A expressividade e o carisma de Valéria Oliveira poderão ser contemplados em mais uma edição do projeto “Cores do Nosso Samba”. Com quatro horas de muita música, a roda de samba que celebra a música e a brasilidade vai acontecer no sábado, dia 5 de outubro, no Botequim Beleza, em Ponta Negra, a partir das 17h.
O projeto, que tem direção de Raphael Almeida (cavaco) e outros grandes nomes do cenário potiguar, é conduzido por Valéria desde 2014 e, em comemoração aos seus cinco anos de duração, a cantora divide o palco com os convidados Andiara Freitas, Lene Macêdo, o carioca Gabriel Cavalcante e o pernambucano Sérgio Nulance.
A roda promove uma viagem pelo universo do samba com um repertório eclético que não deixa ninguém ficar parado. A reunião de intérpretes e compositores das mais variadas vertentes é o que garante uma experiência ainda mais cativante para o público, que pode desfrutar de uma variedade de timbres e referências.
O “Cores do Nosso Samba” é parada obrigatória para os amantes da música que não dispensam uma boa dose de arte e cultura, em uma festa que celebra a vida e a amizade por meio de obras de grandes mestres e talentos da música potiguar.
A abertura da casa será às 16h e, a partir das 17h, o público poderá desfrutar de uma roda de chorinho comandada por Raphael Almeida dando início à roda mais colorida da cidade.
Sobre os convidados
Cantora potiguar nascida em Lajes do Cabugi com mais de 20 anos de estrada na música, 10 deles dedicados especialmente ao samba.
Intérprete potiguar com 20 anos de carreira. Traz em sua trajetória várias participações em shows, projetos culturais e festivais musicais, como os Petrobras Cultural (2003 a 2014), FIFA FAN FEST (2014), 5º MPBJAZZ e Ribeira Boêmia (2018), entre outros.
Vem diretamente das terras cariocas. Aos 33 anos ele é uma das referências de sua geração, sendo um dos pilares de movimentos populares de samba em sua cidade entre os quais “O Samba do Trabalhador” e “O Samba do Ouvidor”.
Pernambucano que há 16 anos atua no cenário musical potiguar e atualmente está em processo de gravação de seu primeiro CD intitulado “Presente de Deus” com 12 faixas inéditas e previsão de lançamento para dezembro de 2019.
Roda de Samba “Cores do Nosso Samba” com Valéria Oliveira e convidados
5 de outubro, sábado, às 17h
Botequim Beleza
Abertura da casa: 16h
Início com Chorinho às 17h
Entrada Individual sem acesso as mesas:
Lote 1 até dia 04/10: R$ 25 Promocional
Lote 2 no dia 05/10: R$ 30 meia entrada e promocional R$ 60 inteira
Mesas em quantidade limitada:
Lote 1 até 04/10: R$ 130 e R$ 120 (até 4 pessoas)
Lote 2 no dia 05/10: R$ 150 (até 4 pessoas)
Observações: Mesas para duas pessoas em quantidade limitadíssima a partir de R$ 60
Já não era sem tempo um trabalho devidamente gravado e mixado em estúdio do grupo Ponta d’Lança Potiguar, na estrada há cinco anos. E a estreia veio em EP com três canções consistentes, intitulado ‘Margem’.
Na imagem de capa a ponte velha de ferro que interliga as zonas Sul e Norte. Uma fronteira imaginária, simbólica entre classes sociais distintas. Khrystal já abordou essa questão na composição ‘Zona Norte Zona Sul’, em parceria com Ricardo Baya.
E essa é a tônica das três canções: ‘Margem’, ‘Qualquer Coisa’ e ‘A Guerra’. O cotidiano periférico de uma Natal escondida para muitos. Mas há também unidade na sonoridade, com influências claras de mangue beat e groove.
Este é o primeiro projeto a sair pela Incubadora SOPRO. Uma aposta certeira em uma banda de som e letras amadurecidas. ‘Margem’ contaainda com mixagem de Yago Marques e masterização do mestre Ticiano D’Amore.
O sexteto Ponta d’Lança Potiguar é formada por Max Oliveira (vocal), Jonathan Mysack (guitarra), Josias Silveira (baixo), Ademar Albuquerque (percussão e backing vocal), Juliana Gomes (percussão e vocal) e Ziel Valentim (bateria).
O Diário Oficial do Município de Natal publicou hoje o resultado da análise de mais 17 projetos culturais analisados pela Comissão Normativa do Programa Djalma Maranhão, a lei de incentivo cultural da capital. E na leva estão 11 projetos aprovados, entre alguns blocos de carnaval, um projeto diligenciado e outros cinco com prazos esticados para captação, como o Conexão Elefante Cultural.
Projeto: Rota Musical
Proponente: Crion Promoções de Eventos LTDA – ME
Projeto: Bloco é Pequeno Mas Cresce
Proponente: Gabriel Alves Garcia
Projeto: Domingo na Cidade
Proponente: Ruth de Souza – 2ª Temporada
Projeto: Encontro de Artes Cênicas
Proponente: Joana Fontes Patino Salvado
Projeto: 6ª Festa de Camarão
Proponente: Fernando Augusto Castro da Silva
Projeto: Alan Persa – Pelos Cantos do RN
Proponente: Alan de Melo Trindade
Projeto: Berimbau – Transformando Vida Através da Capoeira
Proponente: Filipe Barbosa de Lima
Projeto: DVD Mesa Doze
Proponente: João Felipe Tinôco Araújo
Projeto: Bloco Carnavalesco KD Xoxó
Proponente: Djalma Barbosa da Cunha Uunior
Projeto: 10ª Edição do Bloco Carnavalesco Suvaco do Careca
Proponente: Ramon Bezerra da Silva
Projeto: Caravana Musical
Proponente: Associação Caravana Natal Feliz
Projeto: Chega de Saudade
Proponente: Daniela Barreto
Projeto: Tocando a Vida – Música e Atitude
Proponente: Antônio Cláudio Mac Dowell
Projeto: Sons (D)Escolados
Proponente: Ana Gisella Ferreira Reiner Barreto
Projeto: Conexão Elefante Cultural
Proponente: Diana Fontes
Projeto: Serenatas de Natal
Proponente: Mary Stella da Costa Bezerril
Projeto: Lab Mmac – Cidade Afetiva
Proponente: Cláudia Gazola
Aldo Parisot aos 100 anos
Hoje um dos mais famosos potiguares do mundo em toda a história completaria 101 anos. Aldo Parisot morreu em 29 de dezembro do ano passado. Pouco depois de receber merecida homenagem da Escola de Música da UFRN pelos seus 100 anos: um concerto magistral com violoncelistas locais, nacionais e internacionais.
Aldo Simões Parisot morreu “enquanto ouvia Bidu Sayão cantando A Casinha Pequenina e as Bachianas Brasileiras no. 5, de Villa-Lobos”, segundo anunciou o portal oficial do “mais importante professor de violoncelo dos Estados Unidos”.
Parisot levou consigo muito da história e da identidade musical do Rio Grande do Norte. Uma identidade sempre fruto de discussões. Mas o músico e compositor pode explicar uma tradição inédita no Estado potiguar e corroborar a tese de que a música instrumental, e mais especificamente o violoncelo, é a principal tradição musical do Rio Grande do Norte.
Mas essa história começa antes de Aldo Parisot, e fora da geografia norte-rio-grandense. Em 1885 nascia em Faenza, na Itália, Tomazzo Babini ou Thomaz Babini, como ficou conhecido no cenário musical. Na primeira década do século 20, já violoncelista, chegou ao Brasil, primeiramente no Rio de Janeiro. Na então capital brasileira ele foi assistente de Heitor Villa Lobos – posto que logo se inverteu, proposto pelo próprio maestro brasileiro que passou a ser seu assistente.
A temporada de concertos da Sinfônica do Rio de Janeiro era pequena e Thomaz Babini continuou a tocar com seu Trio, visitando Belém, Fortaleza, Recife… Consta que em 1907, chegou a Natal. Segundo seu filho Italo Babini, ele ficou encantando com a cidade e seu clima. Apesar de a cidade não possuir um violoncelista, eram muitos os natalenses que possuíam um considerável conhecimento e gosto pela música clássica, e essas pessoas o convenceram a morar em Natal.
Aldo Parisot e Villa-Lobos
Para criar uma escola de violoncelistas, o professor Severino Bezerra, diretor de um Ginásio, o ajudou muito na sua realocação. Babini criou uma orquestra de câmara e dirigiu a escola de música no então Teatro Carlos Gomes, nomeado Teatro Alberto Maranhão, em 1957.
“Meu pai aos poucos se transformou em uma atração no mundo musical de Natal. Ele era também um bom pianista, e nessas ‘horas de música’, veio a conhecer Luiz Parisot, um engenheiro que se casaria com minha mãe. No casamento de Luiz Parisot com a minha mãe, meu pai tocou um belo programa na Igreja”.
Luiz Parisot faleceu após dez anos de casado. E Babini assumiu o posto sendo um pai exemplar para os filhos do Parisot – Danilo o Aldo Parisot. Thomaz Babini morreu em 1949, em Recife. É considerado hoje um dos músicos de concerto mais conceituados do século passado.
Em Natal, Thomaz ensinou violoncelo ao filho Italo Babini, que repassou o conhecimento ao também natalense Aldo Parisot, então irmão de criação. Ambos continuaram a obra de Thomaz e deram início à tradição de notáveis violoncelistas de Natal reconhecidos no mundo.
Ítalo e Aldo Parisot eram residentes famosos da Ribeira, ali próximo ao hoje Buraco da Catita. Há relatos que recontam a história de Natal, do som advindo do violoncelo da casa dos Babini por quem passasse pelo já movimentado bairro naquela época. Anos depois, Parisot, assim como o padrasto Thomaz, também foi colaborador de Villa-Lobos e dirigiu algumas das maiores orquestras do mundo.
No cenário musical do mundo, Parisot está para Natal como Tom Jobim está para Ipanema. Sua biografia foi publicada recentemente na Inglaterra pela professora Susan Hawkshaw. Ele foi o último colaborador vivo próximo de Villa-Lobos, que lhe dedicou duas peças para violoncelo e orquestra. Durante mais de 60 anos foi professor catedrático da Yale University, nos EUA. Se aposentou três meses antes de morrer.
Até ano passado, Parisot vivia nos Estados Unidos. Babini, aos 91 anos, permanece por lá. E a tradição de violoncelistas natalenses é continuada hoje sob o comando do professor Fábio Presgrave, na Escola de Música das UFRN, com vários de seus alunos premiados internacionalmente.
Vimos portanto um linhagem secular de violoncelistas natalenses. Por outro lado, também temos uma tradição de bandas de música no interior do Estado, incomum em comparação a outros estados. Seria outra tese fundamentada como identificação musical potiguar. Músicos como Tonheca Dantas, Felinto Lúcio, Oswaldo de Souza, Waldemar de Almeida, K-Ximbinho, Waldermar Ernesto são nomes legítimos dessa tradição.
Portanto, a música instrumental, representada depois por nomes mais contemporâneos como Tico da Costa e Manoca Barreto. Ou os de hoje, como os irmãos Taufic, Júnior Primata, Joca Costa, Edu Gomez, Jubileu Filho e Bethoven, Sérgio Groove, e até mesmo a novidade do Júnior Groovador. São talentos que evidenciam a força da música instrumental potiguar ao longo da história, muito acima do zambê, do côco, do forró ou outro gênero musical.
Então, seja no violoncelo com Thomaz Babini e a continuidade com Italo Babini, Aldo Parisot e, hoje, com Fábio Presgrave. Seja pela tradição das bandas de música com nosso Royal Cinema e nomes como o maestro Bembem Dantas, que mantém viva a magia das bandinhas e filarmônicas pelo interior, a música instrumental potiguar é e será por muito tempo a nossa verdadeira identidade musical.
Dois dos instrumentos mais tradicionais da música clássica, o piano e o violoncelo, serão os protagonistas de um recital com acesso gratuito nesta terça-feira (1) no auditório Onofre Lopes da Escola de Música da UFRN. Não precisa retirar ingresso. Apenas chegar e ouvir a apresentação do pianista Durval Cesetti e do violoncelista Frederico Nable a partir das 20h.
No programa estão obras de alguns dos maiores compositores de todos os tempos: o notável pianista alemão Johannes Brahms, um dos três “B’s” que formam o pilar fundamental da música clássica junto a Beethoven e Bach; e ainda o argentino Astor Piazzolla, que emprestou ao tango recursos da música clássica; também obra da compositora Clara Schumann, recentemente homenageada em concerto da Filarmônica; e para fechar, o som oriental da Sha Hankun.
Iniciou estudos no violoncelo em 2006, em Belo Horizonte. Em 2011 concluiu a Licenciatura com Habilitação em Instrumento pela Universidade Federal de São João Del-Rei (onde obteve nota máxima em violoncelo) e em 2015 o Mestrado pela UFRN. Atualmente é coordenador da Orquestra Infantojuvenil da UFRN e coordenador adjunto do grupo UFRN Cellos.
Participou de master-classes com instrumentistas de renome nacional e internacional em vários festivais do país. Foi ganhador de diversos concursos para recital solo em Belo Horizonte e São João del Rei. Desenvolve intensa atividade como professor de violoncelo desde o início de sua formação, tendo atuado no projeto de extensão Vivências Musicais da UFSJ, no Espaço Cultural Integrar e na Fábrica de Artes em Belo Horizonte e na Orquestra de Cordas de Sarzedo (2012 a 2015).
Tem atuado como recitalista e músico de câmara, tendo integrado os Quartetos de Cordas Tzigane e Villa Rica e o trio Maurício Caranguejo, além de duo com o pianista Ricardo Castelo Branco nos anos de 2010 e 2011. Como músico de orquestra foi integrante da Orquestra Sinfônica da UFRN, Orquestra de Câmara da Fundação de Educação Artística e da Orquestra Jovem do Palácio das Artes, além da Orquestra da UFSJ e a Camerata da UFSJ (da qual foi chefe de naipe) e diversas orquestras de festivais.
Descrito como “um pianista de rara musicalidade” pelo crítico Claude Gingras (La Presse, Montreal), Durval Cesetti completou o seu doutorado na McGill University (especializando-se nas obras do compositor polonês Karol Szymanowski), instituição na qual também havia feito o seu mestrado e o seu bacharelado.
Durante os onze anos em que residiu no Canadá, apresentou-se em algumas das salas de concerto mais importantes de Montreal e em outras cidades canadenses. E ainda concertos recentes na China, Irlanda, recital com a violinista alemã Annette-Barbara Vogel na UFRN, diversos recitais do Duo Riedel-Cesetti, formado com a soprano Elke Riedel, além de apresentações como solista com orquestra de alunos da Université de Montréal, com a Orquestra Sinfônica do RN (ambas regidas pelo maestro André Muniz) e com a Société de musique contemporaine du Québec, sob a direção de Jean-Michaël Lavoie.
Artigos seus foram publicados pelo periódico britânico The Musical Times e pelo Latin American Music Review, editado pela University of Texas Press. Antes de iniciar sua posição atual na Escola de Música da UFRN, Durval Cesetti ensinou piano na McGill University e na University of Windsor, além de ter trabalhado como pianista colaborador na University of Western Ontario.
O terceiro álbum de Luísa e os Alquimistas, Jaguatirica Print, é uma coleção de hits prontos. E nisso se assemelha ao primeiro disco, Cobra Coral. Mas desta vez, a aura cigana das canções, entoadas até em outras línguas, se concentra nos batidões da urbe nordestina. É menos cosmopolita e mais raiz. É mais sexy e menos nômade. Mas ambos encontram a sintonia da cantautora Luísa e os beats e grooves de seus alquimistas.
E mesmo com o regionalismo popular dos rincões nordestinos, escancarado e pairando sob a atmosfera brega-funk, há um passeio constante pelas ruas e ruelas da Jamaica – uma marca presentes nos três discos da banda, inclusive no mais vagaroso e eletrônico Vekanandra (2017), o segundo álbum.
“Nesse disco procuramos nos aprofundar na energia sonora dos batidões eletrônicos da música urbana nordestina, conectando isso com um ambiente de experimentação de timbres, arranjos, flows e assuntos que se misturam ao dub, dancehall, reggaeton, rap, zouk, r&b”, disse Luisa.
Ela ressaltou ainda a sonoridade embebida de referências ao passado e na busca de climas por vezes retrô e, até mesmo, brega, dos anos oitenta e noventa, também está presente na parte visual do disco.
Diferente dos dois primeiros discos, Jaguatirica Print foi produzido por vários alquimistas. No começo de 2018, Luísa e o baixista do grupo e produtor musical do disco, Pedras, começaram a pensar o terceiro álbum.
“A partir desse contato foram surgindo alguns beats. Nesse meio tempo me mudei de Natal para São Paulo, ampliei a formação da banda – que passou a ter novos três alquimistas no Sudeste – e paralelo a isso fomos aprovados no edital da Natura”, lembra Luísa.
A partir deste momento, a produção musical passou a ser compartilhada entre dois integrantes da formação de Natal, Pedras e Gabriel Souto, e Luísa assumiu a direção artística de todo o material do álbum e grande parte das composições.
Os alquimistas de Natal, que deram início ao grupo com Luísa são Gabriel Souto, Pedras e Zé Caxangá. Em Sampa, os novos alquimistas: Pedro Regada, Carlos Tupy e Tal Pessoa.
“No final de 2018, fizemos uma primeira imersão de gravação, onde a formação de Natal passou uma semana numa residência artística na Praia de Cotovelo (RN). Desse processo já resultaram novas músicas que foram trabalhadas posteriormente”, conta.
Ao longo do primeiro semestre de 2019, Luísa seguiu compondo as letras até que todo o grupo se reuniu durante um mês em uma casa/estúdio no bairro da Lapa, em São Paulo. “Os produtores do álbum vieram pra cá e junto com a formação daqui as gravações rolaram de maneira bem natural”, conta Luisa.
O disco conta com participações de várias cantoras, compositoras e parceiras de Luísa: a MC e repentista, Jessica Caitano, natural da cidade de Triunfo (PE); Catarina Dee Jah, que vive em Olinda (PE); Doralyce, pernambucana radicada no Rio de Janeiro; Sinta A Liga Crew e Jamila, da cena de João Pessoa (PB); e Luê, que vive em São Paulo, mas vem de Belém (PA). Além de Izy Mistura, cantor que veio do Togo, mas vive no Brasil.
“Essa presença feminina das convidadas veio do desejo de enfatizar a narrativa da mulher nesses batidões eletrônicos, que ainda são predominantemente ocupados por temas que partem do lugar de fala, não só masculino, mas também machista e objetificador”.
De fato, as letras do álbum tocam em várias questões, onde até mesmo as músicas de amor tem uma poética que passa mensagens de empoderamento e foge do romantismo sofrência convencional.
“Memórias da infância perto da praia, paisagens sonoras nostálgicas, o cotidiano opressor da cidade grande, músicas pra fazer o passinho dxs malocas, feminismo, saudade, partida, solidão, amizade, sororidade, redes sociais… tudo isso pode ser encontrado nesse álbum”, resume a artista.
A identidade visual também leva a assinatura de Luísa e traz o artista paraibano Thiago Trapo, responsável pela capa de “Vekanandra”. E ainda a equipe da Mole Enterprise na produção da capa e de alguns vídeos.
A capa do álbum, incorpora de modo crítico referências de antigas coletâneas de música. “Quando surgiu o nome ‘Jaguatirica Print’, a foto de uma bunda com um short de animal print veio na na minha cabeça na mesma hora. Comecei a pesquisar várias referências e vi capas de coletâneas de música caribeña, disco e boogie, que faziam o uso desse recorte do corpo feminino, mas de uma maneira sexista, machista e objetificadora”, aponta Luísa.
A partir daí, a artista também se deixou influenciar por inspirações femininas, como o disco Índia, de Gal Costa, e decidiu fotografar sua própria bunda:
“Por que não? Pensei… Nós mulheres nos privamos de muitas coisas por medo do que os outros vão pensar ou dizer, por medo de sermos assediadas, estupradas, violadas. O short que uso na capa do álbum é lindo, mas eu não ousaria usá-lo nas ruas de São Paulo sozinha, entende? É muito triste essa constatação. Concebi essa capa na vontade de subverter essa lógica opressora em que nós mulheres vivemos”.
A tipografia, referências de fontes e logomarcas foram construídas a partir da pesquisa no universo do vapor wave na estética tropical nordestina.
O disco abre com Descoladinha, um feat com Jéssica Caitano, feito durante imersão da Red Bull Music Pulso 2018. Com elementos do brega funk e do dancehall, ela fala das descoladinhas do Nordeste. “São aquelas que se vestem de um jeito diferente, com personalidade e criatividade. Frequentadoras de ‘rolés alternativos’ , eu e Jéssica somos descoladinhas desde pequenas”, brinca Luísa.
Com um beat envolvente e sensual, Tous Les Jours é uma parceria com Izy Mistura. O encontro dos artistas também se deu durante a residência da Red Bull e Teago Oliveira (Maglore) e Gabriel Souto, que também participavam da residência, também assinam a faixa. Com letra em português, francês, espanhol e inglês, a canção inspira até mesmo os mais desavisados com uma pegada afro pop gostosa pra sair dançando.
Cadernin é “uma sexy lovesong que fala de saudade”, define a artista. Com inspiração no movimento Batidão Romântico da Paraíba, a música traz elementos do hip hop, pop e R&B dos anos 2000.
Essa quarta faixa é um feat com Doralyce, autora da música, e trata-se de um tecnobrega dançante com timbres de surf music.
A potente Jaguatirica Print é mistura de brega funk, reggaeton e música eletrônica, orquestrado por seis mulheres poderosas: além de Luísa, Camila Rocha, Kalyne Lima e Preta Langy, o trio da Sinta A Liga Crew, e também Jessica Caitano e Jamila. A música é no estilo cypher e “fala de amor entre mulheres, resistência feminista, respeito pelos nossos corpos, tudo de maneira direta, lírica afiada e uma variedade de flows muito rica”, conta Luísa.
Depois vem Olhos de Tocha, um brega funk bem dançante pra decorar o passinho. Música que em breve vai ganhar videoclipe com a participação do dançarino Yrlan Souza, popularmente conhecido pela sua coreografia ”Teile e Zaga” (assista ao teaser aqui).
Em Garota Ligeira, parceria com Luê, Luísa foi buscar memórias de sua infância na praia. Com refrão em francês, ela conta que “a sonoridade foi concebida como uma paisagem sonora tropical que passeia pela música caribeña e também faz referências a timbres dos carnavais fora de época do Nordeste nos anos 90”.
Já Furtacor, primeiro single lançado do álbum, “aborda um romantismo sem clichês, livre, leve e solto. Traduz a liberdade de viver o amor nas suas diversas formas”, conta. Bregão, com toques de arrocha, é canção pra dançar de rosto colado.
A última música do disco com participação especial é Sol em Câncer, que traz Catarina Dee Jah e mistura xote, dub e música eletrônica experimental na construção do beat. Juntas elas cantam sobre o movimento de êxodo do Nordeste ao Sudeste e a vida de luta e trabalho das mulheres nordestinas nas grandes metrópoles brasileiras.
Um dub envolvente que também mergulha no tema das dificuldades e desafios de viver em São Paulo.
Fechando o álbum, o dub digital LikeAttack, faz uma crítica irônica ao mundo superficial do Instagram, no qual as pessoas vivem em função de conseguir cada vez mais seguidores, aumentar o engajamento, entre outros objetivos que se renovam a cada dia.
Luísa e os Alquimistas: Luísa Nascim, Gabriel Souto, Pedras, Zé Caxangá, Pedro Regada, Carlos Tupy e Tal Pessoa
Direção Artística e Musical: Luísa Nascim
Produção Musical e Mixagem: Gabriel Souto e Pedras
Participações: Catarina Dee Jah, Doralyce, Izy Mistura, Jamila, Jéssica Caitano, Luê e Sinta a Liga Crew
Músicos convidados: Léo Fasio (Descoladinha) e Rafael Melo (Furtacor)
Masterização: Luiz Café
Estúdios de Gravação: Red Bull Station, Cigarra e Suame
Técnicos de Gravação Red Bull Station: Alejandra Luciani, Funai Costa e Éric Yoshino
Selo: Rizomarte Records
Distribuição Digital: ONErpm
Direção de Arte: Thiago Trapo e Mole Enterprise
Identidade Visual e Material Gráfico: Thiago Trapo
Fotografias Encarte: Rudá Melo
Styling: Mole Enterprise
Confecção de Figurino: Ruth Wünsch
Fotos de Divulgação: Luana Tayze
Assessoria de Comunicação: Café 8
Gestão do Projeto: Erva Doce Produções
Assistência de Produção: BaseB Cultura Entretenimento e Rizomarte
Patrocínio: Natura Musical
Gravado entre abril de 2018 e junho de 2019
Fotografia: Rudá Melo
Direção de Arte: Mole Enterprise e Thiago Trapo
Identidade Visual e Material Gráfico: Thiago Trapo
Styling: Mole Enterprise
Confecção de Figurino: Ruth Wunsch
A Revista da Academia Norte-rio-grandense de Letras comemora 68 anos de existência neste ano de 2019, e uma fase de seis anos de atividades ininterruptas, chegando a sua 60ª edição. Fato inédito, suponhamos, em se tratando de periódico literário/cultural aqui no Estado. E nesta segunda-feira (30), às 17h, será lançada a 60ª edição da Revista, na ANL e com livre acesso ao público.
Esta nova edição traz homenagens ao escritor Lenine Pinto, com textos de Vicente Serejo, Jurandyr Navarro e o jornalista Sérgio Vilar. Celebra os 60 anos da UFRN, com textos de Geraldo Queiroz, Humberto Hermenegildo de Araujo e Daladier Pessoa Cunha Lima. Traz também em sua capa homenagem ao artista plástico norte-riograndense Jussiê Magalhães. Além de artigos, contos, crônicas e poemas.
Essa nova etapa de edições começou mais precisamente em agosto de 2013, quando a convite do presidente da ANRL, Diogenes da Cunha Lima e do diretor da Revista, Manoel Onofre Junior, passamos a colaborar como editor, dando início à publicação trimestral do periódico, que passou a circular regularmente de janeiro de 2014 até os dias atuais.
A primeira edição da Revista da ANRL foi publicada em 1951, e teve como primeiro diretor o escritor Nestor Lima. Com o passar dos anos outros diretores foram assumindo – Luís da Câmara Cascudo, Aderbal de França, João Wilson Mendes Melo – todavia o periódico sempre com tiragens irregulares, devido as dificuldades que todos nós conhecemos em publicar livros no Estado.
Às vezes, passavam-se anos sem sair uma edição sequer, e como bem falamos, a partir da edição janeiro/março de 2014, a revista renasceu com tiragens regulares, trimestralmente, superando qualquer outro periódico cultural do Estado ao longo dos anos.
Vale reforçar que, no momento, não existem, pelo menos de forma oficial, outros periódicos culturais em circulação no Estado; isso só reforça a importância da Revista da ANRL para a nossa cultura literária, sobretudo registrando uma época muito fértil das nossas letras, com vários escritores publicando nos quatro cantos do Rio Grande do Norte, além de haver forte crescimento na área de estudos e pesquisas sobre a literatura do RN no âmbito das universidades.
Comemorando sua fase mais prolífica e regular, a diretoria da revista, em face desse tão simbólico acontecimento resolveu publicar em suas capas, quadros dos principais artistas plásticos do Estado. A estreia se deu com a edição de número 55, abril/junho, de 2018, com capa de Dorian Gray Caldas.
Uma das principais características da nova etapa da revista é a abertura para a comunidade literária, abrindo e ao mesmo tempo unindo a Academia com a intelectualidade potiguar, abertura esta praticamente inédita, e também cedendo espaços para publicação de trabalhos de pesquisadores, estudantes e professores, da UFRN, UERN, IFRN, UNP, fazendo inclusive com que a revista conseguisse obter o seu primeiro “Qualis” (sistema brasileiro de avaliação de periódicos), o primeiro do Estado para um periódico desse segmento.
No início de 2014, na edição que marcou a retomada da revista, que estava sem circular desde 2011, fizemos uma parceria com a CJA Edições e a Offset Gráfica, comandada por Ivan Júnior, para tomarem conta da diagramação e impressão da revista, e tivemos a capa criada pelo editor Cleudivan Janio, através de um esboço feito, anos antes, por Nei Leandro de Castro.
Como manchete, na capa, um artigo de Diogenes da Cunha Lima sobre Câmara Cascudo, e uma homenagem ao escritor recém-falecido Pedro Vicente. Essa capa trazia o selo que foi lançado pelos Correios em 1998 em memória de Câmara Cascudo.
A edição seguinte, nº 39, trazia artigo da recém-eleita acadêmica Leide Câmara, em comemoração aos 91 anos da “Serenata do Pescador”, do poeta Othoniel Menezes, e dois textos inéditos de Câmara Cascudo, entre outros.
Homenagens a Cascudo não faltaram nas edições seguintes, além, claro, de uma especialmente dedicada a sua filha, escritora e acadêmica Anna Maria Cascudo Barreto, que até pouco antes de falecer participava ativamente com diversos textos no periódico.
A partir da edição nº 43, a revista ganha nova proposta editorial, com a designer Diolene Machado dando-lhe outra roupagem, inclusive nova capa, inspirada na pop art. Com a ativa participação de acadêmicos e da comunidade literária, a revista foi ficando mais volumosa e ascendendo em conteúdo; afora textos literários, temas de história e cultura, pesquisas e estudos diversos ganhavam cada vez mais espaço.
Vale ainda dizer que, nos bastidores, trabalhávamos com afinco na distribuição da revista, para que ela chegasse ao maior número de leitores possível. Devemos frisar que ela é gratuita, e pode ser retirada na Instituição diariamente por qualquer interessado.
Destacamos também a edição 44 onde foi feita grande homenagem ao recém-falecido acadêmico Ticiano Duarte e que trazia um conto praticamente desconhecido de Câmara Cascudo, publicado em 1928 na revista Feira Literária.
Nas edições seguintes, as mulheres acadêmicas, sempre atuantes na revista, também mostraram voz e vez, por exemplo, a escritora e poeta Diva Cunha, com a homenagem às mulheres de letras, Zila Mamede e Nisia Floresta, dentre outros temas e assuntos, além da abertura de espaço para escritoras representativas da nossa literatura contemporânea, como Clotilde Tavares, Carmen Vasconcelos, Cellina Muniz, Marize Castro…
Nessas edições a Revista demonstrou que está atenta ao que acontece na comunidade literária. E também acolheu, em suas páginas, alguns dos principais nomes da nossa literatura atual como Osair Vasconcelos, Racine Santos, Aldo Lopes de Araújo, Francisco Sobreira, Demétrio Diniz, Tarcísio Gurgel, e escritores de outros estados, como Sânzio de Azevedo, Marco Luchesi, Enéas Athanázio e Hildeberto Barbosa Filho.
A partir da edição 47, nova capa, sempre com mais literatura, poesia, ensaios, contos e crônicas. Na edição nº 48 homenageou-se o escritor Hélio Galvão, sendo esta uma das edições que se esgotaram mais rapidamente, quase que no dia do lançamento, realizado na Academia. Essa edição também iria marcar uma série de quatro edições equivalentes a um ano de tiragem sob patrocínio da lei municipal Djalma Maranhão, com apoio da Casa de Saúde São Lucas e Fundação Capitania das Artes, presidida pelo poeta Dácio Galvão.
Em novembro de 2016, a Academia Norte-rio-grandense de Letras completou 80 anos, e a revista trouxe vários textos de acadêmicos celebrando a data, além de textos outros com documentos da vanguarda natalense sobre os 50 anos do poema processo. Nota-se também que já era visível no periódico a participação esporádica dos poetas dessa geração como Jarbas Martins, Anchieta Fernandes e Falves Silva, o primeiro, eleito para a cadeira nº 20 da Academia.
Mantendo uma nova tradição de mudar as capas anualmente, a edição número 50 trouxe dezenas de textos, em homenagem a Dorian Gray Caldas, que era, então, um dos nossos maiores artistas vivos, e trouxe também uma entrevista que ele nos concedeu, meses antes de falecer. Outras homenagens foram prestadas a acadêmicos do passado e do presente, como, por exemplo, Nestor Lima, Paulo Bezerra, Sanderson Negreiros, Dom Nivaldo Monte, afora dezenas de discursos de saudação e posse, numa fase em que foram eleitos para ANRL importantes intelectuais potiguares.
Nessa nova fase, com as mudanças, já foram capa da revista, artistas como o já citado Dorian Gray Caldas, Newton Navarro, Iaperi Araújo, Leopoldo Nelson, e como uma amostra da nova geração, Alfredo Neves.
Recentemente, em março do corrente ano, foi publicada uma edição especial em homenagem às mulheres, na revista número 58, a participação de diversas escritoras tendo como foco os grandes nomes femininos do nosso Estado com destaque na área cultural.
O icônico filme ‘Boi de Prata’ foi finalmente digitalizado e terá a primeira exibição com novo tratamento na cidade onde foi filmado, 40 anos atrás: Caicó. O anfiteatro do Ceres-UFRN receberá a película nesta segunda-feira (30) a partir das 19h, com acesso livre. O Papo Cultura conversou com a responsável pelo processo de restauração do filme, a historiadora Flávia Assaf. Uma verdadeira aula de história e de resgate de fatos e referências do cinema nacional. Confiram:
Antes do BOI DE PRATA (1981), houve o longa JESUÍNO BRILHANTE (COLBERT, 1972), filmado no RN por um diretor potiguar, lembrado sempre como o primeiro. Porém, o fato de o diretor, produtor e roteirista, o caicoense Carlos Augusto da Costa Ribeiro Júnior, ter recrutado entre os potiguares, atores, figurantes, técnicos e outros artistas, como o músico Mirabô (autor de canções originais primorosas e da trilha impecável), fez com que a população tivesse um envolvimento afetivo maior com a película, eu acredito.
O filme BOI DE PRATA tem lugar de destaque não somente na história do audiovisual potiguar, mas também na história do cinema nacional. O filme foi produzido porque Augusto Ribeiro Júnior teve um tremendo senso de oportunidade. Nascido em Caicó, mudou-se com a família para Brasília, no período de sua inauguração (1961). Estudou cinema na UNB, onde conheceu Nelson Pereira dos Santos, de quem foi aluno e assistente em trabalhos como o AMULETO DE OGUM (1974), por exemplo.
Um grupo de cineastas ligado ao Cinema Novo trabalhou e conseguiu mudar o status da Embrafilme de divulgadora do cinema nacional no exterior para produtora e distribuidora de filmes nacionais, e, mesmo o país estando sob regime ditatorial, o grupo assumiu o poder na estatal ao emplacar o produtor Roberto Farias na presidência. Deu-se aí o início da execução de uma antiga reivindicação dos profissionais de cinema: a política de regionalização da produção.
Nelson Pereira e Roberto Farias estiveram em Natal em fevereiro de 1973 para conseguir a adesão do governo do estado na produção de filmes pelo sistema de “2 por 1″, ou seja, a Embrafilme entraria com dois terços dos custos de produção e o estado, com um terço. Fazer um filme em 35mm num dos menores e mais pobres estados da União, certamente seria uma grande vitória para a política de regionalização, por isso o empenho.
Nelson Pereira, Farias e o secretário João Faustino (Secretaria de Educação e Cultura), trabalharam até que os contratos entre a Embrafilme e o Governo do estado do RN fossem assinados, em 1976.
O roteiro escolhido para ser o primeiro filme dessa parceria era a peça JOÃO FARRAPO, do teatrólogo Meira Pires, artista potiguar de renome nos meios culturais de todo o Brasil. Ribeiro Júnior, que acompanhou todo o processo de perto, como assistente de Nelson Pereira dos Santos, correndo por fora, conseguiu, no mesmo dia, assinar um contrato com a estatal de cinema e o governo do RN para produzir e distribuir o seu filme, que inicialmente se chamaria MEU BOI DE PRATA.
A produção do filme com o roteiro de Meira Pires, depois de sofrer muitos revezes, não foi adiante. Mas Ribeiro Júnior, talvez por ser do meio cinematográfico, conseguiu por em pé a produção e filmar seu roteiro. E no dia 28 de novembro de 1978, a equipe desembarcava em Natal para dias depois, juntamente com os técnico e artistas locais, seguir para Caicó, onde seria filmada a maior parte das cenas.
Ambos os filmes trazem na trama central a história de ataques feitos por estrangeiros (ou seus agentes) à população de uma cidade do sertão nordestino, situação revertida com a união da comunidade e o uso da violência. Ambas aludem à violência do colonialismo, ao “entreguismo” dos agentes locais da colonização, e da resistência e coragem dos povos colonizados, bem aos moldes de Frantz Fanon, intelectual e médico martinicano que atuou na revolução da Argélia (1954-1962), cujos escritos sobre as questões colonialistas, como PELE NEGRA MÁSCARAS BRANCAS (1952) e OS DESERDADOS DA TERRA (1962), tem influenciado cineastas brasileiros desde a década de 60 do século passado até os nossos dias.
Antes de mim, outras pessoas já tinham tentado localizar o filme (considerado perdido por muito tempo) e fazer a digitalização. Augusto Lula, Mary Land Brito e Fábio Desilva haviam tentado em momentos diferentes e esbarraram nos custos e na falta de incentivo para esse tipo de resgate.
Durante a pesquisa que realizei para o meu mestrado em História (Cinema e História dos espaços), na UFRN, conversando com esse pessoal, visitando a Cinemateca Brasileira, e falando com técnicos do Centro Técnico Audiovisual (CTV), eu soube da cópia existente na Cinemateca do MAM-RIO. Como eu sou produtora de audiovisual há mais de 30 anos, ficou fácil entrar em contato e com a instituição e entabular o assunto. O curador da cinemateca, Hernani Heffner, foi muito receptivo, mas exigiu que eu conseguisse a autorização expressa dos herdeiros do diretor para ele liberar a cópia para a digitalização. Como eu já estava em contato com Li Ribeiro, a filha mais velha do diretor, eu tive acesso aos demais filhos. O mais complicado foi localizar um dos filhos que mora no México, Stacy Perskie, que também trabalha com cinema, e foi quem financiou os custos do serviço de digitalização. Houve uma conjunção de fatores (sorte, boa vontade, empenho, tecnologia mais acessível…) que contribuiu para que o filme fosse transcrito do sistema analógico para o digital e pudesse, finalmente, ser apresentado ao público potiguar.
Entrevistando cineastas contemporâneos de Ribeiro Júnior e falando sobre a Embrafilme, ditadura, censura etc… , o que me foi dito era que a Embrafilme autorizava a produção sem qualquer tipo de censura. Depois de realizada, a obra teria que se entender com o Serviço de Censura de Diversões Públicas, vinculado à Polícia Federal. Às vezes, o filme morria ali; às vezes, o censor não entendia o enredo e liberava o filme, como parece ter sido o caso do BOI DE PRATA, que apesar de falar de uma revolta de camponeses, recebeu o alvará de exibição sem maiores problemas. Talvez seja por estar embalado nas cores e nas belezas da cultura popular: Boi Calemba, cordel, vaqueiros…
Nos nossos dias, tudo me parece estar mais difícil no que se refere a fazer arte no nosso país, especialmente cinema. Além da alegada falta de recursos, e da demonização dos artistas por uma parcela da população, os mecanismos de financiamento foram desarticulados e há até quem fale em colocar “filtro” (eufemismo para censura) nas produções cinematográficas. No entanto, eu gosto de pensar que divulgar a história por trás do BOI DE PRATA seja uma forma de incentivar os jovens cineastas de hoje. Se um diretor iniciante conseguiu, durante o regime militar, fazer seu filme no longínquo Rio Grande do Norte, por que os de hoje não poderiam conseguir isso, com toda a tecnologia e o acesso ao conhecimento que se tem? Cinema no Brasil sempre foi resistência. Eu espero e desejo que continue sendo.
Sim. Estamos organizando uma exibição em Natal no final do mês de Outubro ou no início de Novembro, no IFRN. E poderá haver outras mais, se houver público.
Além disso, uma cópia será depositada na Cinemateca Potiguar, do IFRN, e quem quiser, pode agendar para assistir ao filme lá, individualmente ou em grupo. O BOI DE PRATA agora é dos potiguares!
Dias desses, estive me lembrando de Eudes Bezerra Galvão. Eudes foi meu colega na Faculdade de Direito; fazia parte de uma turma boa – Deífilo Gurgel, Glênio Andrade, Jarbas Martins, Ney Lopes e Pedro Simões, com quem eu tinha afinidades e maior aproximação.
Depois de formado, Eudes não seguiu carreira jurídica, preferiu exercer cargos na administração pública, inclusive o de diretor da empresa de turismo do Estado, no Governo Cortez Pereira. Deixando Natal, algum tempo depois, ele foi morar em Brasília, e terminou por se fixar em Buenos Aires, como alto funcionário do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Era uma espécie de cônsul do Rio Grande do Norte na capital da Argentina. E lá morreu, precocemente, vitimado por um infarto.
Figura humana fora de série, Eudes tinha uns modos aristocráticos, em sua nobreza santa-cruzense, e – peculiaridade interessante – gostava de cultivar amizades com personalidades importantes.
Certa vez, eu, que era repórter de “A Ordem”, fiz uma brincadeira para mexer com ele: publiquei, no jornal, uma crônica, inventando que ele fora anfitrião de Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir, em Natal. Pura gozação. Para escrever essa crônica inspirei-me numa outra de Carlos Drummond de Andrade, em que o poeta relata imaginária visita de Greta Garbo a Belo Horizonte.
Ontem, remexendo nos meus “alfarrábios”, encontrei o recorte da crônica, o papel já amarelado pelo tempo. Transcrevo a seguir dois trechos da mesma, a título de curiosidade:
“Tudo nasceu de uma correspondência do universitário Eudes Galvão, único natalense a manter contato intimamente transoceânico com celebridades européias e norte-americanas.
Pois bem, Eudes, numa de suas conversas epistolares com Sartre, convidou-o a vir passear na cidade dos reis, descrevendo-lhe, com força persuasiva, a tranquilidade provinciana que, se para uns é tédio, para outros significa paz de espírito.
Sartre, em resposta, mandou dizer que aguentasse a mão, e qualquer dia estaria espirrando por aqui. Mas, fez uma ressalva: ‘Desejo permanecer incógnito em sua Natal'”.
(…)
…Naquela tarde, fomos debaixo de aguaceiro ao aeroporto, com grande expectativa, receber o casal famoso.
Esperamos um bocado de tempo. Afinal abriu-se a portinhola daquele bimotor e surgiram aos nossos olhos, dois vultos – Sartre, baixinho, óculos escuros, certamente para despistar eventuais caçadores de autógrafos, ao lado de Simone de Beauvoir, esta bem mais avantajada de corpo, o qual comprimia-se num vestido amarelo com grandes flores de estampa.
Fomos às apresentações. O filósofo ligeiramente irritado com a chuva. A romancista melhor humorada. Tencionavam demorar-se quinze dias aqui em repouso bucólico.
Alcançaram realmente a pretensão.
A imprensa de Natal, com seu faro para furos, nem ao menos sonhou com a presença de tão importantes personalidades, bem ali na casa do Rio do Sol. Felizmente.”
Engraçado é que muita gente acreditou nessa história.
Quando era Presidente da EMPROTURN, Eudes Galvão adivinhou o potencial turístico do Beco da Lama, viela escondida no centro histórico de Natal, até então considerada reduto do submundo. Propôs recuperá-la. Sua sugestão serviu de zombaria, até mesmo na imprensa. Lembro-me que Eudes chegou a ser ridicularizado, publicamente. Hoje, o Beco da Lama virou atração turística, todo adornado com painéis do melhor grafite-arte. O mundo dá muitas voltas, como diz a sabedoria popular.
Tenho em meu arquivo todas as cartas que me foram enviadas por Eudes Galvão. De uma delas pinço este fragmento, prova de que Eudes, embora não tenha publicado nada, sabia escrever com elegância e senso de humor:
“Fico aguardando, com entusiasmo, o seu livro. Assim – verdadeiramente – como esperei os anteriores. Até porque serei o seu biógrafo. As velhas cartas seguem, implacáveis, e guardadas, como sói acontecer, num velho baú, amarelecendo ali, caladas, na umidade das margens do rio Trairí.
Obrigado pela carta. Agora raras e curtas. Assim mesmo valem a pena.
Você é uma dessas pessoas que povoaram uma quadra da minha vida, da maneira mais gratificante possível. Devo-lhe isso. Uma forma de pagar (e nunca liquido o débito) é dedicando-lhe o melhor de minha amizade e com muito apreço,
Eudes”
A cantora Lysia Condé é a convidada da 3ª edição do projeto “Serestas ao Luar”, que vai acontecer nesta sexta-feira (27) na Cidade Alta. O acesso ao projeto é gratuito e a concentração começa às 19h na Praça Padre João Maria. O início do percurso stá marcado para 20h.
A seresta é itinerante e acontece pelas ruas da Cidade Alta. O grupo toca clássicos da música romântica ao ar livre. A banda fixa é formada por Ricardo Baya (viola), Fernando Botelho (violão), Jailton Torres e Bruno Pessoa (percussão), Carlos Zens (flauta), Fernandinho Regis (bandolim) e Robson Galvão (cavaquinho).
Durante o trajeto, os seresteiros fazem paradas em pontos estratégicos da Cidade Alta, em estações que homenageiam canções.
O som dos músicos sai ampliado por um carrinho. Neste ano, o carrinho ganhou pintura do grafiteiro paulista Dicesar Love, responsável também por algumas das artes nos muros do Beco da Lama.
Fiquei sabendo de ‘Décadas’, livro de Clementino Câmara, ouvindo umas conversas no Sebo Vermelho. Sim sempre gostei dos “sons” que ecoam nos sebos, muita informação encontra-se nas rodas de bate papo. São os cantões, as cocadas, de antigamente, e, foi então em um desses lugares mágicos que ouvi pela primeira vez o nome de Clementino Câmara. Desde aquele momento passei à “cata” do livro ‘Décadas’, curioso em conhecer a trajetória das memórias do Professor de diversas gerações da capital potiguar.
De idas e vindas, por entre poeiras e ácaros, encontrei o livro. Logo nas primeiras páginas, o autor faz uma deliciosa advertência sobre sua escrita:
“Mas este livro não é apenas de uma recordação de nossa vida; ludâmbulo de nova espécie, fizemos este passeio aos tempos que se foram – desde aqueles em que o ‘boi calemba’ e os ‘congos’, para obter permissão de brincar, dançavam primeiro em frente á chefatura de polícia, na rua da Conceição, bem perto do Palácio do Governo; em que se fazia a fogueira de São João na Rua Grande, hoje Praça André de Albuquerque; em que as ‘Lapinhas’ do Antônio Elias e José Lucas, e os Fandangos de Chico Bilro constituíam nota do dia […].”
Radiante eu estava diante de um livro de memórias com doce percurso sobre uma urbe que não existe mais, uma urbe do passado. Tratava-se de uma Natal que conheceu o fim de um século, o século XIX e um amanhecer de um novo século, o século XX. O interessante nessa trajetória inicial, é o cenário urbano fazer parte integrante da narrativa “autobiográfica”. Confesso me atrai as memórias, gosto de fazer, este passeio, este caminhar pelas ruas da cidade através dos memorialistas.
Clementino Câmara através de suas memórias afetivas nos apresenta uma Natal do passado, uma cidade memória. A cidade que desce a ladeira, e chega na Ribeira, no Cais da Tavares de Lira, e entra nas terras do sítio pertencente ao “Bom Jesus das Dores”, é uma Natal a ser explorada nas páginas de Décadas. A cada informação de sua vida, um pouco da urbe se apresenta, como pro exemplo no seu encontro com os primeiros evangélicos da cidade:
“Numa terça-feira de maio de 1901, entrei na igreja do Bom Jesus, onde se rezavam os terços do mesmo mês. Depois fui pela atual rua Frei Miguelinho e vi num salão uma reunião de diversas pessoas. Cantava-se. Aproximei-me e fiquei com outros curiosos no ‘sereno’. Diante do auditório, tendo a iluminar-lhe a loira cabeça um candeeiro a querosene, encontrava-se João Ferreira Nobre com a Bíblia aberta, pregando.”
Estes dois fragmentos são bem ilustrativos das minhas inquietações dessa “cidade” despida por cronistas/memorialistas. Busco neste universo de memórias, tecer os retalhos das lembranças narradas, na formatação de Natal. Tenho em minha estante um lugar especial para o memorialistas da urbe, são vozes prontas para narrar a cidade. Me delicio neste diálogo, eu e os memorialistas “habitantes de minha biblioteca”, para lembrar o professor Américo de Oliveira. Um desses habitantes é Lair Tinôco e seu “Tempo de Saudade”.
“[…] Todas as tardes, o meu avô, Dodô, como eu e minha irmã o chamávamos, pegava na minha mão e me levava para olhar a enchente do potengi. As águas barrentas lambiam os degraus de pedra do pequeno cais e até espraiavam-se pelo calçamento regular da Av. Tavares de Lira […] Na volta sempre dávamos uma entradinha na Rua Chile. Lá ficava a “Dispensa Natalense”, o melhor armazém de cosmétiveis da nossa cidade naqueles idos.”
São os livros de memórias: um doce percurso sobre a urbe, este é o convite deste curto artigo. Deixo para você leitora e leitor este convite, se joguem neste mundo das memórias e pise no chão de uma Natal, cidade memória.
São 12 anos desse encontro com Veríssimo, talvez o maior cronista desta nova era brasileira. Entrevista exclusiva para o Diário de Natal. Lembro da sensação estranha de intimidação pela timidez exacerbada dele, e ao mesmo tempo de fácil aceitação pelo jeito pacato, manso, acessível. E lá fui eu, ainda um jovem naquele distante ano de 2007, conversar com um dos ídolos da minha época. Horas depois ele subiria ao palco para tocar seu sax em um show de jazz. Parabéns a este aniversariante, ainda na ativa aos 83 anos.
Entrevistar Luis Fernando Veríssimo é tarefa difícil. O cronista-romancista-poeta-músico é mais do que tudo, tímido. Antes encarnasse o Analista de Bagé – notório personagem de seus textos – e desfiasse seu gauchês a torto e a direito. Com esforço, escapa das respostas monossilábicas. Atende aos jornalistas com educação. Talvez para escapar do estereótipo da “estrela” – longe do perfil pacato do cronista.
Aos 71 anos, Veríssimo participou de um bate-papo informal com o premiado jornalista Zuenir Ventura, no primeiro dia do Encontro Natalense de Escritores. Foi convidado para falar sobre a crônica e seu contexto literário. Temática predominante, também, desta entrevista. Está em Natal pela primeira vez, onde ficou até hoje. Consegui pescar algumas palavras de Veríssimo antes que subisse ao palco do evento. E aí está:
Luís Fernando Veríssimo – A crônica é esse ser meio híbrido. Metade jornalismo, metade literatura. Mas penso que tem mais pretensão literária do que jornalística.
Os sons do saxofone, por exemplo, podem virar crônica, mas dificilmente uma notícia…
A notícia é uma coisa mais fria, anônima. A crônica é geralmente a opinião de alguém que se identifica e dá um palpite; é uma leitura mais atraente.
O jazz é mais de improviso. A crônica não pode improvisar muito.
(risos) De certa maneira, sim. Aproxima-se um pouco dessa linguagem de computador.
É uma boa definição. Rubem Braga escrevia crônicas maravilhosas a partir de uma banalidade, um detalhe, um pequeno acontecimento.
É uma virtude do cronista construir um texto bom, bonito e atraente a partir de quase nada. Isso é uma habilidade, não é defeito.
Independe muito. Às vezes a crônica é um comentário de um acontecimento, um fato; é a opinião do autor. Às vezes é uma ficção baseada em lembranças do autor. Podem ser várias coisas.
Hoje fica difícil. Vejo pouco. Houve uma grande época da crônica brasileira, justo com Rubem Braga, Paulo Mendes Campos, Antônio Maria, Fernando Sabino e tantos outros. Hoje, a crônica mudou. Muita gente boa fazendo crônica, mas confesso que estou meio desatualizado.
Não.
Depende muito do cronista. Alguns simbolizaram o máximo da sofisticação, da vida urbana. E tivemos o contrário, os que falavam de sua casa.
Respeito os imortais. Mas não vejo muita importância nisso.
A música pra mim é passatempo. Nunca cheguei a estudar muito a música. Gosto de brincar com a música, só que toco numa banda que é muito boa, de profissionais. São cinco músicos e um metido a músico, que sou eu.
É música que depende muito de improviso. Tem que ter certa habilidade pra improvisar e tal.
Eu estou ali brincando de músico. As pessoas entendem que não vão ouvir um virtuoso e que não tem pretensão de grande músico.
É um estilo de escrever, com certeza leveza, informalidade. Mas a crônica permite tratar de qualquer assunto. É inconteste. Na crônica tudo é válido.
Nesta quinta-feira (26), a governadora Fátima Bezerra anunciará, logo mais no Teatro Lauro Monte Filho, em Mossoró, o concurso para o edital de Fomento à Cultura Potiguar 2019.
O edital objetiva a seleção de 80 iniciativas artístico-culturais a serem fomentadas pelo Governo do Estado, através da Fundação José Augusto.
Nesta primeira edição serão contemplados os segmentos artísticos de Música, Teatro, Circo, Artes Visuais, Audiovisual e Rádios Comunitárias.
Serão repassados recursos públicos, através de prêmios no valor bruto de R$ 970 mil. Desse montante, 50% será destinado à região metropolitana de Natal e 50% ao interior do estado. Os recursos são oriundos do orçamento geral da Fundação José Augusto.
Auxílio Música (24 videoclipes) – R$ 10 mil cada – Total de R$ 240 mil
Auxílio Montagens de Teatro (6 projetos) – R$ 25 mil cada – Total de R$ 150 mil
Auxílio Circulação Teatro (6 peças) – R$ 15 mil cada – Total de R$ 90 mil
Auxílio Montagem Circo (6 espetáculos) – R$ 12,5 mil cada – Total de R$ 75 mil
Auxílio Exposição Artes Visuais (10 exposições) – R$ 7,5 mil – Total de R$ 75 mil
Auxílio Produção Audiovisual (8 produções) – R$ 30 mil cada – Total de R$ 240 mil
Auxílio Rádios Comunitárias (20 projetos) – R$ 5 cada – Total de R$ 100 mil
Total de 80 Ações Incentivadas e um valor Total de prêmios de R$ 970 mil
Além de R$ 24 mil para os doze membros convidados da sociedade civil para as comissões de seleção.
Música – 2 membros – R$ 2 mil cada – R$ 4 mil ao todo
Teatro – 2 membros – R$ 2 mil cada – R$ 4 mil ao todo
Circo – 2 membros – R$ 2 mil cada – R$ 4 mil ao todo
Artes Visuais – 2 membros – R$ 2 mil cada – R$ 4 mil ao todo
Audiovisual – 2 membros – R$ 2 mil cada – R$ 4 mil ao todo
Rádios Comunitárias – 2 membros – R$ 2 mil cada – R$ 4 mil ao todo
Valor Total dos Cachês Destinado as Comissões R$ 24 mil
Os segmentos não incluídos nesta edição como Dança, Literatura, Diversidade Sociocultural (Religiosa, Gênero, Étnica, Humana e Deficiência; e Geracional) e Cultura Popular (Teatro de João Redondo, Danças Populares e Folguedos e Literatura de Cordel), serão contemplados na próxima edição do edital que deverá ser lançada em março de 2020.
O Sarau Insurgências Poéticas leva ao palco do Teatro de Cultura Popular Chico Daniel, o experimento ‘Mar Íntimo’ em celebração aos 91 anos da poeta Zila Mamede, celebrado em 28 de setembro, neste domingo.
Os ingressos serão vendidos antecipadamente no Bardallos Comida e Arte, ou no Estúdio Afetivo Carlota, a R$ 15 e, no dia da apresentação, na bilheteria do Teatro (anexo à Fundação José Augusto), a R$ 20 (inteira).
A partir das 16h a bilheteria abre junto com a produtos do sarau e do Estúdio Carlota, além de comidas e bebidas na cantina do Teatro.
O especial poético teatral apresenta fragmentos da vida e obra de Zila Mamede e ainda de poemas marítimos dos potiguares Eveline Sin, Jean Sartief, Iracema Macedo e Marize Castro, com direção artística de Rozeane Oliveira, dramaturgia de Thiago Medeiros, interpretação Gessyka Santos, Marina Rabelo e Thiago Medeiros, trilha sonora ao vivo Rafael Alves e Michelle Ferret e participação especial da cantora e compositora Dani Cruz.
Fruto de uma pesquisa feita pelo grupo em ocasião aos 90 anos da poeta, é a primeira homenagem póstuma realizada pelo grupo, que tocados pelos mares da obra e vida, escolheu Zila Mamede para ser tema de seu primeiro espetáculo teatral.
Mar Íntimo já foi apresentado em 2017 no Burburinho Festival de Artes e no Teatro de Cultura Popular em 2019.
A apresentação tem o apoio institucional do Governo do Estado, da Fundação José Augusto e do Teatro de Cultura Popular Chico Daniel, além do IFRN Campus Cidade Alta, Gustavo Guedes e Marly Rodrigues.
Intérpretes: Gessyka Santos, Marina Rabelo, Michelle Ferret e Thiago Medeiros;
Trilha sonora ao vivo: Rafael Alves e Michelle Ferret, convidada: Dani Cruz;
Direção artística: Rozeane Oliveira;
Dramaturgia: Thiago Medeiros;
Textos: Eveline Sin, Jean Sartief, Iracema Macedo, Marize Castro, Zila Mamede;
Iluminação: Juciê Borges;
Cenário: Wecsley Mariano;
Produção: Thiago Medeiros e Raquel Lucena
INSURGÊNCIAS POÉTICAS – MAR ÍNTIMO HOMENAGEM A ZILA MAMEDE
QUANDO: DOMINGO 29/09/2019
HORA: 18H
ONDE: TEATRO DE CULTURA POPULAR CHICO DANIEL
INGRESSOS R$ 15,00 (ANTECIPADO); 20,00 (INTEIRA) NA HORA.
RESERVAS E CONTATOS: (84) 986270893 (whats)
O Festival de Artes e Culturas LGBTQI+ começa a ganhar corpo. A Fundação Capitania das Artes publicou hoje no Diário Oficial a seleção pública projetos voltados às ações culturais de valorização e proteção à diversidade LGBTQI+, de gênero e hábitos identitários em Natal e Região Metropolitana.
A inscrição de propostas vai até o próximo 25 de outubro, com divulgação de resultado três dias depois. O apoio financeiro será para realização de ações no Museu de Cultura Popular Djalma Maranhão, no período de 25 de novembro à 15 de dezembro deste ano.
Serão 14 propostas selecionadas para dividir R$ 29 mil. Confiram as três categorias de seleção:
São projetos em etapas de reestruturação, finalização de etapas, e/ou apoio à aquisição de materiais voltados para criações artísticas, desenvolvimento de atividades de coletivos e grupos com temáticas LGBTQI+. Serão contemplados quatro projetos, totalizando R$ 12,5 mil nesta categoria.
Projetos voltados ao desenvolvimento profissional de pessoas LGBTQI+ pertinentes à valorização da criatividade dos Agentes Culturais das comunidades LGBTQI+ (artesão, artistas, produtores culturais, empreendedores culturais, grupos e coletivos artísticos específicos). Serão contemplados cinco projetos, totalizando R$ 7,5 mil para esta categoria.
Propostas que promovam o desenvolvimento econômico e social das pessoas LGBTQI+, a visibilidades de trabalhos, ações e produtos de impacto social através da cultura, já existentes nas comunidades. Serão contemplados cinco projetos, totalizando o recurso de R$ 9 mil para esta categoria.
As inscrições são gratuitas. Podem participar pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas em Natal. Serão feitas na Funcarte, das 9h às 13h, por meio de formulários disponíveis no DOM ou no Blog da Funcarte. O proponente poderá se inscrever nas três categorias, com projetos distintos, mas poderá ser selecionado em apenas uma delas.
Hoje (25) é dia de seleção do projeto Talento das Cidades – Edição 2019, promovido pelo cantor e apresentador Fernando Luís, com o apoio do Governo do Estado, por meio da Fundação José Augusto e que tem o objetivo de descobrir novas vozes para a música potiguar. A seleção de hoje será na Casa de Cultura Popular de Timbaúba, a partir das 19h. Amanhã (26) ocorrerá em Caicó e na sexta (27) em Santa Cruz, sempre no mesmo horário.
A primeira CCP a receber a seleção do Talento das Cidades foi em Nova Cruz, na semana passada e esse ano serão realizadas 11 seleções, em 11 cidades do interior do Estado, até 30 de outubro e expectativa para a grande final, em Natal, no dia 20 de novembro para a escolha do representante das Casas de Cultura Popular para a “Mais Bela Voz Potiguar” desse ano.
Esse é o terceiro ano consecutivo que o projeto sai pelo interior com o apoio das Casas de Cultura Popular e é uma extensão do projeto Show nas Comunidades, que Fernando Luís já promove há 16 anos na capital potiguar.
“A ideia central do projeto é descobrir novos talentos e novos intérpretes no Estado”, explica ele, acrescentando que nomes populares como Carla Patrícia e Caio Fernandes, dentre outros, ficaram conhecidos a partir de seu programa. De acordo com ele, a visibilidade dada aos pretensos artistas – mesmo aqueles que não ganham premiação ou participam da gravação do CD – acaba por facilitar com que fiquem mais conhecidos e, portanto, sejam convidados para fazer shows.
“Muitos deles nos dão esse feedback, afirmando que até mesmo a partir das seleções que realizamos nas CCP, eles já começam a ser chamados para cantar em festas”, comemora Fernando Luís. Lembrando que o garoto Benício Abraão, de Nova Cruz, que se apresentou na categoria mirim, ano passado, acabou por enviar a gravação para o The Voice Kids Brasil e tem sérias chances de ser chamado para fazer parte das prévias.
A inserção no mercado de trabalho, segundo ele, vai depender do esforço de cada um. O programa dá o pontapé, mas é preciso muito trabalho e dedicação ao que faz.
Uma outra faceta desse projeto que evidencia os talentos potiguares é levar artistas consagrados ao conhecimento do público mais popular. A cantora Khrystal e a banda Perfume de Gardênia, por exemplo, já se apresentaram no Show das Comunidades e isso amplia o alcance dos seus trabalhos, assim como também propicia o conhecimento ao público que nem sempre tem acesso a esses artistas.
25/09 – Timbaúba
26/09 – Caicó
27/09 – Santa Cruz
09/10 – Florânia
10/10 – Parelhas
22/10 – Martins
23/10 – Caraúbas
24/10 – Grossos
30/10 – Goianinha
31/10 – Apodi
20/11 – Grande Final no TCP para a Escolha do representante das Casas de Cultura Popular para “A mais bela voz Potiguar”
Neste dia 28 de setembro (sábado), a junção de artistas locais com lendários nomes do samba nacional fará do projeto Pôr do Samba uma verdadeira aula em forma de festa, que vai contar e cantar a história do ritmo mais marcante do Brasil. O show acontecerá no Terminal Marítimo de Passageiros do Porto de Natal, no Largo da Rua Chile, bairro da Ribeira, um dos mais belos cartões postais da capital potiguar.
A programação terá início às 11h, com direito a feijoada grátis e degustação da Cachaça Papary para quem chegar cedo. Serão 10 horas de festa, com uma estrutura toda especial e atrações que não deixarão ninguém parado. O evento é uma realização da Viva Entretenimento.
Mais do que um evento de lazer e muita diversão, o show visa contar a história do ritmo musical da maneira mais completa possível. Para isso, promoverá um intercâmbio regional-nacional, com o propósito de valorizar os artistas locais, reconhecendo a sua relevância no cenário da música popular. As bandas convidadas farão um verdadeiro espetáculo de talento, musicalidade e muita alegria.
No decorrer das 10 horas de show, a viagem pela história do samba passará pelo processo de surgimento, bem como pela ascensão de música proibida à símbolo nacional, abordando também alguns dos sub gêneros mais famosos do ritmo: samba enredo (e escolas de samba), partido-alto e pagode.
– 11h: Abertura dos Portões
– Luciano Queiroz e Banda
– Quarteto Linha
– Batukedô
– Fundo de Quintal
– Batukedô
– Ribeira Boêmia, André da Mata e Neguinho da Beija-Flor
– Batukedô
– Mesa Doze
Data: 28 de setembro
Horário: A partir das 11h
Local: Terminal Marítimo da Ribeira, Rua Chile.
Atrações: Fundo de Quintal, Roda de Samba Ribeira Boêmia, Neguinho da Beija-Flor, Luciano Queiroz e Banda, André da Mata, Quarteto Linha, Mesa Doze e Batukedô.
Lemos recentemente um artigo do escritor Manoel Onofre Jr., membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras, intitulado “Memória Curta”, no qual ele critica o descaso com o histórico prédio do antigo Grupo Escolar Augusto Severo. O relato do autor, que estudou lá, quando o prédio abrigava a velha Faculdade de Direito, nos sensibilizou, ao pedir socorro para preservação da memória desse monumento arquitetônico, onde está simbolizada uma parte da nossa história.
Criado no Governo de Antônio José de Melo e Sousa (outro esquecido pelos potiguares), o Grupo Escolar-modelo, projeto do arquiteto Herculano Ramos (o mesmo que remodelou o Teatro Alberto Maranhão), foi construído num local privilegiado, na Praça Augusto Severo, principal centro da modernidade da capital à época. O Governador Antônio de Souza, estudioso da problemática educacional, autorizou a construção de um edifício moderno, sofisticado para o seu tempo.
O Grupo Escolar Augusto Severo, homenageando o aeronauta pioneiro, foi a primeira instituição do gênero estabelecida em Natal, a partir do Decreto n. 174, de 05 de março de 1908, o qual especificou a construção do prédio, nos mesmos padrões dos Grupos Escolares do Estado de São Paulo. A arquitetura inspirou-se no estilo Art Nouveau (expressão francesa para “arte nova”), caracterizado principalmente por formas e estruturas naturais, não somente flores e plantas, mas também linhas curvas, e foi mais popular na Europa, mas teve influência no mundo todo. Atingiu o seu auge na chamada Belle Époque.
O Grupo seria oficialmente inaugurado no governo Alberto Maranhão. Entre os anos de 1911 e 1914, abrigou também a Escola Normal, estabelecimento dedicado à formação de professores.
Na década de 1950 continuou a ter função educacional com a instalação da Faculdade de Direito de Natal, a primeira escola de Direito do Estado, polo de uma geração de intelectuais, que, possivelmente, o Rio Grande do Norte nunca mais verá outra igual. A antiga Faculdade de Direito teve ilustres professores, juristas renomados, basta citar como exemplo, Otto Guerra, Luís da Câmara Cascudo, Edgar Barbosa… e formou grandes figuras do Rio Grande do Norte; algumas ainda estão ai na ativa.
Nesse período foram realizadas algumas reformas e construido um pavilhão de estilo moderno, para a época, nos fundos da edificação.
Em meados dos anos de 1970, o Curso de Direito foi transferido para o Campus Central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e o prédio da Faculdade passou a ser ocupado por algumas secretarias do Governo do Estado. Após sediar a Secretaria de Segurança Pública, foi assumido pela UFRN.
Os sinais de abandono são claros, não apenas da parte física, mas também de tudo quanto esta representa. Onde estão os políticos dessa cidade, os representantes do povo? Ninguém pode interceder por esse monumento centenário? Será que esse pessoal entende apenas de Shopping Center? Ouvi recentemente de um assessor de político que o mesmo tinha dito que cultura não dá voto. É o cúmulo.
Daí nos questionarmos, porque tamanho abandono de uma parte da nossa história? Será que ao longo desses anos não foi possível disponibilizar recursos para restauração de um prédio tão histórico, e de tanto valor artístico, sobretudo quando se refere também a educação?
Seria bom, para despertar atenção para a causa, que os ex-alunos da Faculdade de Direito se reunissem e dessem um abraço simbólico no prédio, que traz marcas de um passado glorioso do nosso Estado e deveria ser motivo de muito orgulho.
Enfim, salvem o velho Grupo Escolar.
O ‘Música na Livraria’ deste mês vai discutir a obra musical de Chico Buarque. E como em todas as edições do projeto, regado a música de qualidade. A atração desta vez é o talento da cantora e pianista Priscila Matos. O Música na Livraria acontece sempre na última sexta-feira do mês na Cooperativa Cultural da UFRN, a partir das 10h e com acesso livre.
A mesa-redonda terá como temática “A Canção Cristalina: conversando sobre Chico Buarque”. O jornalista e crítico literário Nelson Patriota mediará o bate-papo entre o professor do Departamento de Letras da UFRN, Carlos Braga, e o também professor e ex-diretor da Editora Universitária, Enílson Santos.
O Música na Livraria foi criado ainda em 2011 fruto da parceria entre a Escola de Música da UFRN e a Cooperativa Cultural da UFRN. “É uma iniciativa que visa oportunizar um espaço de apreciação e formação de plateias em música, com participação de grupos permanentes de arte e cultural da UFRN, além de convidados”, comentou o coordenador do projeto, João Paulo Araújo.
Música na Livraria – com Priscila Matos e mesa-redonda “Conversando sobre Chico Buarque”
Onde: Cooperativa Cultural da UFRN
Quando: nesta sexta-feira (27) – sempre na última sexta do mês
Hora: a partir das 10h
Acesso livre
O Tributo a Gal Costa acontece nesta sexta-feira (27) a partir das 19h no Beco da Lama e com entrada franca. A cantora escolhida para interpretar as canções é Edja Alvess, que comemora 20 anos de carreira em 2019. Junto a Jailton Torres e Jan Rodrigues, Edja propõe um mergulho no repertório da cantora Gal Costa, contemplando canções desde o primeiro disco, gravado em 1969. A cantora Antoanete Madureira fará participação especial durante o show.
O show é uma homenagem à cantora nascida na cidade de Salvador, Bahia em 26 de setembro de 1945. Gal deu contribuições ímpares para a música brasileira, participou de movimentos importantes da história da música, como a Tropicália, estabelecido no país nos anos 60. Em 1979, ela se distancia do repertório influenciado pelo rock e se consagra como ícone na MPB.
O tributo é uma realização da Cheridan’s Produções com patrocínio da Prefeitura do Natal através da Seleção Pública de iniciativas artísticas para compor a programação de eventos do Centro Histórico de Natal/RN durante o ano de 2019.
Tributo a Gal Costa
Beco da Lama
27 de Setembro 19h
Entrada Franca
O Núcleo de Arte (Nuarte) do IFRN Cidade Alta abriu para consulta pública o edital para a ocupação artística e cultural das salas de arte do Campus, e ainda edital para o oferecimento de oficinas de arte e cultura no Campus, ambos para 2020.
A consulta pública ficará aberta até o dia 10 de outubro de 2019 e as sugestões, alterações ou acréscimos devem ser enviadas via formulário.
“O objetivo dessa consulta pública é ampliar o diálogo com o setor cultural e a comunidade externa, possibilitando a participação dos interessados em contribuir com uma ação institucional”, ressalta a Coordenadora do Núcleo, professora Nara Pessoa.
As atividades devem contemplar o fomento à dinâmica de criação, produção, circulação, formação e fruição cultural, envolvendo prioritariamente artistas, grupos, companhias e coletivos do Rio Grande do Norte. Serão selecionadas cinco propostas para cada edital, e em ambos os proponentes atuarão de forma voluntária, sem remuneração.
Segue os contatos para solicitarem os editais. comunicacao.cal@ifrn.edu.br / 4005-0967 (ramal).
Após leitura dos documentos, os interessados devem seguir aos links abaixo para os respectivos formulários onde devem ser feitas as sugestões de alteração.
Clique AQUI para enviar sua sugestão para o edital de Ocupação.
Clique AQUI para enviar sua sugestão para o edital das Oficinas.
O Festival MADA (Música Alimento da Alma) está em contagem regressiva para a edição dos 21 anos nos dias 18 e 19 de outubro, no estádio Arena das Dunas, em Natal. Como um dos principais festivais do Brasil a valorizar a criatividade da música autoral de vanguarda, o MADA 2019 aposta em importantes tendências no seu line up. Estarão em evidência o hip hop contemporâneo e a chamada nova MPB, apresentando artistas que estão renovando esses gêneros. Também reúne algumas grandes performances musicais com estrelas que já conquistam seu espaço no mercado.
Serão 22 horas de música sem intervalos. O festival repete a experiência de apresentações alternadas nos três palcos, a integração de várias áreas do complexo Arena das Dunas e o retorno da Tenda Eletrônica, um espaço para experimentações musicais com beats eletrônicos e horário estendido até 5h da manhã. O MADA 2019 conta com patrocínios da TNT Energy Drink, Itaipava, Sympla Unimed Natal, Prefeitura de Natal e Lei Djalma Maranhão. A abertura dos portões será às 17h e os shows tem início às 18h.
O rapper Baco Exu do Blues volta ao MADA para lançar o elogiadíssimo “Bluesman”, cujo videoclipe conquistou em 2019 o Grand Prix – premiação máxima – na categoria “Entertainment for Music” do festival Cannes Lions. Com influências do jazz e MPB, além de ritmos baianos, chega pela primeira vez a Natal, a também baiana Luedji Luna, trazendo músicas do álbum “Um Corpo no Mundo”.
O MADA também apresenta, pela primeira vez ao RN, os talentosos artistas da nova geração: a carioca MC Tha, que incorpora ao rap os ritmos ancestrais dos orixás (“Rito de Passá” é seu novo disco); Luíza Lian com sua poesia eletrônica e ao mesmo tempo pop “Azul Moderno”; Djonga, o potente rapper escritor e compositor mineiro que chama a atenção por sua lírica afiada e por suas fortes críticas sociais. A cena eletrônica, new wave e jazzística da banda Teto Preto; e de Brasília chega a cantora de rap Flora Matos, que aos 30 anos já conta longa estrada musical com discos lançados e tours pela Europa.
Entre as headliners, impossível não incluir o terceiro disco do Baiana System (“O Futuro Não Demora”), que completa dez anos de carreira renovando os ritmos baianos. E uma das bandas de reggae mais queridas e longevas do pop brasileiro, a Natiruts, que está de fôlego novo com o disco “I Love”, que conta com parcerias de Gilberto Gil (“Verde do mar de Angola”), Morgan Heritage (“I Love”), Katchafire (“Mergulhei nos teus olhos”).
Da terrinha, já tem gente nova no line up. Nome em ascensão no cenário eletrônico alternativo de Natal, BEX estreia em disco com “Clocking Days”, um registro de peito aberto, mostrando o caminho para superar um coração partido. Enquanto prepara um álbum com músicas somente de compositores potiguares, Plutão Já Foi Planeta está de volta ao MADA com single novo no palco.
E ainda vamos conhecer o trabalho de Ouen – do músico Rodrigo Monteiro – e o produtor e músico Zé Caxangá e Seu Conjunto, mostrando sua mistura em “Demons”. Outra novidade é Mad Dogs comemorando 25 anos e Potyguara Bardo, que depois de um esfuziante show no Palco 3 ano passado, estreia em um dos palcos principais apresentando seu disco “Simulacre”.
A programação terá ainda ativações culturais na Feira Mix do MADA e a “Tenda Eletrônica”, o “after” oficial do festival por onde já passaram, em um passado recente, diversos artistas da cena eletrônica brasileira/internacional e da música experimental, à época em que o MADA era realizado na beira-mar da Costeira. O público poderá voltar à “tenda” 2019 com projetos como o Clube Underground do House e Tisck, nos dois dias, entre 0h até 5h da manhã. O festival ainda contará com praça de alimentação e área de convivência ampliada.
Festival MADA – 21 anos
Local | Estádio Arena das Dunas – Lagoa Nova, Natal
Data | 18 e 19 de outubro
Horário | a partir das 17h
Para compra online vá até à Sympla
Pontos de venda | Loja Oticalli do shopping Midway
Realização:MADA Produções
ESTUDANTES:
Todo estudante regularmente matriculado em uma instituição de ensino de 1º, 2º ou 3º grau (Ensino Fundamental, Médio e Superior) tem direito, portanto, à pagar metade, 50%, do valor da entrada. Deve apresentar a Carteira de Identificação Estudantil com foto e dentro da validade.
ID JOVEM:
A Identidade Jovem, ou simplesmente ID Jovem, é o documento que possibilita acesso aos benefícios de meia-entrada em eventos artísticoculturais e esportivos e também a vagas gratuitas ou com desconto no sistema de transporte coletivo interestadual, conforme disposto no Decreto 8.537/2015.
PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL E ESTADUAL DE ENSINO (REDE PUBLICA E PRIVADA):
A Lei nº 243/2006 concede aos professores da rede municipal de ensino desconto de 50% no acesso (meia-entrada) a eventos culturais e esportivos, congressos e seminários na cidade do Natal e devem apresentar a Carteira Funcional ou Holerite do Mês Vigente acompanhado de Documento Oficial de Identificação com Foto. LEI Nº 10.422, DE 22 DE AGOSTO DE 2018.
A Lei nº 10.422, assegura aos professores da rede pública e privada de ensino do Estado, no exercício da profissão, o direito ao pagamento de meia entrada em eventos de natureza cultural, esportivos e de lazer.
DOADORES REGULARES DE SANGUE:
A meia entrada em eventos, cinemas e espetáculos agora passa a ser direito também dos doadores de sangue regular, são considerados doadores regulares de sangue aqueles registrados nos bancos de sangue dos hospitais localizados no Município do Natal, identificados por documento oficial expedido pela instituição, conforme a Lei 344/2011.
INGRESSO SOCIAL:
QUALQUER PESSOA que não enquadre nos grupos com direito ao ingresso meia entrada pode comprar o Ingressos Social mediante a doação, no dia do evento, de 1kg de Alimento não perecível que será destinado para instituições de assistência social.O GAAC – Grupo de Apoio a Criança com Câncer é a entidade beneficiada neste ano.
INFORMAÇÕES SOBRE INGRESSO ONLINE
O ingresso é pessoal (nominal). É indispensável a apresentação de um documento de identificação original e oficial com foto, juntamente com o ingresso impresso ou no aplicativo da Sympla, para validação da titularidade.
Trocas de titularidade poderão ser realizadas pelo titular da compra; basta instalar nosso app! Se você ainda não instalou, clique AQUI ou AQUI. Após fazer o login, vá até a aba ‘Ingressos’, clique sobre o ingresso que deseja alterar e no menu ‘Opções’, selecione ‘Editar participantes’.
Siga os procedimentos indicados na tela e confira os dados preenchidos antes de confirmar a alteração! A troca pode ser realizada apenas uma vez por ingresso e a permissão para alterar estará disponível até 24 horas antes do início do evento. Se desejar obter mais informações sobre o procedimento, acesse AQUI.
Dúvidas poderão ser encaminhadas para participante@sympla.com.br.
– Em caso de arrependimento da compra, o reembolso do valor do ingresso somente será efetuado caso a solicitação seja feita no prazo de até 7 (sete) dias a contar da data da compra, e desde que realizado o pedido de devolução com, no máximo, 48 (quarenta e oito) horas de antecedência do horário de início do evento. Essa solicitação deve ser feita pelo titular da compra através do e-mail: participante@sympla.com.br.
– Caso não tenha recebido o ingresso (ou inscrição) em seu e-mail, você pode acessá-lo a qualquer momento através do aplicativo da Sympla, disponível na App Store ou Play Store, no site da Sympla.
Milton Dornellas, cantor, compositor e secretário Executivo de Cultura da Paraíba, estará em Natal nesta quarta-feira (25), para participar de dois eventos na Fundação José Augusto. E embora as reuniões sejam direcionadas a determinados setores culturais, são abertas a quem desejar participar.
Às 11h ele conversa com artistas da Câmara Setorial de Música: Música, Setorial e Gestão, no Auditório Franco Maria Jasiello, na Fundação José Augusto. E às 15h, dentro do Projeto Diga Aí, ele fará palestra interna com Gestores do órgão, sobre a temática “Formação e Iniciação Artística e Gestão”.
Milton Dornellas tem extenso currículo de atuação em Gestão Cultural. Já foi diretor geral do Programa de Inclusão Através da Música e das Artes; gerente de Promoção Cultural da Secretaria de Cultura do Estado da Paraíba; diretor executivo da Fundação Cultural de João Pessoa; diretor adjunto da Fundação Cultural de João Pessoa; diretor de Ação Cultural da Fundação Cultural de João Pessoa e diretor de Música da Fundação Cultural de João Pessoa.
Listar as melhores comédias românticas do cinema é tão pretensioso quanto compor qualquer lista individual. Resumir às melhores disponíveis em uma provedora de streaming (como o é a Netflix) ajuda, mas ainda assim é uma ambição que nunca vai ter um final 100% feliz. E há um motivo especialmente influente quando se tentar elencar filmes dessa forma: a identificação. Quando se trata de romances, tudo ganha outras proporções e isso se torna muito mais pessoal e, às vezes, intransferível.
Pensando nisso, a ideia das minhas listas de cinema geralmente é indicar. Sem a menor pretensão de criar uma lista exata, definitiva ou qualquer coisa do tipo, os filmes citados e brevemente resenhados mais abaixo servem como indicações para quem não os assistiu ou para quem gostaria de reassisti-los. Para mim, é óbvio que, dentro do catálogo da Netflix, podem ser encontrados outros tão bons quanto, mas, como dito, isso vai depender de questões subjetivas como a identificação.
Sem mais demora e dentro dessa abordagem sem verdades absolutas, vamos à lista dos 10 melhores filmes de comédia romântica disponíveis na Netflix:
Incensado na Austrália, premiado em festivais, pela crítica e muito bem-visto pelo público local, O Casamento de Ali é um filme tão leve quanto efetivo ao tratar o amor justamente como algo muito particular e pessoal. O roteiro, de quebra, passeia por questões ligadas à cultura australiana de um modo tão corajoso e verdadeiro que torna o filme muito mais contundente para além das suas quase duas horas de duração. Tendo as tradições muçulmanas como pano de fundo, é uma comédia que atinge bem a vida real, especialmente as questões de intolerância religiosa. Aqui, a identificação, para boa parte do público, pode ser instantânea.
Outro multipremiado, Amor a Toda Prova é um filme fundamental dentro do gênero (ou subgênero) por um motivo bem particular: O roteiro de Dan Fogelman (da animação Enrolados) está muito mais preocupado com seus personagens do que com a própria história em si. Essa atenção dada a cada um do quarteto principal (estelar, formado por Julianne Moore, Steve Carell, Emma Stone e Ryan Gosling) permite que o espectador possa testar sentimentos reais e faz tudo ir muito além da função de comédia. Alguns dos sentimentos que surgem, inclusive, podem surpreender e ecoar por algum tempo após os créditos finais.
Tudo aqui é tão divertido e, ao mesmo tempo, verdadeiro que o sentimentalismo quase no limite do desfecho parece natural após tanta tensão (sim) e humor afiado. Na verdade, Questão de Tempo poderia se encaixar em um subgênero do subgênero (sem qualquer ideia pejorativa): seria uma tragicomédia romântica. E é interessante perceber o quanto a direção e especialmente o roteiro de Richard Curtis faz do filme uma crítica necessária ao machismo na personagem de Domhnall Gleeson (o Tim), resultando em um filme onde a justaposição de felicidade e dor, doce e amargo, é chave de um resultado passível de muitos debates.
Talvez, esse seja o filme com o coração mais no lugar certo da lista. O envolvimento com os personagens se dá de forma tão gradativa e natural que não é difícil se imaginar tendo algum tipo de amizade com Patrick e Katarina (Heath Ledger e Julia Stiles respectivamente). A trilha sonora (especialmente a utilização das canções) de Richard Gibbs é inventiva a ponto de soar tão espontânea quanto a dupla protagonista. Por mais que seja possível, em algum momento, perceber que Patrick e Katarina estão sendo manipulados pela história (e isso tenha alguma força para derrubar o encanto), 10 Coisas que Eu Odeio em Você é um filme praticamente indispensável para quem gosta de uma comédia romântica (adolescente ou não).
Provavelmente um dos menos conhecidos da lista, Sing Street: Música e Sonho é uma pequena obra-prima dirigida por John Carney (do já ótimo Mesmo Se Nada Der Certo, 2013). A partir de uma premissa aparentemente genérica, que diz sobre um rapaz que foge de uma conturbada vida familiar ao se tornar integrante de uma banda para impressionar uma moça misteriosa, o filme – escrito também por Carney –, constrói conexões tanto dentro do seu próprio desenrolar quanto entre os personagens que parecem refletir em um nível subcutâneo: não arrepia somente, mas faz vibrar. E é tudo tão íntimo, com barreiras sinceras, triunfos satisfatórios e frustrações quase palpáveis que tudo pode ir além da identificação. É a vida em metáforas. São alegorias simples, mas passíveis de interpretações intensas… resta somente estar disponível e aberto para elas.
A falta de direcionamento proposital em um roteiro, que cede um grau de espontaneidade especialmente crível é, talvez, o maior mérito do texto de Laura Terruso (de Fits and Starts) e Michael Showalter (de O Encalhado). Dirigido pela própria Terruso, Doris, Redescobrindo o Amor estuda não somente a personagem título (interpretada por Sally Field), mas uma situação que preconceituosamente é raramente exposta na vida real: o amor de uma mulher mais velha por alguém jovem. O horror social, aqui, é tratado com uma leveza linda de se apreciar e, simultaneamente, dolorosa para se refletir. E tudo se mostra ainda mais forte a partir da atuação tão comovente de Field.
Indicado ao Oscar de Melhor Atriz – para Diane Keaton – o filme escrito e dirigido por Nancy Meyers (do excelente O Amor Não Tira Férias, 2006) é bem rimado com o anterior (Doris, Redescobrindo o Amor) na questão do amor entre pessoas com idades tão distantes. Além de Keaton, o Alguém tem que Ceder conta também com Jack Nicholson, Keanu Reeves, Frances McDormand, Amanda Peet e Jon Favreau. Mas a verdade é que Keaton e Nicholson trazem tanta experiência e são de um humor tão natural que suas personagens funcionam de uma forma quase que inesperada pelo roteiro. Não que o texto de Meyers seja ruim – longe disso –, mas a impressão é que o filme ganha muito mais camadas a partir de uma dupla com tanta química e tanta cumplicidade.
Para muitos, um filme bobo ou até chato mesmo. Mas vejo uma ligação muito próxima com uma das melhores comédias românticas já realizadas: Feitiço de Tempo (de Harold Ramis, 1993). É verdade que não existe em Como se Fosse a Primeira Vez a profundidade do filme de Ramis – estrelado pelo impagável Bill Murray e Andie MacDowell –, mas há um quê de inocência e de romantismo que difere da maioria dos filmes que traziam Sandler como protagonista à época – com exceção do excepcional Embriagado de Amor (de Paul Thomas Anderson, 2002). Tanto que, na sequência, o ator emendaria Espanglês (de James L. Brooks, 2004), outro bom filme dessa sua leva romântica.
Como se Fosse a Primeira Vez revela um olhar mais intimamente passional de Sandler. Existem outras verdades por trás de cada interação sua com a personagem de Drew Barrymore (a Lucy) que, além de terem força para tornar o filme interessante, fazem com que tudo possa ser agradável e positivamente inofensivo.
***
É isso. Poderiam ser muitos… caberiam alguns títulos a mais, de repente, substituindo os que citei. Na prática, é impossível listar cinco ou 10 filmes de maneira unânime. Como dito na introdução, comédias – especialmente as românticas – batem de uma maneira muito pessoal na gente. Resta a subjetividade de cada um para compor a própria lista.
Agora, ficam aí os comentários para que vocês complementem e enriqueçam tudo. Vamos fazendo uma corrente de indicações! Nada melhor do que compartilhar.
Texto originalmente publicado no Canaltech
O maior evento cristão do Brasil, a Marcha Para Jesus retorna à Natal após três anos ausente do Estado potiguar. E será no próximo dia 5 de outubro. A organização espera mais de 50 mil pessoas. A concentração da marcha acontecerá na avenida Alberto Silva, no Tirol, a partir das 14h, e o destino final será a Arena das Dunas, às 18h.
As atrações estão confirmadas, entre nomes nacionais e locais. Além de trios elétricos e atividades de oração, estão confirmados shows de Raquel Santiago, Régis Danese, David Quinlan, o grupo Som e Louvor e Preto no Branco, além de nomes locais como Thabata Medeiros, Mikeias Cruz, Ministério Vambora e Deep Worship (Adoração Profunda).
E as primeiras contratações foram publicadas na edição de hoje do Diário Oficial de Natal. A Funcarte contratou David Quinlan por R$ 70 mil, o grupo Preto no Branco por R$ 60 mil e o cantor Regis Danese por R$ 45 mil. São R$ 175 mil para três das cinco atrações nacionais, cada um com show previsto de duas horas de duração.
Esta será a 18ª edição da Marcha Para Jseus. A atividade em Natal terá participação de 80 igrejas e ações solidárias, como arrecadação de alimentos e donativos para serem doados em instituições sociais da capital.
Atuando na cena artística de Natal desde 2013, a Sociedade T apresenta Corpo Desabrigo, exposição resultante de uma pesquisa concebida pelo performer Pablo Vieira e o fotógrafo André Chacon nos espaços abandonados da cidade.
A relação estabelecida entre performance e fotografia foi traduzida em imagens poéticas que esgarçam a palavra desabrigo, procurando enxergá-la sobre o viés artístico, político, simbólico. Narrativas possíveis extraídas do concreto, do pó, da solidão e das memórias que esses prédios embargados possuem.
Com visitação gratuita, a exposição tem abertura nesta sexta-feira (27), às 19h, no Margem Hub de Fotografia e possui classificação indicativa de 14 anos.
Mais informações sobre o projeto e a exposição em: @sociedadet.
Corpo Desabrigo foi contemplado pelo Fundo de Incentivo à Cultura de Natal – 2018, além de contar com apoio cultural do Espaço A3 e do KD Móveis.
Abertura: 27 de setembro
Horário: 19h
Local: Margem Hub de Fotografia (Rua Mossoró, 826, Tirol)
Classificação Indicativa: 14
Fotografia: André Chacon
Performer e Produção Geral: Pablo Vieira
Produção Executiva: Moisés Ferreira
Curadoria: Daniel Torres, João Oliveira e Paula Lima
Designer Gráfico: Vitor Bezerra
Imagens: André Chacon e Moisés Ferreira
Edição: Ronildo Nóbrega
Trilha sonora original: Mexo
Promovendo a criação e a divulgação da música como arte, o Festival Rio Grande do Rock acredita que o potencial do músico potiguar e o Rock n’ Roll são bens exponenciais da nossa sociedade, e que isso deve ser valorizado.
O produtor Cultural Matheus Lima, em parceria com o Raimundo’s Pub, vem apresentar o Festival Rio Grande Do Rock, projeto que visa gerar uma maior valorização da cena de rock autoral potiguar e que conta com a presença das bandas Coala, Opinião Formada e Chileboes.
Os shows acontecerão no Raimundo’sPub, no dia 26 de setembro (quinta-feira) a partir das 20h. O valor do ingresso será de R$ 10,00 e será adquirido no local.
O projeto visa aumentar a visibilidade do cenário de rock na cidade do Natal, trazendo bandas com trabalhos autorais que querem mostrar a diversidade presente nos seus ideais e nas suas composições, que possuem forte influência das várias eras do rock, passando também por outros gêneros, como o Blues e o Jazz.
Festival Rio Grande do Rock
Onde: Raimundo’s Pub (Candelária)
Data: Dia 26 (quinta-feira_
Hora: 20h
Ingresso: R$ 10 (no local)
Amanhã é dia de apresentação do VI Concerto Oficial da temporada 2019 do projeto Terças Clássicas, da Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte. Após passagem, na última sexta-feira (20), pela Paróquia do Santuário dos Santos Mártires de Cunhaú e Uruaçu, a OSRN agora desembarca na Catedral Metropolitana de Natal, nesta terça (24), a partir das 19h. O acesso é livre e não será necessária a retirada prévia de ingressos.
Neste mês, a Orquestra rompeu os limites do palco no teatro e levou a música clássica a duas igrejas da capital, convidando alguns solistas e dois corais para as apresentações. Para amanhã, o maestro Linus Lerner repete o emocionante programa executado na sexta-feira.
O programa inclui obras como: a “Abertura da Páscoa Russa” do compositor russo Nikolai Rimsky-Korsakov que inclui cantos de igrejas de várias nacionalidades: gregos, búlgaros, ucranianos e russos.
O concerto contará com uma convidada especial, a solista soprano lírico do Rio de Janeiro, Paolla Soneghetti, profissional premiada, com participações importantes em festivais, óperas e musicais, dentro e fora do país. Paolla se apresenta nas obras Domine Deus do Gloria, de Antonio Vivaldi, Canção à Lua da Ópera Rusalka, de Antonín Dvorak e Um Bel di Vedremo da ópera Madame Butterfly, de Gioacomo Puccini.
Também será solista, o spalla da OSRN, André Kolodiuk – natalense detentor de uma bagagem musical, com experiências nacionais e internacionais, que irá apresentar ao público, um emocionante solo de violino na obra Meditação da Ópera Thaís, do compositor francês Jules Massenet.
Já para a apresentação da obra “Missa da Coroação”, a 15ª missa composta por Mozart no século 18, umas das mais populares entre as suas missas, a OSRN convida os solistas Leciana Oliveira (soprano), Franz Ribeiro (Contratenor), César Leonardo (Tenor), José Fernandez (Barítono) e a participação especial do Coral Canto do Povo – regência de Eli Cavalcanti, e Coral Harmus – regência de Janilson Batista da Silva.
O programa também traz Intermezzo da ópera Cavaleria Rusticana, de Pietro Mascagni e “Adágio para cordas” do norte-americano Samuel Barber. Escrita em 1936, Adagio é uma peça bastante comovente que tem feito parte da trilha sonora de vários filmes e séries, como no filme Platoon, de Oliver Stone, ganhador de quatro oscares em 1987 que a utilizou como tema.
A temporada 2019 conta com o patrocínio – via incentivo fiscal – da Companhia Energética do RN (Cosern) e Instituto Neoenergia, por meio da Lei Câmara Cascudo, da Unimed Natal, Hospital do Coração Natal e Prefeitura do Natal, por meio da Lei Djalma Maranhão.
O projeto Movimento Sinfônico é uma realização da OSRN, Fundação José Augusto e MAPA Realizações Culturais e conta ainda com o apoio do Teatro Riachuelo Natal, Opus Promoções, Galeria Fernando Chiriboga, G7 Comunicação, Wish Natal Exclusive Resort e dos Restaurantes: Camarões Potiguar, La Cachette e Poti Restaurante.
Nesta terça-feira (24) a Casa da Ribeira recebe a Caminhada Rumos em Natal, às 18h30, com o lançamento do edital 2019-2020 do programa Rumos Itaú Cultural.
A Caminhada Rumos, ação que visa promover o encontro entre representantes do Itaú Cultural e o público para sanar todas as dúvidas possíveis sobre a inscrição, o processo seletivo e o acompanhamento de projetos selecionados, ocorre nas 26 capitais do país e no Distrito Federal.
As inscrições para o Rumos 2019-2020 ficam abertas do dia 3 de setembro até o dia 18 de outubro de 2019 (23h59) – horário de Brasília.
Os relatos sobre os encontros, a agenda dos próximos e o histórico de todos os selecionados podem ser acessados no site do Itaú Cultural.
Caminhada Rumos Natal – Edital 2019-2020 [com interpretação em Libras]
Quando: Nesta terça-feira (24)
Hora: 18h30
Onde: Casa da Ribeira
Postei logo abaixo que a Funcarte vai abrir, nesta terça (24), inscrição para promoção de oficinas de formação e pesquisa em teatro. Mas na mesma edição do Diário Oficial de hoje consta também abertura de inscrição para circulação de espetáculos em Natal.
Os trâmites obedecem a mesma burocracia, mesmo valores e datas da seleção para oficinas de formação teatral. O prazo de inscrição será de 24 de setembro até 10 de outubro. Também serão selecionadas seis propostas e com o mesmo valor de R$ 4,8 mil para cada proponente selecionado. O resultado será divulgado em 14 de outubro.
Se as oficinas têm duração de 32 horas, esse apoio financeiro será destinado para duas apresentações teatrais em local determinado pelo proponente, desde que inserido em Natal. A previsão para realização dos espetáculos também é o mesmo, no intervalo entre 1º de novembro e 20 de dezembro.
Para mais detalhes de documentação necessária e outros quetais, acesse o Diário Oficial de hoje.
E-mail: Sergiovilarjor@gmail.com
Celular / Zap: (84) 9 9929.6595 Fale Conosco Assessoria Papo Cultura