O potiguar Debinha Ramos, um dos maiores nomes do samba potiguar, vai realizar uma live solidária neste sábado (30), a partir das 17h, no seu canal no YouTube. O show do artista visa arrecadar cestas básicas para famílias carentes de Natal.
No repertório, músicas autorais e os maiores sucessos do samba de grandes nomes da música popular brasileira.
“A ideia é levar música de qualidade para os lares e ao mesmo tempo fazer nossa parte ajudando as pessoas. Então esperamos todo mundo para aumentar o som e sambar com a gente”, ressaltou Debinha.
A entrega dos donativos deve ser realizada na AABB, localizada na Avenida Hermes da Fonseca, 1017, Tirol.
A história da música potiguar em destaque neste sábado (30/05), a partir das 17h na live Diálogos Culturais, promovida pela Fundação José Augusto (FJA) através de uma entrevista com a pesquisadora e arte-educadora Leide Câmara. A escritora abordará a obra de importantes autores e intérpretes do cancioneiro norte-rio-grandense.
Leide Câmara é autora, entre outras obras, do livro “Dicionário da Música do Rio Grande do Norte’ (2001), que apresenta informações sobre a produção musical do Estado de várias décadas.
A transmissão será realizada no perfil @culturarn do instagram e pelo Facebook da FJA. A ação integra o projeto #toemcasatonarede que incentiva as pessoas a ficarem em suas residências para o enfrentamento à pandemia da COVID 19.
Nascida em Patu, a pesquisadora coordenou o Festival de Artes de Natal em 1988. Dentre seus trabalhos é sócia fundadora da Associação nordestina de Arte-Educadores, fundadora da Federação dos Arte-Educadores do Brasil e representante da FAEB no Conselho Latino americano de Educação através da Arte.
Coordenou o projeto Zé Menininho, apresentando música e poesia nos bairros de Natal. Em 2001 lançou o Dicionário da Música do Rio Grande do Norte, trabalho iniciado em 1996 e que resultou na mais completa catalogação da música potiguar. A obra abrange cerca de 160 CDs e 500 Lps, além de compactos e outros objetos, como fotos, revistas e partituras.
É autora também dos livros “A bossa nova de Hianto de Almeida” (2010), “Luiz Gonzaga e a Música Potiguar” ( 2013), “Ademilde Fonseca – A Potiguar no Choro Brasileiro” (2015) e “Praieira 93 anos – A canção da Cidade do Natal” (2016).
Hoje, sexta-feira, tem bate-papo sobre audiovisual com o ator e diretor Allan Cedrak, potiguar hoje radicado no Rio de Janeiro. A live acontece às 19h pelo projeto #KurtanaKombiEmCasa, no instagram @kurtanakombi. Na oportunidade, Allan vai disponibilizar para livre acesso o curta-metragem ‘O Voo do Pássarso Multicor’.
Esse filme, de 2011, teve apenas duas exibições em Natal. Pouco depois de concluído, Allan se mudou para o Rio, onde é professor de teatro, e faltou tempo para divulgação e mais exibições. O filme estará disponível no canal do youtube Allan Credrak 3000 a partir das 20h.
O filme O Voo do pássaro multicor’ passeia pelo universo da personagem Rosa, senhora que sofre os transtornos iniciais do Alzheimer, ex-palhaça. Seu maior desejo é voltar para a rua e retomar suas apresentações.
É neste mundo de esquecimentos, de lembranças, de verdades e devaneios que Rosa junto com o menino Charle, portador de deficiência auditiva, vivem cenas inusitadas, trazendo à tona as alegrias, tristezas, capacidades e incapacidades que todos os seres humanos estão sujeitos à passar.
‘O voo do pássaro multicor’ conta com apoio da Taturana Filmes e Senac-Alecrim com trilha de Carlos Zens, Sapulha e Gustavo (Plutão já foi planeta).
Formado em Artes Cênicas pela UFRN. Tem 23 anos de carreira. Ator, cantor, escritor, professor, produtor e diretor de teatro e cinema. Iniciou sua carreira no grupo de Teatro da Escola Técnica, em 1997.
Participou de vários espetáculos teatrais durante sua carreira, entre eles ‘Beijo no asfalto’ de Nelson Rodrigues, ‘Adaptações de Dois perdidos numa noite suja’ de Plínio Marcos, ‘Venha ver o pôr do sol’ de Lígia Fagundes Telles e ‘A exceção e a Regra’ de Bertolt Brecht…
Cantor na banda Pangaio e Grupo Auta de Luz. Escritor do romance ficção “A vida no planeta Júpiter e seus seres luminosos” 2011 e em pré-lançamento do seu segundo livro, de contos infantojuvenis “9 contos de 9 mundos”.
No Audiovisual atuou em filmes como ‘Caldeirão do Diabo’, de Edson Soares, ‘O homem que desafiou o diabo’, de Moacir Góes e ‘Nós vale’, de Asclê Fernandes. Ator no documentário ‘Vida e obra de Elino Julião’, pela Globo Nordeste.
Produziu seu primeiro filme em 2006, o media metragem ‘Vermelho Abajur’ com passagem por festivais nacionais. Produtor e diretor de documentários como ‘Adalberto Quirino – Autorização da felicidade’ e outros vídeos para o SESI-RN/ Petrobras.
que essa mulher permaneça em mi vida
como o sol permanece em certas manhãs de inverno
…….
que venha naquele andar vaginal
que se alonga na música antiga
e faz estancar a vida
…….
…….
“Oração de certas manhã de inverno”
in Porra de Poemas
Ruben G Nunes
Não sei quem são vocês Elas-de-mi-vida. Até hoje não sei direito. Anjas? Demônias? Deusas?… anjasdemôniasdeusas?
Quem são vocês mujeres de mi vida?
Filhas de Gea? Sim, certamente filhas de Gea – a misteriosa deusa mítica que segundo Hesíodo, o grande poeta épico grego, em sua Teogonia, séc. VIII aC, foi dela que surgiu a energia da VidaViva ordenada, e todos nós.
Existimos todos graças à vaginaça parideira de Gea.
Pois antes só existia o Cáos,, esse NadaInfinito, essa energia, morgadona, sem eira, nem beira, sem identidade, nem entidade, impessoal. Essa energia estranha, bagunçada que nem bolsa de mulher.
Quem sabe não seria o Cáos, em ente-não-ente. Talvez um trans-trans? Talvez um malandro cósmico?
Ou então um traficante de sonhos, pura energia-vagabunda, eternamente dançando a macabra Dança da SolidãoInfinita?
E depois, dançando a Dança da Vida, com Gea, sua outro-outra, misteriosamente surgida dele mesmo, do Cáos, um ser-sem-ser?
Cáos e Gea… como os bíblicos Adão e Eva, sem umbigos…
Gea, a deusa inaugural-vaginal. Entidade de misterioso passado sem História. Primeiríssima entidade, fêmea-parideira, sem pai, nem mãe. Simplesmente surgida do Cáos, sem quê nem pra quê.
“No princípio era o Cáos, depois Gea de amplos seios…
… em seguida Eros que excele entre os deuses imortais…”
Teogonia, Hesíodo
Quem sabe seja Gea uma cigana cósmica, sem origem como os ciganos, que se dizem surgidos das Estrelas e, deste então, estão nas estradas, djobidjobando sua Dança da Vida?
Eis que a própria deusa Gea, já surge crivada de mistérios e bagunçarias. Como surgiu? Como fez surgir – solita, solita, nas burakeras infinitas – o resto das gerações, i.é, nós? Como engravidou só, único ente, na solidão cósmica?
Que self-preliminares? Que self-curruchios? Masturbation? Partenogênese? E depois? Incestos? Chifres? Bolo de japona?
Qual o papel de Eros, o deusinho-sacaninha do Amor, com suas flechadas aleatórias? Ou foi – e é – tudo-todos um bunga-bunga cósmico daporra, defenestrado da divina-misteriosa-xana de Gea? Uma espécie de doideira histórica.
Sei lá, meu rei… esse é o eterno mistério dos buracos vivos…
Sei que cada Ela-de-mi-vida tem um nome único, um jeito de ser único, um toque de amor único, que… usch!… vai ficar tudinho cravado-forever, aqui, nesse coração-vagueba de velho-marujo de sangue cigano.
Talvez vocês, Elas-de-mi-vida, sejam imagens de gaivotas esvoaçantes, lentiriscando bolhas de sonhos, sobre esse mar-imenso-profundo, chamado Amor, que manso ou brabo, mas inescapável, vai-e-vem na Prainha do Coração de cada um. E é sempre-sempre “perigoso demais”, como canta o mago Djavan.
Sejam vocês talvez folhas de outono esvoando emoções antigas, em sua esplêndida leveza ferrugem-dourada.
Sejam talvez uma música colorindo as dobras do tempo. Um talvez bolero indançado nas noites só-nossas. Talvez sejam vocês só corações abertos e partidos, de espanto e saudade, junto com o meu.
Quem são vocês, Elas-de-mi-vida? Que tão de repente se instalaram de mala e cuia em mim, cada uma com um choque de zentsvolts-d’amores?
E que, através dos sentires e lembrares estão aqui comigo, na Prainha do Coração. Para sempre… forever… foreverzinho… como eternos e silentes portos seguros, onde fundeio meus navios piratas, vez em quando… vez em quando…
Mas, quem são vocês afinal, mujeres de mi vida?????? Que sei de vocês?
Diz aí Riobaldo-velho, de Guimarães Rosa! Diz aí que a gente não sabe de nada das mulhas!
Arranca de minha lembrança teu tranquilão papo socrático de sábio sertanejo velho-de-guerra – e que li no Grande Sertão:Veredas: “Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa”.
Pois é, princesas. Desconfio que vocês vieram das quebradas cármicas-cósmicas, lá depois das estrelas-perdidas-e-achadas, lá pela quina oeste do universo, lá no zúltimo bar dos subúrbios do Infinitaço, bem depois… porrilhão de anos-luz depois… muito depois do AlecrimTotal e da divisa da Av.8 com as Quintas Profundas-e-Tenebrosas, Natal/RN, Brasil-Esquina.
Também desconfio que, ou de repente ou sem repente, ou na convivência ou na desconvivência, ou à primeira vista ou à segunda vista ou de bandinha ou de frentinha, vieram cada uma a seu tempo certo.
Mas que diabo é “tempo certo”, meu jovem?
Por vezes, o Tempo dá uns rodopios, estica-encolhe num nó-de-Elas. Daí nos enreda nas magias perigosas dum tempo “certo-incerto”. Tempos embaralhadas no mesmo tempo.
Um enrôsco de sintonias tranversais. Um nó-de-nós dos diabos. Encrencalhada pura.
É mole? Nenão-sinhora! Pra ninguno. E repito: pra ninguno! Tem que coçar as cabeças e dar um jeitinho de paz e “bolar” um organograma dos enroscos.
A gente quer mais é a SantaPaz de xanas, xifres, bengas e corações, nesse vasto condomínio de amorâncias e desejâncias travadas e destravadas, desde que Gea pariu todos os “nós-de-nós” que é a Vida.
Mas qual a saída quando o tal do “tempo certo” de cada pas-de-deux, corcoveia, desanda, e estrambelha tudo?
Qual a saída do torvelinho, ou romântico ou só-erótico, do outro da outra do outro da outra do outro da outra… que nos envolve desde as cavernas?
Quem manda-des-manda no tempo curruchiado do coração, minha senhora?
Esse danadinho aplicativo-pulsante, num tic-tac de Eros traquinas, erótico-romântico, que nos move vida afora, puxado a sonhos, emoções e trapalhadas.
Esse ente sacaninha, tiquetaqueando autônomo, que nem um Banco Central controlando dentro-fora de nós os juros e juras dos amores-perdidos-e-achados. Num jogo de pago-pra-ver, de quero-mais, e de forever-and-ever.
Tempo certo…
Má-qui-porra-é, afinal, o tal do “tempo certo” de cada um com cada um? O “tempo certo” de amar na zorra social humana? Um amor de cada vez… um amor de cada vez… com hora e dose marcada que nem bula de remédio…
Que diferença faz?
Desconfio que seja o tempo certo do coração de cada um, manas.
Desconfio, minhas-amigas-mais-que-amigas, que é o tempo certo que bate num velho coração-marujo, navegador a miúdo de porto a porto, dos sete mares, bares, luas, esquinas, motéis… e sonhos…
“We are such stuff as dreams are made on.” (“Somos da mesma substância que os sonhos.”) é o que diz o mago Próspero, na obra-prima The Tempest, de Shakespeare.
Trama onde se misturam todos os instintos sonháticos humanos – leves e pesados, voadores e andadores, de liberdade e libertinagem, de força e poder, de animalidades e espiritualidades, d’amores e desamores… espichando-se-chocando, como nuvens, chovendo chuva fina ou chovendo tempestades.
Afinal somos, todos e cada um, simples erráticos humanos zanzando pelas esquinas do Tempo, Destino, Amores, Paixões;.
O coração é feito de bolhas de sonhos… desse mix shakespeariano de ser-não-ser Cáos e Gea, tempestades e ternuras, ritmias e arritmias, amordesamor… mix que move a flutuante leveza dos sonhos fazendo pulsar mais rápido o coração…
O coração é feito de bolhas de sonhos… e como reprimir sonhos?
Como reprimir em qualquer tempoespaçoenrosco certo-incerto as bolhas de sonhos que são vocês Elas-de-mí-Vida…
… vamos, vamos amar, sonhar, dançar, vidaviver… vamos Djobi Djoba…
Tradicional arte urbana consagrada no mundo, o graffiti ganhou novos espaços em Natal, graças ao incentivo da Prefeitura do Natal, através de editais de fomento lançados pela Secretaria de Cultura. Os bairros de Candelária, Nordeste, Leningrado e Ribeira, receberam novos painéis grafitados por artistas potiguares selecionados através de edital. Além destas novas obras de arte, o espaço cultural Jesiel Figueiredo também ganhou novas pinturas.
A política pública voltada para a arte urbana reuniu 20 artistas para os painéis dos bairros Candelária, Nordeste, Leningrado e Ribeira. Antes deles, a Prefeitura do Natal tinha revitalizado o espaço Ruy Pereira (Centro Histórico), com a participação de 30 artistas (além da reforma do espaço que está em andamento), Beco da Lama com 54 grafiteiros participando da ação inédita e ainda uma nova cara ao espaço cultural K Ximbinho (Rua Pax).
Segundo o secretário de Cultura de Natal, Dácio Galvão, os novos painéis são uma sequência da aplicação de uma política pública que está consolidada: “As ações do graffiti fazem parte de uma ampla política pública que executou inclusive o Festival de Hip Hop na Zona Norte, painéis em Areia Preta, Espaço K Ximbinho e outras que serão executadas em Mãe Luiza e estão sendo planejadas”, comenta.
Os editais foram lançados antes da pandemia da Covid-19 e executados pelos artistas através de editais organizados pela Secretaria de Cultura de Natal.
Se fosse feita uma montagem dos principais acontecimentos históricos do século 20, Murilo Melo Filho estaria na foto em boa parte deles. Entrevistou, conviveu ou esteve com De Gaulle, Kennedy, Fidel Castro, Che Guevara, Jânio Quadros, Juscelino Kubistchek, João Goulard, Carlos Lacerda, Café Filho, Nixon e Gamal Aber Nasser.
Cobriu as guerras do Vietnã e Camboja. Presenciou e até interferiu em momentos cruciais da história política brasileira. E até o dia hoje, data de seu falecimento aos 91 anos, vivia o descanso de um dos raros potiguares imortais da Academia Brasileira de Letras.
No primeiro trimestre de 2012, eu, o jornalista Albimar Furtado e os intelectuais Afonso Laurentino Ramos e Ticiano Duarte fomos à aconchegante casa de veraneio de Murilo, à beira-mar da praia de Cotovelo, litoral sul potiguar. Uma tarde mansa de longo papo para publicação na edição 17 da revista Palumbo.
A seguir, transcrevo alguns dos principais trechos da entrevista de 8 páginas inteiras. Excluí as perguntas e coloquei tópicos. As transcrições abaixo tentam traçar um panorama linear da carreira do jornalista Murilo Melo Filho. Foi muita história para contar:
“Eu trabalhava aqui na “República”, com 16 anos de idade, ao lado de Luiz Maranhão Filho, Aderbal de França, Rivaldo Pinheiro, Edgar Barbosa, Valdemar Araújo (…) Naquele tempo, aqui em Natal, os bondes paravam à meia noite. Nós estávamos morando no Tirol e então eu vinha da República, na Ribeira, até o Tirol a pé. Tomava muita chuva numa idade de crescimento, peguei uma bronquite nos pulmões, e me aconselharam a ir para Nova Cruz, por causa dos seus ares, bebendo leite ferrado com uma pedra quente e misturado com mastruço. Então me curei da bronquite. Foi assim que Nova Cruz entrou em minha vida.”
“Eu me considero muito feliz por ser natalense. E faço disso um galardão de minha vida. Ainda bem que construí essa casa em Cotovelo, para matar as saudades. Eu sinto muita falta de Hênio, meu irmão. Morávamos ali na rua Apodi, 558. Meu pai construiu lá uma casa em 1938. Era a única em todo o quarteirão. Tínhamos como vizinho apenas a igreja de Santa Terezinha, o palacete de Câmara Cascudo e o Seminário de São Pedro. Jogávamos futebol ali na areia da rua, com Marcelo Carvalho, Eider Furtado, Oldamir Soares, Moacyr Picado, Eider, Edgar e Etiene Reis e Renato Magalhães”
Transcorridos tantos anos, volta a meu pensamento às angústias e sofrimentos que enfrentei naquela assustadora megalópole. O moço tímido das peladas na areia do bairro Tirol via-se de um momento para outro aterrorizado ante os arranha-céus da cidade grande. Era vencer ou vencer. No Rio, enfrentei as madrugadas nas redações dos jornais, as aulas noturnas na Faculdade de Direito, geralmente dormindo sobre as carteiras, vencido pelo sono e pelo cansado, o escasso dinheiro para a média com pão e manteiga e para as passagens do bonde, as penosas marchas dos domingos, na infantaria do CPOR.
Faço um balanço sobre a maturidade e vejo, feliz, de que nada tenho a me arrepender: nem do casamento de 50 anos, celebrado com a mesma mulher, Norma, companheira admirável, nem dos três filhos que juntos tivemos, nem da religião católica, que professo até hoje com fervor, muito menos do jornalismo, a profissão que escolhi desde menino.
Estudei no Marista e depois no Atheneu. Foiram meus professores, entre outros, Câmara Cascudo, Clementino Câmara, Celestino Pimentel, Alvamar Furtado, Véscio Barreto, monsenhor Mata, cônegos Luiz Vanderley e Luiz Gonzaga do Monte, Esmeraldo Siqueira e Luiz Antonio dos Santos Lima, todos mestres admiráveis.
No jornalismo comecei aos 15 anos, em ‘O Diário’ de Djalma Maranhão e Rui Paiva. Eu era o irmão mais velho de 6 e resolvi ajudar nas despesas de casa. Mas Natal não tinha faculdade. Tinha que se recorrer ao Recife ou Maceio. Dei um pulo maior e fui ao Rio. Embarquei num catalina ali no Potengi, em frente ao Centro Náutico. Uma viagem de 48 horas.
O único jornal que me deu chance foi o Correio da Noite para uma reportagem marítima. Eu e mais cinco repórteres de grandes jornais pegávamos uma lancha da Polícia Marítima interceptar transatlânticos que chegavam do exterior e entrevistávamos passageiros importantes. O ano de 1950 coincidiu com as peregrinações do Ano Santo, e o Correio da Noite, como jornal católico, tinha o direito de indicar um repórter para acompanhar uma peregrinação daquele Ano, em Roma. Então nós saímos num cargueiro grego com o nome de Jenny, que no máximo poderia transportar 15 passageiros, mas naquela viagem transportava 300. Enviei várias reportagens pelos Correios sobre o Ano Santo e sobre a situação política da Itália e da França.
Carlos Lacerda leu minhas reportagens e me convidou a trabalhar no jornal que ele iria fundar, o Tribuna da Imprensa (…). Fui lá já encontrei Aluízio Alves, que era redator-chefe e a segunda pessoa, no jornal, depois de Lacerda. Entrei no caderno de Política. Cobri a Câmara Federal, sendo testemunha da fase áurea da democracia brasileira, entre 1946 e 1960.
Lacerda crescia na onda de desgaste de Getúlio (…). Haviam se frutado tentativas anteriores para matar Lacerda. No dia do atentado, 4 de agosto de 1954, Lacerda foi palestrar num colégio da Tijuca. Um grupo de lacerdistas desconfiou da presença, na plateia, de três capangas da guarda pessoal de Getúlio. Carlos voltou comigo, no meu carro Opel Olympia. No banco de trás, vinham o seu filho Sergio e o major Rubens Vaz. Quando chegamos na rua Toneleiros, 180, Carlos e o majojr saltaram. Carlos tentou entrar pela porta central, mas então viu que não tinha levado a chave. Despediu-se do major e desceu uma rampa para entrar pela garagem. Numa questão de segundos, o pistoleiro cruzou na rua Toneleiros e fuzilou o major Vaz, que ficou emborcado na calçada.
As 11h do dia 11 de agosto de 1954, eu estava na Tribuna da Imprensa quando Lacerda ligou para mim: “Estou precisando muito me encontrar com seu conterrâneo”. Ponderei: “Fui muito amigo de Café, quando ele era deputado federal. Faz mais de um ano que não o vejo, desde que ele se elegeu vice-presidente. Mas se você está precisando falar com ele, vou agir”. Fui ao Ministério do Trabalho (…) “Presidente, estou aqui numa missão do Carlos Lacerda. Ele precisa muito falar com o senhor”. Aí ele evitou: “Mas Murilo, estou evitando encontros meus que pareçam conspiração contra o governo do Dr. Getúlio (…) Mas Murilo, espere um pouco. Porque com o Carlos, eu me encontro. Tudo depende do local. Onde?”. Olhou pra mim e perguntou: “Não pode ser no seu apartamento?”. “Não, presidente, porque eu moro num apartamento muito modesto, pouco propício a um encontro tão importante”. A solução foi o apartamento do conterrâneo Olavo Medeiros, então hospedado no Hotel Serrador. (…) Levei o Carlos já com a perna engessada por causa de um tiro que tinha recebido na rua Toneleiros. Entrou pulando numa perna só e amparado em meu ombro.
Café e Lacerda conversaram por duas horas (…). Quando saiu do apartamento, sentado numa cadeira de rodas, Carlos foi me vendo e fazendo assim com o dedo, o gesto de “tudo ok”. Naquele dia, 11 de agosto de 1954, às 16 horas, Café entrava realmente na conspiração para derrubar o governo de Getúlio.
Fui para o apartamento de Café, em Copacabana. Cheguei lá, estavam vários líderes da UDN reunidos em torno de Café, que dizia: “Eu sou o vice-presidente que tenho de assumir a presidência vaga”. Então saímos num cortejo de três automóveis: um na frente levando Café, abaixado no banco para não ser reconhecido por aqueles exaltados manifestantes, outra, o meu carrinho, e o terceiro carro, que levava o Raimundo de Brito. (…) Quando chegamos ao Palácio das Laranjeiras, perguntei ao porteiro: “Você quer nos deixar entrar com o presidente Café Filho?”. O porteiro desconhecia o presidente Café Filho e pediu identificação. Entramos a muito custo. Café assumiu e começou a acumpliciar-se com as forças da UDN para evitar a candidatura de Juscelino, então governador de Minas.
Eu era chefe da seção política da Tribuna de Imprensa. Na segunda vez em que Juscelino foi a Brasília, convidou-me para ir junto (…). No dia seguinte, Juscelino estava batendo na porta dos nossos quartos e convidando: “Vamos ver as obras de Brasília” e nos levou, numa rural Wills, até o local onde hoje é a Praça dos Três Poderes. Apontava: “Aqui vai ser o Senado, aqui será a Câmara. Aqui vai ser o Palácio do Planalto, onde eu vou trabalhar e do outro lado será o Palácio do Supremo. Aqui defronte, vão ser os Ministérios”. Eu olhava e só via lama e poeira. Fiquei horrorizado, voltei pro Rio, reuni os Bloch e disse: “Vamos entrar nessa porque o homem é doido e vai construir Brasília”. Foi aí que a Manchete entrou na luta de Brasília. Eu ia todas as semanas com o fotógrafo Gervásio Batista.
Publiquei colunas na Manchete por 30 anos. Procurei inovar o colunismo com notas pequenas, o lado humano da notícia, o que o cara diz, faz ou falou com seu nome em negrito, para destacá-los aos olhos do leitor.
O jornalismo político me deu acesso a reis, rainhas, príncipes, ditadores, governadores, senadores, deputados, presidentes da República, chefes de Estado e de governo, homens poderosos. Em missões jornalísticas acompanhei Café Filho e Juscelino a Portugal; Jânio Quadros a Cuba; João Goulard aos EUA, México e China; Ernesto Geisel à Inglaterra e à França; João Figueiredo à Alemanha e ao Japão; José Sarney a Portugal, EUA e Rússia; Fernando Henrique à Itália e à Espanha. Cobri a Guerra do Vietnã em 1967 e fui o primeiro jornalista brasileiro a cobrir a guerra do Camboja.
Conheci os picos-gelados de Zermat na Suiça e as geleiras de Anchorage, no Polo Ártico, o frio de Londres e e Los Angeles, a neve de Kiev, de Leningrado e dos Montes do Ural, na antiga União Soviética, as nevascas de Oslo e de Helsinque, o calor da Galileia, do Mar Morto e as tórridas plantações de café na Costa do Marfim; a miséria dos bairros de El Kardac, no Cairo e do Brown Bovery, em Nova Iorque; o luxo de Hollywood e da Côte D’Azur; os templos budistas de Angfor e de Phnom-Penh, no Camboja, de Bangok, na Tailândia e de Kioto, no Japão; os lugares santos de Roma e de Jerusalém. Foram 18 viagens à Europa, 15 aos Estados Unidos, quatro à África e três à Ásia.
(…) No nosso último dia em Havana, o embaixador do Brasil em Cuba ofereceu um coquetel para despedida de Jânio Quadros. Nós estávamos lá, na Embaixada, quando chegou Fidel Castro, que há pouco mais de cinco meses, tinha descido de Sierra Maestra e deposto o ditador Fulgêncio Batista. Ele chegou com “Che” Guevara e Raul Castro e começou uma estranha conversa (…). Nisso Fidel interrompe a conversa com Jânio e passou a uma sala onde eu estava com outros vários jornalistas e procurou esconder o seu revólver em cima de um móvel. Era uma peça bonita, com cabo de madrepérola, que ele havia ganho de presente de Anastas Mikoyan, ministro russo. Fidel tinha adoração por esse revólver. Ele deixou a arma lá e foi terminar a conversa com Jânio na sala vizinha. Eu então vi quando um colega jornalista roubou o revólver e o colocou na cintura, dentro do paletó.
Éramos convidados especiais do governo francês, que nos hospedou em hotel de luxo, o “George V”. Encontramo-nos em seu bar com o pintor Di Cavalcanti, que estava exilado em Paris e que presentou cada um de nós com dois quadros de sua autoria, hoje valiosíssimos. Participamos depois de uma coletiva concedida pelo presidente De Gaulle, no Palais d’Elysés.
Dom Eugênio amparou muitos perseguidos pela polícia na revolução de 64. Tem o caso concreto de um jornalista pertencente ao Partido Comunista, meu colega na Academia Brasileira da Imprensa. Ele me procurou chorando porque um filho seu tinha sido preso e tinham sumido com ele. Eu disse: “Só tem um homem capaz de ajudá-lo. É o cardeal Dom Eugênio Sales, contanto que você nunca revele a interferência dele”. Liguei pra Dom Eugênio, que prometeu interceder, junto ao general Sizeno Sarmento, comandante do I Exército, no Rio de Janeiro. Dom Eugênio tinha grande prestígio junto aos militares, sobretudo porque agia em rigoroso sigilo. No dia seguinte, o rapaz tinha sido localizado e já estava solto.
Como correspondente internacional cobri a Guerra do Vietnã, em 1967, em Saigon. Éramos eu, o Gervásio Batista e mais três jornalistas estrangeiros. Tenho uma foto minha, em pleno campo de guerra com o Gervásio e um major vietnamita. Estávamos hospedados no Hotel Le président, o único decente em Saigon, quando fomos convidados pelo comando americano a fim de vermos uma operação de guerra para recuperar a cidade de Hué. No dia seguinte à nossa saída do Hotel, o mesmo vietnamita que todas as manhãs entregava roupas lavadas e engomadas aos soldados e oficiais americanos, naquele dia escondeu nelas uma bomba que explodiu, matou vários deles e destruiu andares inteiros do Hotel.
De Saigon, ainda no Sudeste asiático, fomos a Vientiane, capital do Laos e a Phon-Pehn, capital do Camboja, onde estivemos na semana anterior ao banho de sangue comandado pelo ditador Pol Plot e pelo Khmer vermelho, com milhares de vítimas. Quando o nosso avião, na companhia de vários jornalistas estrangeiros, decolou no aeroporto de Phon-Pehn, vimos pela janela que atiradores disparavam lá de baixo contra ele, na esperança de derrubá-lo, o que certamente teria grande repercussão internacional.
Foi muito difícil. A Academia tem 40 acadêmicos eleitores. Quando abre uma vaga você precisa ter o voto da maioria desses 39 votantes. Juscelino me disse: “Quanto menores forem, mais difíceis os Colégios Eleitorais são. Eu tive o voto de cinco milbões de brasieiros, que me elegeram para a Presidência. Mas não consegui o voto de 20 acadêmicos, que não me elegeram para a ABL”. Ele perdeu ara um modesto escritor goiano, Bernardo Elis, apoiado pelos militares, que se considerariam humilhados se Juscelino fosse eleito. A Academia é uma entidade importante. Não raro as eleições são muito difíceis, com escolhas muito penosas e os acadêmicos tendo de sofrer pressões não raro, fortíssimas.
Enfrentei um senhor intelectual chamado Alberto Carlos e Silva. Firmamos compromisso de que o derrotado visitasse o vencedor no dia da eleição para cumprimentá-lo e que o derrotado teria o voto do vencido numa próxima eleição. Venci por 24 votos a 14.
São 33 andares, todos lotados. Seus aluguéis custeiam todas as nossas despesas. Sei porque já fui seu Diretor Financeiro e Diretor Secretário, além de outros quatro anos em que fui construtor e Diretor de sua Biblioteca Rodolfo Garcia (nome de outro potiguar). Já dei, portanto, minha cota de trabalho à Academia.
Não tínhamos o direito de recusar a eleição de Paulo Coelho, quando ele estava sendo saudado pelos intelectuais e pelas academias do mundo inteiro. Era o prestígio de um autor que já vendeu 130 milhões de livros, em 50 países. Então como explicar que tínhamos recusado este homem? Mas não gosto da literatura dele.
O amor ao jornal, à revista e à televisão ofereceu-me tudo isso, a que eu, a rigor, pelas minhas origens modestas, não teria direito em vida. Ele não me fez um homem rico, nem me deu faustos ou opulências, mas me proporcionou uma estabilidade profissional e financeira suficiente para dar à minha família uma vida digna, com conforto e bem-estar. Por tudo isso, nunca fui outra coisa na vida senão jornalista, tentando devolver à minha profissão, em dedicação e em trabalho, tudo quanto até hoje tenho recebido dela, que considero uma profissão fascinante e maravilhosa, quando exercida com correção, entusiasmo e dignidade. Por esse jornalismo, muito cedo começou a minha vida, quando menino ainda, entrei pela primeira vez na redação de um jornal, o Diário de Natal, para ganhar o salário de 60 mil réis, por mês. Por ele, sofri. Por ele, vivi. E por ele ainda hoje continuo vivo.
FOTOS de Murilo Melo Filho: Adriana Amorim (reprodução da revista) e acervo
Um dos destaques do filme “Bacurau”, o ator cerarense Silvero Pereira, que interpretou o personagem Lunga, na película dos diretores Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, é o entrevistado desta quinta (28) a partir das 17h na live Diálogos Cultuais, promovida pela Fundação José Augusto (FJA).
“Bacurau” foi rodado na comunidade da Barra, no município de Parelhas (RN), com uma pré-estreia para mais de duas mil pessoas na localidade em 22 de agosto de 2019, com apoio do Governo do Estado do Rio Grande do Norte.
A live será transmitida no perfil @culturarn do instagram e pelo Facebook da FJA. A ação integra o projeto #toemcasatonarede que incentiva as pessoas a ficarem em suas residências para o enfrentamento à pandemia da COVID 19. A entrevista terá a mediação do Coordenador de Teatros da FJA, Ronaldo Costa.
Silvero Pereira é ator, dramaturgo e diretor. Fundador do Coletivo As Travestidas (Fortaleza-CE). No Teatro atuou em mais de 30 peças e circulou por quase todo o território brasileiro, além de EUA e Alemanha.
Seus principais trabalhos no Teatro são “BR-trans”, “Uma Flor de Dama” e “Quem tem medo de Travesti”. Na TV atuou na novela “A Força do Querer” e participou do Show dos Famosos 2018 do Domingão do Faustão e como mobilizador do programa Criança Esperança.
No Cinema fez “Serra Pelada” (2012), curtas como, “As Bodas do Diabo” (SP) e “Mar de Zila” e “No Fim de Tudo”, ambos rodados no Rio Grande do Norte.
O Slam Mossoró, campeonato de poesia e performance, irá acontecer pela primeira vez no modo online, devido ao período de isolamento social. Esse evento de poesias autorais está marcado para o próximo domingo (31), às 19h. A competição terá transmissão pelo Facebook e Youtube, nas páginas do Sindicato dos Profissionais em Educação do RN (SINTE/RN – Regional Mossoró) e também do próprio Slam Mossoró.
As inscrições antecipadas podem ser solicitadas na página do Instagram desse movimento cultural: @slammossoro. Apesar de o evento ser online, só serão aceitas inscrições de residentes de Mossoró.
A pessoa vencedora irá receber uma premiação de R$ 250. A segunda colocação garante um valor de R$ 100, enquanto a terceira posição será premiada com R$ 50.
O Slam Mossoró também irá garantir vaga para o Slam Viral Nacional, que será realizado entre os dias 6 e 7 de junho. O Slam Viral Nacional é uma competição que reúne slams de todo o Brasil, que se uniram para suprir a necessidade de poesia neste período de quarentena. Ao todo, 16 circuitos de slams estão inscritos na disputa e Mossoró é a única cidade do Rio Grande do Norte garantida na competição.
O Slam Viral Nacional ainda irá classificar uma pessoa para o Slam Viral do Espaço Lusófono, com países de língua oficial portuguesa, que irá acontecer em agosto e foi idealizado inicialmente por um dos organizadores do Slam Mossoró, o jornalista Carlos Guerra Júnior.
Slammers
Essa edição do Slam ainda terá participações especiais de slammers com experiência nacional e internacional, que irão declamar antes de começar o circuito, com destaque para Emerson Alcalde, vice-campeão mundial de slam em 2014, Luciana Carmo, finalista do Portugal Slam em 2017 e o poeta cearense Carlos Africano.
O evento contará com uma mescla no júri, de artistas como a cantora Bianca Cardial (do grupo Coisa Luz) e o ator Judson Andrade.
E ainda professoras doutoras com importantes contribuições para a área da poesia, como a socióloga da UERN, Karlla Souza, que estuda poesia oral, e Raquel Coelho, professora da Universidade Federal do Ceará, pesquisadora da Universidade de Harvard e coordenadora de trabalho interligando jovens infratores em processo de reintegração social com estudantes de direito para escreverem livros em coautoria.
E ainda o professor paulista Jucka Anchieta, que criou uma disciplina de slam em escolas públicas de São Paulo, também integra o júri.
O movimento Slam Mossoró existe desde 2017 e já está integrado em vários projetos nacionais e internacionais, se firmando com um dos principais eventos culturais da juventude mossoroense.
O grupo já conseguiu vencer um edital para aplicar oficinas em escolas, bem como irá lançar um livro pela UERN no próximo mês. Além disso, o Slam Mossoró está inserido em um vídeo-livro que será coordenado por uma professora da Universidade de Indiana (Estados Unidos), Marissa Moorman, em parceria com o pesquisador moçambicano Tirso Sitoe.
Os participantes do Slam Mossoró também irão fazer atuações de destaque em outros espaços nos próximos dias. O slammer mossoroense Douglas Soares irá participar de um dos principais circuitos de slam do Brasil: O Slam da Guilhermina. Esse evento acontecerá no próximo dia 29 de maio, às 19h30. O Slam da Guilhermina está com edições online nessa época de quarentena, em que metade das vagas é destinada a participantes de São Paulo e a outra metade a artistas de várias partes do Brasil.
Além disso, o rapper e slammer Prisma MC foi um dos 20 contemplados em edital do Sinte/RN – Regional Mossoró, para realizar uma live-show, que acontecerá no próximo mês, em sessão com o poeta Nildo da Pedra Branca e o cantor Ramon Higino.
FOTO: Poeta do Slam Mossoró, Douglas Soares. Crédito: EmPeso – Variedade Cultural e Musical
Em face da vibração positiva contagiante do Papo Reggae durante os três dias do 13º Tributo a Bob Marley de Ceará-Mirim, realizado nos últimos dias 9, 10 e 11 de maio de forma on-line, em face da Pandemia, estreia nesta quarta (27), às 20h, o Programa Papo Reggae pelo instagram @reggae_jahmaica.
O Papo Reggae será uma conversa semanal e informativa sobre a cultura reggae local e mundial. E no primeiro programa o convidado será Naldo Simião, vocalista da banda Garvey Música Reggae. Naldo é músico da UFRN e também Educador.
O Papo Reggae é uma produção do projeto Reggae JaHmaica em parceria com o GOTO SECO Movimento Alternativo. A direção fica sob comando de Carlos ‘Ceagá’ Araújo. Simbora curtir um reggaezinho para borbulhar o sangue nesta quarta!
Programa Papo Reggae
Quando: nesta quarta (27)
Hora: 20h
Onde:instagram @reggae_jahmaica
Tem mais uma edição do projeto Live Conexão com o cantor e compositor Yrahn Barreto e mais um convidado. Será nesta quarta-feira (27) pelo Instagram. O objetivo é bater um papo descontraído sobre música, trajetória e a produção atual. E o convidado da semana é o cantor e compositor Capilé (PB).
Capilé contará um pouco sobre seu processo de composição e sobre seu carreira. Presença marcante nas micaretas do país Capilé tem como sobrenome a versatilidade, passeia entre vários estilos musicais e, como todo bom nordestino, o forró é uma de suas paixões que destacou ele na cena paraibana.
Ele foi o primeiro cantor a se apresentar no parque do povo no tradicional São João de Campina Grande. O cantor iniciou sua vida profissional como jogador de futebol. Foi um amigo que descobriu seu talento para o canto e o violão aos 18 anos, e a partir dai Capilé não parou mais.
Live Conexão – RN / PB
Dia: 27/05/2020
Hora: 16h
Onde: Live no Instagram:
@yrahnbarreto
@capileledacuca
Nesta sexta-feira (29), às 17h, Valéria recebe em uma live, no seu perfil do Instagram @valeriaoliveiramusica, a cantora Leila Pinheiro para um bate-papo regado a música.
Com um histórico de parceria com Leila com quem já dividiu o palco diversas vezes em Natal, e tendo uma de suas canções apresentada mais uma vez por Leila em sua live no último sábado, Valéria aproveitará a participação da cantora paraense para divulgar novidades do seu novo CD que está em processo de pré-produção.
Desde o início do necessário isolamento social Valéria Oliveira vem levando sua arte às pessoas que permanecem em suas casas e, ao mesmo tempo, se mantendo ativa e criativa nesse período de quarentena por meio de frequentes lives que acontecem, ora no perfil do “Cores do Nosso Samba”, ora em seu perfil pessoal, com ênfase no projeto “Sacrário”.
Paralelamente à realização das lives e apesar do momento de incertezas, a cantora e compositora potiguar optou por dar continuidade ao projeto de gravação de seu novo CD “Sacrário” e segue compondo, à distância, com diversos parceiros e mostrando a produção em suas apresentações on-line, a exemplo do que fez ao longo de 2019 com os shows processo.
Já participaram como convidados das lives de Valéria o músico e diretor musical do CD, Jubileu Filho e alguns de seus parceiros compositores como Luiz Gadelha, Simona Talma e Khrystal e, assim que for possível e seguro a cantora entrará em estúdio para iniciar as gravações do álbum que envolverá diversos profissionais da cadeia produtiva cultural de Natal como músicos, arranjadores, técnicos entre outros.
Para a gravação do CD “Sacrário”, Valéria Oliveira conta com a contribuição do seu público e dos admiradores do seu trabalho por meio da campanha de financiamento coletivo que lançou recentemente no site Catarse, ativa até dia 17 de junho, e que pode ser acessada clicando AQUI.
Paralelamente, a potiguar tem o projeto de gravação do seu 10º CD aprovado pela Lei Djalma Maranhão com o patrocínio parcial da prefeitura de Natal e do Hospital do Coração.
Live Valéria Oliveira com participação de Leila Pinheiro
Sexta-feira, 29 de maio, às 17h
Instagram: @valeriaoliveiramusica
O “Concurso Jovens Solistas OSRN”, que faz parte do Projeto Movimento Sinfônico, da Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte – OSRN, com direção artística do Maestro Linus Lerner e produção da Mapa Realizações Culturais divulga o resultado nesta terça (26) durante apresentação do Terças Clássicas ao Vivo com o Maestro, a partir das 20h através dos canais do YouTube e Facebook. O público pode votar pelo site da OSRN a partir das 9h desta terça.
O concurso possui duas etapas: Estadual e Nacional. A primeira etapa teve inscrições abertas até a última sexta-feira (22), obtendo 18 inscritos, aos quais 12 estavam habilitados, seguindo todo o regulamento, a exemplo de ser natural no Rio Grande do Norte, para instrumentistas de 12 a 28 anos, e cantores e cantoras entre 12 a 30 anos, e ainda no caso de cantores (as) que enviassem árias de Ópera.
Mediante condicionamento, a Comissão Avaliadora, composta pela Direção Artística e Chefes de Naipe da OSRN, analisou os vídeos enviados pelos 12 inscritos habilitados e aprovou sete candidatos para concorrer a final, sendo eles: Artêmio Monteiro (Clarineta) – Pau dos Ferros; Diego Paixão (Violoncelo) – Natal; Fábio Marques (Flauta Transversal) – Natal; Joelson Temoteo (Clarineta) – Natal; Jônatas Souza (Canto) – Natal; Nathan Neuman (Violino) – Natal e Tiago Ferreira (Piano) – Natal.
O (A) vencedor (a) recebe certificado e prêmio de R$ 1 mil, repassados dentro do sistema de pagamentos autorizados pela Lei de Incentivo à Cultura Djalma Maranhão. Já a segunda etapa, nacional, é em junho. A premiação será de R$ 3 mil, mais o certificado, no mesmo sistema da etapa estadual.
A programação para a temporada 2020 estava prevista para os moldes padrão, contudo, mediante o cenário de Pandemia fez-se nascer a versão online das apresentações, tendo sido realizada já duas edições: Homenagem aos 180 anos de Tchaikovsky, em março e Homenagem ao Maestro Duda, em abril.
Com a finalidade de integrar outras demandas do Movimento Sinfônico, o Concurso Jovens Solistas OSRN visa incentivar os jovens instrumentistas potiguares e brasileiros que tenham entre 12 a 28 anos e cantores de 12 a 30 anos. E também tem o intuito de alcançar as metas estabelecidas no projeto, em especial os pontos traçados em consonância com os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU.
Terças Clássicas Ao Vivo com o Maestro – Concurso Jovens Solistas OSRN
Quando: 26 de maio
Horário: 20h
Programa: Concurso Jovens Solistas OSRN – Etapa Estadual
Onde: Transmissão ao vivo nas páginas oficiais da OSRN
Facebook https://www.facebook.com/rnsinfonica/
YouTube https://www.youtube.com/results?search_query=osrn
Votação disponível dia 26 (terça-feira), a partir das 9h, pelo site www.osrn.com.br.
FOTO: Brunno Martins
Ao vivo no Youtube e Facebook o rabequeiro potiguar Caio Padilha promove conversas sobre o patrimônio imaterial da cultura brasileira em torno da música de rabeca. Rabequeiros e estudiosos de todo o Brasil se revesam em uma série de sete episódios do talkshow mediado por Marcuse de França.
O primeiro episódio foi “O Agreste de Fabião das Queimadas” que uniu os conhecimentos de Caio Padilha sobre o primeiro rabequeiro do Potengi à pesquisa de Alício Amaral e Juliana Pardo da Cia Mundu Rodá (SP), que já circulou com o espetáculo teatral “Memórias da Rabeca” e “Rabeca Primeira Sonora”. Também contribuíram com o debate os estudiosos Agostinho Lima – renomado etnomusicólogo – e Irani Medeiros – biógrafo de Fabião das Queimadas, rabequeiro que no séc. XIX comprou sua própria alforria através de sua arte.
Caio Padilha ainda planeja mais seis episódios mensais tentando reunir nomes importantes como Beto Lemos, Renata Rosa, Maciel Salú e Antônio Nóbrega a diversos outros artistas e estudiosos não tão conhecidos do grande público.
Os temas variados giram em torno dos seguintes títulos: “Dramaturgias da Rabeca no Teatro Brasileiro”; “Dançares e Cantares da Rabeca Brasileira”; “Mulheres Rabequeiras no Brasil”; “Fronteiras entre o Violino e a Rabeca”; “A Rabeca no Cinema Brasileiro”; e finalmente o “Panorama da Lutheria de Rabeca no Brasil”.
Os episódios deverão ser editados também em audio para formarem uma grande série de podcasts que deverá ser lançada a partir de agosto de 2020.
Neste episódio do final de maio, o debate mediado por Marcuse de França vai compartilhar com o grande público as pesquisas dramatúrgicas dos rabequeiros Alicio Amaral, Beto Lemos, Caio Padilha e Rodrigo Nasser no Teatro Brasileiro.
O encontro virtual é transmitido ao vivo no YouTube e Facebook simultaneamente. E foi idealizado pelo rabequeiro potiguar Caio Padilha para lançar um olhar plural sobre o patrimônio imaterial brasileiro em torno da música de rabeca.
Quinta-feira, dia 28 de maio às 19hs
MEMÓRIA DA RABECA BRASILEIRA apresenta debate virtual ao vivo:
“Dramaturgias da Rabeca no Teatro Brasileiro.”
Mediação de Marcuse de França e participações dos rabequeiros:
Alício Amaral (SP) Beto Lemos (CE/RJ) Caio Padilha (RN) Rodrigo Nasser (SP)
Um dos fundadores da Damião e Cia de Teatro, grupo de Campinas-SP devotado às pesquisa, criações e reinvenções inspiradas nas tradições da comicidade popular. Em 2019 Rodrigo estreou o espetáculo As Desventuras do Capitão Rabeca (direção de Tiche Vianna), assinando a dramaturgia e atuação nesta obra inspirada entre o medievo, quando a peste assolou a Europa no séc. XIV e a cultura popular brasileira contemporânea.
Em 2020 a Cia. Mundu Rodá (SP), fundada por Juliana Pardo e Alício Amaral, completa duas décadas de estrada, construída sobre o diálogo entre o trabalho do Ator/Músico/Bailarino e as tradições da cultura popular brasileira. Ator-pesquisador, dançarino, músico-rabequeiro e arte-educador, Alício Amaral desenvolve ao longo dos anos pesquisas musicais, abordando as rabecas brasileiras na cena contemporânea. Para este encontro compartilha suas experiências na construção dos espetáculos: MEMÓRIAS DA RABECA (SESC Pompéia – 2017) e no show RABECA PRIMEIRA SONORA (SESC Pinheiros).
Ator, compositor e rabequeiro que foi solista no espetáculo 100 anos de Gonzagão – gravado pelo SESC TV-SP em 2012. Já se apresentou no Oriente Médio, Europa, Estados Unidos entre os anos de 2013 e 2017. Seus discos de rabeca são: Rabecas e Arribaçãs, pelo qual recebeu o Prêmio Grão da Música Brasileira (2018) e Um Sonho de Rabeca no Reino da Bicharada, editado pelo Selo Kuarup em 2019. Como ator e contador de histórias já participou de circulações nacionais SESC Arte da Palavra e SESC Palco Giratório por duas vezes (2015 e 2019).
Foi rabequeiro em grupos de tradição popular da região do Cariri cearense, e desde 2008 mora no Rio de Janeiro, onde integrou a Itiberê Orquestra Família. Fez a criação musical do Grupo AMOK nas peças “Agreste” e “Kabul”, pela qual ganhou o Prêmio de Categoria Especial da APTR. Foi assistente de direção musical, arranjador e rabequeiro de “Gonzagão – A Lenda”, passando a integrar o elencos de vários espetáculos como”Auê”, “Suassuna – O Auto do Reino do Sol” e “Macunaíma”. Nos quais também dividiu a direção musical com Alfredo Del-Penho – parceria premiada com APTR, Cesgranrio, Prêmio Shell, Botequim Cultural, Reverência e Aplauso Brasil.
Está no ar a quarta semana de programação cultural da plataforma digital “Cultura na Cidade”, da Prefeitura do Natal. A cada semana os potiguares podem conferir a produção local de audiovisual, teatro, shows, cultura popular e muito mais. Lazer de qualidade no Youtube para a quarentena dos natalenses.
Através do canal oficial da Prefeitura do Natal no Youtube a população tem acesso aos projetos patrocinados pela Prefeitura nos últimos anos através de Editais, Leis de Incentivo, Fundo Municipal de Cultura e Eventos Tradicionais realizados.
Além disso, a classe artística e produtiva também participa do projeto através de convocatórias, onde o conteúdo cultural fica à disposição da população nesta quarentena. Confira a programação cultural que está no ar para esta semana. A programação está logo abaixo.
Essa convocatória municipal rendeu críticas de parte da classe artística. O argumento é que os vídeos postados no canal da Prefeitura se revertem em visualizações e monetização para o próprio órgão público e não aos artistas que cederam sua arte aos vídeos.
Diante desse quadro, o produtor cultural André Maia sugeriu criar um canal alternativo também no youtube chamado Portal Cultura Natal. Nele os vídeos dos artistas são colocados em playlists que podem também ser vistos de graça, mas com visualizações revertidas aos canais dos artistas.
BOI DE REIS MUSEU DE CULTURA POPULAR DJALMA MARANHÃO
A população terá acesso ao conteúdo sobre Cultura Popular que faz parte do acervo do Museu de Cultura Popular Djalma Maranhão, administrado pela Prefeitura do Natal através da Secretaria de Cultura. Neste episódio será apresentada a tradição do Boi de Reis, que segundo Câmara Cascudo trata-se do mais completo, por possuir um referencial que reúne desde a dança e música, a poesia e teatro. Personagens como os Galantes, Damas, o Mateus, a Catirina, o Birico e as figuras (o Boi, o Jaraguá, a Burra (Burrinha), o Gigante e o Bode), o mestre e os músicos que compõem o conjunto estão no material de vídeo que está disponível para a população conferir na plataforma da Prefeitura do Natal no Youtube.
ÁREA: AUDIOVISUAL
TELA CINE NATAL: PRIMEIRA TEMPORADA:
Programa de exibição dos curtas metragens dos realizadores, cineastas e vídeomakers da cena local, patrocinados pela Prefeitura do Natal, através das edições do Cine Natal.
EPISÓDIO 3
CURTA METRAGEM: TINGO LINGO
Curta Metragem do cineasta potiguar Wallace Santos, com produção da Casa de Praia, retrata a memória afetiva da população que vivenciou os vendedores de cavaco chinês nas ruas de Natal e interior do Estado do Rio Grande do Norte. Fruto de pesquisa do próprio cineasta, foi inscrito e circulou em diversos Festivais Nacionais e Internacionais.
Direção: Wallace Santos
Produção: Casa de Praia Filmes
Ano de Produção; 2016
Duração: 15 minutos.
Patrocínio: ANCINE – Fundo Setorial do Audiovisual /FSA, BRDE – Banco de Desenvolvimento do Extremo Sul e da Prefeitura do Natal, através do Edital Cine Natal 2016.
ÁREA: MÚSICA / PRODUTO: AUDIOVISUAL.
Confira o registro audiovisual da cantora LARISSA COSTA, interpretando a música: Lugar Comum, de Gilberto Gil e João Donato.
Larissa Costa apresenta um registro musical com a participação de Daniel Ribeiro (voz e violão), da música Lugar Comum, de Gilberto Gil e João Donato.
Larissa, é potiguar, ganhou notoriedade nacional como Miss Brasil 2009, professora formada em pedagogia, entusiasta da música popular brasileira, foi procurar no choro e na influência do cancioneiro tradicional brasileiro, suas raízes, que a fez ser uma intérprete eclética, difundindo em seu repertório, o choro, baião, marchinhas, modinhas entre tantos que compõem a diversidade musical brasileira.
ÁREA: MÚSICA.
Confira o registro musical O PODER DA VIOLÊNCIA, em playback do músico, compositor e intérprete EDGE RAMOS.
Compositor que navega no realismo cotidiano para expressar através da música, os conflitos que a sociedade enfrenta, Edge Ramos, assegura um repertório onde a música popular brasileira, o rock e os clássicos do pop, podem trafegar livremente como inspirações para suas composições. Confira o trabalho deste compositor potiguar, apresentado para o Projeto Cultura na Cidade – Edição Especial, com a composição, O poder da violência.
FOTO: frame do filme Tingo Lingo
Lembra aquele tributo a Belchior que balançou o chão do Beco da Lama meses atrás e está, inclusive, entre os posts mais acessados do nosso blog tamanha a empatia do público com a proposta? Pois vai ter uma live nesta segunda-feira (25), às 18h, pelo instagram @tributobelchiornatal, com Rafa Barros e participação da cantora Analuh Soares em homenagem ao mais querido bigodudo do Brasil.
Outra novidade é que além de saudade, bate papo e muita música a galera irá sortear também uma camisa da Vai de Quincas e três welcome drinks do Raimundos Pub para as pessoas que contribuírem voluntariamente com a Live. Contribuindo com qualquer valor você já concorre a uma das camisas que estão disponíveis no estoque atual da marca; e a cada R$ 10 é gerado novo cupom para aumentar suas chances.
Já conhece nosso canal Papo Cultura TV? Clique AQUI.
O premiado curta-metragem ‘Nada Foi Em Vão’, do cineasta e crítico de cinema Sihan Felix está disponível para assistir gratuitamente por uma semana. Esta é uma promoção do projeto Kurta na Kombi #EmCasa.
O filme é uma fábula sobre o maior sentimento que pode unir duas pessoas. O curta foi premiado na edição do Cine Fest RN, em Natal, em 2018.
O Kurta na Kombi também entrevistou o autor, Sihan Felix, na última sexta-feira, em live transmitida pelo facebook do projeto. Para assistir na íntegra a entrevista, só clicar AQUI.
O projeto Som Sem Plugs divulga os nomes dos selecionados para o edital “Música Transforma 2020”. No total foram mais de 100 inscritos de todo o estado do Rio Grande do Norte nos mais variados estilos musicais.
Após a curadoria técnica, foram escolhidos 30 artistas/bandas que participaram da votação popular on-line e, com mais de 190 mil votos, o SSP já tem os cinco artistas/bandas mais votados que farão parte da temporada e que vão receber cachê, consultoria, prêmios exclusivos e apresentação via live pelo Instagram do projeto.
O edital disponibilizou três categorias, sendo “Geral, Instrumental e Temática (com o tema do edital)”. Portanto, conheça agora o nome dos selecionados que farão parte da temporada de lives.
1º lugar – 23.372 votos – Maria Fxntes (live e cachê);
2º lugar – 19.647 votos – Marcus Vinícius (live e cachê);
3º lugar – 15.660 votos – Breno Slick (live e cachê);
1º lugar – 12.967 votos – Regional Choro da Terra (live e cachê).
1º lugar – 27.271 votos – Júlio Lima (live e cachê).
Além desses nomes, outros cinco foram premiados com cachê. Sendo o 4º, 5º e 6º lugar da Categoria Autoral Geral mais votados; o 2º na Categoria Autoral Instrumental mais votado e o 2º na Categoria Autoral Temática mais votado.
4º lugar – 10.644 votos – Gabriela Mendes (premiada com cachê)
5º lugar – 10.408 votos – Melly (premiada com cachê)
6º lugar – 6.970 votos – Forró do Severo (premiado com cachê).
2º lugar – 12.697 votos – Choro do Caçuá (premiado com cachê)
2º lugar – 22.138 votos – André Rangell (premiado com cachê)
Datas das apresentações on-line (lives com os vencedores)
Todas as lives com os artistas/bandas vencedores, serão transmitidas através do perfil oficial do Som sem Plugs no Instagram (@somsemplugs) e terão duração de 45 minutos. O repertório da apresentação vai conter tanto material autoral do participante como também músicas de outros compositores.
As transmissões das lives já têm data e você pode se programar para prestigiar essas apresentações que prometem. Confira:
Maria Fxntes | Quarta 27 de maio às 16h
Marcus Vinicius | Sexta 29 de maio às 16h
Breno Slick | Quarta 03 de junho às 16h
Regional Choro da Terra | Sexta 05 de junho às 16h
Júlio Lima | Quarta 10 de junho às 16h
A banda Plutão Já Foi Planeta é conhecida pelo seu repertório autoral que mistura indie, rock e pop, que pode ser ouvido em dois álbuns de estúdio e diversos singles. Versões de músicas de outros artistas, os chamados covers, já permearam os shows do grupo no início da carreira, mas logo desapareceram à medida em que a banda lançava canções próprias. Em 2020, no entanto, Plutão dá um pulo no passado e se dedica a gravar uma canção originalmente lançada por Talma&Gadelha, banda também de Natal.
A música escolhida foi “O Roqueiro e a Hippie”, uma das canções mais populares nas plataformas de streaming do grupo Talma&Gadelha, que sob a produção de Plutãoganhou um arranjo de reggaeton, dançante e melódico na mesma medida. Quem comanda os vocais é a vocalista do grupo, Natália Noronha. “É a nossa forma de homenagear uma banda que admiramos e, mais do que isso, fez parte da formação musical e da vida da galera mais jovem em Natal em meados de 2011, 2012.
Também é uma maneira de mostrar nosso amor pela cidade”, comenta Natália. A cantora complementa que “O Roqueiro e a Hippie” é apenas uma das músicas que ganharão versões de Plutão Já Foi Planeta. Segundo Noronha, ainda este ano, a banda fará o lançamento de um álbum com cinco músicas de artistas do Rio Grande do Norte, sendo uma delas uma canção inédita do quarteto potiguar. O lançamento é uma iniciativa do selo DoSol, através do projeto Incubadora DoSol. Você pode conferir a versão para O Roqueiro e a Hippie em todas as plataformas digitais.
FOTO: Lucas Silvestre
O projeto Diálogos Culturais deste sábado (23/05), a partir das 17h, promovido pela Fundação José Augusto, traz a cantora Dodora Cardoso que cantará e contará histórias de 40 anos de carreira dedicados aos clássicos da Música Popular Brasileira.
A transmissão será realizada no perfil @culturarn do instagram e pelo Facebook da FJA. A ação integra o projeto #toemcasatonarede que incentiva as pessoas a ficarem em suas residências para o enfrentamento à pandemia da COVID 19.
Considerada um ícone da música norte-riograndense, Dodora é natalense, mas radicou-se muitos anos em Caicó. Consolidou sua carreira participando das principais bandas de baile dos anos 70, 80 e 90.
Durante sua trajetória se apresentou em todas as capitais do Nordeste e em 90% dos municípios norte-riograndenses. Atualmente em carreira solo, se apresenta nos principais palcos da cidade de Natal, como uma das mais prestigiadas cantoras de samba do Estado.
Realizou a abertura dos shows de grandes nomes da música nacional, como Martinho da Vila, Toni Garrido, Fafá de Belém e Benito de Paula. A cantora tem sete CDs gravados até o momento.
FOTO: Elias Medeiros
É produtor audiovisual, cineasta ou, principalmente, um amante do cinema? Quer dicas de ótimos filmes para curtir nesse período de isolamento ou conferir um papo sobre crítica e produção cinematográfica de ontem e de hoje? Assista a live de logo mais à noite, às 19h, com o crítico de cinema Sihan Felix, colunista deste Papo Cultura. A live será promovida pelo projeto Kurta na Kombi #EmCasa, pela página @ProjetoKurtanaKombi no Facebook.
Sihan Felix é professor, pós-graduado em cinema e atuante como crítico desde 2008, sendo membro da Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro (ACCRJ) e cofundador e atual presidente da Associação de Críticos de Cinema do RN (ACCiRN). Participa como curador e jurado em festivais e, paralelo à crítica, é compositor, montador, roteirista, diretor e produtor, com músicas e curtas-metragens selecionados e premiados dentro e fora do país.
A esperada live da banda Plutao Já Foi Planeta acontece neste sábado, às 19h, pelo Festival Fica em Casa, e o melhor, com um propósito solidário: 50% das doações efetuadas durante a apresentação serão revertidas para o Hospital Infantil Varela Santiago, mantido de forma filantrópica. A transmissão será pelo canal oficial da banda.
O Plutão Já Foi Planeta é uma banda de Natal, fundada em 2013 e com o primeiro trabalho de estúdio lançado no ano seguinte, intitulado ‘Daqui Pra Lá’. Já com esse disco participaram de festivais como Rock in Rio e Lollapalooza. Também ganharam prêmios como Troféu Cultura e Prêmio Hangar de Música. Mas a visibilidade nacional veio com o vice-campeonato no reality show SuperStar, da Rede Globo.
Logo depois, em março de 2017, lançaramos o segundo álbum, intitulado ‘A Última Palavra Feche a Porta’, em parceria com o selo Slap da Som Livre. A produção musical ficou por conta de Gustavo Ruiz (Tulipa Ruiz e Trupe Chá de Boldo), e com as participações de Maria Gadú e Liniker, interpretando “Duas” e “Insone”, respectivamente. Atualmente a banda mora em São Paulo (SP) e faz a turnê do novo disco.
O guitarrista Carlos Santana descreve a única música que ocupa todo o lado b do disco Bitches Brew, lançado em 1969 pelo trompetista americano Miles Davis, dizendo que é possível ouvir o trompete de Davis ecoando pelos prédios de Nova York às 3 da manhã, como se a cidade formasse um “imenso cânion de edifícios”. Essa cena poética descrita por Santana dá as dimensões não apenas do que é a música de Miles Davis, mas também o que é a ideia imensa que se esconde por trás das cidades.
Andar pelas ruas de um lugar é como ouvir Bitches Brew, seja em Nova York, São Paulo, Natal, Currais Novos ou Santa Cruz. Fotografar essas cidades é sempre a esperança de fazer ecoar o trompete de Davis através de imagens que o olho do fotógrafo vê e sua câmera tenta tornar perene. Claro que essa é sempre uma tentativa frustrada, afinal aquelas notas iniciais do sopro de Miles se sobrepondo ao som do prato de Lenny White não podem ser repetidas por ninguém, em nenhuma expressão artística.
Bitches Brew é uma utopia de 26 minutos, tocada em sua maior parte de improviso, que ecoa por todas as cidades do mundo, inclusive pelas que fotografo. E, como utopia, seu papel não é encontrar um lugar, mas provar que outros lugares são possíveis. Por isso, cada cena cotidiana, inesperada tem a chance de acontecer como as notas alongadas do trompete improvável que tira a cidade de seu sono.
Perdi a conta de quantas vezes saí para fotografar cidades ouvindo Bitches Brew e, mesmo sabendo que nunca repetirei Miles Davis numa fotografia, gosto de sincronizar os passos, os movimentos, os desenhos e temas de quem fotografo entre uma nota e outra, entre respiros e penso que as cenas mais comuns das cidades sempre ecoarão em meus olhos às 3 da manhã de uma madrugada qualquer, como esta em que escolho fotos e arranjo estas palavras.
“Um provável homem doce”. Esse é o nome do experimento literário que o escritor potiguar Tullio Andrade está realizando em suas redes sociais.
“A ideia é escrever um romance em tempo real, quase um reality show literário, no qual o desenrolar dos acontecimentos na vida das personagens se confundem com os fatos que vão acontecendo no mundo real”, explica o autor,
A iniciativa entrou no ar no começo de março e de lá pra cá vem incorporando no cotidiano das personagens elementos da vida real, como a pandemia do Coronavírus. O enredo se concentra na relação entre um Designer que acabou de completar seus 40 anos está reavaliando sua vida e suas relações, especialmente sua relação com a única filha.
“Eu tinha a ideia de um núcleo inicial para tratar de certos temas que devem ser o centro do romance, as relações entre pessoas. Nesse panorama, a proposta é usar a realidade de coisas que eu me deparo no dia a dia para costurar o enredo quase de improviso com esses fatos que vão acontecendo”, explica.
No entanto, segundo o autor, não estava prevista a pandemia pela Covid-19, então a história, respeitando os fatos do cotidiano, incorporou esse fato ao enredo e trouxe “novas camadas a serem exploradas na vida das personagens”, como afirma Tullio.
Para acompanhar o experimento “Um provável homem doce”, basta seguir o autor nas suas redes sociais (Instagram: @tullioandrade; e Facebook: “Tullio Andrade”) ou acessar o blog Textos Tullio Andrade.
Tullio Andrade é jornalista e escritor e possui uma atuação literária local há mais de 15 anos, especialmente com o incentivo à disseminação da literatura nos meios digitais.
Publicou obras como “Perto do Chão” (Editora Verborrágicos, 2015), “Morte Absoluta” (Editora Multifoco, 2016) e “As aventuras de Sarah – a fadruxa bebê” (Infantil pela Editora Verborrágicos, 2015); e “O que seus olhos nunca me dizem” (Editoa Multifoco, 2019).
Além disso foi agraciado com o segundo lugar no Prêmio Nacional Monteiro Lobato, promovido pelo Sesc-DF em 2007, Menção honrosa no Concurso Paulo Leminsk em 2007; e quinto colocado no concurso de Crônicas Ruben Braga, promovido pela Academia Cachoeirense de Letras em 2005.
O Portal Cultura Natal foi criado para abrigar playlists de artistas das mais variadas vertentes culturais de Natal. A ideia é montar um mosaico da arte natalense em uma mesma mídia.
O canal, recém criado pelo produtor cultural André Maia, já possui sete playlists (cinema potiguar, webséries potiguar, instrumental natal, teatro natal, palhaço natal, clássicos natalenses e pop natal) e 70 vídeos disponibilizados.
Para participar, basta o artista enviar o link do seu vídeo já postado no youtube ao email portalculturanatal@gmail.com. Não é o arquivo do vídeo, pois o objetivo é que a visualização do material seja contabilizada para o canal do artista.
“O Portal Cultura Natal é um repositório para divulgação. Um veículo onde o internauta pode encontrar uma variedade de artistas e segmentos culturais. Tudo gratuito e com monetização revertida ao próprio artista”, explicou André Maia.
A ideia do canal partiu de discussão travada no grupo de whatsapp Cultura RN. Vários membros criticaram uma convocatória da Prefeitura de Natal para artistas divulgarem seus trabalhos no canal da própria Prefeitura.
Artistas cederiam todos os direitos autorais e o produto audiovisual pertenceria à Prefeitura, como um canal de divulgação em tempos de quarentena. Uma desvalorização à obra artística e seus autores.
Embora tenha idealizado o Portal Cultura Natal como alternativa à ação municipal, o produtor André Maia se prontificou a ajudar a Secretaria de Cultura de Natal a modernizar o conteúdo da convocatória, mas não obteve êxito, segundo afirma.
“Mas as portas estão abertas ao diálogo para construção de uma cultura mais inclusiva e participativa junto aos artistas”, conclui o produtor. Uma live está programada para logo mais às 22h no instagram de André (@andremaialima) para tirar dúvidas sobre o novo portal de cultura de Natal.
E nosso canal Papo Cultura TV fará parte da lista de canais do portal, que irá disponibilizar, em breve, outros canais de cultura do Estado.
Um vídeo de apresentação foi montado com alguns artistas potiguares, editado pela produtora audiovisual Babi Baralho a partir de texto do ator Rodrigo Bico. A identidade visual do portal é assinada por Filipe Marcus, também de forma colaborativa.
Dois grandes nomes do teatro brasileiro são os convidados desta quinta-feira (21) a partir das 17h para participar da Live Diálogos Culturais, promovida pela Fundação José Augusto. A transmissão será pelo instagram @culturarn.
Tratam-se do ator e dramaturgo Eduardo Moreira e da atriz e diretora Inês Peixoto, que debaterão temas voltados às artes cênicas brasileira. O bate-papo terá a mediação do Coordenador de Teatros da FJA, Ronaldo Costa.
A transmissão será realizada no perfil @culturarn do instagram e pelo Facebook da FJA. A ação integra o projeto #toemcasatonarede que incentiva as pessoas a ficarem em suas residências para o enfrentamento à pandemia da COVID 19.
Atriz e diretora, Inês Peixoto ingressou no Teatro Universitário (TU) em 1979 e, em 1981 migrou para o Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado (CEFAR), onde se profissionalizou.
Trabalhou em vários espetáculos de produtores locais na década de 1980, entre eles: “A Viagem do Barquinho”, “Quando Fui Morto em Cuba”, de Belisário Barros e “Foi bom, meu bem?”, Luiz Carlos Moreira.
Participou da comédia musical “No Cais do Corpo”, de Ricardo Batista, trabalho que uniu o grupo de atores e músicos, que formaria “Veludo Cotelê”, a maior banda de rock-brega do mundo.
Paralelamente, produziu e atuou em peças como “Casablanca, meu Amor”, de Yara de Novaes. Em 1992, depois de participar de uma série de workshops promovidos pelo Grupo Galpão, que passou a integrar após ser convidada para a montagem de “Romeu e Julieta”, de Gabriel Villela.
No cinema, participou de “Vinho de Rosas” e “O Crime da Atriz”, de Elza Cataldo; “5 Frações de Uma Quase História”, de Criz Azzi; “Outono”, de Pablo Lobato; “Tricoteios”, de Eduardo Moreira, Rodolfo Magalhães e Criz Zago; “Os Filmes que Eu Não Fiz”, de Gilberto Scarpa; “Revertere ad Locum Tum”, de Armando Mendz; “Oxianureto de Mercúrio”, de André Carreira; entre outras peças.
No teatro dirigiu os espetáculos “Vexame”, “Arande Gróvore”, “Doida”, “Bumm”, “Tempo de Águas” e “Cidades dos Sonhos”.
O ator, dramaturgo e escritor Eduardo Moreira dirigiu inúmeros espetáculos em parceria com diferentes grupos no Brasil e no exterior, com o Dell’Arte Company da Califórnia (EUA), Clowns de Shakespeare de Natal (RN), Teatro da Cidade e Teatro da Aldeia de São José dos Campos (SP), entre outros.
Como dramaturgo escreveu textos como “De Tempo Somos”, “Nós” e “Outros”, “Os Gigantes da Montanha” de Luigi Pirandello e “Um Molière Imaginário” (baseado em “O Doente Imaginário”) de Molière.
No cinema atuou em inúmeras produções, destacando-se “O Ano que meus Pais Saíram de Férias”, de Cao Hamburguer; “Batismo de Sangue”, de Helvécio Ratton.
Escreveu os livros “Grupo Galpão: 25 anos de encontros” e sete volumes da coleção de diários das montagens do grupo, relatando o dia a dia de ensaio dos espetáculos “A Rua da Amargura”, “Encontro com Paulo José”, “O Inspetor Geral”, “Um homem é um Homem”, “Till, a saga de um herói torto”, “Tio Vânia” e “Os Gigantes da Montanha”.
Diálogos Culturais
Live com Inês Peixoto e Eduardo Moreira
Data: Quinta (21/05) às 17h
Instagram @culturarn e Página oficial da FJA no Facebook
A população da zona norte de Natal volta a contar com mais um equipamento urbano destinado a apresentações artísticas e grupos de cultura popular. A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) entregou essa semana, a obra de reforma e revitalização do Espaço Cultural Jesiel Figueiredo.
O Espaço Cultural Jesiel Figueiredo é um complexo de cultura e lazer localizado entre os bairros de Lagoa Azul e Pajuçara, situado no lado esquerdo da Rua Guararapes (sentido Santarém/Gramoré).
O Espaço teve seus dois anfiteatros totalmente recuperados e ficarão disponíveis para as apresentações culturais que têm sido um ponto forte de produção principalmente nas áreas de Hip-Hop, repentistas e bandas musicais.
Uma nova atração do espaço são os painéis de grafite de autoria de artistas potiguares. Os técnicos do setor de Operações da Semsur já concluíram a recuperação e pintura dos dois anfiteatros e trabalham agora nos últimos retoques do passeio público de pedra. O busto de Jesiel também está revitalizado e o parque infantil está recebendo novos brinquedos.
A obra de recuperação contemplou a estrutura física do espaço com todos os seus equipamentos. Foram feitas recuperação das muretas e pintura do gradil no entorno do perímetro, substituição de esquadrias, lixeiras, louças sanitárias e torneiras dos banheiros.
Também foi realizada a revitalização total do caramanchão e do complexo paisagístico. Os anfiteatros ganharam nova iluminação de 12 postes com lâmpadas e refletores de LED.
Sabe aquela famosa canção de Beto Guedes que alerta: “Quando eu falava/ Dessas cores mórbidas/ Quando eu falava/ Desses homens sórdidos/ Quando eu falava/ Deste temporal/ Você não escutou…”
Não foram poucas as recomendações para Regina Duarte manter sua imagem de “namoradinha do Brasil”. Mas sem qualquer experiência na máquina pública, resolveu se enamorar do presidente. E foi traída.
Até tentou a imparcialidade. Assim me parece. Encaixar projetos de gêneros e quetais, sem privilégios a partidos. Mas encarou a sordidez e o pensamento conservador em cada porta que bateu.
Foram pouco mais de dois meses praticamente conhecendo a pasta, se ambientando em uma cova de leões da esquerda tradicionais e novos capirotos da direita. E a imagem de uma entrevista atabalhoada.
Segundo disse Bolsonaro ao G1, a atriz assumirá a Cinemateca, em São Paulo, “para continuar contribuindo com o Governo e a Cultura Brasileira”. Que pelo menos dessa vez Regina Duarte assuma o pulso da viúva Porcina.
Foto: Andre Borges/NurPhoto via Getty Images
As expectativas raramente são benéficas quando se trata de cinema. Há sempre que se deixar levar por uma obra para que ela tenha a oportunidade de provar seu valor. O cinema de gênero vem exatamente ao encontro das expectativas, abraçando-as com carinho. Isso porque o funcionamento interno de um filme que venha a se encaixar nessa definição é uma leitura específica do seu gênero. Tais filmes criam suas próprias galáxias, mas sempre dentro de um universo corajoso, este que enfrenta as expectativas.
Pensando nisso, preparamos uma lista com alguns dos melhores filmes de ficção científica disponíveis no streaming do Telecine. A ideia é que a lista funcione para muitos gostos diferentes, tanto para assistir quanto para reassistir. Os filmes citados e brevemente resenhados mais abaixo são somente indicações. Porque toda a apreciação depende de questões subjetivas do imaginário e, claro, do gosto pessoal (até por isso a lista é bem diversa).
Sem mais demora e, como sempre, dentro de uma abordagem sem verdades absolutas, vamos à lista de 10 dos melhores filmes de ficção científica disponíveis no streaming do Telecine (em ordem alfabética e desconsiderando os artigos):
Entrou na lista de filmes cults e não poderia deixar de entrar nesta. 2001: Uma Odisseia no Espaço influenciou praticamente tudo do gênero que veio na sequência. Então, indicar o filme que, talvez, seja uma das maiores obras-primas do cinema é mais fácil do que escrever sobre ele.
A sinopse oficial simples (bem simplificada mesmo) diz: “Depois de descobrir um artefato misterioso enterrado sob a superfície lunar, a humanidade parte em uma busca de suas origens com a ajuda do supercomputador HAL”.
Aeon Flux pode não ser um filmaço, mas talvez precise de uma apreciação um tanto quanto descompromissada para embarcar na história de uma assassina misteriosa (interpretada por Charlize Theron) que trabalha para um grupo de rebeldes que tenta derrubar o governo. Pode ter uma avaliação bem negativa da crítica especializada em geral, mas, por outro lado, tem algum potencial para divertir e ser redescoberto.
Entrou na lista a título de curiosidade… e é um filme bem curioso – para o próprio bem ou para próprio mal.
Bumblebee é, sem dúvida alguma, um filme de roteiro simples, talvez requentado e até clichê, mas cheio de intenções sinceras, que se posiciona a léguas de distância dos cinco que fizeram a pentalogia antecessora – especialmente em seus propósitos. A proporção é a mesma às vezes, mas invertida: se em Transformers (2007) e em Transformers: A Vingança dos Derrotados (2009) Michael Bay (de Esquadrão 6, 2019) explora o corpo de Megan Fox (e nos seguintes os de Rosie Huntington-Whiteley e Nicola Peltz), aqui a direção de Travis Knight parece responder, recobrindo Hailee Steinfeld com um respeito absoluto.
Entrou na lista porque Bumblebee (o robô) é a dama de honra de um blockbuster que traz a década de 1980 para bem perto do público, mas que entende o seu tempo, a sua voz e que é a sua vez.
Confiante, libertina, ultraviolenta e com atitude (muita!), a direção de Pete Travis sabia que a sua fonte não foi escrita para crianças (apesar de algumas lerem) e, portanto, criou um filme para quem consegue enfrentar alguns instantes brutais. Uma história de crise, decadência, tribos, rituais, sangue e verdade.
A história é centrada em uma cidade futurista distópica onde a polícia tem autoridade para agir como juiz, júri e carrasco. E é uma readaptação: o primeiro filme, protagonizado por Sylvester Stallone (também no streaming do Telecine com o título nacional O Juiz) passou bem morno por público e crítica, talvez pela necessidade de Stallone mostrar o rosto. Mas aqui, em Dredd (no original e como está no catálogo), é tudo isso sem precisar tirar o capacete. E é insano.
Um clássico da ficção científica direto da década de 1970, Os Invasores de Corpos tem como protagonista Donald Sutherland e conta ainda com o até hoje quase onipresente em filmes do gênero Jeff Goldblum. Na história, várias pessoas começam a agir estranho, a ponto de Matthew Bennell (Sutherland) chegar a conclusões surreais. A direção é de Philip Kaufman, que, mais tarde, dirigiria o excelente A Insustentável Leveza do Ser (de 1988).
A atuação de Scarlett Johansson, os efeitos visuais e as cenas de ação são, de fato, pontos fortes de Lucy. Mas, apesar de o filme ter recebido críticas às vezes bem pesadas sobre suas inverdades, a questão é que, no final das contas, trata-se de um filme. Como tal, Luc Besson (de O Quinto Elemento, de 1997), que escreveu e dirigiu, usou toda a sua liberdade para criar um universo possível enquanto cinema, independente de fatos da realidade. O universo próprio de Lucy, a construção de Besson para que o conjunto funcione e a utilização da ciência muito mais como um suporte para a ficção do que como uma aliada de peso igual, faz do filme algo único, autoral.
A sinopse diz: Ameaçada, Lucy (Scarlett Johansson) aceita trabalhar como mula para a máfia chinesa, transportando drogas dentro do seu estômago. Mas, quando o seu corpo acaba absorvendo as drogas, ela ganha poderes sobre-humanos, incluindo a telecinesia, a ausência de dor e a capacidade de adquirir conhecimento infinito.
Provavelmente, é o filme com mais fãs fervorosos da lista. Matrix vale assistir independente do gosto pelo gênero. E reassistir também é algo que, a cada vez, tem poder de fazer novas revelações. A trama segue Neo (Keanu Reaves) um homem que aprende com rebeldes misteriosos sobre a verdadeira natureza de sua realidade e seu papel na guerra contra seus controladores. Mas nenhuma sinopse, curta ou longa, substitui a experiência de assistir ao filme. Um filmaço de um ano que marcou o cinema para sempre.
Entrou como bônus mudo na lista de filmes cults, mas não poderia deixar de estar aqui, sendo a mãe e o pai das ficções científicas.
Em uma cidade futurista fortemente dividida entre a classe trabalhadora e os planejadores da cidade, uma profecia que prediz a vinda de um salvador para mediar as diferenças é entrecortada por uma paixão.
Metrópolis é uma das maiores obras-primas da história do cinema, influenciando a ficção científica para sempre e elevando o cinema mudo ao seu máximo. Fritz Lang, diretor do filme, ainda tem Os Conquistadores (que não é da era do cinema mudo) no catálogo do streaming do Telecine.
Três amigos ganham superpoderes após fazer uma descoberta incrível no subsolo. Logo, suas vidas passam a estar fora de controle e, aos poucos, despertam lados sombrios da existência.
Produzido como um falso documentário, o filme de John Trank é uma fábula que flerta com o terror sobre amizade e destino e sobre a influência das nossas decisões tanto para um mundo particular quanto para todos que nos cercam.
Poder sem Limites ainda conta com Michael B. Jordan (o Erik Killmonger de Pantera Negra) sendo apresentado em grande escala como um dos protagonistas do filme.
A versão mais recente dirigida pelo brasileiro José Padilha (que também consta no catálogo do streaming do Telecine) até consegue trazer algum frescor à história, mas, perto desse clássico da ação e ficção científica capitaneado por Paul Verhoeven, tudo pode parecer sem peso.
No futuro, a cidade de Detroit é dominada pelo crime. Quando Murphy, o melhor policial da corporação, é assassinado, ele é revivido e transformado em uma mistura de máquina e homem a serviço da justiça: o RoboCop.
Agora, ficam aí os comentários para que, em um momento tão delicado, possamos trocar indicações e ir criando uma corrente de filmes cada vez maior. Tenho certeza que vocês podem complementar e enriquecer tudo. Vamos conversando, debatendo…
Este texto foi publicado originalmente no Canaltech
O projeto Live Conexão, encabeçado pelo cantor e compositor potiguar Yrahn Barreto, tem início nesta quarta (20) pelo Instagram.
Feito para interagir virtualmente nesses tempos de pandemia, o objetivo é bater um papo descontraído sobre música, trajetória e a produção atual de cada convidado.
E para estrear o projeto, o primeiro convidado é o cantor e compositor Tatá Aeroplano (SP). Ele contará um pouco sobre seu processo de composição e sobre seu mais novo álbum.
Em agosto de 2019, Tatá Aeroplano se reuniu no Estúdio Minduca com Dustan Gallas, Junior Boca, Bruno e Lenis Rino para gravar, arranjar e produzir coletivamente seu 6º disco, que contou com participações especiais de Bárbara Eugenia, Biba Graeff e Malu Maria.
É o 14º álbum da carreira que começou em 2004 com os lançamentos de “Freak To Meet You” com a Jumbo Elektro e “Onda Híbrida Ressonante” com a Cérebro Eletrônico, bandas criadas por Tatá.
Projeto Live Conexão
Dia: 20/05/2020
Hora: 16h
Onde: Live no Instagram:
@yrahnbarreto
@tata_aeroplano
A Fundação José Augusto promove nesta quinta-feira (21/05) às 20h, pela plataforma Google Met, uma webcobferência sobre a Lei de Emergência Cultural que será votada no Congresso Nacional (PL 1075/2020).
O debate é destinado a artistas, produtores(as) culturais, técnicos, secretários(as) e dirigentes culturais municipais de cultura, pontos de cultura, agentes de cultura, conselhos de cultura, fóruns de cultura, mestres e mestras, cantadores, violeiros, repentistas, artistas digitais, rapers, capoeirista, redes e movimentos culturais.
Webconferencia sobre a Lei de Emergência Cultural
Data: Quinta-feira, 21/05
Horário: 20h
Através da Plataforma Meet Google com link a ser divulgado nas redes sociais da Fundação José Augusto.
E-mail: Sergiovilarjor@gmail.com
Celular / Zap: (84) 9 9929.6595 Fale Conosco Assessoria Papo Cultura