Poeta, escritor, bibliófilo e editor, o cearense, radicado em Mossoró, Clauder Arcanjo, desembarca em Natal, dia 3 de dezembro, terça feira, para lançar, a partir das 17h30, na Academia Norte-rio-grandense de Letras, instituição da qual ele é membro, seu mais novo livro, “Sinos (Campanas)”, Edição da Sarau das Letras em parceria com a Trilce Ediciones (Salamanca -Espanha).
Clauder Arcanjo é natural de Santana do Acaraú (CE) e reside em Mossoró (RN), desde 1986. Graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Ceará (UFC), ficcionista, cronista, poeta e ensaísta. Durante anos foi professor universitário e é um dos idealizadores-produtores do programa Pedagogia da Gestão, na Tv a Cabo Mossoró (TCM), programa voltado ao incentivo às boas ações de gestão, educação e cultura na região Oeste do Estado. Clauder Arcanjo fundou juntamente com o escritor David de Medeiros Leite, a Editora Sarau das Letras, que já publicou mais de 200 livros.
Por alguns anos, Clauder foi cronista semanal do jornal Gazeta do Oeste (Mossoró), e usou durante muito tempo o heterônimo Carlos Meireles (homenagem a Carlos Drummond e Cecília Meireles) para resenhar textos literários, colaborando em sites, revistas e jornais de várias partes do país. Atualmente coordena, no Jornal de Fato, o Espaço Martins de Vasconcelos e escreve para a versão online do jornal O Mossoroense e a revista cultural Kukukaya, dentre outros veículos literários.
Publicou os seguintes livros: “Licânia” (contos), “Lápis nas Veias” (minicontos), “Novenário de Espinhos” (poemas), “Uma Garça no Asfalto” (crônicas), “Pílulas para o Silêncio” (aforismos, edição português-espanhol), “Cambono” (romance), “Separação” (contos), “Mulheres Fantásticas” (contos). E organizou em parceria com David de Medeiros Leite, “Sarau das Letras – Entrevistas com Escritores”; e com Ângela Rodrigues Gurgel e Raimundo Antônio, a coletânea “Café & Poesia”: volume I e Vol. II, em parceria com Kaliane Amorim e David de Medeiros Leite.
Clauder Arcanjo é membro da Academia de Letras do Brasil (ALB), Academia Mossoroense de Letras (AMOL), da Sociedade Brasileira para Estudos do Cangaço (SBEC), do Instituto Cultural do Oeste Potiguar (ICOP), e de outras instituições culturais e literárias de todo o país.
Em 2017, o escritor recebeu o título de cidadão norte-rio-grandense, que lhe foi concedido pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.
O escritor ainda tem no prelo “Carlos Meireles: Oficio de Bibliófilo”, ensaios críticos e resenhas de sua autoria, dispersos em revistas e jornais.
Além do lançamento do seu novo livro, Clauder Arcanjo participará de uma série de atividades culturais, na Grande Natal, dentro do seu oficio de militante e ativista cultural.
A seguir, alguns trechos da entrevista, que nos concedeu, para o livro “Impressões Digitais – Escritores Potiguares Contemporâneos” v. 1, primeiro trabalho de uma série de entrevistas que fizemos com mais de cem escritores potiguares.
No começo, tão só as leituras paradidáticas. Algumas, enfadonhas e fora de época, e de qualquer propósito. Outras, nem tanto. No caminho, graças a Deus, a mão orientadora do mestre Galvino. Ele lia para nós, seus alunos, com prazer e paixão. Nas férias, catando novidades na biblioteca do grupo escolar, a descoberta de Jorge Amado, José Lins do Rego, e tantos outros.
Sou engenheiro de petróleo, ao concluir o curso de formação, em Salvador, Bahia, optei por trabalhar em chão potiguar. No início, no vale do Açu; pouco depois, em Mossoró, onde resido até hoje.
Quando aqui cheguei, lá pelos idos de 1986, era tão somente um aprendiz de leitor. Confesso que, da literatura do Rio Grande do Norte, quase nada sabia. Foi pelos jornais, no entanto, que encontrei (e me alumbrei com) a prosa de Dorian Jorge Freire. Com o passar dos anos, curioso, meti-me pelos desvãos da poesia e da crônica potiguares. Não parei mais.
Do engenheiro, no escritor, ficou, acho eu, a disciplina e algum sentido de proporção, não mais. Do poeta e ficcionista, no engenheiro e gerente, um melhor entendimento dos dramas e tragédias humanas. O engenheiro ganhou mais, concorda?
A Sarau é coisa de quem adora livros. Melhor, de malucos por livros. David Leite e eu, cansado de vermos os novos autores publicando edições descuidadas, resolvemos ousar, criando um novo selo.
Licânia reuniu não os meus primeiros contos, mas, sim, aqueles que eu julgava mais maduros, e melhores concebidos. Li-o, reli-o, treli-o, rabisquei-o… quase à exaustão. Alguns amigos, em especial os mestres Manoel Onofre Júnior, Sânzio de Azevedo, David Leite, Marcos Ferreira, José Nicodemos, com suas avaliações e sugestões, fizeram-no melhor. Não tive, até hoje, coragem de relê-lo, na íntegra, após ter sido publicado; não por rejeitá-lo, nunca, mas com receio de querer revisá-lo, remendá-lo… Enfim, recomeçá-lo, reescrevê-lo. Tudo de novo.
A concepção de cada conto foi uma catarse, um (re)encontro com os meus espectros, com os guardados da minha província. A ficção é algo que nos consome e nos encanta. Conceber um conto é mister sobremaneira difícil, quem lê um Machado de Assis, um Tchekhov, um Moreira Campos, um Borges, um Miguel Torga… bem sabe a que estou me referindo.
Tempo, dedicação, seriedade e muito, muitíssimo respeito ao leitor. Tenho ojeriza aos que concebem sem humildade, sem submeter os seus escritos à quarentena da gaveta. Explico: guarde seus textos numa gaveta bem funda, deixe-os escondidos dos seus olhos por um longo período de tempo; depois, com o olhar crítico, revisite-os: limando-os, polindo-os, e, em especial, avaliando se resistiram ao julgamento do tempo. Uma espécie de vacina de gaveta. Depois de publicado, babau, o livro já não é mais seu, amigo. Parafraseando o poeta Mario Quintana, um erro em livro é um erro eterno.
Minha preferência? Não saberia responder. Às vezes, quero me expressar em contos maiores, em outros casos, motivo-me para criar algo mais minimalista. Apenas uma exigência: a busca utópica pelo sublime e belo. Vã, mas gostosíssima, ilusão. Lápis nas veias traz um ensaio fotográfico de Pacífico Medeiros, dentro de uma ousada diagramação do Túlio Ratto, que salva o livro.
Escrevo e leio todo santo dia. Quanto mais leio, mais me critico e me motivo. Não me vejo sem a literatura. Cato assunto e mote em todo canto e lugar, passo os dias com as antenas ligadas: uma palavra, uma situação, uma lembrança… tudo vira motivo para criar. Nem tudo presta, mas confio mais na transpiração do que na inspiração.
O bibliófilo nasceu primeiro. Depois, numa gravidez tubária, o escrevinhador. Como os livros nascem dos livros, tenho fé que, um dia, me farei melhor escritor (risos…). Minha biblioteca é o meu chamego maior: nela, abrigo doze mil paixões. Haja coração!
O Pedagogia da Gestão é um programa semanal que realizamos na TV Cabo Mossoró (TCM), e que se assenta no tripé: gestão, educação e cultura. Decidimos criar o Pedagogia para dar vez e voz aos novos talentos.
Ando, cada vez mais, relendo mais do que lendo. Nos últimos meses, vários livros de Machado de Assis, de Graciliano Ramos e de Lima Barreto. Da literatura local: o contista Newton Navarro, o poeta Paulo de Tarso Correia de Melo, o memorialista Manoel Onofre Júnior, os cronistas David Leite, Francisco Rodrigues da Costa (a quem nutro um carinho todo especial) e François Silvestre. Este, sem pestanejar, um artífice da palavra.
São os que me espantam, os que me alumbram, os que me fazem sentir menor, como escritor. São todos aqueles que, quando os leio, cato sempre pepitas novas na mina das suas criações. Alguns até já os mencionei: Shakespeare, Cervantes, Machado de Assis, Miguel Torga, Graciliano Ramos, Clarice Lispector, Italo Calvino, Tchekhov, Dorian Jorge Freire, Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade… Ficarei por aqui. Toda lista é falha, pois sempre incompleta.
Escrever e ler. Ler e escrever. Ler (e reler) cada vez mais os clássicos, e escrever com fúria, devoção e loucura.
Não posso fugir do lugar comum: escrever é uma forma de manter-me vivo.
Ilustração: Miguel Elias
Nos últimos suspiros do ano e a Comissão Normativa do Programa Djalma Maranhão analisou mais 19 projetos. O resultado saiu hoje no Diário Oficial do Município. Deste, 14 foram aprovados. Confiram:
Proponente: ODETE PEREIRA ALVES
Nome do Projeto: VÁRIAS VOZES, UM SÓ CANTO IX – CENAS DO ROSÁRIO
Proponente: CARMEM PRADELLA
Nome do Projeto: GRAVAÇÃO DO DVD/CD E SHOW DE LANÇAMENTO DE CARMEM E LEVI
Proponente: Território Potiguar – Turismo e Produções Culturais
Nome do Projeto: HILKÉLIA 2019
Proponente: LEIROY CHERIDAN
Nome do Projeto: CARNASINSP – BLOCO CULTURAL DOS SERVIDORES – CARNAVAL 2020
Proponente: ROGERIO FERRAZ
Nome do Projeto: ESPETÁCULO QUEDA – SOBRE AS RUÍNAS DE UM SONHO
Proponente: J LESSA FURTADO
Nome do Projeto: FESTIVAL CAMOMILA – CULTURA E AUTOCONHECIMENTO
Proponente: NATHALIA SANTANA
Nome do Projeto: FESTIVAL PONTO DE EBULIÇÃO
Proponente: DANIELA SÁ DE PAULA
Nome do Projeto: DOMINGO ANIMADO
Proponente: MARIANA ARÊIA LEÃO HARDI
Nome do Projeto: MITOS ENREDADOS – LIVRO E EXPOSIÇÃO
Proponente: RAFHAEL DANTAS DE CARVALHO
Nome do Projeto: FESTIVAL SAMAMBAIA
Proponente: ANDREW HENRIQUE DE OLIVEIRA GOSSON
Nome do Projeto: ESPETÁCULO INFANTIL DANI E OS PEQUENINOS
Proponente: VALÉRIA OLIVEIRA
Nome do Projeto: GRAVAÇÃO CD “SACRÁRIO”
Proponente: ARLINDO BEZERRA
Nome do Projeto: FESTIVAL DE CANTO LÍRICO
Proponente: MÔNICA MAC DOWELL
Nome do Projeto: CORES DO NOSSO SAMBA
Proponente: CASA DE APOIO À CRIANÇA COM CÂNCER DURVAL PAIVA
Nome do Projeto: OLHARES QUE INSPIRAM
Proponente: ESPAÇO CULTURAL CASA DA RIBEIRA
Nome do Projeto: CURTO TEATRO
Proponente: MÁRIO SÉRGIO CANUTO
Nome do Projeto: CAMOMILA CHÁ & SKARIMBÓ – “CANTOS SAGRADOS” – SHOW E GRAVAÇÃO DO DVD AO VIVO
Proponente: CAMILA PEDRASSOLI
Nome do Projeto: AÇÃO CAMOMILA CHÁ – PAZ E CULTURA TRANSFORMANDO A SOCIEDADE
Proponente: FERNANDO LUIZ
Nome do Projeto: LIVRO A VIDA DE ARTISTA – 2ª EDIÇÃO
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São oito horas ininterruptas de atividades culturais em um lugar aprazível. Por isso a Feira da Diversidade alcança sua 58ª edição neste domingo, sempre com bom público e atrações convidativas. O evento acontece no Porão das Artes, em Pium. Início às 12h e término às 20h. O acesso se dá mediante doação de um quilo de alimento ou R$ 3, que são doados ao Projeto Amar, da Vila de Ponta Negra.
Além da já tradicional feirinha de produtos, o evento oferece ainda shows com dois dos melhores compositores potiguares: MagodaSilva, acompanhado da banda Mulambo Vivo e o Carnaval Sem Futuro e com show do ainda inédito disco Ondeando, com início às 18h; e também o show de Yrahn Barreto, compositor dos mais premiados da nova geração.
Você sabe o que é Música Potiguar Mundi-Sã? Sinestesia pura. Você vai curtir sambarocksteadyfunksouldubaião… Dessa vez, um show tipo LIVE pra circular nos espaços de cultura do RN, divulgando o processo de arranjo e interpretação das composições que vão estar em sua próxima produção fonográfica oNdeaNdo, disco ao qual o Malandro Beatnik Nordestino se refere como música mais temperada, sempre em fluxo, se transformando ao vivo a cada vez que se escuta, como se faz em qualquer Jam Session.
O set tem faixas do CD e o pior qu’isso tudo não é ficção… (2011), do EP .com si em cia (2018), o uso de riddims, bases de
música digital, como dancehall, trap, afrobeat, batucadas sampleadas, binaural beats, além de versões do pop mundial.
A banda é formada por maGodaSilva (voz, guitarra e cavaquinho), que convida Amaro Trompa (trompete e flughel) e Dinei Teixeira (Percuteria), re-inventando sucessos de Paulinho da Viola, Ponto de Equilíbrio, Seu Pereira e o Coletivo 401, Baco Exu do Blues, J. Balvin e até canções de Domínio Público.
Yrahn Barreto é um colecionador de prêmios. Foi finalista do Concurso de Música da Cidade de Natal 2018 e do Forraço 2018 e 2019. Foi agraciado com Prêmio Deusa do Forró no Cine Teatro de Parnamirim na categoria Melhor Compositor em 2018. Venceu como melhor intérprete o Festival Dosinho de Marchinhas Carnavalescas 2018, além de melhor marchinha com a “Transforme-se” (Yrahn Barreto/ Jamilly Mendonça). Em 2019 ganhou o II Concurso de Marchinha Junina Faz mais Elino e o prêmio de melhor interprete do concurso.
Em 2015 Yrahn levou o Prêmio Hangar de Música na categoria “Melhor música do Ano”. Em 2016 “Melhor compositor do ano”. E em 2018 foi o único artista da noite a receber dois prêmios Hangar de Música: “Melhor intérprete e Melhor compositor do ano”.
Em 2014, Yrahn lançou na CIENTEC seu primeiro CD com 11 canções autorais intitulado, “GERAÇÃO”. Em 2015, lançou também na CIENTEC, o segundo CD “Ao Gosto dos Anjos” num formato intimista, voz e violão. Em 2018 Yrahn lança seu álbum de trabalho atual “Eu e a Máquina” no palco do SESC Cidade Alta com casa lotada.
Em agosto de 2016 Yrahn gravou o DVD do show “Ao Gosto dos Anjos” no TCP – Teatro de Cultura Popular Chico Daniel, sucesso da crítica local, o show foi indicado ao melhor show do ano no prêmio Troféu Cultura 2016, juntamente com outra indicação na categoria de melhor cantor. Repetindo a dose com a indicação na categoria melhor cantor do ano pelo Troféu Cultura 2017.
Este fim de semana integrará inovação, cultura, saúde, ciência e tecnologia em evento aberto ao público na Vila Feliz, em Pium. A programação, entre sexta e domingo, dentro do I Workshop de Inovação em Saúde de Parnamirim (WorkInovas).
O evento contará com exposição de artes, roda de conversa sobre poesia e literatura, feira de livros, mostra audiovisual com exibição de curta-metragem, sessão de autógrafos e show musical de Jamilly Mendonça e Yrahn Barreto, com a coordenação cultural de Carla Alves e Aluízio Mathias.
Para a idealizadora do WorkInovas, Maria Nascimento, o evento é realizado para a comunidade. “Enquanto teremos palestrantes no auditório falando sobre inovação e empreendedorismo na área da saúde, toda a área externa da Vila Feliz estará aberta à comunidade, numa integração entre ciência, arte e cultura”, disse.
O evento é uma realização de Maria Nascimento Arte e Cultura junto com os organizadores Gláucio Brandão da InPACTA- UFRN, Elionai Moura da Plused e Andrea de Sá.
Tem ainda o patrocínio da Prefeitura de Parnamirim, doTerra Essential Oils, Clínica Lar e Távola Livros e o apoio do Complexo Integrado de Terapias e Ensino, Adolos BPO, Jerimum Valley e da Fundação José Augusto.
I Workshop de Inovação em Saúde de Parnamirim (Workinovas)
Local: Vila Feliz – em Pium
Data: 29 e 30 de novembro e 1º de dezembro
Ingresso: Programação cultural – gratuita e Programação científica –
18h40 – Música Instrumental – flautista Andrea Silveira – auditório
20h20 – Poesia – Weid Sousa – auditório
9h30 – Exposição ‘Raízes Ancestrais’ – Weid Souza – Jardim da Arte
10h – Roda de Conversa – ‘A Poesia da Resiliência e da Auto-formação Humana – A Psicologia Positiva Aplicada à Arte’ – Convidada: Professora Evanir Pinheiro e Mediação: Professora Weid Souza – Tenda Literária
10h – Sessão de autógrafos do livro: ‘Do Casulo à Borboleta’ – Eva Potiguar – Tenda Literária
11h – Exposição ‘Um Toque de Poesia’ – Poetas Potiguares – Fotografia: Flávia Freire e Curadoria: Carla Alves – Jardim da Arte
14h – Oficina ‘Poetrix em Suporte Alternativo: Produção em Livro Cartonero’ – Facilitadora: Gilvânia Machado – Tenda Literária
15h50 – A História de Maria de Déa por Célia Melo (atriz/contadora de histórias/cordelista) – Tenda Literária
16h10 – Roda de Conversa – ‘A Literatura e a Ressignificação da Vida’ – Convidados: Araceli Sobreira, Jânia Souza, José de Castro, Marcos Campos e Tereza Custódio e Mediação: Gilvânia Machado – Tenda Literária
17h10 – Feira de Livros – Sessão de Autógrafos com Escritores Potiguares – Tenda Literária
17h50 – Mostra Audiovisual: Exibição do Curta-metragem ‘Cidadãos Invisíveis’ – direção: Paulo Dumaresq – Auditório
18h30 – Show Jamilly Mendonça e Yrahn Barreto – Auditório
8h30 – Mostra Audiovisual: Exibição do Curta-metragem ‘Catarro’ – Direção: Paulo Dumaresq – Auditório
9h30 – Relato de Experiência – ‘A Prática da Biblioterapia – Tratando Feridas do Corpo e da Alma por Intermédio da Leitura’ – Palestrante: Sandemberg Oliveira – Auditório
10h – Roda de Conversa – ‘Folha Poética: Por Uma Leitura Pública e Gratuita’ – Convidado: Aluízio Mathias
10h – Sessão de Autógrafos – Fanzine: ‘Liberdade Palavra Poesia’ – Aluízio Mathias – Tenda Literária
11h – Sessão de Autógrafos – Livro: ‘Janela da Alma – Pela Prática da Biblioterapia’ – Sandemberg Oliveira – Tenda Literária
O fotógrafo e poeta Marcos Cavalcanti faz nesta sexta-feira (28), às 9h, a abertura da exposição fotográfica “ANDARES”, em sua segunda edição. A exposição segue o mesmo molde da realizada em 2017, ocupando mais uma vez as dependências do Fórum Miguel Seabra Fagundes.
A dimensão da mostra individual a coloca como uma das maiores já realizadas em Natal. Ao todo são 96 fotografias, no tamanho 30cm x 40cm, que serão expostas nos 8 andares e no subsolo do prédio, sendo 11 fotografias por andar. A exposição fica aberta ao público até o dia 19 de dezembro, com visitação das 8h às 14h, de segunda a sexta-feira.
Em cada andar do Fórum, o fotógrafo, que tem especial predileção por fotografar a arte em suas mais diversas formas e manifestações, vai apresentar os seguintes temas: Flora em Fruto, Olhares da Fauna, Esculturais, Pétreas Faces, Crepusculares, Artistas in Foco, Andares e De Perto ao Longe.
O artista que também é servidor público da Justiça Estadual conta com o apoio cultural do Sindjustiça e a logística do Pró-Vida e da Direção do Fórum.
Para Marcos, a exposição é uma excelente oportunidade de transformar um espaço geralmente visitado pela população apenas em função de suas demandas judiciais, numa grande Galeria de Arte, oportunizando não só aos que lá trabalham, mas também aos jurisdicionados e visitantes ocasionais, um contato mais próximo com a arte fotográfica.
Marcos Antônio Bezerra Cavalcanti, 46 anos, natural de Santa Cruz-RN, é funcionário público do TJRN, formado em Letras e Jornalismo pela UFRN, onde cursa, atualmente, Filosofia.
Marcos Cavalcanti vem se dedicando à fotografia desde o final da década de 1990, e a mostra é resultado de suas andanças ou de seus “andares” pelo mundo e dos milhares de cliques efetuados em roteiros que vão do próprio Brasil, passando pela Europa e Caribe.
O audiovisual ganha vez nesta sexta e sábado na programação do Natal em Natal 2019 com a promoção da Mostra Cine Natal. A programação, toda gratuita, acontecerá toda na Fundação Cultural Capitania das Artes (Funcarte), na subida da Ribeira, por trás do Solar Bela Vista. Confira:
18H00 – Mostra de Curtas Cine Natal
🎬 “ Em Reforma” (2019) – Direção: Diana Coelho
🎬 “A Tradicional Família Brasileira – Katu” (2019) – Direção: Rodrigo Sena Sena
19H00 – Abertura oficial do Mostra Cine Natal
🗣Mesa com Bené Fonteles e Regina Jehá. Mediação:Sérgio Cezar
20H30 – Exibição do longa-metragem:
🎬 “ Frans Krajcberg: Manifesto” (2018) – Direção: Regina Jehá
……………………………………………
18H00 – Mostra de curtas Cine Natal
🎬 “Leningrado, Linha 41” (2017) – Direção: Dênia Cruz
🎬 “A Parteira” (2019) – Direção: Catarina Doolan
🗣19H00 – Encontros Agripínicos com Lucila Meirelles e Cid Campos. Mediação: Carito Cavalcanti
20H30 – Exibição do loga-metragem:
🎬 “Rito do Amor Selvagem” – Direção: Lucila Meirelles
21H30: Show de encerramento do Mostra Cine Natal
🎤Cid Campos: “Poesia é Risco Mix”
Nesta quinta (28) o Clube do Samba Potiguar subirá ao palco do Teatro de Cultura Popular Chico Daniel para prestar uma homenagem ao baluarte e mestre do samba Antônio Melé pela passagem do seu centenário de nascimento. O evento ocorrerá a partir das 20h.
O repertório vem com 13 músicas sendo a maior parte de Antônio Melé (Praieira, Filosofia de malandro, Filosofia dos malandros, Vá dormir neném, Glória infinita e Casa de ferreiro) e outras de compositores potiguares como Mário Lúcio (Rocas, o passado não passou), Pedro Neto (Rocas, berço de bambas), Debinha Ramos e Tertuliano Aires (O samba das Rocas vem do mar), Marcos Souto e Carlos Brito (Terra do sol), Edmundo Souza (Bom malandro) e Mestre Luiz, Evilásio Galdino e Ghislaine Araújo (Rocas, lírio entre pedras).
Doze cantores interpretarão o repertório que tem a direção musical de Raphael Almeida e direção geral de Andiara Freitas:
– Praieira – Andiara Freitas e Evilásio Galdino
– O samba das Rocas vem do mar – Debinha Ramos e Marcos Souto
– Rocas, o passado não passou – Berthone Oliveira e Hélia Braga
– Filosofia de malandros – Damiana Chaves e Mário Bróis
– Bom malandro – Silvana Martins e Berthone Oliveira
– Terra do sol – Marcos Souto e Hélia Braga
– Filosofia dos malandros – Ivando Monte e Pedro Neto
– Rocas, lírio entre pedras – Evilásio Galdino e Mascarenhas
– Vá dormir neném – Mascarenhas e Andiara Freitas
– Minhas escola de samba – Ivando Monte e Damiana Chaves
– Glória infinita – Mário Bróis e Silvana Martins
– Rocas, berço de bambas – Pedro Neto e Andiara Freitas
– Casa de ferreiro – Toninho Melé, Pedro Neto e Debinha Ramos
Participarão também os músicos Paulo Pereira, Andrey Feitoza e Jussier Oliveira, além do ator e músico Zeca Santos e a bailarina Jamilah Al Hanna.
Esta homenagem integra a programação de comemoração do Clube do Samba Potiguar para o Dia Nacional do Samba e é a terceira realizada para sambistas do Rio Grande do Norte. Já foram homenageados também os mestres Mário Lúcio (2017) e Aluizio Pereira (2017). As homenagens integram um programa de ações de projeto para a valorização de artistas locais e conta ainda com ações educativas em escolas e faculdades e apresentações em bares e espaços culturais.
Antônio Melé foi um sambista de grande importância para a cultura potiguar, pois foi um dos fundadores da escola de samba mais antiga e em atividade de Natal/RN, a Malandros do Samba. Seu nascimento foi no dia 09 de novembro de 1919 e sua atuação artística foi mais intensa na década de 60 quando compôs o samba-enredo “Praieira”, vencedor do carnaval de 1967.
Sua carreira esteve sempre ligada à escola que era uma de suas paixões, além da pescaria e será nesse clima de mar e carnaval que o Clube do Samba Potiguar lhe prestará uma homenagem. O evento contará com a participação de diversos artistas da cidade, entre músicos, atores e bailarinos.
Show: Centenário de Antônio Melé
Quando: hoje, quinta-feira, 28 de novembro de 2019, 20h às 21h30
Onde: Teatro de Cultura Popular Chico Daniel, Rua Jundiaí, 641, Tirol
Ingressos: R$ 25/inteira e R$ 12,50/meia vendidos 1h antes do show
Informações: 84 98754-8070
Os domingos no Parque das Dunas rimam com música boa há mais de uma década graças ao projeto Som da Mata. Mas neste domingo, às 16h30, o arborizado espaço será brindado com uma apresentação especial. O último concerto de 2019 da Filarmônica UFRN seguirá o propósito de chegar mais próximo ao grande público para fechar com chave de ouro uma das melhores temporadas dos últimos anos.
Diferente dos concertos anteriores, não será necessário retirar ingresso já que o Parque das Dunas é aberto ao público. E importante ressaltar, os concertos mensais da Filarmônica UFRN têm ingressos distribuídos gratuitamente na Escola de Música da UFRN e também são sempre abertos ao público geral. Mas desta vez, em um espaço mais verde e convidativo.
Para este concerto em especial, o maestro André Muniz dividirá a regência da Filarmônica com o maestro Roberto Ramos. Também haverá a participação especial do grupo Madrigal da UFRN, sob a regência do maestro Leandro Gazineo. O Madrigal é outro patrimônio da EMUFRN, que há mais de 45 anos desenvolve e incentiva o canto coral pelo Estado potiguar.
Então, aproveita essa oportunidade única.
Evento: FILARMÔNICA NO PARQUE
Data: 01/12/2019 (domingo)
Local: Folha do Parque das Dunas
Horário: 16h30min
Obs: Não será cobrado ingresso para o Concerto, porém, a entrada no parque custa um valor simbólico de R$ 1.
A Tríade Rebelde formada por Felipe Nunes (Voz e Violão), Humberto Diógenes (Baixo), Victor Paes (Percussão) e Vandinho Amaro (Trompete) animarão as imediações do Bar do Pedrinho, famoso reduto do Beco da Lama. O show acontecerá nesta quinta (28), a partir das 19h. Acosso gratuito.
O repertório vem repleto de música latino-americana (Victor Jara, Violeta Parra, passando por Carlos Puebla, Buena Vista Social Club, dentre outro). É a primeira vez que o grupo, famoso por organizar a festa “Soy Loco Por Ti Cuba”, toca no Beco da Lama.
Além do show acontecerá também a vernissage do artista plástico Assis Marinho com o tema “Negro”, e ainda lançamento da camisa do bloco de carnaval “Me Enrola Que Tô Com Frio”. Também será a inauguração da Árvore de Natal do Beco da Lama, que ficará ali nas imediações do Bar do Pedrinho.
A Tríade Rebelde é uma banda formada por amigos que desejam compartilhar e celebrar a musicalidade latino-americana espalhada desde a ilha de Cuba até a Argentina. Trazem no seu repertório clássicos de Carlos Puebla, Violeta Parra, Buena Vista Social Club, Victor Jara, dentre outros compositores que formam a espinha dorsal da sonoridade do continente americano.
NOITE LATINO AMERICANA NO BAR DO PEDRINHO
Rua Vigário Bartolomeu, 540, Cidade Alta (Beco da Lama)
HORÁRIO: 19H
ENTRADA GRATUITA
Acordou. Levantou. Tomou banho. Cantou no chuveiro. Vestiu roupa bonita. Olhou no espelho a meia-idade chegando. Foi alegre encontrar a amante-de-fé. Na esquina teve enfarte fulminante e “virou jaz” (Aqui jaz…).
Morreu de amor? De falta de revisão? Ou morreu dos enroscos do prazo de validade do implacável Tempo?…
…. ♫♪ “Tempo, tempo, tempo, tempo… Entro num acordo contigo…
Tempo tempo tempo tempo… Compositor de destinos” ♫♫…
… poeticantando na sua Oração ao Tempo, VelosoCaetano em sua baianês pede ao Deus do Tempo bênçãos e axés… e num arrego de fé pede, sobretudo, um acordo.
Na cult-baianidade, a entidade do Tempo é Irôko, orixá do Tempo-Espaço, Senhor do Silêncio e dos Mistérios-do-fim-sem-fim. Mistérios que são trampos abissais pojados de solidão, exclusivos dos deuses imortais e seus caboclos escatológicos (Vida, Destino, Morte…).
Abro o parêntesis dos Mistérios. Para a gregalhada antiga, segundo o aedo Hesíodo, do séc. VIII aC, o deus Tempo é Khronus, força mítica, incorpóreo, infinito. É um dos doze Titãs, filhos incestuosos da deusa Gea (Terra) e seu filho Ouranos (Ceú). Gea, é a matrix primeiríssima da Vida, entidade divina, autocriada do Nada ou Cáos. Virgem, e sem umbigo, ela gesta por partenogênese, e quem sabe por masturbação hipersolitária, os primeiros filhos; com estes, por incesto, gera todas as criaturas. Nas 3 primeiras levas de incestos, nascem Titãs, Cíclopes, Hecatônquios (cem mãos, cinquenta cabeças). Deuses monstros, gigantescos, bipolares, porraloucas. Khronus, por exemplo, em surto corta os testículos do Pai Ouranos, com sua foice. Nada, Solidão, Autocriação, Virgindade, Incestos, Loucuras, Nonsense – essas são as marcas dos Mistérios Mitológicos da VidaViva. Fecho o parêntesis dos Mistérios.
Mas, seja Khronus ou Irôko, que acordo musicosonha CaetanoVeloso com Mr.Tempo? Talvez uma prorrogaçãozinha do prazo de validade? Talvez sonhos do eterno-fim-sem-fim? Quem sabe o que rola nos cotovelos e sonhos sensíveis, movidos a dendê, desse músicopoetabaiano-porretinha? Sei lá, mizifio!
Seja o que for, meus campanhas de copo-e-fé, Mister Irôko esse jovemvelho Orixá do Tempo, sem idade, nem documento, nem emeiu, nem zap-zap, nem facebook ou site, nunca nascido, nunca morrido, não perdoa. Não faz acordo. Nem ajuste fiscal. Nem os seus caboclos.
Em seu silêncio, espalhamento e solidão, Irôko nos dá, dia-a-dia, um pé na bunda rumo ao desmanche na eternidade. Como desmanche de carros velhos. E tamusconversados!
Afinal, o Homem é um ser-que-vai-indo, vai-indo, vai-indo… e acaba um “ser-ido” de vez, um “ser idoso”… no passar do Tempo. Vira suco de energia, pó de sonhos-perdidos.
Ópaíó, meu rei, ó!: envelhecer, velhar, velhuscar, melhor-idade, idade do lobo, etc e tal: todo esse nhem nhem nhem ou narrativa sobre a velhice compulsória e suas ferrugens, pra Khronus ou Irôko tanto faz. Apois então, não tem acordo mesmo. Não rola.
O Tempo nem mesmo respeita, o doce mantra poético dum velho-amigo meu, MaestroPrentice, professor de música, já partido pras bandas das estrelas-perdidas. Mas antes de partir, em plena solidão de seu sexagenário espírito jovem, declarou firme numa seresta doméstica: “não sou velho, nem idoso, sou um acúmulo-de-juventudes”.
Saravá, Prentice-velho! Porreta isso de envelhar como acúmulos de juventudes.
Mas não adianta, Mister Irôko e sua sinistra legião de caboclos escatológicos estão nem aí. Zombam de nós, míseros mortais. Basta olhar pro espelho nosso de cada dia.
Sacumé chaparia, falo da velhudez diária refletida, ali, na contraface do espelho-espelhomeu. Naquele momento em que sai lá das funduras da carniconsciência de cada um a implacável pergunta bolada de dúvidas: espelho-espelhomeu-estou-mais-velho-eu?
O espelho mágico do Tempo responde, voz cavernosa, um olho fechado outro aberto, sob grossas sobrancelhas: − Mísero mortal, você virou, no passar do Tempo, um desmanche mocoronga de ferrovelhoenferrujado! Virou salmoura de rugas, ruguetas, barriga de chopp, pneus na cintura, estrias, pés-de-galinha, papadas, pelancas, carequices, celulites, boca banguela, dentaduras soltas, verrugas, seios caídos, xanas-murchas e bagostristes!
− Porra, pega leve EspelhoMeu! Acabou comigo! Dá um tempo, pô!
Tonitroante EspelhoMeu resmunga: − Grunf! Grunf! Caluda mísero mortal! Caluda! E chupa essa, catraia-velha! Vosmicê já tá no enrosco do Tempo, já tá um velho chinfrim e ferrado! Perdeu, playboy! Grunf!Grunf!
Daí a gente cai na real. Ééééé, bicho! Vidaviver é jogo de tudo-e-nada. Que acaba num coió de rugas, bengalas e dentaduras.
Velhar, mano-velho, é se diluir numa sopa de pelancas, forever.
É encarar a neura da fila-check-in do voo, sem volta, pras estrelas-perdidas que… “tiritan, azules… a los lejos”, como verseja Neruda… estrelas que nos esperam para seu tristefrio abraço de silênciosolidão e arrêgo final. Epa Babá! Sapralá, meu santo!
Mas olhem, manos e manas da tal melhor idade, se segurem, que “coisa boa é namorar” e “amanhã pode acontecer tudo, inclusive nada”, como canta o genial Flávio José, outro músico porretaço, lá das bandas dos cariris da Paraíba, no seu xote-metafísico-desfilosófico “se avexe não”. Vale googlar a música e curtir, chefia.
Nada está, pois, totalmente perdido, mano. Nem pros velhotinhos. Nem pras velhotudas. Há nos bares, shoppings, mercados e igrejas, uma ruma de velhuscos e velhudas ainda no aprumo da meia-sola que se encaixa na tua meia-sola, meu cumpadi, minha cumadi.
Há sempre velhões solitários, a perigo, com olhar de Bento Carneiro, vampiro-brasileiro do Chico Anísio, língualinguando como um craque, pronto pra jogar a prorrogação.
Há sempre madamas–velhudas, na idade da loba. Ancudas-pelancudas. De pernaças, peitaças, vaginaças, pós-sensuais. De megabundaças, bundi-self-moving, mascando luxúrias. Só para experts, of course. E maturadas no uso-abuso de paixonites e safadagens. Que te chamam aos brios de macho-viagra e ao linguar do gozo-nosso-de-cada-dia. Arré égua!
Há sempre uma pá de velhames mestres nas artes horizontais-transversais, do kama-sutra e do kama-chupa. Todos curtidos nas encanações d’alma-e-corpo. Requentados na dor fininha de desenganos, xifrâncias e cotovelos-inchados. Que ainda encaram uma cuba-libre e dançam o bolerão romântico, escanxando–coisa-na-coisa, nas lentasmadrugas.
Abro parêntesis de resistência cult-brega. (Insisto que xifres, xifrâncias, e similares, é com “x” mesmo. Tem a ver com o “x” de xanas e ximbas, maldegustadas e mal-amadas. Coisas do humanodrama. Já com “ch” é coisa da galharia dos animais; e de gramáticos ungidos e mugidos pela purificação gramatiqueira). Fecho rápido o parêntesis.
A velharada, meu santo, é quase toda mestre nas artes do gozo sugado-degustado, que nem vinho de boa cêpa sorvido no estalo da língua.
Mesmo se babando sabem namorar-gozando e gozar-linguajando. Mesmo arrastando pés entrevados, sabem se aconchegar na tardemansa, numa ilha de ternuras, carícias, gemências, pigarros, tosses secas. Num revoar de fantasias girando-se-esfregando nos gestos abestalhados, papadas engelhadas, óculos caindo, chapas soltas.
Tão enamorados que no triscar cantienrugado d’olhares românticos, míopes, cansados, sabem deslizar luas e cataratas.
Momentos únicos, em que as velhitudes esquecem as ferrugens do Tempo. Desconjuram a deprê. Resgatam a auto-estima. Renascem nos sonhos, lembruxas, curruchios e amassos. Evohé Bacchus!
Daí que Mestre Irôko fica baratinado com as resistências da velharada romântica. Afunda e retorna nos “acúmulos de juventude” e nos lembrares-e-sentires de cada um.
Presos sempre no Tempo, nós, por momentos prendemos e trollamos o Tempo. Jogamos seu jogojogado. Mestre Irôko pira. Encrua e recarrega. Anda, desanda. Dá piti. Entra em refluxo no turbilhão de si mesmo. Loading-reloading, como Matrix descalibrada.
… carpe diem, velharia, carpe diem!… pois só vocês sabem curtir a bagaceira d’amores e sonhos vivendo-se-revivendo apesar dos siricuticos do Tempo… que em sua eterna solidão não sabe amar. Só passar, passar, passar…
Mr.Tempo enreda-se-debate nos revivals de nossas lembruxas. Como peixe na tarrafa. Preso, gira-regira, se debate num vai-e-vem aloucado…
… e arregala os zoião nos tapes e remakes de nossas ternurinhas, nóias, emotions, refluindo dentrofora de nós… nas ruas, shoppis, bares, motéis… nos papos-lentos entre-amigos na tardemansa… nas lonjuras de navios longepartindo… nos pios de gaivotas riscando saudades… nas músicas da dor-de-cotovêlo… nos enganchos dos Grandes Amores…
… gira Tempo, gira Tempo, tempogira, giragirando, regirando… correndo, pulando, voando, encolhendo, escorrendo, quicando, espichando, rolando-des-enrolando, rindo, rindo, rindo, rindorolando, preso em si mesmo, como eterno-deus-criança que nunca envelhece, sempre brincando-mergulhando nas praias-sem-fim… mas que em seu lentiveloz fluir através dos mistérios do “fim-sem-fim”, é tão só triste-alegre solidão infinita que nunca morre… Tempo… solidão infinita… triste-alegre solidão… que nunca morre… nem mesmo de Amor… nem mesmo de Amor… nem mesmo…
Como sussurra Nana Caymmi, no boleraço “Resposta ao Tempo” (se link, mano), naquela voz rouca de deusa das madrugas-vadias, uisk-cantando no penúltimo boteco das galáxias-perdidas dentro de nós… e trollando com os siricuticos do Tempo…
… enquanto a velhascaria-romântica s’engata-enrabicha, linguajando adoidada, pelas quebradas da vida… Quem nunca?
A casa-grande da Fazenda Horizonte tem sido um lugar de refúgio para minhas leituras e escritas. Sempre que ali retorno, apesar de o calor maltratar impiedosamente a minha pele − a temperatura ultrapassa os 40 graus centígrados, derretendo os miolos dos seres acostumados com a brisa do litoral − releio com olhos de encantamento uma crônica fixada em um quadro emoldurado na parede da sala de estar. O texto foi publicado em 28 de agosto de 1959, no jornal A República, pelo escritor e historiador potiguar Luís da Câmara Cascudo (1898-1986).
Câmara Cascudo descreve Gregório Ferreira de Melo (1872-1944), que nasceu e criou-se na Fazenda Horizonte, localizada em Campo Grande, na microrregião do médio-oeste potiguar, a uns 300 km da capital. Vale lembrar que o município de Campo Grande teve seu nome alterado para Augusto Severo, em 1903, em homenagem ao inventor do dirigível Pax e, em 1991, voltou a receber sua antiga denominação. Ali predominou, por décadas, o plantio do algodão arbóreo e atualmente cultiva-se o milho, o feijão e o capim que servem de apoio à pecuária.
Sala de jantar e oratório da Fazenda Horizonte
Mas voltemos à crônica de Câmara Cascudo que faz referência a Gregório Ferreira de Melo como um comerciante próspero, regente de banda de música, cronista nato e crítico literário. Um leitor assíduo de almanaques, revistas e livros com excesso de verve. Gregório Ferreira de Melo era um intelectual requintado com olhos de turquesas azuis em busca de descobrir o novo. Câmara Cascudo o considera um homem à frente de seu tempo e um dos mais inteligentes e curiosos que encontrou na sua vida.
Câmara Cascudo também descreve a casa-grande senhorial da Fazenda Horizonte como iluminada pelas alegrias de um bando de moças vivas, espirituosas, que cantavam, dançavam e encantavam. A casa-grande, construída no final do século XIX, com paredes de 60 centímetros de largura, cumeeira alta, sótão amadeirado, oratório, fogão a lenha, sem alpendre frontal, tem o estilo das antigas casas da região do Minho de Portugal. Essa volta ao passado remete-me ao quarto de dormir das donzelas, que era desprovido de janela para evitar olhares furtivos ao seu interior e possíveis fugas das moças casadoiras.
Quando Gregório estava com oito anos, seu pai, José Ferreira de Melo (1832-1881), proprietário da Fazenda Horizonte e irmão da avó do historiador Luís de Câmara Cascudo, suicidou-se. A mãe de Gregório, Luiza Mirilanda de Brito Melo (1838-1920), ainda amamentava o caçula Antônio, quando vestiu luto fechado pela morte do marido, acompanhada das filhas: Cândida, Petrila, Ubalda, Ana e Sancha Mimosa.
Em 1912, Antônio Ferreira de Melo (1879-1944), aos 33 anos, já casado com Maria Teodora de Brito Melo (Dona Marieta, 1890-1983), adquiriu a fazenda. Em 1985, a Fazenda Horizonte foi comprada dos herdeiros pelo atual proprietário, Sebastião Ferreira de Melo de Faria Caldas (1948), bisneto de José Ferreira de Melo.
José Ferreira de Melo foi sepultado na Fazenda Horizonte, em 1881. Na época, a igreja católica não permitia o sepultamento de suicidas em campos santos. No túmulo, localizado a dois quilômetros da casa-grande da fazenda, há uma placa de bronze com os seguintes dizeres:
“Jaz aqui José Ferreira
Que este mundo desprezou
E a 25 de março
Pra outra vida passou”.
Confesso que casos sobrenaturais indecifráveis, rangido de portas, balanços de cadeira vazia no sótão e aparições de almas penadas, aguçam minha imaginação. Encantam-me, histórias de mistérios como O Cemitério e Sacos de Ossos, de Stephen King, Histórias de Fantasma, de Charles Dickens, Contos de Fantasmas, de Daniel Defoe, O Fantasma de Canterville, de Oscar Wilde, O Corvo de Edgar Alan Poe, A Menina Submersa, de Caitlin Kiernam, entre outros.
Na Fazenda Horizonte, tenho ouvido relatos corriqueiros que fogem ao controle da lógica e fazem parte do imaginário popular da região. Tião (Sebastião Ferreira de Melo de Faria Caldas) e eu, em nossas idas e vindas ao Horizonte, vamos mantendo vivas as lembranças dos antepassados que habitaram a casa-grande da fazenda.
Esta crônica de Tereza Custodio, intitulada originalmente como ‘Fazenda Horizonte – 1871’, integrará a Antologia “Singularidade das Palavras”, cujo lançamento ocorrerá próximo dia 7 de dezembro, no bairro Pinheiros, em São Paulo, pela Editora Scortecci.
O Sarau Insurgências Poéticas volta ao Bardallos Comida e Arte nesta quarta-feira (27) em mais uma noite dedicada às múltiplas expressões artísticas da cultura potiguar. A programação tem início às 20h. Acesso a R$ 10.
Para esta edição, o artista visual e escritor Aureliano lança seu livro “O menino que desprendeu a chorar”. Outra novidade é o show da cantora e compositora Clara, que lança seu show “Vira Lata”.
A noite conta ainda com intervenções poéticas de Ana Paula Campos – que faz sua estreia no sarau – e dos anfitriões Daniel Valente, Marina Rabelo e Thiago Medeiros. Os temas passeiam sobre amor, resistência e liberdade.
E permanecem no Bardallos e adornam o Sarau as exposições der artes visuais de Lee Vieira (um mergulho numa tribo isolada da Amazônia) e de Vlademir Alexandre, além do lançamento do zine “Metanásia”, de Guto de Castro.
Para compor o cenário, tem ainda a Feira Criativa Estúdio Carlota e Insurgências Poéticas.
“Entre vislumbres e letras” é o mais novo livro da escritora e jornalista Josimey Costa, que nesta quinta-feira (28) promoverá sessão de autógrafo, das 19h às 21h, no restaurante Mormaço (Rua Historiador Tobias Monteiro, 2014 – Lagoa Nova, Natal).
Josimey é Doutora em Comunicação, poetisa e professora aposentada da UFRN. Desde muito jovem se dedica à escrita e já publicou vários livros, entre prosa, poesia e de cunho científico.
Nesse novo livro de 102 páginas, a autora apresenta “pequenos textos em prosa poética ilustrados por fotos de natureza, viagens e locais inspiradores de Natal e arredores”, como ela mesma define. As fotos são de sua autoria, sendo quatro de seus dois filhos, Lucca e Eric.
“Fotos e textos são reflexões sobre o cotidiano, a vida e o ser numa linguagem cheia de metáforas e musicalidade com espaços pensados para a escrita do leitor”, comenta.
Mais dois lançamentos de “Entre vislumbres e letras” estão programados: Dia 5 de dezembro, às 17h na Cooperativa Cultural da UFRN; e no dia seguinte (6 de dezembro), às 19h, na Cervejaria Petrus, em Mossoró.
As fotos, as frases, os insights, os pensamentos e as poesias contidas neste livro de Josimey Costa acenam para o profundo, para o intuitivo fecundo, flertam com os aspectos telúricos da luz, que parece capturada ao acaso. Luz que dança entre sombras e formas melancolíricas, que parecem entrar não apenas pelos olhos, mas pelos poros, instalando-se no corpo inteiro.
Aqui, cada frase e cada foto abre uma porta, nem sempre alegre, nem sempre triste, para o entendimento fácil e imediato. Quase sempre é para o sensível e para o desconhecido seus sentidos apontam. Trata-se de um sensível indomável, doce, poético e aberto, por isso mesmo este livro é um objeto de companhia, para meditação e contemplação.
Entre os aspectos telúricos da luz e os eólicos do ar, vemos a poesia dançando, devagar, mínima. Ela mesmo nos diz: “o que importa é o mínimo impossível”. Há toda uma estética contida nesta frase, que poderia render muitos outros poemas e poéticas. As fotos e as frases, em certo sentido, as fotoscritas de Josimey, ensaiam movimentos mínimos, mas alcançam grandes efeitos.
Esses efeitos são alcançados quando nos deparamos com o “mínimo impossível” de sua busca, a tentativa de capturar a beleza, o sublime, a grande saúde, a paz das imagens. Seu gesto de cobrir imagens com palavras (e vice-versa), é tocante, ainda mais porque acompanhado de outras sensibilidades, como a de seus filhos, Eric e Lucca Medeiros. As fotos e os poemas, carregados de intensa simplicidade e majestade, convidam à meditação e, por vezes, ao silêncio.
Somos assim arrastados para dentro deste silêncio das palavras, movidos pela eloquência das imagens, do mesmo modo que somos cativados pela dança tartamuda das fotografias em diálogo com a eloquência silenciosa e espiritual de Josimey. Sim, podemos dizer que há todo uma espiritualidade contida aqui, aquela que aponta para a Arte e o Aberto, àquela que nos convida ao mais alto, ao mais difícil e ao impossível.
Gustavo Castro
A décima edição do flipAut! – festival literário alternativo de Pipa – está marcada para acontecer de quinta 5 a domingo 8 de dezembro, na Praia da Pipa, paraíso tropical e importante destino turístico do Litoral Sul do Rio Grande do Norte.
A programação, mais uma vez repleta de lançamentos, homenagens, bate-papos literários, apresentações artísticas, além da já tradicional feira de livros novos e usados, será apresentada para imprensa e colaboradores nesta quarta-feira (27), a partir das 17h, em Natal, no Seburubu, situado à avenida Deodoro da Fonseca, 307, Cidade Alta. Na ocasião, o produtor e idealizador do evento, Jack D’Emília, além de editores, autores e livreiros, estarão presentes e acessíveis para entrevistas.
Nascido em 2010 como circuito paralelo ao Flipipa, em 2013 o flipAut! emancipou-se e começou a realizar suas atividades em outra data que a do festival oficial; quando as edições do Flipipa começaram a rarear, o flipAut! seguiu firme e chega em 2019 à sua décima edição.
O flipAut! é um evento sem fins lucrativos, uma produção cultural independente e colaborativa. Para sua realização, o festival literário conta com o patrocínio da Prefeitura de Tibau do Sul, do Movimento Preserve Pipa, dos Mecenas de Pipa, mais o fundamental apoio do setor hoteleiro.
A sede principal do festival literário é a Praça do Pescador, mas haverá como sempre um circuito cultural, com exposições de artes, saraus e outras atividades acontecendo em locais parceiros. Todas as atividades são gratuitas.
Também haverá, como sempre, uma série de oficinas, palestras e encontros literários nas escolas do município de Tibau do Sul, na quinta e sexta-feira.
Na Praça do Pescador, todas as noites, a partir das 19h, três encontros no palco e uma apresentação cultural que encerra as atividades na praça. Das 17h30 às 23h estará aberta ao público a Feira de Livros Novos & Usados do flipAut! 2019, com mais de dez feirantes e lançamentos de livros a cada dia.
Ao contrário do que aconteceu em outros eventos de cunho literário, o flipAut! sempre contou e conta este ano também com uma participação maciça da mulher e, toda noite, traz pro palco na Praça do Pescador, mulheres e temas importantes.
Na quinta, a escritora Andreia Souza e a psicóloga Stephanie Morais apresentam ao público as temáticas dos grupos de encontro com mulheres vítimas de violência doméstica.
Na sexta e no sábado, literatura feminina em campo: Rejane de Souza, Jeovânia Pinheiro, Carmen Vasconcelos e Jeanne Araújo. A literatura feminina está em destaque também nos mini estandes de lançamento de livros.
No sábado. às 22h, a atriz Pacha Carbo apresenta ao público “O Julgamento de Antígona”, cena memorável da tragédia “Antígona” de Sófocles, um clássico do teatro grego.
Uma novidade nas atividades da décima edição do flipAut! é a instalação de cinco mini estandes, por baixo das tendas literárias, destinados ao lançamento de livros e outras publicações. Devido ao grande número de propostas feitas por parte de autores e editores, a produção do flipAut! decidiu oferecer um espaço maior para o lançamento de livros etc; assim, toda noite na Praça do Pescador, o festival oferecerá até cinco lançamentos de livros diferentes. Um espaço importante para autores e editores independentes, que o flipAut! tem a honra de disponibilizar a partir deste ano.
Se você ouvia a extinta FM Tropical na Natal nos anos 2000 e frequentava bares como o Blackout, na Ribeira, conhece a banda Jane Fonda e seu compositor, João Saraiva. É o publicitário quem assina o mais novo romance da editora paulistana Nós, vencedora do Prêmio SP de Literatura em 2018. “O dia em que morri em um desastre aéreo” tem lançamento em Natal no sábado, dia 30 de novembro, no El Rock, às 19h, com participação da banda Mad Dogs e entrada gratuita.
A obra de 114 páginas narra a história de Giovani, um brasileiro que tenta embarcar de Madri para São Paulo, mas perde o voo, e o avião que ele pegaria, cai.
“A primeira frase do livro me ganhou de imediato”, comenta Simone Paulino, diretora da Nós. Segundo o jornalista e escritor Osair Vasconcelos, “João tem um dos melhores textos da sua geração”.
O romance será lançado em Natal, João Pessoa, Recife e São Paulo e estará disponível na rede de distribuição da editora, que compreende desde grandes livrarias como Saraiva e Cultura, a outras independentes, como a Livraria da Travessa.
“O dia em que morri em um desastre aéreo” tem orelha de Antônio Xerxenesky, escritor publicado pela Companhia das Letras. Ele comenta: “no seu romance de estreia, João Saraiva põe em cena uma derrocada sintomática do Brasil atual. Desde a primeira linha estamos mergulhados nesse universo imprevisível, Kafkiano. Dialogando com uma tradição de romances fragmentados entre vários pontos de vista – Enquanto Agonizo, de William Faulkner, por exemplo – o autor mescla diversos gêneros literários num só texto.”
E conclui: “Não tenho dúvida de que João Saraiva deixará sua marca na nova literatura brasileira”.
O que: Lançamento do Livro de João Saraiva
Quando: Sábado, 30 de novembro, 19h
Onde: El Rock, em Candelária
Participação: Banda Mad Dogs
Entrada: grátis
Livro: R$40
Compositor da Jane Fonda, banda da cena autoral natalense dos anos 2000. É também publicitário em Natal, Recife e João Pessoa.
Se escrever uma lista já é uma tarefa pessoal e quase que totalmente subjetiva, taxar se um filme é superestimado eleva esse sintoma. Há quem diga, por exemplo, que Avatar (de James Cameron) e Gravidade (de Alfonso Cuarón) são superestimados. Para mim, se o primeiro tem um roteiro até certo ponto clichê, a direção de Cameron e o valor técnico da produção minimizam os deslizes, colocando-o como um marco da história do cinema a ser lembrado durante muitas gerações. Enquanto isso, o filme de Cuarón é – novamente para mim – uma obra-prima da ficção científica, um filme sobre renascer e sobre a importância da vida, um trabalho a ser descoberto e redescoberto do diretor de Roma.
Por outro lado, há filmes que não me descem. Seja por terem sido incensados a ponto de ofuscarem verdadeiros monumentos do cinema; seja por ser um trabalho engraçadinho e bem feito, mas de relevância perto de zero; seja por ser uma história até certo ponto bem dirigida, mas conduzida com falta de habilidade o suficiente para desviar a atenção do tema principal; seja por ser bonitinho, mas ordinário – e com força para que sua atriz protagonista seja alavancada até onde nunca deveria ter chegado (ao menos não quando chegou)…
Lembrando que o que é superestimado para mim pode não ser para você; o que é bom para mim, pode ser ruim para você. Não há regras. E a lista não é de filmes ruins, apenas de filmes que alcançaram um status que, em minha visão, estão longe de merecer.
Sem mais demora e dentro dessa abordagem subjetiva, sem verdades absolutas e pessoal, vamos à lista dos cinco filmes mais superestimados da história do cinema:
Começando de leve, com um filme baseado no livro do adulado Nicholas Sparks. Se Diário de uma Paixão tem química de sobra é porque Rachel McAdams e Ryan Gosling funcionam como um dos casais mais sincronizados do cinema. O problema é que o filme é extremamente simplista em sua abordagem sobre a paixão, como se esta fosse uma das únicas engrenagens que precisam funcionar para um relacionamento saudável ser eterno (ao menos enquanto dure). Assim, as personagens de McAdams e Gosling – apesar da química – são tratadas como meros clichês românticos e, para piorar, o filme reforça o estereótipo do homem atraente que recusa o não de uma mulher. Um filme que nasceu socialmente datado, foi alçado a um dos melhores romances já filmados e logo começou a perder para o tempo e para a verdade.
Para não sair dos romances, se existe um filme na década de 1990 que eu, pessoalmente, criei um distanciamento grande e um abuso ainda maior é Shakespeare Apaixonado. Dirigido por John Madden (do tosquíssimo O Capitão Corelli, 2001) como se fosse um episódio prolongado de uma novela, o filme trata do processo de escrita shakespereano com uma profunda necessidade de ressaltar uma jovialidade que parece ter saído da série Malhação (que já vai na 27ª temporada). Ainda levou Gwyneth Paltrow, que é uma boa atriz mesmo tendo expressões de pão murcho nas mãos de Madden, a usurpar o Oscar de Fernanda Montenegro por Central do Brasil (de Walter Salles, 1998) – em uma das maiores injustiças da categoria em toda a história.
Dirigido por Anthony Minghella (de Cold Mountain, 2003), O Paciente Inglês define a assinatura do seu diretor: lentidão sem qualquer benefício sensorial ou estético. Aqui, é como se houvesse uma força que segurasse a história em um limbo e obrigasse o espectador a ficar contemplando a beleza das imagens com Ralph Fiennes e Kristin Scott Thomas como quem contempla paisagens mortas. De quebra, o filme ainda levou o Oscar de 1997 (em nove categorias), desbancando os excelentes Fargo: Uma Comédia de Erros (de Joel Coen e Ethan Coen – este não creditado), O Povo Contra Larry Flint (de Milos Forman), Segredos e Mentiras (de Mike Leigh) e Shine: Brilhante (de Scott Hicks).
Certinho, multipremiado e querido por muitos, O Discurso do Rei é daqueles filmes muito fáceis de engolir. Isso não é ruim. A questão é que a direção de Tom Hopper parece quebrar o filme em vários momentos, mexendo na linguagem com planos que contradizem seus personagens e acabam intercedendo na percepção geral do público. Hopper transforma algo simples e até certo ponto simpático em uma gloriosa grandiosidade desmedida. Felizmente, as atuações de Colin Firth (como o Rei gago George VI) e Geoffrey Rush (como Lionel Logue) são bem atraentes e, no final das contas, pelo menos o todo diverte. Por outro lado – e obviamente em minha opinião – dos 10 concorrentes ao Oscar de 2011, O Discurso do Rei é o único que não conseguiria nem cheirar a estatueta principal, mas ganhou.
O interessante (no mau sentido) de Crash: No Limite é que ele camufla seu recheio de vento com uma atitude complexa de histórias emaranhadas e de cruzamentos inusitados. Toda a complexidade do roteiro é vazia a ponto de o discurso racial como retrato da vida em Los Angeles – que já é raso no texto – ser totalmente abafado pela idealização quase que arrogante da direção de Paul Haggis (que coescreveu o roteiro). Pior: o filme recebeu a estatueta principal do Oscar 2006, vencendo quatro filmes que são para lá de superiores (para mim): O Segredo de Brokeback Mountain (de Ang Lee), Munique (de Steven Spielberg), Capote (de Bennett Miller) e Boa Noite e Boa Sorte (de George Clooney). Uma pataquada inesquecível (ou que é melhor esquecer) da Academia.
Agora, ficam aí os comentários. Foi difícil fazer uma lista tão subjetiva, mas tenho certeza que vocês podem complementar e enriquecer tudo o que está aí. Vamos conversando, debatendo… E, de repente, aumentando a lista.
Justiça e oportunidades iguais para homens e mulheres são questões atuais que podem ser resumidas no termo Equidade de Gênero. Esse é o tema presente nos três filmes do Cinema em Movimento – Circuito Universitário, que será realizado em novembro e dezembro em universidades e salas de aulas do ensino médio de todo o país. Os responsáveis pela produção do Circuito em todas as capitais do Brasil e no Distrito Federal são 27 universitários selecionados e capacitados pela produtora carioca MPC Filmes.
No Rio Grande do Norte, o coletivo de cinema negro potiguar Mulungu Audiovisual é o responsável por promover a Mostra, tendo como agente mobilizadora local a graduanda em Audiovisual, Rosy Nascimento. Em Natal, a programação já contou com três exibições na UFRN nos dias 12, 13, 14 de novembro, e continua a partir desta quarta (27) no IFRN – Cidade Alta, das 13h às 14h20, contando coma presença do debatedor Erick Ruan. As sessões continuam em dezembro, na capital potiguar, nos dias 04 e 05/12, tendo como local de exibição a Escola Freinet. Todas as sessões são gratuitas e abertas ao público.
Entre os três filmes selecionados para o Cinema em Movimento – Circuito Universitário estão: ‘Lute como uma menina’, de Beatriz Alonso e Flávio Colombini, ‘Repense o Elogio’, de Estela Renner, e ‘O Silêncio dos Homens’, de Ian Leite e Luiza de Castro. Os filmes escolhidos fortalecem as discussões sobre o homem na sociedade, o feminismo na atualidade, o modelo educacional do nosso país e o poder popular. A curadoria ficou por conta de uma comissão formada por profissionais da MPC Filmes.
Criado em 2000 pela MPC Filmes o Cinema em Movimento – Circuito Universitário tem como objetivo principal fomentar, no ambiente acadêmico, o diálogo e a reflexão sobre questões de interesse nacional e histórico abordadas nas obras a serem exibidas. Mais do que uma simples exibição de filmes, a Mostra é um espaço de ampla comunicabilidade, constituindo-se um eficaz instrumento de divulgação e multiplicação de mensagens.
Sobre a MPC Filmes: produtora carioca com mais de 30 anos de experiência no mercado brasileiro e internacional. Fundada em 1982 pelo produtor e diretor Alberto Graça e tendo como sócia a produtora Luciana Boal Marinho, a MPC atua nas áreas de produção e difusão de conteúdo audiovisual.
O Cinema em Movimento – Circuito Universitário conta com o apoio financeiro do Instituto Caixa Seguradora.
Lute como uma menina (Documentário, 76 minutos, Livre, 2016)
Sinopse: O documentário conta a história das meninas que participaram do movimento secundarista que ocupou escolas e foi às ruas para lutar contra um projeto de reorganização escolar imposto pelo governador de São Paulo, que previa o fechamento de quase cem escolas. As meninas contam suas histórias enfrentando figuras de autoridade, desde a luta pela autogestão das escolas até a violência desenfreada da polícia militar. Uma importante reflexão sobre o feminismo, o atual modelo educacional e o poder popular.
Trailer:
Repense o Elogio (Documentário, 48 minutos, Livre, 2017)
Sinopse: O filme propõe uma conversa sobre a maneira que as crianças são elogiadas. Enquanto meninas muitas vezes são elogiadas apenas por sua aparência, meninos podem receber elogios ressaltando suas habilidades. Este é um filme que reflete sobre o poder das palavras e da cultura que trouxe um desequilíbrio na forma de elogiar nossos meninos e meninas.
Trailer:
O Silêncio dos Homens (Documentário, 60 minutos, Livre, 2019)
Sinopse: o filme é parte de um projeto que ouviu mais de 40 mil pessoas em questões a respeito das masculinidades e desembocou num documentário e num livro-ferramenta baseado nesse estudo com dados públicos por meio de um convênio com o Consórcio de informações Sociais (CiS) da USP.
Trailer:
Local: Sala 82 – IFRN Cidade Alta (Av. Rio Branco, 743 – Cidade Alta, Natal – RN)
Data: 27/11/2019
Filme: Silêncio dos Homens (dir. Ian Leite Luiza de Castro , Brasil, 2019, 60 minutos, livre)
Hora: 13h – 14h20
Local: Auditório da Escola Freinet (Av. Hermes da Fonseca, 1500 – Tirol, Natal – RN)
Datas: 04 e 05/12
Filmes: Silêncio dos Homens (dir. Ian Leite Luiza de Castro , Brasil, 2019, 60 minutos, livre); Repense o Elogio (dir. Estela Renner , Brasil, 2017, 48 minutos, livre)
Hora: 10h20 – 12h
O lançamento do CD Virou Flor da cantora natalense Antoanete Madureira finalmente tem local e data para acontecer. Será nesta terça-feira (26), às 19h30, no Teatro de Cultura Popular Chico Daniel (TCP), anexo da Fundação José Augusto. Como não poderia deixar de ocorrer, o lançamento tem por brinde o show homônimo que a artista vem preparando há meses.
Apoiada por uma banda que conta com os músicos Jubileu Filho (guitarra), Erick Firmino (contrabaixo), Dudu Taufic (teclados), Ramon Gabriel (percussão) e Larry Mateus (bateria), Antoanete desfiará o repertório de Virou Flor e outras canções do projeto Suave Potengi, que a cantora leva a efeito em sua pesquisa do cancioneiro norte-rio-grandense. O show terá, ainda, as participações da cantora Silvia Sol e do violonista Ricardo Menezes.
Antoanete Madureira explica que o CD Virou Flor é resultado de cinco anos de pesquisa da canção potiguar e homenageia grandes compositores do Rio Grande do Norte.
“Virou Flor traz os arranjos fantásticos de Eduardo Taufic, que também assina a direção musical do show, e é executado por uma banda fabulosa”, conta a artista que obteve o primeiro lugar no 1º Festival de Música da Cidade do Natal, em novembro de 2018, com a canção “A Cidade em Movimento”, de Franklin Mario, que abre o CD a homenagear o bairro da Cidade da Esperança.
“É um disco que fala de nascimento e da criança em cada um de nós, como atestam as músicas “Imperador do Mundo”, de Franklin Mario; “O Menino em Pessoa”, de Samir Almeida, e “Virou Flor”, de Antonio Ronaldo. O registro tem um forte vínculo com a nossa cidade, que também remete à nascimento e natalício”, ilustra a cantora.
Para além das canções citadas do registro fonográfico, Antoanete apresenta, ainda, as pérolas “Suave Potengi” (Antonio Ronaldo), “Doce” (Franklin Mario), “Flor da Pele” (Antonio Ronaldo e Franklin Mario), “Levitação” (Nagério e Lupe Albano), “Caravela Portuguesa” (Roberto Homem), “Remanso Manso” (Nivaldete Ferreira), “Hocuspocus!” (Franklin Mario e Romildo Soares), “Cadafalso” (William Guedes e Franklin Mario) e “All Over” (Babal e Franklin Mario).
O cenário do show leva a assinatura do artista plástico Carlos Sérgio Borges, que também assina a capa do disco, e o registro audiovisual ficará a cargo da Casu Filmes. Virou Flor encerra a primeira etapa de pesquisa do Projeto Suave Potengi.
O quê? Lançamento do CD Virou Flor, de Antoanete Madureira.
Onde? Teatro de Cultura Popular Chico Daniel (TCP). Rua Jundiaí, 641, Tirol. Anexo da Fundação José Augusto.
Quando? Dia 26 de novembro, às 19h30.
Quanto? R$ 15,00 (meia entrada para todos) e R$ 30,00 (ingresso + o disco).
A curadoria convidada pela produção do ‘2º Concurso de Música da Cidade do Natal – Cantando a História’, após audição das 43 canções inscritas, selecionou de acordo com os critérios estabelecidos em seu edital 12 músicas para a final a ser realizada em 30 de novembro de 2019 no Largo do TAM, no bairro da Ribeira.
O diretor musical do concurso será o experiente produtor Toni Gregório que integra importantes trabalhos musicais do RN e já dirigiu os músicos que se apresentaram em três edições do Prêmio Hangar de Música, no Teatro Riachuelo.
A curadoria do concurso foi formada pelo músico e compositor Mirabô Dantas, por Jonas Oliveira, músico e produtor musical e Eliene Albuquerque, professora de artes.
O projeto do concurso de Música da Cidade do Natal visa ainda difundir a música potiguar principalmente aquela não contemplada no dia-a-dia pelos meios de comunicação, promovendo os compositores e intérpretes da cidade proporcionando ao público o contato com um repertório autoral criativo com vistas à sua ampliação.
As 12 músicas classificadas serão apresentadas ao vivo na final da competição, 25 músicos entre compositores, intérpretes e instrumentistas estão envolvidos. O show dos finalistas será realizada em 30 de novembro, a partir das 17h durante o encerramento da Caminhada Histórica do Natal, no palco armado no Largo Dom Bosco na Ribeira. Todo o Acesso é gratuito
Diretor artístico e coordenador técnico do Concurso, o produtor cultural Marcelo Veni explica que o “Cantando a História” é um concurso de música competitiva com objetivo de contribuir na criação de um repertório onde os compositores apresentem canções inspiradas na cidade do Natal, especialmente em seu centro histórico, suas tradições e atrativos turísticos. As apresentações ao vivo, as premiações proporcionadas, a gravação ao vivo e a disponibilização em CDs e plataformas digitais somam na divulgação dos participantes e de suas composições ganhando assim a música potiguar.
Os três ganhadores serão selecionados por uma comissão julgadora formada por cinco convidados e receberão premiação financeira no quesito composição, assim como o melhor intérprete. As premiações, além do troféu criado pelo artista visual Guaraci Gabriel, são: 1º Lugar – R$ 2.500,00; 2º Lugar – R$ 1.500,00; 3º Lugar – R$ 1.000,00; Melhor Intérprete: R$ 2.000,00.
O 2º Concurso de Música da Cidade do Natal – Cantando a História, é um projeto oficial da programação do Natal em Natal, e através do Programa Djalma Maranhão de Incentivo à Cultura da Prefeitura do Natal/Funcarte recebe o patrocínio da Unimed Natal, Arena das Dunas, Pulse e Colégio CEI.
Relação das Músicas Finalistas em Ordem Alfabética
MÚSICAS COMPOSITORES
A difusão e acesso facilitado aos filmes de produção nacional são alguns dos objetivos da Mostra Sesc de Cinema, que acontece em Natal, Mossoró e Caicó, a partir de 25 de novembro. As sessões ocorrem nas unidades do Sesc RN.
O ano de 2019 marca a 3ª edição do projeto nacional, que valoriza a produção audiovisual brasileira e conta com representantes de todas regiões, com intuito de ampliar o acesso da população a filmes que expressem a diversidade da produção contemporânea.
As inscrições ocorreram no primeiro semestre deste ano, quando foram recebidas cerca de 1.200 inscrições de filmes, entre curtas, medias e longas-metragens, provenientes de 210 cidades e divididos em categorias de acordo com o público ou região.
Do panorama nacional, foram selecionadas 42 produções, sendo 10 infanto-juvenis. Além desses, serão exibidos 12 filmes potiguares no panorama estadual.
A Mostra compõe um circuito nacional que percorrerá todo o país entre novembro e dezembro. No Rio Grande do Norte serão exibidos entre os dias 25/11 e 04/12. Confira a programação, com horário, local e classificação etária no site do Sesc RN
MATEUS, de Dea Ferraz
Doc, PE, 2017, 80’, Cor
P’S de Lourival Andrade
Ficção, RN, 2018, 13’09”
Classificação: Livre
Entrada franca
A PRAGA DO CINEMA BRASILEIRO, William Alves e ZefelColoff
Fic, DF, 2018, 27’, Cor
GUARÁ, de Fabrício Cordeiro e Luciano Evangelista
Fic, GO, 2019, 21’, Cor
MAJUR, de Rafael Irineu
Doc, MT, 2018, 20’, Cor
ENTRE PARENTES, de Tiago de Aragão
Doc, DF, 2018, 28’, p&B
Class: 12 anos
Entrada franca
NAVIOS DE TERRA, de Simone Cortezão
Fic, MG, 2018, 70’, Cor
Class: 12 anos
Entrada franca
EULLER MILER ENTRE DOIS MUNDOS, de Fernando Severo
Doc, PR, 2018, 76’, Cor
Class: Livre
Entrada franca
O CÉU DOS ÍNDIOS DESÂNIA E TUIUCA, de Flávia Abtibol e Chicco Moreira
Doc, AM, 2017, 26’, Cor
VOZES DA MEMÓRIA, de Raissa Dourado
Doc, RO, 2018, 33’, Cor
FRANCISCO, de Teddy Falcão
Fic, AC, 2018, 20’, Cor
CHAMADO DOS VENTOS: POR UMA CARTOGRAFIA DOS ASSOBIOS, de Marcelo Rodrigues
Doc, PA, 2018, 14’, Cor
Class: 12 anos
Entrada franca
VIVI LOBO E O QUARTO MÁGICO, de Isabelle Santos e Edu MZ Camargo
Anim, PR, 2019, 13’, Cor
ICAMIABAS, de Otoniel Oliveira
Anim, PA, 2017, 12’, Cor
HORNZZ, de Lena Franzz
Anim, RJ, 2019, 5’, Cor
LILY’S HAIR, de Raphael Gustavo da Silva
Fic, GO, 2019, 15’, Cor
Class: livre
Entrada Franca
PARA ONDE OS SONHOS VÃO de Nathalie Alves
Ficção, RN, 2018, 10’01’’
Classicação: 12 anos
NADA FOI EM VÃO de Sihan Felix
Documentário, RN, 2018 12’41”
Classificação: livre
A PARTEIRA de Catarina Doolan
Documentário, RN, 2018, 20’
Classificação: 10 anos
MADRIGAL: UM CONTO DE IMAGENS POR PALAVRAS de Felipe Oliveira e Gustavo Alcântara
Documentário, RN, 2018,13’12’’
Classificação: livre
TINGO LINGO de Wallace Santos
Documentário, RN, 2018, 17’43”
Classificação: livre
LENINGRADO, LINHA 41 de Dênia Cruz
Documentário, RN, 2017, 17’
Classificação: livre
AINDA QUE EU ANDE PELO VALE DA SOMBRA DA MORTE de Helio Ronyvon
Ficção, RN, 2018, 10’
Classificação: 14 anos
CLANDESTINO, de Barush Blumberg
Fic, SE, 2017, 24’, Cor
A CÂMERA DE JOÃO, de Tothi Cardoso
Fic, GO, 2017, 22’, Cor
O MALABARISTA, de Iuri Moreno
Anim, GO, 2018, 11’, Cor
Class: livre
Entrada Franca
ENQUANTO O SOL DE PõE de Márcia Lohss
Ficção, RN, 2018, 17’
Classificação: livre
CODINOME BRENO de Manoel Batista
Documentário, RN, 2018, 19’30”
Classificação: dez anos
O MORADOR DO 1101 de Carito Cavalcanti, Fernando Suassuna e Eli Santos
Ficção, RN, 2019, 17’43’
Classificação: doze anos
ENTRE O CALÇADÃO E O QUEBRA-MAR de Pedro Lucas da Silva Rebouças
Documentário, RN, 2019, 45’56”
Classificação: livre
A PRAGA DO CINEMA BRASILEIRO, William Alves e ZefelColff
Fic, DF, 2018, 27’, Cor
GUARÁ, de Fabrício Cordeiro e Luciano Evangelista
Fic, GO, 2019, 21’, Cor
MAJUR, de Rafael Irineu
Doc, MT, 2018, 20’, Cor
ENTRE PARENTES, de Tiago de Aragão
Doc, DF, 2018, 28’, p&B
Class: 12 anos
Entrada franca
O CÉU DOS ÍNDIOS DESÂNIA E TUIUCA, de Flávia Abtibol e Chicco Moreira
Doc, AM, 2017, 26’, Cor
VOZES DA MEMÓRIA, de Raissa Dourado
Doc, RO, 2018, 33’, Cor
FRANCISCO, de Teddy Falcão
Fic, AC, 2018, 20’, Cor
CHAMADO DOS VENTOS: POR UMA CARTOGRAFIA DOS ASSOBIOS, de Marcelo Rodrigues
Doc, PA, 2018, 14’, Cor
Class: 12 anos
ABRINDO AS JANELAS DO TEMPO, de Santiago José Asef
Fic, SC, 2017, 62’, Cor
ALMOFADA DE PENAS, de Joseph SpeckerNys
Fic, SC, 2018, 12’, Cor
Class: 12 anos
Entrada franca
ESTRANGEIRO, de Edson Lemos Akatoy
Fic, PB, 2018, 115’, p&B
Class: 14 anos
Entrada franca
POÉTICA DE BARRO, de GiulianaDanza
Fic, MG, animação, 2019, 6’, Cor
CRAVO, LÍRIO E ROSAS, de Maju de Paiva
Fic, RJ, 2018, 20’, Cor
PARDA, de Tai Linhares
Fic, RJ, 2019, 29’, Cor
Class: 14 anos
VIVI LOBO E O QUARTO MÁGICO, de Isabelle Santos e Edu MZ Camargo
Anim, PR, 2019, 13’, Cor
ICAMIABAS, de Otoniel Oliveira
Anim, PA, 2017, 12’, Cor
HORNZZ, de Lena Franzz
Anim, RJ, 2019, 5’, Cor
LILY’S HAIR, de Raphael Gustavo da Silva
Fic, GO, 2019, 15’, Cor
Class: livre
Entrada Franca
CATADORA DE GENTE, de Mirela Kruel
Doc, RS, 2018, 18’, Cor
ISSO ME FAZ PENSAR, de Hopi Chapman
Doc, RS, 2018, 25’, Cor
Class: Livre
QUANDO AS COISAS SE DESMANCHAM, de Aristeu Araújo
Doc, PR, 2018, 21’, Cor
TIPOIA, de Paulo Silver
Fic, AL, 2018, 17’, Cor
AQUELES DOIS, de Émerson Maranhão
Doc, CE, 2018, 15’, Cor
AURORA, de Everlane Moraes e Tatiana Monge
Doc, SE, 2017, 15’, p&B
RASGA MORTALHA, de Pattrícia de Aquino
Fic, PB, 2018, 15’, Cor
Class: 12 anos
Entrada franca
NAVIOS DE TERRA, de Simone Cortezão
Fic, MG, 2018, 70’, Cor
Class: 12 anos
Entrada franca
O CÉU DOS ÍNDIOS DESÂNIA E TUIUCA, de Flávia Abtibol e Chicco Moreira
Doc, AM, 2017, 26’, Cor
VOZES DA MEMÓRIA, de Raissa Dourado
Doc, RO, 2018, 33’, Cor
FRANCISCO, de Teddy Falcão
Fic, AC, 2018, 20’, Cor
CHAMADO DOS VENTOS: POR UMA CARTOGRAFIA DOS ASSOBIOS, de Marcelo Rodrigues
Doc, PA, 2018, 14’, Cor
Class: 12 anos
CLANDESTINO, de Barush Blumberg
Fic, SE, 2017, 24’, Cor
A CÂMERA DE JOÃO, de Tothi Cardoso
Fic, GO, 2017, 22’, Cor
O MALABARISTA, de Iuri Moreno
Anim, GO, 2018, 11’, Cor
Class: livre
Entrada Franca
QUILOMBO MATA CAVALO, de Jurandir Amaral
Doc, MT, 2018, 15’, Cor
PARQUE OESTE, de Fabiana Assis
Doc, GO, 2018, 70’, Cor
Class: 10 anos
Entrada franca
POÉTICA DE BARRO, de Giuliana Danza
Fic, MG, animação, 2019, 6’, Cor
CRAVO, LÍRIO E ROSAS, de Maju de Paiva
Fic, RJ, 2018, 20’, Cor
PARDA, de Tai Linhares
Fic, RJ, 2019, 29’, Cor
Class: 14 anos
Entrada franca.
AURORA, de Everlane Moraes e Tatiana Monge.
Doc, Sergipe, 2018, 15’, Cor
CHAMANDO OS VENTOS, de Marcelo Rodrigues
Doc, Pará, 2018, 14’, Cor
CATADORA DE GENTE, de Mirela Kruel
Doc, RS, 2018, 19’, Cor
GUARÁ, de Fabrício Cordeiro e Luciano Evangelista
Fic, GO, 2019, 21’, Cor
JÉSSIKA, de GalbaGogóia
Fic, RJ, 2019’, 19’, Cor
Classificação indicativa: 12 anos
PARA ONDE OS SONHOS VÃO de Nathalie Alves
Ficção, RN, 2018, 10’01’’
Classificação: 12 anos
NADA FOI EM VÃO de Sihan Felix
Documentário, RN, 2018 12’41”
Classificação: livre
A PARTEIRA de Catarina Doolan
Documentário, RN, 2018, 20’
Classificação: 10 anos
MADRIGAL: UM CONTO DE IMAGENS POR PALAVRAS de Felipe Oliveira e Gustavo Alcântara
Documentário, RN, 2018,13’12’’
Classificação: livre
P’S de Lourival Andrade
Ficção, RN, 2018, 13’09”
Classificação: Livre
TINGO LINGO de Wallace Santos
Documentário, RN, 2018, 17’43”
Classificação: livre
LENINGRADO, LINHA 41 de Dênia Cruz
Documentário, RN, 2017, 17’
Classificação: livre
AINDA QUE EU ANDE PELO VALE DA SOMBRA DA MORTE de Helio Ronyvon
Ficção, RN, 2018, 10’
Classificação: 14 anos
ENQUANTO O SOL DE PÕE de Márcia Lohss
Ficção, RN, 2018, 17’
Classificação: livre
CODINOME BRENO de Manoel Batista
Documentário, RN, 2018, 19’30”
Classificação: dez anos
O MORADOR DO 1101 de Carito Cavalcanti, Fernando Suassuna e Eli Santos
Ficção, RN, 2019, 17’43’
Classificação: doze anos
ENTRE O CALÇADÃO E O QUEBRA-MAR de Pedro Lucas da Silva Rebouças
Documentário, RN, 2019, 45’56”
Classificação: livre
ILHA, de Ary Rosa e Glenda Nicácio
Fic, BA, 2018, 92’, Cor
Class: 14 anos
Entrada franca
A PRAGA DO CINEMA BRASILEIRO, William Alves e ZefelCo
Fic, DF, 2018, 27’, Cor
GUARÁ, de Fabrício Cordeiro e Luciano Evangelista
Fic, GO, 2019, 21’, Cor
MAJUR, de Rafael Irineu
Doc, MT, 2018, 20’, Cor
ENTRE PARENTES, de Tiago de Aragão
Doc, DF, 2018, 28’, p&B
Class: 12 anos
Entrada franca
NO RIO DAS BORBOLETAS, de Zeudi Souza
Fic, AM, 2017, 21’, Cor
A BESTA POP, Artur Tadaiesky, Fillipe Rodrigues e Rafael B. Silva
Fic, PA, 2018, 81’, Cor
Class: 16 anos
Entrada franca
FABIANA, de Brunna Laboissière
Doc, SP, 2018, 89’, Cor
Class: 12 anos
Entrada franca
ORIN: A MÚSICA PARA OS ORIXÁS, de Henrique Duarte
Doc, BA, 2018, 73’, Cor
Class: Livre
Entrada franca
QUANDO AS COISAS SE DESMANCHAM, de Aristeu Araújo
Doc, PR, 2018, 21’, Cor
Class: Livre Entrada franca
III Mostra Sesc de Cinema
Onde? Unidades Sesc RN
Quando? 25 de novembro a 04 de dezembro
Entrada? Gratuita
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Inspirada pelo calor de Natal, a banda Uma Sra. Limonada lança seu primeiro álbum intitulado “Na Rua”.
O disco composto por 8 faixas, se propõe a falar sobre os afetos e demonstrações destes afetos, numa tentativa de aquecer quem se propor a ouví-lo.
Sair de casa, socializar, dizer o que se sente, tem sido cada vez mais difícil na sociedade atual. As pessoas têm vivido cautelosas demais, numa tentativa constante de se proteger.
Na rua é um convite à sair e tirar de dentro o que se sente, a se arriscar a ser. Juventude é sinônimo de vida e tem muita vida lá fora pra se viver.
Uma Sra. Limonada convoca todas e todos a amar na rua!
Ouça o disco no nosso canal do youtube:
“Cessem do sábio Grego e do Troiano/ as navegações grandes que fizeram;/ Cale-se de Alexandre e de Trajano/ A fama das vitórias que tiveram;/ Que eu canto o peito ilustre Lusitano,/ A quem Netuno e Marte obedeceram:/ Cesse tudo o que a Musa antiga canta,/ Que outro valor mais alto se alevanta”.
Camões inicia duas aventuras épicas. A intencional: de responder a Homero que fincara nos versos a aventura dos gregos, e a Virgílio, que cumprira papel semelhante na origem da aventura latina.
A segunda não foi intencional: estruturar o esqueleto de um idioma. A “última flor do Lácio, inculta e bela”; do dizer de Bilac. Que responderia à pergunta do tempo: “ora direis ouvir estrelas”.
Era o português uma algaravia, desde 1139, (Sec. XII) que se confundia com o galego, a linguagem da Galícia. Ganhou contorno morfológico com a obra teatral de Gil Vicente e o Cancioneiro de Garcia de Resende (Sec. XV). Porém, foi a épica camoniana (Sec. XVI) que teve o mérito de criar o arcabouço sintático da língua que nos define e nos fotografa.
Os Lusíadas, muito mais do que a louvação heroica das aventuras marítimas, é uma fábrica de metáforas. O forno que modelou uma forma de compor versos, na língua nascente.
A metáfora consegue remodelar o conteúdo opaco para fazê-lo brilhante, na forma recriada. Não fosse ela, a poesia seria apenas uma repetida composição de rimas. Sonoridade vocálica, pobreza poética.
A rima, nos Lusíadas, é pobre. Combinando mais das vezes desinências verbais. A metáfora, não. E é delas que ele tira a tintura dos versos para engrandecer pequenos atos. Ao dar-lhes feição maior do que o gesto.
A aventura grandiosa da circunavegação Lusitana vai se desenrolando ao apelo metonímico da mitologia. Com a cumplicidade de Vênus e Marte, sofrendo a oposição de Baco e Netuno.
A metáfora produz poesia. Ela é a rainha das figuras na composição do estilo. Dando nós onde há linha lisa e alinhando a linha onde há nós. Mesmo que seja poesia de pedra, rústica ou polida. Afagando o ouvido ou a leitura.
Dante, Shakespeare, Neruda degustaram metáforas. E deram vida à poesia nossa de cada dia. O resto não é resto, é metáfora do que resta da sobra. Onde se escondem os verbos nos porões da zeugma ou se omitem os nomes, nos escaninhos da elipse.
Aí não se pode esquecer a política nossa de cada noite. No Brasil de hoje, só a língua, mesmo maltratada, ampara a Pátria.
Só que a metáfora na política é a tentativa de esconder a verdade, muitas vezes feia, para vender a mentira falsamente bela. E o povo, metáfora da abstração, deixa-se enganar concretamente na mesma cumplicidade da metafórica democracia de faz de conta.
Na circunavegação da falsidade, institucionalmente estabelecida, senhora dos poderes e controles, o embuste ético humilha a língua de Camões.
A repetição deste texto dá-se pelo abuso com que a televisão, os blogs e twitters, na ausência do jornalismo impresso, assassinam diariamente o que ainda resta da língua que unificou a nossa linguagem cultural.
A falar a língua do povo, no dia a dia, é uma coisa. Outra coisa é usar o texto escrito para enterrar a língua portuguesa. O que há de “sábios”, que entendem de tudo, usando a língua que desconhecem no mais elementar da sua estrutura, é de se imaginar que estão a criar uma “nova língua”. Ou edificar o seu sarcófago.
Uma língua inculta e feia, próxima da ortografia do rincho, com desculpas ao nosso jumento, inculto e belo.
A Casa da Ribeira recebe hoje (23) a 5ª edição do Café Arábico da Cia Al Hanna. Dança, música, petiscos árabes e palestra em um único espetáculo, a partir das 18h.
A abertura ficará por conta da palestra da escritora, bailarina e diva Aline Gurgel com a temática “A Dança e As Tribos – Os Perfis de Grupo na Dança do Ventre”.
Na sequência, a apresentação do espetáculo Maktub, que contará a história de 10 anos da Cia Al Hanna, com participações da Tuareg Kasa do Oriente, Cia Nawar, Hercí Maciel, Zhair Espaço de danças árabes, Thaynah Gracindo, El Hobb, Ingrid Souza e Shaman Tribal, além do percussionista/derbackista Bruno Braga.
A Rainha de Bateria Graça Almeida e a Bateria da ARCES Batuque Ancestral, farão uma retrospectiva dos trabalhos memoráveis dessa década de história com a dança oriental e suas fusões: a maior marca da Al Hanna.
Ao término do espetáculo começa a degustação dos petiscos árabes e bebidas não alcoólicas feitos pela chef Dina da Cozinha Da Índia.
*Lote promocional : meia-entrada (R$25,00) para todos até às 15h deste sábado.
Com o objetivo de resgatar a identidade natalense, valorizando o rico acervo histórico da cidade e as produções locais no âmbito da arte, o evento, que chega este ano a sua 8ª edição, contemplará pontos de relevância para a história e cultura da cidade. A Caminhada Histórica do Natal terá concentração às 14h, na Praça André de Albuquerque, e o percurso passará por 50 locais de destaque da cidade, contemplando monumentos e atrações históricas, com a contextualização e explicação sobre a importância de cada um, até finalizar na praça da Igreja do Bom Jesus Das Dores.
Além disso, a organização também promove concursos de fotografia e música, como no ano passado; e, pela primeira vez, o Concurso de Redação da Cidade do Natal, realizado em parceria com a Assembleia Legislativa do RN. As inscrições para as competições de música e redação se encerraram no último dia 15, e já estão sob avaliação do comitê de jurados. Serão selecionadas 12 músicas finalistas para se apresentarem no encerramento da Caminhada, e depois serão anunciados os ganhadores. Da mesma forma, os vencedores da categoria de redação também serão divulgados no dia. Já o II Concurso de Fotografia virá posteriormente, uma vez que abrangerá as imagens captadas durante o evento e premiará as categorias profissional e amador.
Outra novidade este ano é a preocupação com a sustentabilidade. Durante a divulgação, todo o material impresso utilizado tem o selo FSC, uma certificação internacionalmente reconhecida que garante a procedência a partir de manejo florestal responsável. Além disso, durante a Caminhada, catadores devidamente cadastrados e identificados estarão trabalhando para impedir o acúmulo de lixo nas ruas e promover a coleta seletiva. As ações de cunho ambiental têm como mote a frase “Quem ama preserva e cuida do próximo” e reforçam ainda mais o objetivo principal do evento: valorizar a cidade em sua totalidade, assumindo a responsabilidade também com o meio ambiente.
As inscrições para a 8ª Caminhada Histórica do Natal podem ser feita com a doação de 2kgs de alimentos não perecíveis (exceto sal) por pessoa, que vão ser entregues a instituições parceiras. As doações estão sendo recebidas desde o dia 1º de novembro nos seguintes postos de troca: Avohai Centro e Supermercados Favorito da Ayrton Senna e de Ponta Negra. Também nesses pontos as camisas já estão sendo entregues para os participantes do evento.
8ª CAMINHADA HISTÓRICA DO NATAL
Data: 30 de novembro
Horário: A partir das 14h
Local de concentração e partida: Praça André Albuquerque
Inscrições: 2kgs de alimento não perecíveis
Pontos de troca: Avohai Centro e Supermercados Favorito da Ayrton Senna e de Ponta Negra
Quem quer ser professor de música, ou se tornar bacharel em instrumento e canto, precisa passar pelo chamado Teste de Habilidade Específica (THE). O teste é realizado pelo Núcleo Permanente de Concursos da UFRN (Comperve) e é parte indispensável do processo seletivo, juntamente com a nota do ENEM.
A boa notícia é que as inscrições para esse Teste foram PRORROGADAS ATÉ 01 DE DEZEMBRO. Interessados devem entrar neste site AQUI.
Serão oferecidas 46 vagas. E 50% das vagas, por curso, serão reservadas aos candidatos que cursaram ou estão cursando o ensino médio, integralmente, em escolas públicas. E dessa reserva, 50% serão preenchidas por candidatos com renda familiar bruta igual ou inferior a 1,5 salário mínimo.
Se você conhece alguém que sonha entrar no curso superior em música, repasse essa notícia.
O edital completo com o detalhamento de todas as etapas de inscrição e seleção você encontra AQUI.
O Centro Histórico de Natal recebe neste sábado (23) “A noite da MPB do Galo dos Perturbados” com a participação da cantora Jamilly Mendonça e do cantor e compositor Mirabô Dantas com a participação especial do cantor e compositor Yrahn Barreto. A abertura da noite musical fica por conta do cantor Fabinho Luz, com início às 19h.
Uma noite de celebração e encontro de gerações da música potiguar na atmosfera boemia do tradicional Bar do Naldo. No repertório músicas autorais e grandes sucessos da música brasileira com duetos entre Mirabô e Jamilly.
Cantora e compositora potiguar, participou de vários festivais de música como Forraço e Concurso Dosinho de Marchinhas Carnavalescas levando junto com seu parceiro de composição Yrahn Barreto o primeiro lugar com a Marchinha do Ano 2018.
Mirabô Dantas é uma das figuras mais conhecidas e respeitadas do meio musical potiguar, gravou o CD Mares Potiguares e escreveu Umas histórias, Outras Canções. Foi gravado por artistas como Terezinha de Jesus, Elba Ramalho e Lecy Brandão e tem parcerias com Capinam, José Nêumane Pinto e Maurício Tapajós, entre outros.
A “Noite da MPB do Galo dos Perturbados” tem o patrocínio da Prefeitura de Natal através do edital do Centro Histórico de Natal.
“A noite da MPB do Galo dos Perturbados”
23/11 (sábado)
19h, acesso livre
Bar do Naldo – Centro Histórico de Natal.
Esperado o ano inteiro pelos fãs de música, a 16ª edição do Festival DoSol acontece este fim de semana (23 e 24/11) na capital potiguar, seguindo como um dos eventos mais relevantes do cenário de música independente do país.
Os produtores Ana Morena e Anderson Foca destacam o papel social de formação de público e disseminação de novos trabalhos de artistas – postura adotada desde a primeira edição do evento e levada em conta durante o processo de formatação a cada ano.
“Somos e seremos sempre fãs de música, e o Festival DoSol é lugar de juntar todos esses fãs – seja dentro ou fora dos palcos, independente de origem e idade”, comenta Foca.
Esta será a terceira edição realizada a beira mar, no Beach Club, localizado na Via Costeira. A praia já se tornou a cara do Festival DoSol, que começa cedo e proporciona assistir shows curtindo o fim do dia no clima de verão.
O Festival Dosol 2019 tem patrocínio da Oi através da Lei Câmara Cascudo e Governo do RN, Devassa e Tropical Transforma, Natura por meio do Natura Musical, Prefeitura do Natal e apoio cultural da Oi Futuro. O player oficial é o Spotify e a Sympla é a plataforma de venda de ingressos.
Na edição 2019, o festival realiza a sua primeira oficina técnica de áudio para mulheres, com atividades de formação entre os dias 18 e 21 de novembro. Desejo antigo de Ana Morena, que sempre teve dificuldade em encontrar potiguares técnicas de áudio, e conseguiu promover essa iniciativa visando um futuro mais equilibrado entre homens e mulheres nas técnicas de estúdios e shows.
As instrutoras dessa primeira oficina foram Roberta Siviero, Bia Wolf, Gabriela Deptulski, Camila Pedrassoli e Juliana Furtado.
Além da oficina, o evento grava programas DoSol Sessions com as atrações convidadas e promove vários sides shows que acontecem durante todo o mês de novembro. Essa quinta-feira (21) às 20h, no El Rock, acontece o side show com as bandas Jupiterian, Nervochaos e Beheaded. Já na sexta-feira (22) às 21h, também no El Rock, side show com Ekena.
Apostando em novas bandas e artistas, o público também poderá conferir encontros inéditos nos palcos.
Serão encontros como Braza (RJ) com Dusouto (RN), a Orquestra Greiosa (RN) com Ekena (SP), Camarones Orquestra Guitarrística (RN) com Manoel Cordeiro (PA), Luís Gadelha (RN) com as cantoras da nova geração Árie (RN), Melly (BA) e Sarah Miranda (RN), além do encontro do Paal Nilssen-Love (NORUEGA) com Kiko Dinucci (SP) e Chico Correa (PB).
Outra novidade é a junção da Sinta A Liga Crew, Fontes, Redbull e o Festival DoSol, para realizar a primeira edição da Batalha DoSol. A iniciativa vai promover um campeonato de MC’s, com muita poesia e atitude.
“Durante nossa turnê pelo centro-oeste, junto com o Fontes, tivemos a ideia de propor para a Redbull uma intervenção do hip hop durante o Festival DoSol, um dos mais importantes da região nordeste. Eles toparam e nós caímos em campo para realizar e têm sido uma experiência única”, afirma Kalyne Lima, rapper do grupo Sinta A Liga Crew e uma das produtoras da batalha.
A competição terá representantes da Paraíba e Rio Grande do Norte e acontece dia 23 de novembro, com trilha sonora pelo DJ Guirraiz e apresentação do rapper Fontes. Os jurados serão os rappers Camila Rocha e Carcará, além do próprio público presente.
“O Festival DoSol 2019 já está no calendário da cidade há mais de 15 anos e achamos muito honroso abrir a programação do Natal em Natal já há três anos, abraçando a ideia de pertencimento da cultura local. É o que fazemos desde nossa primeira edição e ser reconhecido assim pela administração da cidade mostra a importância que adquirimos depois de tanto tempo”, comenta Ana Morena, produtora do evento.
A programação completa está AQUI.
O Festival DoSol possui classificação indicativa de 16 anos e somente será permitida a entrada desses adolescentes, desde que estejam autorizados por escrito pelos seus responsáveis legais.
Festival DoSol 2019 | Beach Club – Via Costeira
PALCO TROPICAL TRANSFORMA
17H00: LUAZ (RN)
18H10: TUYO (PR)
20H00: TERNO REI (SP)
21H20: BRAZA (RJ) *PART. DUSOUTO (RN)
23H20: FELIPE CORDEIRO (PA)
00H40: ÀTTOOXXÁ (BA)
02H10: HEAVY BAILE (RJ)
ARENA OI
16H30: DEGA(RN)
17H30: TACO DE GOLFE (SE)
19H10: JOSYARA (BA)
20H40: POTYGUARA BARDO (RN)
22H30: ROMERO FERRO (PE)
00H00: ROSA NEON (MG)
01H40: DEMONIA (RN)
PALCO NATURAL MUSICAL
16H30: Haxixe Xavier (PB)
17H30: RAÇA (SP)
19H10: O QUADRO (BA)
20H40: ANA CAÑAS (SP)
22H30: LUÍSA E OS ALQUIMISTAS (RN) *PART. JÉSSICA CAITANO (PE)
00H00: ORQuestra GREIOSA (RN) *PART. EKENA (SP)
01H40: NOID (PR)
PALCO SPOTIFY
16H00: SOUREBEL (RN)
17H00: FONTES (PB) & SINTA A LIGA CREW (PB)
18H10: BATALHA DE MCS
20H00: CAZASUJA (RN)
21H20: PAAL NILSSEN-LOVE (NORUEGA) & KIKO DINUCCI (SP) *PART. CHICO CORREA (PB)
23H20: AIYRA (RN)
00H40: LUIZ GADELHA E OS SUCULENTOS (RN) *PART. ÁRIE (RN), MELLY (BA), SARAH MIRANDA (RN)
Palco Tropical Transforma
16H00: YAMASASI (SP)
17H00: VIOLET SODA (SP)
18H20: CAMARONES ORQUESTRA GUITARRÍSTICA (RN) *PART. MANOEL CORDEIRO (PA)
19H50: DINGO BELLS (RS)
21H20: MAGLORE (BA)
23H20: FRANCISCO EL HOMBRE (SP)
ARENA OI
16H30: HEAVENLESS (RN)
17H40: HELL LOTUS (RN)
19H10: OPEN THE COFFIN (RN)
20H30: MONDO GENERATOR (EUA)
22H20: BLACK PANTERA (MG)
Palco natural musical
16H30: JÚLIO LIMA (RN)
17H40: LUIZ LINS (PE)
19H10: MEL AZUL (SP)
20H30: DRIK BARBOSA (SP)
22H20: MULAMBA (PR)
PALCO SPOTIFY
16H00: DEAF CRUISER (RN)
17H00: GRINDHOUSE HOTEL (SP)
18H20: BIKE (SP)
19H50: COMBOVER (SP)
21H20: O TAROT (DF)
Festival DoSol 2019
Local: Beach Club, Via Costeira (Natal-RN)
Data: 23 e 24 de novembro de 2019
Hora: Portões abrem às 15h30 com shows a partir das 16h
Ingressos: no Sympla clicando AQUI.
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Uma viagem às canções de dois dos maiores poetas da música. Um, notabilizado na década de 60 para o mundo. O outro, na década de 70, do Ceará para o Brasil: Bob Dylan e Belchior. Essa é a proposta da banda Caboré Atômico em dois shows nesta semana.
Com novas interpretações dos grandes sucessos dos dois poemúsicos, onde os versos e trovas são o grande destaque, a Caboré Atômico apresenta ainda, no set list, músicas autorais de Franklin e Astrogildo Cruz.
Os shows acontecem nesta sexta-feira (22), às 20h, na Tapiocaria da Vó (Ponta Negra). Antes, o Duo RockFonia apresenta sucessos do Rock do século XX. Em seguida, a Caboré Atômico apresenta o show Versos & Trovas com as canções de Belchior e Bob Dylan. Couvert artístico: R$ 10.
No domingo, às 16h, é a vez do Porão das Artes (Pium). Recital poético com poetas e poetisas potiguares. Em seguida, o show da Caboré Atômico. Também com couvert artístico a R$ 10.
A Banda Caboré Atômico é formada por Rodrigo (Violão), Franklin (Baixo e Vocal), Astrogildo (Guitarra, Gaita e Vocal) e Raniere (Bateria).
Felipe Nunes é cantor, compositor, poeta, artista gráfico, historiador e mestrando em antropologia social. Sergipano, radicado em Natal (RN) há mais de 7 anos, integrou a trupe de poetas que organiza o Sarau Insurgências Poéticas que se notabilizou nos últimos anos pelos saraus multi artísticos promovidos no Rio Grande do Norte e Nordeste.
Já há algum tempo é possível acompanhar seu trabalho musical na noite potiguar. Além de suas próprias canções, Felipe dedica-se a dois projetos coletivos: o Agô, que faz releituras de canções da música brasileira influenciadas pela sonoridade afro-brasileira, e a Tríade Rebelde, dedicada a fazer releituras de clássicos da música latino-americana.
Esta sexta-feira foi a data escolhida para o lançamento de Mandinga, uma das músicas que estará presente em seu primeiro registro de estúdio: o EP Entropykos. O trabalho é mais um lançamento do selo potiguar Rizomarte Records e vem sendo produzido ao longo de 2019 pelo produtor musical Pedras (Igapó de Almas e Luísa e os Alquimistas). Sobre o universo temático da canção – disponível em plataformas de streaming a partir desta data – Felipe comenta:
“Mandinga nasce da necessidade de cantar aquilo que alimenta a nossa força para encarar os desafios dessa terra tropical em permanente transe. Mandinga é amuleto, feitiço, proteção. Vem de longe. O antigo reino do Mali, também fora conhecido como reino Mandinga. Lá, alguns guerreiros/as entre travessias e guerras, carregavam apenas seus amuletos para proteção nos combates. Na travessia pelo atlântico, trouxeram consigo seus ensinamentos e amuletos de proteção para resistir a realidade absurda das correntes da escravidão colonial. A afro-diáspora espalhou a sabedoria dos mandigueiros. A capoeira absorveu. Todo bom capoeirista precisa da “Mandinga” para observar com atenção, agir na hora certa, se esquivar para contra-atacar. Saber cair, para rapidamente levantar. A luta está longe de terminar. O jogo só termina quando acaba de jogar. Mandinga. Impulsos sonoros liquidificados. Lembrar nossa força, de onde viemos. Abrindo nossos caminhos, fechando dos inimigos! Saravá!”
O EP Entropykos contará com a música Mandinga e mais quatro canções inéditas, que transitam por diversas influências rítmicas e sonoras numa mistura de psicodelia tropicalista, grooves de funk, ijexás, afoxés, rock n’ roll e música eletrônica.
O EP trará na sonoridade e na escrita uma forte carga de ancestralidade negra e indígena que ancoram e norteiam a formação musical e pessoal do cantor e compositor.
A direção artística conta com Henrique Lopes (Igapó de Almas), também responsável pelos sintetizadores, e Pedras Leão (Igapó de Almas e Luisa e os Alquimistas), que assina a produção musical e contrabaixo. As percussões ficaram sob o comando de Kleber Moreira (Rosa de Pedra e Orquestra Greiosa).
Além disso há participações especiais, entre elas Heather Dea Jennings (Flauta), Tiquinha Rodrigues (Rabeca), Rafael Mello (Guitarra) e Walter Nazário (Guitarra). O lançamento do material completo está previsto para o início de 2020.
O bailarino radicado em terras potiguares, René Loui irá representar o Coletivo CIDA, o Rio Grande do Norte e o Brasil como único artista da América Latina selecionado para a quarta edição da Odisha Biennalle, um festival de arte contemporânea em diversas manifestações artísticas, como música, moda, artes plásticos e dança.
O evento acontecerá entre dezembro de 2019 e janeiro de 2020 na cidade de Bhubaneswar, na Índia.
René Loui conseguiu o feito a partir da Residência Artística Overseas Culture Interchange, realizada entre 2016 e 2018 na Suíça, onde foi um dos artistas residentes selecionados.
Nesta segunda-feira (25) ele segue a convite da organização da Odisha Biennale rumo a uma jornada de residência artística com duração de 40 dias, onde realizará uma série de ações artísticas pela ruas e espaços públicos da cidade indiana de Bhubaneswar.
Entre as ações, ele desenvolverei a obra B-CUT, uma videodança/instalação que será exibida durante todos os dias da bienal; apresentará uma obra solo; será co-autor de uma nova obra coreográfica com bailarinos indianos; fará participação como artista convidado em espetáculo japonês; e ministrará workshop de práticas performativas e dramaturgia em tempo real na dança.
“Serão 40 dias de muito trabalho que sem dúvida somarão em muitas experiências para mim e para o Coletivo CIDA”, disse René.
Outras informações sobre seu percurso e trabalho artístico podem ser encontradas AQUI.
E-mail: Sergiovilarjor@gmail.com
Celular / Zap: (84) 9 9929.6595 Fale Conosco Assessoria Papo Cultura