – Café e Livros com Ricardo Amaral, Jeanete Alves e Arthur Cortês foi o primeiro de uma série de momentos marcados pela alegria do reencontro, da partilha e, principalmente, de saber-se amado/lembrado pelos nossos. Um final de tarde regado a café, bons papos, novos projetos, literatura. E ainda teve presente. Ricardo levou livro pra todo mundo. Ganhei um box de George Orwell com dois livros, “1984” e “A revolução dos bichos”. Jeanete ganhou um livro de contos de Mia Couto e Arthur ficou com “Memória de minhas putas tristes”, de Gabriel García Márquez
Um café com Úrsula Gadelha e Milla Valcácer, mãe e filha, numa tarde agradável de terça-feira, foi outro daqueles momentos que aquecem o nosso coração e tornam os dias mais leves. Não tenho palavras para descrever esse encontro e o tanto de amor que recebi delas. A torta de chocolate e o café saboreados naquela tarde talvez possam traduzir um pouco desse afeto que alimenta a alma e nos faz seguir mais confiantes mesmo nos dias incertos. Dentre outros assuntos, falamos sobre literatura e novos projetos para 2023. Muita coisa boa vem por aí, é o que posso dizer aos meus/nossos leitores. Milla lançou o segundo volume de série intitulada “A guerra e o fogo: a rebelião dos perdedores” (Casa Editorial, 2022). O lançamento aconteceu na Cooperativa do Campus/UFRN. Ela deve trazer a público novos projetos literários em breve. Isso sem falar nas leituras literárias, que não podem parar. Leitora voraz, está sempre envolvida com algum romance ou livro de contos. Toda vez que a gente se encontra é uma novidade, sempre com ótimas dicas de leitura. Durante o nosso café, a pauta foi Jorge Amado. Ela estava lendo “Gabriela, cravo e canela”. Li “Capitães da areia”, mas pretendo ler outras obras do autor, entre elas “Dona Flor e seus dois maridos”. Formada em Direito pela UFRN, por enquanto, Milla está dando uma pausa na escrita porque está focada nos estudos, pretende prestar alguns concursos públicos.
E os encontros continuaram até o final de dezembro. Uma dessas confraternizações superanimadas foi um café com as amigas da dança organizado pelo instrutor Vinicius Silva em sua casa. As aulas encerraram porque ele não tinha mais horário disponível, mas a turma permanece unida. Não pude ficar até o final porque tinha outro compromisso na mesma noite, a confraternização do Sintest com uma galera da UFRN (Arlan, Saul, Maiara Andreza, Izala Sarah). Muitos amigos queridos pude rever nessa festa: Julyana e Jucimar Vilar, Ricardo Krusty, Edson Lima, Margarete Oliveira.
Ainda sobre as confras da UFRN, participei de um almoço superespecial com os funcionários terceirizados do Instituto Metrópole Digital, onde trabalho como revisora há quatro anos. Todo ano os funcionários do IMD fazem uma campanha para presentear esses funcionários com cestas natalinas. Foi um privilégio fazer parte desse evento e poder conhecer mais de perto alguns dos funcionários que cuidam do nosso Instituto o ano inteiro limpando as salas, banheiros, fazendo café, organizando a copa. Eles são imprescindíveis ao desenvolvimento de nossas atividades. Isso sem falar nos vigilantes, jardineiros, recepcionistas. Agradeço, especialmente, a Jailson e Adriana pelo convite e pela acolhida tão calorosa. Adeilda, Francisco e Vinícius também me recepcionaram super bem. O almoço estava perfeito. E a sobremesa, nem se fala. Teve bolo de banana e pudim de leite. Pudim de leite é uma das minhas sobremesas prediletas.
E ainda teve a confra das amigas de Letras (Adriana, Marcela e Monalisa), com a participação especial de Anderson, companheiro de Marcela. Nesse mesmo dia, eu e Mona ainda fomos a um samba na Cervejaria Resistência, onde encontrei alguns amigos e já me comprometi de prestigiar a Segunda de Vagabundo, samba tradicional do bairro das Rocas que faz o maior sucesso e eu ainda não conhecia. Não por falta de convite.
Outro momento marcante do final do ano foi um almoço de domingo na casa de Patrícia Lopes, na companhia de sua querida mãe, Cristina. Teve churrasco, cerveja, música e muita conversa boa. Depois do almoço, ainda teve um passeio à praia de Ponta Negra, de onde seguimos para assistir alguns shows na Árvore de Mirassol, onde nos encontramos com Verônica Campos. Minha amiga Jaciara Araújo estava por lá e acabou se unindo ao grupo. Foi uma noite inusitada e muito divertida. Vamos repetir, meninas!
E na última semana do ano, mais encontros e muitas emoções. Abastecida de amor por um ano inteiro. Foi com essa sensação que terminei o ano de 2022. Em plena segunda-feira, lá estava eu no Natal Shopping para dois encontros. Primeiro, o reencontro com uma amiga do Cefet/IFRN, Joseanny Maia. Impossível descrever a emoção de estar perto de alguém que fez parte de minha juventude e que eu não via desde que terminamos o ensino médio. Foi uma tarde muito agradável ao lado de sua família, seu esposo, William Saturnino, e seus dois filhos, Anna Júlia e João Lucas. Todos foram muito receptivos e me senti acolhida por eles. É como se a gente se conhecesse há muito tempo.
Depois do almoço, com direito a um chopp para brindar nosso encontro, segui para o segundo encontro do dia, um café com Marília Silveira, psicóloga que muito admiro e de quem me aproximei por causa da literatura, digamos assim. Estudamos juntas no curso de Letras da UFRN, mas nessa época não éramos amigas. Ela deixou o curso para seguir o chamado da Psicologia. Quis o destino que a literatura nos aproximasse por meio das redes sociais, onde publico meus textos desde 2013. Jamais esqueço o carinho e a atenção dela e do esposo, Thiago, durante o lançamento do meu primeiro livro, em novembro do ano passado, na UFRN. Marília escolheu o caminho da Psicologia, mas a influência da literatura está muito presente em sua trajetória, inclusive em sua atuação profissional. Adoro os textos sobre indicação de livros que ela publica nas redes sociais.
O último dia de 2022 foi muito especial. Depois de uma manhã inteira na praia de Ponta Negra com Monalisa, segui para um almoço na casa de Francisco Isaac e Gabriel, onde fui recebida com muito carinho e uma comida deliciosa preparada por Francisco. A tarde foi de bons papos com eles e com Ícaro, irmão de Gabriel. Ainda teve chocolate meio amargo e café. À noite, mais encontros com amigos da UFRN no réveillon na APURN, na praia de Pirangi, organizado pela querida professora Jeanete Alves. Estava um com um grupo de seis amigos (Arlan, Saul, Francisco, Gabriel, Marcos e Samantha) e nos divertimos bastante. A única parte ruim é que a festa terminou muito cedo. Todo mundo queria se divertir mais.
O mês de dezembro foi curto para tantos eventos e alguns encontros/confraternizações ficaram reservados para o mês de janeiro. Isso sem falar nos encontros prometidos para autografar livros de amigos que estiveram presentes no lançamento, mas precisaram sair mais cedo, ou mesmo aqueles que não puderam ir ao evento. Não posso deixar de tomar um café com Ceiça Fraga, Luana Campelo, Milena Paiva, Regina Beserra (Cida), Adriano Cruz, Magnalva Silva, Keyrla Kris, Otávio Albuquerque, Kadydja Karla, Micheline Medeiros, Paula Frassinetti, os amigos do Candeeiro Clube de Leitura e os do Grupo Edgar Morin. Ainda tenho que autografar alguns livros de familiares, dos que moram em Natal e dos que vivem em outros estados. Isso sem falar nos amigos que moram em Garanhuns, João Pessoa, Recife, São Paulo.
E não posso esquecer dos amigos vivem distante e não pude rever no final de ano, uma delas é Mara Castro, que mora em Amsterdã e vem a Natal geralmente uma vez por ano com o marido, Jeroen, e a filhinha Ava, de três anos. Nosso último encontro foi maravilhoso, como sempre. Em 2022, eles não vieram ao Brasil. Que saudade de você, minha amiga! Por falar nisso, precisamos organizar um encontro com nosso grupo da escola quando você estiver por aqui (Alô, meninas! Erika, Islane, Jocyelli e Lorena). Faz tempo que espero esse nosso encontro! Outro grupo que espero encontrar em breve é o da Especialização (Alice Oliveira, Cláudio Henrique, Ana Gadelha, Marta Camilo, Guilherme Henrique, Leocy Saraiva e Madson Vitor).
E para encerrar a crônica de hoje, quero deixar registrada minha receita de Ano-novo: repetir tudo que fiz nas últimas semanas de 2022 ao longo deste ano que se inicia. Que seja um ano de muito samba, cerveja, afetos, café, praia, comida boa, encontros, música, literatura, cinema, abraços, sorrisos…
3 Comments
Obrigado Andreia Braz pela grata lembrança e carinho
Que beleza! Essa é uma receita digna de ser seguida. Você me deu uma lição do “bem viver”! Que em 2023 eu possa também estar pelo menos uma vezinha nesse sua “agenda de afagos e afetos”!
Então, amiga, vamos nos encontrar sim. Não sei quando Mara vem, mas enquanto ela não vem podemos ir esquentando as turbinas. Ficarei honrada em recebê- las na minha casa.
Será um daqueles prazeres impagáveis.
Um beijo!!