Com a sua primeira produção, o Mulungu Audiovisual, coletivo pioneiro na discussão e fomento do cinema negro brasileiro no Rio Grande do Norte, inicia suas atividades com o documentário subjetivo “Mãe & Preta”, que resgata a história de Neide – mulher, negra e mãe -, levantando reflexões sobre a vivência da mulher negra na sociedade contemporânea.
A equipe é majoritariamente preta e que recebe apoio de alguns profissionais do audiovisual que acreditam no projeto. Para conseguir arcar com as despesas, como alimentação e transporte durante a produção do filme, o projeto Mãe & Preta decidiu financiar a produção através de rifa.
A rifa custa o valor simbólico de R$ 5. A premiação será uma tatuagem no valor de R$ 120, realizada pela Kpitu Tattoo e Arte, como também uma trança Ghana, feita pelo Espaço DreadLooks, além de um brinde especial. O sorteio será realizado no dia 31 de julho de 2019.
Você pode colaborar com a produção audiovisual do cinema negro do RN, adquirindo uma rifa ou contribuindo com qualquer valor. Para comprar bilhete da rifa ou saber mais informações, é só entrar em contato com a equipe de produção do projeto através do contato (84) 99980-9124 ou por e-mail curtamaeepreta@gmail.com
O São João de Natal 2019 foi um dos maiores dos últimos anos, se não o maior. Isso em termos de público, infraestrutura e atrações. Não necessariamente o mais fiel às tradições ou muito menos o mais eficiente do ponto de vista custo-benefício.
Foram mais de R$ 1 milhão gastos (ou investidos?) em nomes nacionais pouco relacionados aos festejos juninos. E contabilize na conta do cofre municipal mais R$ 240 mil de locação do espaço do Arena das Dunas para cinco diárias, entre 12 e 16 de junho.
Se incluso ainda verbas de palco e toda a infraestrutura montada no Arena, realmente muito atrativa e qualificada, o orçamento quase dobra. É muito dinheiro para uma festa que, ressalte-se, agradou ao povão.
Agora, imaginemos a mesma infraestrutura montada no Largo do Atheneu, com muito mais atrações locais e também nacionais pagas com cachês entre R$ 5 e R$ 10 mil. Reduziria algo próximo a R$ 1 milhão na conta.
Shows de qualidade! Tão bons ou melhores que, por exemplo, uma dupla já decadente como Zezé Di Camargo e Luciano, ao custo de R$ 300 mil. Acredito que agradaria da mesma maneira o povão – a quem o evento é direcionado – e com custo reduzido.
Os dez anos de morte do cantor e compositor Tico da Costa, recebem homenagem do Coral Canto do Povo, da Fundação José Augusto, com duas apresentações na próxima semana, dias 1º e 2 de julho (segunda e terça), no Auditório da Escola de Música, intitulada “Salve Tico”, sob a regência do jovem maestro Eli Cavalcante e presença no palco de 50 artistas, entre coristas, instrumentistas e solistas.
A nova fase do Coral Canto do Povo, que tem mais de 30 anos de formação, conta agora com a inserção da música popular brasileira, desde a chegada do jovem maestro Eli Cavalcante, 25. Quando Tico da Costa morreu, em 29 de agosto de 2009, o maestro ainda era jovem. Tempos depois ocorreu a aproximação com a obra desse compositor potiguar.
“Conheci o artista ouvindo o filho dele tocar, Gabriel da Costa, que era meu colega de turma. Perguntei que canção era aquela, e ele disse que era ‘Chorinho para Deus Bom’ e eu me encantei. A partir dali comprei todos os CD´s dele, fiz um intensivão e passei a pensar num projeto que o homenageasse”, relembra Cavalcante.
O repertório escolhido para os dois dias de apresentação terá o universo das composições de Tico da Costa. Vai desde a música nordestina, pelo seu envolvimento com o frevo, uma vez que estudou em Recife (PE), e da música popular do Sul e Sudeste, com sambas, bossas e choros. “Teremos desde músicas de um caráter mais sério e introspectivo até músicas infantis e mais carismáticas”, diz o maestro.
Tentei trazer o máximo de variedade dos universos que Tico se aventurou. O repertório terá a seguintes canções: Carrim Baião; Rodando Ciranda; Não volto não (samba); Mosquitinho (xote); Ana Bandolim (canção de ninar); Chorim pra Deus Bom (choro); Pé de Cajarana (choro); travessa dos Calafates (samba); Só pensar no amor (Bossa); A Tábua (frevo).
Francisco das Chagas Costa nasceu no dia 13 de novembro de 1951, na cidade de Areia Branca e levou o nome do Rio Grande do Norte e do Brasil mundo afora. Fez turnês pela Europa, África e Américas Central, do Norte e Sul, tocando em festivais de Jazz, Folk e World Music. Morou em Natal, Recife e Roma, onde estudou música. Conviveu com músicos importantes do cenário mundial como o norte-americano Philip Glass.
Nas apresentações de “Salve Tico” o Coral Canto do Povo contará com a presença do pianista Eduardo Taufic e do percussionista Ramon Gabriel, além da especial participação do Coral Infantil da UFRN, e dos solistas Ariadne Mendes, Venicius Viana, César Leonardo, Lúcia Tabita, Jônatas Galdino, Jullian Firmino e Ionara Marques.
Criado em abril de 1988 como o objetivo de proporcionar uma saudável realização dos nossos valores artístico-musicais. Em seu curriculum destacam-se apresentações nos seguintes no Festival Internacional de Porto Alegre, Brasil Cantat nas cidades de Novo Hamburgo, Belo Horizonte, Criciúma, Recife.
Em 1995 representou o Brasil na França em Brunoy (Salle Montmartel), Catedral de Notre Dame, Igreja Saint Martin d’Etiolles, na Alemanha em Musik Halle Volkshaus Berne, Igreja Hamburg-Berne, Bad Oldesloe, Gemeischaftshaus-Batyam-Platz, Catedral de Limburg, Kastelbaun (Sala de concerto), Simmern (Palácio do governo e Teatro Municipal), Kircheberg, Kastelhaus-Kür, na Itália em Lecco – Basílica de S. Giuseppe.
O grupo de 35 vozes ainda se apresentou em Roma – Praça de São Pedro (Audiência do Papa João Paulo II), Colégio Pio Brasileiro, Casa Generalícia Fratelli Maristi. Em 2000, foi atração na Cerimônia de Beatificação dos Protomártires do Brasil, em Roma, realizando também um Concerto na Sala de Audiência do Papa (Aula Paolo VI).
Convidado para reger alguns concertos nos 30 anos do Coral, ano passado, Eli Cavalcante, atual regente, conta que houve uma sintonia entre ele e os coristas e surgiu a proposta de introduzir um repertório que também contemple música popular brasileira. “Salve Tico” é o primeiro concerto oficial do Coral Canto do Povo em 2019. O segundo será um repertório mais clássico, com peças de Mozart e haverá também o Concerto Natalino, com músicas sacras e tradicionais do Natal de diversos países diferentes.
Além dos concertos oficiais, o Coral Canto do Povo se apresenta regularmente em festivais, eventos fechados, eventos governamentais, e participação diretamente ligada com Educação etc.
Eli Cavalcante iniciou seus estudos de música em 2005, é técnico e bacharel em Piano pela UFRN e tem ampla experiência não só como solista, mas também como pianista correpetidor, regente e compositor. Foi artista destaque em diversos festivais, participando de master-classes nacionais e internacionais. Provou-se exímio concertista ao ser o solista protagonista do concerto de encerramento da Semana da Música 2017.
Foi também celebrado como compositor ao ser homenageado não só com diversos recitais inteiramente compostos por música autoral, mas também ao ter suas composições escutadas nas telas de curta e longa metragem em festivais por diferentes estados com cinemas reconhecidos, como o a rede Cinemark. Como maestro, sua batuta conhece diversas orquestras, como a Orquestra Sinfônica do RN, e seu trabalho é fortemente assíduo nos coros mais antigos da cidade em atividade: Por mais de 5 anos, o maestro tem acompanhado o coral Madrigal da UFRN como pianista correpetidor e mais recentemente como regente adjunto.
As senhas serão distribuídas gratuitamente das 8h às 14h, nos dias 27 e 28 de junho (Quinta e Sexta) na sede da Fundação José Augusto. No dia 1º, a partir das 16h, estarão disponíveis na Escola de Música e no dia 2 de julho, a partir das 19h. As duas apresentações serão no Auditório Onofre Lopes da Escola de Música da UFRN.
O nome do ex-prefeito de Serra Negra do Norte e ex-secretário de Educação do Estado, Ruy Pereira, hoje dá nome ao Espaço Cultural encravado na Cidade Alta, ao lado do IFRN, nas adjacências do Beco da Lama.
Ruy Pereira me parecia um sujeito extremamente cortês. O entrevistei algumas vezes quando esteve secretário de Educação. Mas mesmo após sua morte trágica em 2010, por acidente de carro, estranhei a homenagem em um espaço cultural cujo local ele não frequentava.
O Beco da Lama, o Centro Histórico de Natal coleciona uma gama de figuras ilustres e identitárias com sua boemia e sua vocação cultural. Então, a escolha do nome Espaço Cultural Ruy Pereira me pareceu política, à época. Tanto que o público insiste em chamar espaço Zé Reeira, referente ao nome do bar mais frequentado do lugar.
Após a prefeitura homenagear Cascudo no recente trabalho de grafitagem do Beco da Lama – Cascudo, nossa maior expressão cultural -, escorrega nesta nova homenagem ao médico Ruy Pereira. A tarefa caberá ao artista visual Dicesarlove, em meio a outros grafites e artistas visuais que irão estampar aquele pedaço do Centro.
Dessa forma, para não pecar apenas na crítica pela crítica, sugiro nomes para a Prefeitura e para Dicesarlove pensarem e esquecerem a imagem de Ruy Pereira, já homenageado:
Nazi, célebre comerciante do Beco e das famosas meladinhas e encontros boêmios, será ótimo nome. O próprio Marcelus Bob, artista visual expressivo e frequentador do local, seria outro. Nazaré, figura icônica e ainda presente na resistência daquelas adjacências. Lula Belmont, com história íntima ligada à boemia da Cidade Alta e também ainda presente.
E se pender para referências histórico-culturais, como Cascudo, sugiro Djalma Maranhão, ex-prefeito e entusiasta da cultura popular, o folclorista Deífilo Gurgel ou o artista plástico Newton Navarro, frequentadores do Centro de tempos idos.
Eduardo Alexandre, o Dunga, lembrou ainda intelectuais célebres e assíduos do Beco, como Berilo Wanderley, Bosco Lopes, Manoel de Brito, ou mesmo artistas recentemente falecidos e fortemente identificados com o Centro: Carlança e Carlos Bem, ou de épocas mais pretéritas, como o Maestro Mainha, da Bandagália, que viveu e morreu no Beco.
#Ficadica
O novo EP da banda potiguar Boats, intitulado “Cosmos Sessions”, foi disponibilizado para streaming. Com nova formação, a banda acaba de lançar duas novas músicas marcando sua nova fase.
No último mês de maio, o grupo de Pau dos Ferros soltou sua “Cosmos Sessions”, gravada no Cosmos Art Studio em Mossoró. E neste mês de junho, as faixas registradas em vídeo chegam às plataformas de streaming pela Nightbird Records. ]
Com a entrada de Anny Fernandes (guitarra), agora a banda é um quarteto com Júlia (voz e guitarra), Nogueira (baixo) e Shirley (bateria) complementando a formação.
“Heavy Consciousness” e “Tempo” apontam a nova direção da banda, fortemente influenciada pelo indie rock e pelo emocore, agora com novas texturas graças à sua nova guitarrista.
ASSISTA A SESSION:
Uma imagem natural e levemente estática vale mais que mil movimentos desordenados da urbe. Reserve um minuto do seu dia e assista este crepúsculo à beira do rio Assu, filmado durante a expedição Solstício de Inverno – 21 a 24 de junho de 2019.
Filmagem de Jack d’Emilia
Trilha sonora de Kevin MacLeod
Um menino com um destino de onda, um desejo de Mar. Assim é Flúvio, o herói da peça “Flúvio e o Mar”, escrita por Henrique Fontes, autor da Invenção do Nordeste e vencedor do Prêmio Shell 2019 de dramaturgia. A peça encenada pelo Coletivo Atores à Deriva, será apresentada neste domingo, 30 de junho, às 16h na Casa da Ribeira.
A peça conta a história de Flúvio, um menino de nome aquático que mora na pequena cidade de Elmo das Pedras e que um dia decide partir em uma aventura em busca do mar. No caminho, Flúvio encontra alguns personagens pitorescos: o Poeta, uma figura sábia e esquisita com um corpo só e duas cabeças; Maravilhoso, um jovem inteligente e muito ligado à sua terra e também as últimas tendências da moda; João Insatisfação, um jovem que tem uma verdadeira obsessão por comprar, mas que não conhece a própria mãe.
WhatsApp: 987040265
O processo de construção do Plano Plurianual do Estado, equivalente ao período de 2020-2023, está em fase de elaboração por meio de consulta pública e visitas a dez municípios polos do estado par realização de consulta popular.
O Fórum Potiguar de Cultura (FPC) não poderia deixar de dar a sua contribuição para construção da proposta. Para isso, produziu um documento com 22 Diretrizes para a Cultura do RN, que serão sugeridas para inserção no PPA e já entregues à governadora e aos gestores da Fundação José Augusto.
“Acreditamos que esse seja o documento que pode orientar os fazedores de Cultura a participar desse momento. Vamos eleger as prioridades para as políticas culturais em nosso estado”, explica Esso Alencar, membro da comissão executiva do FPC.
O PPA pode ser acessado AQUI, no portal da Secretaria Estadual de Planejamento e das Finanças (Seplan) e receberá propostas até o dia 30 de junho.
O PPA é o instrumento estratégico de planejamento público onde são indicadas diretrizes e iniciativas que serão alvo dos esforços do governo no período de quatro anos. As prioridades definidas pela população servirão de norte para a elaboração do PPA. O governo tem até 31 de agosto para construir o PPA e entregar à apreciação na Assembleia Legislativa.
As 22 Diretrizes para a Cultura do RN sugeridas pelo FPC são:
Criação de uma Secretaria Estadual de Cultura, com dotação orçamentária para manter e aperfeiçoar o funcionamento pleno dos órgãos da administração direta, autárquicos e fundacionais ligados à esfera da cultura do Estado.
(A cultura é um segmento essencial para o desenvolvimento do Estado, entendemos a situação de limite prudencial e a situação orçamentária restritas, com 86% do RCL do RN comprometido coma a folha e pagamento, contudo, não podemos nos furtar deste momento de criar os caminhos seguros para o desenvolvimento do RN. A cultura é um segmento econômico, por gerar muitos empregos e por ser a força motriz para o desenvolvimento humano e social).
Sanção e regulamentação do Plano Estadual de Cultura/RN após sua tramitação e aprovação na ALRN.
(O FPC atuará também junto a Assembleia Legislativa, contudo a gestão executiva precisa ter como prioridade estabelecer um Plano de Cultura coerente para os próximos 10 anos e dar o exemplo no cumprimento de metas).
Implantação do Sistema Estadual de Cultura – estimulando a integração dos municípios com ações de fortalecimento dos setoriais da cultura (segmentos artísticos).
(Estabelecer um ambiente de gestão entre Estado e Municípios e garantir a efetiva participação do RN nas Políticas Nacionais).
Constituição de um Conselho Estadual de Políticas Culturais, de caráter deliberativo, fortalecendo a sociedade civil e os mecanismos de participação da classe artística, dos movimentos organizados da sociedade civil, e com atenção aos diversos setoriais das artes.
Atualização de todas as leis que constituem os marcos legais da cultura do RN, com atenção a Lei do Fundo Estadual de Cultura, com a criação de um Sistema de Financiamento a Cultura robusto e capaz de abrigar diversas formas de acesso e aplicação de recursos financeiros para a cultura.
Abertura de um Centro Cultural na capital capaz de abrigar conteúdos das mais diversas linguagens artísticas, atendendo as especificidades de demandas estruturais e técnicas de cada linguagem, com o objetivo de absorver e fazer fruir a produção artística potiguar com atividades contínuas e programação regular voltada para as nossas artes;
Revisão da meta orçamentária para a área cultural, com a consequente ampliação dos recursos repassados diretamente as entidades culturais, grupos e artísticas atuantes do RN, impedindo remanejamentos dos recursos orçamentários destinados a cultura e adequando-se ao SNC.
Interiorização das ações culturais, com foco na capacitação de gestores e profissionais das artes, manutenção dos equipamentos públicos culturais e formação de novos públicos, usando a rede de equipamentos já existentes através de circuitos culturais a serem fomentados profissionalmente, com recursos garantidos no orçamento (LDO e LOA), sem autorizações para remanejamentos, garantindo a contratação de equipe técnica qualificada, com planejamento e metodologias definidas.
Instalação de uma rádio pública para difusão do conteúdo artístico-educativo produzido no estado.
Democratização e transparência na liberação dos recursos destinados à Cultura através da criação e execução de editais públicos, respeitando e contemplando as especificidades dos setoriais de cada uma das linguagens artísticas;
Atuação de forma integrada com outras secretarias de Estado e órgãos afins com o objetivo de desenvolver programas transversais envolvendo áreas importantes, priorizando Programas de Cultura e Educação, Programa de Cultura e Turismo, Programa de Cultura e Saúde, Programa de Cultura e Meio Ambiente, Programa de Cultura e Assistência Social.
Fortalecimento das manifestações da diversidade cultural existente, com diretorias representativas dos setores culturais organizados no organograma da gestão, protegendo o patrimônio histórico e artístico, material e imaterial.
Preservar, fomentar e apoiar a prática das artes na rua, promover a normatização garantindo a não oneração das atividades e a viabilidade econômica.
Criar o Programa Casas de Cultura, com recursos específicos na LDO e LOA, para garantir a regularidade de conteúdos pertinentes e abrangentes a todas as Casas de Cultura, a manutenção dos equipamentos em pleno funcionamento.
Criar organograma do órgão gestor de cultura para apoiar a gestão e garantir quadros de profissionais especializados para gerir equipamentos, setoriais e grupos artísticos do estado, atuando com capacidade de gestão para manter o pleno funcionamento dos equipamentos, das ações setoriais e dos grupos artísticos do RN.
Apoiar, fortalecer e promover projetos voltados para a promoção, preservação, proteção e difusão dos valores sociais, econômicos, culturais das comunidades tradicionais de terreiro, quilombos e ciganos e reconhecer povos tradicionais do campo e da cidade com recursos financeiros financiados por editais, chamamentos públicos e convênios. Em eixos fundamentais para promover a inclusão dos povos tradicionais de direitos, previsto pela Constituição: o social, o cultural e o de gestão da informação.
Reconhecer e fortalecer os movimentos culturais promovidos e mantidos pela sociedade civil organizada, a exemplo do Escambo, Artistas na Gestão, Federação de Teatro Amador, Fórum Potiguar de Cultura, entre outros.
Criar o Programa de Fomento e Fruição Artística priorizando os municípios que não possuem equipamentos culturais, podendo utilizar equipamentos públicos fechados e abandonados como equipamentos culturais.
Garantir a criação dos Sistemas Municipais de Cultura, para apoiar a organização institucional dos municípios.
Reconhecer os setoriais de cultura atuantes no RN, através de pesquisa e mapeamento.
Garantir a interface entre setoriais, com destaque para a interface do livro e leitura com as outras linguagens artísticas como o teatro, a música, o audiovisual, etc.
Criar o Programa Estadual de formação em arte.
A edição deste domingo do Som da Mata fará homenagem ao saudoso músico Arthur Maia, que iniciou a carreira tocando bateria até ganhar um contrabaixo elétrico, aos 17 anos de idade. O tributo acontece às 16h30 no Parque das Dunas.
Além de tocar para grandes nomes na música nacional e internacional, como: Jorge Benjor, Gal Costa, Caetano Veloso, Roberto Carlos, Djavan, Milton Nascimento, Marisa Monte, Plácido Domingo, Ayrto Moreira, Carlos Santana e George Benson, dentre muitos outros, fundou e integrou bandas como Cama de Gato, Egotrip e a Black Rio.
Arthur faleceu no final do ano passado aos 56 anos deixando uma legião de músicos admiradores, inclusive em Natal, onde esteve várias vezes dividindo o palco com alguns potiguares.
E para prestar o tributo, sobem ao palco Jubileu Filho (guitarra e violão), Alison Brazuka (guitarra), Gustavo Almeida (bateria), Moisés de Souza (contrabaixo), Renato Carvalho (saxofone) e Fernando Dantas (teclado).
Mais cedo, às 10h do domingo, se apresentado o Príncipe Feliz dentro do projeto Bosque Encena, com muitas surpresas além da música, brincadeiras, concurso da mais bela voz, exercícios lúdicos e contação de histórias. O espetáculo é um entretenimento para toda família que curte uma programação cultural e muita diversão.
A apresentação terá nos vocais Décio Santiago e Mirle Silva, nos violões Jorge Luis e Kleyton Araújo, na percussão, João kleber Franfer e convidados.
A entrada no Parque das Dunas custa R$ 1. Os espetáculos são gratuitos.
A direção da Fundação José Augusto concede uma entrevista coletiva à imprensa nesta quarta-feira (26) a partir das 16h nas dependências da FJA (Rua Jundiaí, 641) para apresentar o projeto urbanístico e paisagístico para o entorno da Fortaleza dos Reis Magos. O projeto propõe um novo espaço urbano para os potiguares e um inédito atrativo turístico para o estado.
A entrevista será concedida pelos diretores da FJA, Crispiniano Neto e Fábio Henrique Lima, com apresentação conceitual do arquiteto potiguar Haroldo Maranhão.
Homenagear mulheres que quebraram paradigmas e fincaram seus nomes na história da humanidade em diversas áreas. Essa foi a ideia da escritora, professora e artista multicultural Luma Carvalho, que resolveu homenagear mulheres feministas e personalidades com a exposição “Toda Mulher é em Essência Resistência”, programada para o próximo sábado, 29, às 20h, na Casa de Cultura de Currais Novos, Seridó Potiguar. A apresentação também visa arrecadar fundos para uma associação de catadores de resíduos sólidos em formação na cidade.
De acordo com Luma, os trabalhos foram feitos em caixas de perfume doadas por uma franquia da Boticário de Currais Novos, utilizando ainda materiais reaproveitáveis, como papéis usados que iam ser descartados, outros impressos doados por artistas da cidade, além de canetas, pincéis e muita criatividade. No início, Luma revela que tudo começou como um trabalho para passar o tempo ou até para [r]existir, como ela mesmo diz, mas ganhou novo fôlego quando amigos a incentivaram a expandir o projeto. Ao todo, foram de três a quatro meses para confecção das caixas.
Entre as 25 homenageadas, estão mulheres como Simone de Beauvoir, escritora francesa com grandes contribuições para o feminismo; a Rainha Marta, seis vezes melhor jogadora de futebol feminino; a vereadora Marielle Franco, figura feminista e defensora dos Direitos Humanos, morta a tiros em 2018; Alzira Soriano, potiguar que foi a primeira prefeita da América Latina, entre outros nomes como Anne Frank, Frida Kahlo, Malala, Carolina Maria de Jesus, Tarsila do Amaral, Nise da Silveira, Chiquinha Gonzaga, entre outras.
“Inicialmente pra falar que independentemente de uma mulher se dizer ou não feminista, se perceber como sendo sujeito de luta, toda mulher de qualquer tempo ou lugar em diversos momentos de sua vida precisou ou precisa enfrentar barreiras diretamente relacionadas a sua condição de mulher, logo, ser mulher é fundamentalmente resistir, lutar. E essência também, claro, pela referência ao perfume em razão das caixas que servem de moldura para as telas”, explica Luma Carvalho sobre o tema da exposição e as mulheres escolhidas.
Outro detalhe marca a apresentação “Toda Mulher é em Essência Resistência”: as caixas de perfume serão vendidas por valores simbólicos que serão repassados para uma associação de catadores de resíduos sólidos da cidade, em processo de formalização. A ideia é ressignificar um material reciclável para ajudar os profissionais que trabalham nessa área, conta.
“Vender de fato não era mesmo uma intenção. É uma arte com tempo de vida curto; é papel, vai se desgastar fácil com o tempo, o calor, a poeira, mas simbolicamente as peças estarão disponíveis para quem desejar adquirir”, revela a artista multicultural. “Quando soube da existência desse grupo de pessoas que desenvolve um trabalho tão importante imediatamente entrei em contato e falei sobre minha ideia. Eles estarão comigo na exposição”, conclui.
Evento: Toda Mulher é em Essência Resistência
Quando: 29 de junho de 2019 (sábado)
Horário: 20h
Local: Casa de Cultura de Currais Novos
Outras informações pelo telefone: (84) 99955-8015 (WhatsApp)
O Fest Bossa & Jazz prepara prévia e lançamento para o dia 13 de julho, no Mirante Sunset Bar, na praia da Pipa-RN e confirma já quatro nomes que farão parte da programação do festival que acontece de 15 a 18 de agosto, com realização de Juçara Figueiredo Produções.
Para comemorar os 10 anos e dar início ao circuito 2019, o Fest Bossa & Jazz repete o sucesso da última edição e segue com a proposta de deixar o público próximo dos artistas no melhor estilo de New Orleans (EUA).
O formato permite espalhar música aos quatro cantos de Pipa e gerar contato intimista com o público através dos pockets shows gratuitos entre ruas, galerias e praças durante a noite, distribuídos em cinco polos ao longo da avenida principal, a Baia dos Golfinhos. Já à tarde, os shows acontecem em três restaurantes na praia do centro. No total, serão mais de 40 apresentações em quatro dias de evento.
As primeiras atrações lançadas para levar o sopro da música são: Banda Terráquea & Cacá Magalhães (BA), liderada pelo guitarrista norte-americano Lon Bové que mistura soul, jazz e rhythm and blues com ritmos afro-baianos e traz nos vocais, desde 2017, o fenômeno Cacá Magalhães, uma menina de 12 anos que interpreta clássicos de Nina Simone, Aretha Franklin e outros grandes nomes da música.
Os mossoroenses Brazuka Jazz (RN), que é resultado da união de três músicos autodidatas, Humberto Luiz (piano), Alisson Brazuka (guitarra) e Gustavo Almeida (bateria) levando com muita identidade o som para esta edição.
Indiana Nomma (Honduras / Rio de Janeiro), traz ao festival, o Tributo a Mercedes Sosa – eterna representante da música latino americana -, com participação de André Siqueira no violão e Tomás Ribas atuando e recitando textos e conta com o apoio da Fundación Mercedes Sosa, na Argentina.
E os natalenses Duetto Cabroso, formado pelos músicos Edmilson Cardoso e Gilberto Cabral, com o seu duo de xilofone e trombone que refletem a mistura dos elementos populares e eruditos, expandindo possibilidades técnicas de execução para mostrar o melhor da música, com os potiguares compositores, arranjadores e componentes de dois importantes grupos musicais do RN, a Orquestra Sinfônica do RN e a Banda Sinfônica Cidade do Natal.
O Fest Bossa & Jazz, em Pipa, tem patrocínio do Preserve Pipa, Prefeitura de Tibau do Sul e apoio do Governo do Estado, em uma realização de Juçara Figueiredo Produções. Após passagem por Tibau do Sul, o evento segue para Mossoró, de 19 a 21 de setembro e, por fim, São Miguel do Gostoso, de 10 a 13 de outubro.
Com apoio da Gran Cru, a prévia acontece dia 13 de julho, no Mirante Sunset Bar, a partir das 16h e segue até às 21h. Para embalar a noite, já na abertura, a versatilidade da Duo Maresia, em pegada reggae roots com jazz, formada pelos argentinos Mauricio Tavella (guitarrista e compositor) e Gabriel Gonzalez (saxofonista), e participação de Pris DeNé.
Em seguida, o DJ Mangue, com seu ecletismo e, para finalizar, a banda Parahyba Ska Jazz, conhecida por sua fusão do Ska com reggae, jazz e o funk, mistura perfeita, marcada também pela influência jamaicana, para sentir a brisa leve que só a praia da Pipa tem.
O local será formatado especialmente para o evento, com palco e espaço específico para receber convidados, uma sintonia perfeita entre a música e as belezas naturais. Localizado próximo ao centro, dentro dos Chalés Mirante de Pipa, não é possível ter acesso com carro, pois a parte do bar não possui estacionamento.
Adquira os ingressos antecipadamente através dos sites do Fest Bossa e do Mirante Sunset Bar.
Um evento multicultural que vai destacar várias linguagens artísticas e valorizar os artistas do Rio Grande do Norte. Esta é a proposta do projeto Sarau Quinta das Artes que estreia no dia 27 de junho, às 14h, no auditório do IFRN Cidade Alta. Artes plásticas, audiovisual, dança, literatura, música e teatro promoverão no ambiente das instituições públicas de ensino, encontros de pessoas (professores, estudantes e comunidade em geral) que desejam dialogar, conhecer e compartilhar as diversas manifestações artísticas produzidas em terras potiguares.
Na primeira edição em Natal estão confirmadas a participação dos artistas Carlos Sérgio Borges (artes plásticas), Valério Fonseca com o curta-metragem Pegadas de Zila (audiovisual), a bailarina Rozeane Oliveira (dança), Junior Dalberto e Marize Castro (literatura), cantora Valéria Oliveira (música) e a atriz Luana Vencerlau, com o monólogo Ventre de Ostra (teatro).
De caráter itinerante, o Sarau Quinta das Artes circulará pelos municípios de Canguaretama (11.07), São Gonçalo do Amarante (25.07), Santa Cruz (08.08), Currais Novos (22.08) e Mossoró (12.09).
“Queremos fortalecer a identidade local e produzir um sentimento de pertencimento e um desenvolvimento da consciência crítica, por meio das artes”, observa Carla Alves, idealizadora do evento. As seis etapas do Quinta das Artes serão sediadas nos Institutos Federais das cidades selecionadas pelo projeto, e envolverão alunos da rede pública estadual, afora a comunidade estudantil dos Institutos Federais.
Na visão do produtor cultural e parceiro do Quinta das Artes, Aluizio Matias, todo o conceito do projeto parte do pressuposto de que conhecer a arte que é praticada na nossa sociedade, ou grupo cultural a que pertencemos, é fundamental para construirmos e valorizarmos a nossa própria identidade. “Essa é a grande missão desse projeto: engrandecer a cultura do Rio Grande do Norte; mostrar o artista, o trabalho autoral; aproximar e fazer íntima dos potiguares a cultura de sua terra natal”, ressaltou Aluizio Matias.
O Projeto Sarau Quinta das Artes foi viabilizado pela Lei Câmara Cascudo, do Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio da Fundação José Augusto (FJA), com o patrocínio da Cosern/Grupo Neoenergia. Conta, ainda, com a parceria do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) e da Associação das Escolas Federais Industriais e Técnicas do Rio Grande do Norte (Assefit/RN), e o apoio da Servgráfica.
Nasceu em 1962, em Natal. Formado em Educação Artística pela UFRN, foi sob a orientação de Thomé Filgueira e Alcides Sales que realizou as suas primeiras exposições. Já contabiliza mais de 500 participações em mostras – entre coletivas e individuais – no Brasil e no exterior. Como cenógrafo, figurinista e aderecista, soma uma enorme produção para espetáculos da cidade. No Quinta das Artes, Carlos Sérgio apresentará a Coletânea Inéditos, que consiste em seis trabalhos em acrílica sobre tela.
O cineasta nasceu em Natal, mas foi no Rio de Janeiro que construiu a sua carreira. Passou pelo Tablado, Casa das Artes de Laranjeiras (CAL) e Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Em seu currículo, contabiliza mais de 15 curtas-metragens, entre eles o poético Pegadas de Zila. Como ator, as suas participações mais recentes foram nas novelas Velho Chico e Apocalipse. Além do Rio, Fonseca morou em Roma, Londres e Cuba.
Bailarina e pesquisadora em dança, a olindense é uma das idealizadoras do Coletivo CIDA e faz parte do sarau Insurgências Poéticas. No Quinta das Artes, dançará o solo Fragmentações.
Nascido em 1961, em Natal, o dramaturgo, poeta e romancista é premiado internacionalmente. Dentre os feitos de destaque na dramaturgia, poesia e prosa, destacam-se as obras Borderline, Reféns nos Andes, Pipa Voada Sobre Brancas Dunas, A Barca de Caronte, Titina e a Fada dos Sonhos e Blattodea. Dalberto participará de um bate-papo, onde comentará o seu primeiro livro de poemas Leveza Infinita (2014).
A poeta natalense nasceu em 1962. Formada em Comunicação Social pela UFRN, trabalha com jornalismo cultural. É também editora de livros e produz as próprias obras, que saem pela Editora Una. Estreou em livro com o volume Marrons Crepons Marfins, em 1984. Depois, publicou Rito (1993), Poço. Festim. Mosaico (1996), Esperado Ouro (2005), Lábios-Espelhos (2009), Habitar Teu Nome (2011) e A Mesma Fome (2016), o qual será tema de debate no Sarau Quinta das Artes.
Nasceu em 1969, em Natal. Cresceu ouvindo cantores populares como Ângela Maria, Clara Nunes, Luiz Gonzaga, entre outros. Em sua adolescência, teve contato com a obra de Elis Regina, João Bosco, Edu Lobo e Chico Buarque. Já se apresentou em projetos e circuitos, como o Seis e Meia (RN e PB), Circuito Cultural Banco do Brasil, Cosern Musical, a Feira da Música (CE), Projeto Cultural do Banco do Nordeste (CE) e o MPB Petrobras. Entre os registros fonográficos, destacam-se Impressões (1997), Valéria (2001), Lanterna do Futuro (2001), Canto Livre (2002), Imbalança (2004), Leve Só as Pedras (2007) e Em Águas Claras (2013). Apresentará no Quinta das Artes o pocket show Sacrário.
Atriz paraibana radicada em Natal. O início foi ainda na Paraíba no grupo TEABA. Em Natal continuou seu trabalho em grupos sediados no saudoso Teatro Municipal Sandoval Wanderley, ganhando o prêmio de melhor atriz no primeiro festival de artes cênicas. Os mais recentes trabalhos foram: Os Gigantes da Montanha, direção de Francesca Persico (espetáculo realizado no período de residência na Itália), Dom Casmurro, pela Cia. Monicreques, Os Perigos de Vitória e A Estrada, ambos com direção de Henrique Fontes, e A Barca de Caronte, dirigido por Diana Fontes, além do monólogo Ventre de Ostra.
Projeto Sarau Quinta das Artes
Auditório do IFRN – Cidade Alta. Avenida Rio Branco, 743.
Dia 27 de junho de 2019.
De 14h às 17h.
Acesso gratuito.
Acontecerá nessa sexta (28), em Currais Novos, a prévia do Festival de Rap + Coco + Repente, que vai selecionar representantes das três linguagens para participar da grande final em Natal.
O evento contará com oficina e apresentação de break, intervenção de grafite, batalha de rimas, apresentações de rap, repente e coco, com atrações de Currais Novos e de Natal.
O evento é uma realização da Fundação José Augusto, com o apoio da Secretaria de Juventude do Governo do Estado, e da Prefeitura Municipal de Currais Novos, através da Fundação José Bezerra Gomes.
Confiram a programação completa no banner e cheguem junto pra competir e prestigiar esse caldeirão cultural repleto de poesia e musicalidade.
Celebrando o mês da diversidade, a Casa da Ribeira promove o Cinqueer nesta sexta-feira (28), a partir das 18h. A programação contará com mostra de curtas, música, performances e o grande momento da noite: a pré-estreia do premiado filme “Inferninho”.
O longa é dirigido pela dupla Guto Parente e Pedro Diógenes e passou por festivais e premiações de diversos estados brasileiros e países da América Latina e Europa. Essa é a primeira vez que o filme é exibido na capital potiguar. Os ingressos já estão disponíveis AQUI ou na bilheteria da Casa. Mais informações pelo 84 98704 0265.
Além do longa, serão exibidos outras produções audiovisuais dentro do tema como a websérie do Coletivo Caboré Audiovisual “Septo” e os curtas “Cuscuz Peitinho”, de Júlio Castro e Rodrigo Sena, e “Verde Limão” do diretor Henrique Arruda.
A programação musical fica por conta do DJ Bruno Vinni. A noite contará também com a performance Cinevirilha dos artistas Vinícius Dantas e Vicente Martos. Produção do Clube Amigo da Casa.
Inferninho é uma tragicomédia inspirada nos melodramas clássicos e nas fábulas de amor e fantasia. O título do longa também dá o nome ao bar, cenário onde a história é protagonizada por Deusimar (Yuri Yamamoto), dona do estabelecimento, que assim como seus funcionários passa os dias envolto numa nuvem de melancolia. Certo dia, ela se apaixona por Jarbas (Demick Lopes), um cliente que chega no bar misteriosamente e causa desconfiança nos demais. A presença dele desperta em Deusimar a esperança de uma vida longe dali.
Cinequeer
Local: Casa da Ribeira
Data: 28.06.2019
Horário: 18h (O Café da Casa abre às 17h)
Ingressos: www.sympla.com.br/casadaribeira
Antecipado – R$ 15 (até às 16h do dia 28/06)
Na hora – R$ 30 (Inteiro) R$ 15 (Meia/Clube Amigo da Casa)
Se tivéssemos de erigir um panteão em honra dos mais ilustres mossoroenses (natos e adotivos), na área cultural, não poderíamos deixar de incluir nele o jornalista e escritor Jaime Hipólito Dantas.
Pelo seu amor a Mossoró, bem como por tudo que fez em prol de sua terra de adoção, Jaime Hipólito merece alinhar-se junto a outros vultos memoráveis, como Martins de Vasconcelos, Vingt-Un Rosado, Dorian Jorge Freire e Raimundo Nonato da Silva.
Pena que Jaime Hipólito tenha preferido gastar no jornalismo o seu enorme talento, deixando só um pouco para a ficção. Ele é um senhor contista. Dos cinco maiores do nosso Estado. Mas, produziu apenas 16 contos, sendo que um destes renegou. Dos 11 enfeixados em seu primeiro livro, “O Aprendiz de Camelô” (Rio de Janeiro: Instituto Cultural do Oeste Potiguar – Coleção Mossoroense – Serviço Gráfico do IBGE, 1962), dez foram reescritos e atualizados, passando a integrar, junto com cinco novos, a coletânea “Estórias Gerais” (Fortaleza: Imprensa Universitária da UFCE – Coleção Mossoroense, 1986).
Dono de um estilo ágil e leve, Jaime explora com extrema concisão e acuidade os veios de um realismo renovado. Às vezes, lembra Nelson Rodrigues, tamanho o dramatismo de algumas de suas narrativas. Mas, não se iluda, caro leitor, ele é sempre ele.
Do seu punhado de histórias curtas, destaco duas, verdadeiramente antológicas. Uma – “Conto de Ninar” – consta de três antologias, a outra “Às Suas Ordens, Sargento” impressiona pelo espírito de síntese e pela criatividade nos diálogos. É uma obra-prima. Digna de Hemingway. O Hemingway de “Os Assassinos”, por exemplo.
Muito interessante, também “O Regresso”, em que o escritor potiguar “alinha-se dentro das modernas pesquisas de um Butor”, como bem observou o crítico Fausto Cunha. (Jornal de Letras, Rio de Janeiro).
Os outros trabalhos mantêm-se no mesmo nível dos mencionados, excetuando-se “Noite de Eulália” e “Luciana”, apenas sofríveis, a meu ver.
Além de contista, Jaime Hipólito Dantas exerceu, esporadicamente, a chamada crítica de rodapé.
Já no fim da vida, reuniu em livro diversos escritos de sua autoria, publicados em jornal, sobre temas de interesse literário. O livro (Mossoró: Edições Queima-Bucha –1992) recebeu título muito simples, que diz tudo: “De Autores e de Livros”. Quando do lançamento, escrevi nota crítica, publicada em O Poti (Natal, 02/08/1992), da qual transcrevo o seguinte trecho:
“Jornalista e homem de letras, Jaime Hipólito professa a crítica tendo em mira o grande público leitor de jornal. Simplicidade – sua marca registrada. Longe dele o formalismo da complicadíssima crítica universitária, tão em moda.
“Para expressar-se, Jaime não precisa senão da linguagem corrente; dispensa aquela terminologia intrincada, cabalística até, muito do agrado da maioria dos críticos e professores de literatura, hoje em dia. Sem ostentar conhecimentos técnicos, ele vai fundo nos assuntos que escolhe, criteriosamente. E diz tudo aquilo que um crítico ultra-sofisticado poderia dizer, só que nunca se utiliza do indefectível jargão pseudo-científico.
“Neste “De Autores e de Livros” vai com a mesma segurança, de um estudo da poesia concreta aos discursos parlamentares de Carlos Lacerda; de Gide a Mauro Mota; de Hemingway a Veríssimo de Melo e muita coisa mais, inclusive notas quase didáticas sobre D. H. Lawrence, Ezra Pound, etc. e oportunas observações acerca dos “nossos poetas e prosadores”. Tudo muito interessante.”
Em 1972 publicou a plaquete “O Livro da Velhice de Grieco”, estudo literário (Separata da Revista Oeste, órgão do Instituto Cultural do Oeste Potiguar – Mossoró).
Dos jornalistas mossoroenses, em todos os tempos, Jaime Hipólito foi um dos mais inteligentes e atuantes. Ainda adolescente, começou escrevendo crônicas que logo chamaram atenção. Combativo, polêmico, tornou-se, com o correr do tempo, uma figura emblemática. Marcou época nos jornais O Mossoroense e Diário de Mossoró, dos quais foi, respectivamente, redator e redator-chefe. Mantinha uma coluna, em que abordava os mais variados assuntos – da Política à Literatura. Na Rádio Tapuyo, de Mossoró, o seu “Prato do Dia” fez sucesso, certa época.
Fora de Mossoró atuou sempre como colaborador (jornais Tribuna do Norte, Diário de Natal, O Poti, O Galo, de Natal, e Diário de Pernambuco, do Recife).
Desde cedo, Jaime viu que não poderia viver bem com o pouco que ganhava no jornal. Procurou, então, outros meios de vida. Exerceu o magistério, primeiramente na Escola Técnica de Comércio União Caixeiral (a mesma em que concluíra o 2º grau); depois, na Escola Normal de Mossoró e, por último, na Universidade Regional de Mossoró – Instituto de Letras e Artes (Cadeiras de Literatura Norte-Americana e Literatura Inglesa), Curso de Direito (Direito Penal) e Curso de Administração (História do Pensamento Econômico).
Nos idos de 1954, foi nomeado diretor de Divulgação, Ensino e Cultura da Prefeitura Municipal de Mossoró, funções estas que desempenhou por algum tempo.
Em 1958 fez uma incursão pela política partidária, disputando, pela legenda do PTB, um lugar na Câmara Municipal de Mossoró. Não se elegeu, mas ficou na primeira suplência. Ano seguinte, recebe o diploma de bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito de Natal. Em 1960, nomeado Promotor de Justiça da Comarca de Areia Branca (RN), inicia sua carreira no Ministério Público do Rio Grande do Norte. Foi promotor (Comarcas de Umarizal, Upanema, Augusto Severo (hoje Campo Grande), Mossoró) e Procurador de Justiça, cargo em que se aposentou (1985).
Por volta de 1979, tive a satisfação de trabalhar, ao lado de Jaime, na 2ª Vara da Comarca de Mossoró, ele Promotor de Justiça, e eu Juiz de Direito. Não se dedicava ao cargo, pois a sua verdadeira vocação era o jornalismo e a literatura, mas cumpria a contento os seus deveres funcionais.
Lembro-me que, certa vez, atuando em um processo criminal, ele pediu a absolvição de uns trabalhadores rurais famintos, que haviam se apossado, para consumo próprio, de alguns gêneros alimentícios e pequenos objetos, se bem me lembro, guardados num armazém da fazenda onde prestavam serviços. Fundamentou o seu pedido na excludente de ilicitude “estado de necessidade”. Em vários outros casos procedeu com o mesmo senso de equidade.
De setembro de 1966 a julho de 1967, cursou Administração e Política Social, na Universidade de Swansea, País de Gales, como bolsista da OEA. Diplomou-se com a tese “Some Aspects of Regional Development Planning in Brazil”.
Dessa sua estada no velho continente, bem como de outras vezes em que lá esteve, resultou a obra “Cartas da Europa” (Mossoró: Editora Queima-Bucha, 2008), de publicação póstuma, organizada pelo seu sobrinho Gustavo Luz. Leitura indispensável para o conhecimento do autor e do seu tempo.
Quando todos já o consideravam um solteirão empedernido, casou-se com Marília Paiva, de tradicional família mossoroense. A cerimônia realizou-se no dia 31 de março de 1969.
Quatro filhos: Emílio Jaime, Eduardo José, Raimundo Hipólito Neto e Sara.
Jaime Hipólito Dantas nasceu em Caicó (RN), a 1º de dezembro de 1928, filho de Raimundo Hipólito de Medeiros e Eufrásia Dantas de Medeiros. Com apenas 4 anos de idade, foi com os pais para o Maranhão e, de lá, após estadia de dois anos, para Mossoró, cidade onde viveu a maior parte de sua existência.
Faleceu no dia 22 de março de 1993, em Natal, onde morava, com a família, desde 1985.
Mossoró tem para com ele uma divida de gratidão.
O Programa Djalma Maranhão, a lei municipal de incentivo à cultura de Natal aprovou hoje quatro projetos e prorrogou o prazo de captação de recursos em seis meses do projeto ‘Dani e os Pequeninos’, proposto pela Abreu Eventos.
Os quatro projetos aprovados hoje são: ‘Sambinha na Laje’, de Gabriela Damásio; ‘Mercado das Pulgas de Natal’, proposto por Natal Cultural; ‘Resgate Cultural’, de Tatiane Fernandes; e o projeto ‘Família Escola e Sociedade’, de Flávio Coutinho.
A Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte – OSRN apresenta nesta terça, dia 25, às 20h, o IV Concerto oficial do projeto Movimento Sinfônico/Terças Clássicas. Para a ocasião, traz ao palco do Teatro Riachuelo um dos condutores mais conhecidos do cenário alemão de regentes, o maestro Matthias Manasi, que também será o solista (piano) da noite.
O projeto, este mês, abraça e veste a camisa da campanha Pró-Queimados, que visa prevenir as ocorrências com queimaduras, principalmente, durante as festividades juninas. O concerto tem entrada gratuita.
O alemão Matthias Manasi é um maestro multifacetado de ópera e de concerto e defensor declarado por músicas novas e canções de filme. Em seus trabalhos, assume caminhos e formatos modernos e inovadores. A versatilidade e o amplo repertório de Manasi o levaram a renomadas orquestras sinfônicas e de câmara, conjuntos de música contemporânea e casas de ópera ao redor do mundo. Os anos de 2018 e 2019 marcam sua terceira temporada como Diretor Musical da Nickel City Opera em Buffalo, EUA.
O convidado esbanja talento e profissionalismo. Matthias também é aclamado internacionalmente como um grande pianista, apresentando recital e música de câmara e, na maioria das vezes, tocando piano durante a regência, performance, aliás, que será exibida em Natal com a obra “Der Bürger als Edelman”, do maestro e compositor alemão, Richard Strauss, um dos mais destacados representantes da música entre o final da Era Romântica e a primeira metade do século XX.
O programa da noite terá abertura com a obra “Die Fledermaus (O Morcego)”, uma opereta cômica do compositor austríaco, Johann Strauss, considerado o rei da valsa e das músicas dançantes durante o século XIX. E, para encerrar a apresentação, a “Sinfonia No. 3 (Escocesa)”, obra estruturada em quatro movimentos, de autoria do importante compositor, pianista e maestro alemão do início do período romântico, Felix Mendelssohn.
O Concerto tem direção artística de Linus Lerner e, como já citado acima. A retirada de ingressos começou dia 18 e segue nos dias 23 e 24, das 10h às 22h, na Galeria Fernando Chiriboga – Shopping Midway Mall. O segundo lote será disponibilizado no dia 25 a partir das 10h. O interessado deve apresentar o CPF e um documento com foto e retirar, no máximo, dois ingressos. Os ingressos serão impressos sem lugar marcado, exceto os camarotes. Não haverá fila de espera após a distribuição de todos os ingressos e somente clientes portadores de ingressos oficiais poderão entrar no teatro.
A orquestra é patrimônio cultural do RN e atualmente conta com 60 músicos que ensaiam diariamente na Cidade da Criança. O grupo continua com todo afinco a realizar um trabalho tanto educativo com a formação de novas plateias, quanto de difusão da música de qualidade, seja ela erudita ou popular. Um trabalho de suma importância para o desenvolvimento cultural do Estado do RN.
A OSRN tem o Governo do Estado do Rio Grande do Norte como seu principal mantenedor, e a temporada 2019 conta com o patrocínio do CEI Mirassol, patrocínio via incentivo fiscal da Companhia Energética do RN (Cosern) e Instituto Neoenergia, por meio da Lei Câmara Cascudo, da Unimed Natal, Hospital do Coração Natal e Prefeitura do Natal, por meio da Lei Djalma Maranhão.
O projeto Movimento Sinfônico é uma realização da OSRN, Fundação José Augusto e MAPA Realizações Culturais e conta ainda com o apoio do Teatro Riachuelo Natal, Opus Promoções, Galeria Fernando Chiriboga, Lado A Design, G7 Comunicação, Wish Natal Exclusive Resort e dos Restaurantes: Camarões Potiguar, La Cachette e Poti Restaurante.
Tem grupo folclórico sob as lentes atentas do projeto Som Sem Plugs – SSP, em especial ao São João e, desta vez, vai além de um clipe. Na segunda-feira, 24 de junho, o SSP apresenta ao público o lindo trabalho realizado com um dos grupos mais tradicionais do Rio Grande do Norte, o Boi Calemba Pintadinho, do município de São Gonçalo do Amarante, que mantém viva a tradição do Boi de Reis há 114 anos. O material estará disponível nas redes sociais e você pode ajudar a divulgar a musicalidade norte-rio-grandense para os quatro cantos do país.
O grupo, atualmente liderado pelo mestre José Veríssimo (Dedé), conserva a expressão folclórica que trata da morte e ressurreição de um boi e, já esteve perante o olhar de importantes personalidades, como é o caso do escritor e pesquisador Mário de Andrade que fez estudos com o grupo tendo o auxílio de Luís da Câmara Cascudo, um dos maiores pesquisadores do folclore e da etnografia do Brasil.
O Boi Calemba Pintadinho também contabiliza em sua trajetória apresentações em eventos dentro e fora do RN, como a participação na posse do presidente João Figueiredo, em 1979, a convite do Ministério da Cultura na época. Em todos esses anos, superando as mais diversas dificuldades, o grupo continua a realizar um trabalho de valorização e resgate da cultura popular no município, no qual crianças e jovens recebem ensinamentos culturais da cidade e os transformam em conhecimento para toda a vida.
Portanto, com o foco na divulgação cultural e musical do estado, por meio das redes sociais e canal no Youtube, o Som Sem Plugs reuniu em um só trabalho, esses dois fatores. A produção – tipo um documentário – com o Boi Calemba Pintadinho foi realizada no Memorial dos Mártires, em São Gonçalo do Amarante. Entre os participantes, estão: os músicos Eliezer do Triângulo – triângulo; Aldair Miranda – zabumba; Germano Luiz – violão e Damião Rabequeiro – rabeca; os galantes Alexandro, Adson, Kleberson, Lucas, Eduardo, Lelinho, Iago, João, Geovani e Anderson e os mascarados Kleber e Wescley Teixeira e Josiel Gomes.
Esse material preparado com todo o carinho da equipe do SSP promete um passeio histórico regido por muitas cores e movimentos. Prestigie as produções norte-rio-grandenses. A temporada 2019 tem o patrocínio da Cosern e Instituto Neoenergia, através da Fundação José Augusto – FJA e a Lei Câmara Cascudo de Incentivo à Cultura do Governo do Estado do Rio Grande do Norte.
O Boi Calemba Pintadinho precisa da sua ajuda. O grupo foi o único escolhido para representar o estado do RN no 55º Festival de Folclore de Olímpia – SP, que acontece em agosto deste ano. O evento é de grande importância para a história do Boi Calemba Pintadinho e à continuidade desse ícone folclórico.
O grupo, formado por 30 pessoas, pega a estrada no dia 31 de julho rumo a Olímpia, para tanto, precisam da sua atenção para custear as despesas com a alimentação dos integrantes.
Ajude! Basta destinar qualquer quantia para a seguinte conta:
Banco do Brasil
Katyene Rafaely Lima Oliveira
Agência. 4486_5
Conta. 14.590_4
Conta poupança
O live-action do grande sucesso da Disney chega ao CineMaterna neste mês de junho. A sessão exclusiva para mães e bebês de até 18 meses apresenta Aladdin, nova versão da animação lançada em 1992 pela companhia. O filme traz nomes de peso para compor o elenco, como Will Smith e o ator faz jus ao papel de gênio da lâmpada, dublado na primeira versão pelo eterno Robin Williams.
Aladdin é a história de um jovem humilde que vive de pequenos roubos e descobre uma lâmpada mágica com um gênio que pode lhe conceder três desejos. Ansioso para conquistar o coração da princesa Jasmine, Aladdin também precisa deter os planos do vilão Jafar. O filme segue o roteiro original com pequenas mudanças, como o empoderamento da princesa que está determinada a ser dona do seu futuro e abandonar o posto de donzela indefesa.
Para que as mães curtam todo o filme e fiquem confortáveis com seus filhos durante o período, a sessão dispõe de toda a estrutura necessária: trocadores dentro da sala, som reduzido, ar condicionado suave, luzes levemente acesas, estacionamento de carrinhos de bebê e equipe de apoio. A oportunidade é ideal para garantir o entretenimento, ao mesmo tempo que estimula a socialização entre as mães que estão passando pela mesma fase da vida com seus pequenos através do lazer e da troca de experiências.
O CineMaterna, presente em 53 cidades brasileiras, acontece em Natal sempre na última terça-feira de cada mês, às 14h, na Cinépolis do Natal Shopping. O empreendimento é patrocinador local do evento. O valor do ingresso é o mesmo cobrado para as salas convencionais, com meia entrada para todos. Além disso, as cinco primeiras mães com bebês de até 18 meses que chegarem à sessão ganharão uma cortesia para o filme.
Sessão CineMaterna “Aladdin”
Local: Cinépolis Natal Shopping (Av. Senador Salgado Filho, 2234)
Horário: Terça-feira, 25/06, às 14h
Lenine Pinto deveria dispensar apresentações. Mas Natal é incansável em desvalorizar suas referências. Então, um brevíssimo parágrafo para resumir a grandiosa contribuição deste pesquisador e escritor para a história potiguar.
Lenine foi um dos historiadores locais pioneiros em pesquisas referentes à participação do RN na Segunda Grande Guerra. Também tem ótimas pesquisas relacionadas à história da Redinha, com relato único sobre o Cemitério dos Ingleses.
Entre outros trabalhos, também pesquisou sobre a história do remo, a história do xadrez em Natal, mas se notabilizou mesmo pela pesquisa e tese de que o Brasil foi descoberto (ou redescoberto) no Rio Grande do Norte, com inúmeros livros publicados.
Tive uma única oportunidade de conversar com Lenine, eu ainda repórter do Diário de Natal. Foi em sua casa no Pium. Nem lembro o tema, mas lembro que a pauta ficou esquecida e colhi outros motes para várias reportagens. Lenine era um arcabouço de conhecimentos.
Lamento ter estancado minhas pesquisas sobre a Redinha. Meu livro incompleto ficaria mais rico com seu depoimento, de quem pesquisou e frequentou a “praia bonita” de Cascudo. A última vez que o vi foi na última edição do Encontro de Escritores, na Ribeira. Estava bem.
Lenine, imortal da Academia Nore-riograndense de Letras, morreu hoje aos 89 anos, às 3h no Hospital São Lucas, onde estava internado há alguns dias decorrente de complicações causadas por uma pneumonia. O velório será na rua São José, às 10h. A cerimônia de cremação será segunda (24), restrita aos familiares.
A Filarmônica UFRN tem o prazer de anunciar o seu IV Concerto da Temporada 2019. Será neste sábado, dia 22, no auditório Onofre Lopes da Escola de Música da universidade e em duas sessões: às 18h e às 20h.
Nessa edição, o grupo apresenta o talento do aluno de eufônio Caio César, vencedor do concurso Jovens Solistas desse ano e uma das grandes revelações musicais dos últimos anos na EMUFRN.
Em outro grande feito, Caio César acaba de ser aprovado para uma bolsa integral de mestrado na Hochschule der Künste Bern, na Suíça. Mas para aproveitar o feito, ele precisa arrecadar recursos.
Por isso, ao contrário das outras edições, este concerto terá ingresso cobrado e renda totalmente revertida à campanha de Caio, que precisa provar que poderá se manter na Suíça por um ano para ser contemplado com a bolsa.
O ingresso a R$ 20 já está disponível na coordenação da Escola de Música. Quem quiser doar mais para a campanha de Caio, basta clicar AQUI. Contamos com o seu apoio em prol do futuro da música.
• Abertura Folclórica Mario Tavares
• Symphonic Variants for Euphonium and Orchestra James Curnow Solista: Caio César
• Dança Bacchanale Camille Saint-Saens
Evento: IV Concerto Filarmônica UFRN
Data: 22/06/2019
Local: Escola de Música da UFRN – Auditório Onofre Lopes
Horário: 18 e 20 horas
Ingresso R$ 20,00 (já disponível na Coord. de Eventos)
Dentro do projeto de construção de um diálogo com os personagens que fazem a cultura no Rio Grande do Norte, o Fórum de Cultura Potiguar (FPC) promove a Oficina: Debatendo a Lei Câmara Cascudo no dia 22 de junho, das 09h às 12h, no Teatro de Cultura Popular Chico Daniel. A participação do público é aberta e gratuita.
A oficina será composta por três painéis apresentados por conhecedores da Lei Câmara Cascudo. São eles: João Flávio, servidor da Secretaria Estadual de Tributação (SET) e membro da Comissão Normativa da Lei Câmara Cascudo, que irá apresentar os procedimentos relacionados a renúncia fiscal dentro da tramitação legal, o que a lei autoriza e o que a lei não engloba; Paulo Sarkis, músico, vice-presidente do Sindicato de Músicos do RN e membro da Comissão Normativa da Lei Câmara Cascudo; e Ana Morena, musicista, fundadora e gestora do Combo DoSol com experiência em projetos realizados com recursos captados via Lei Câmara Cascudo.
Um dos objetivos do Fórum Potiguar de Cultura é dialogar para construção de uma política de financiamento à cultura mais adequada a realidade do Rio Grande do Norte e contribuir para que esse debate se estenda aos municípios em busca de um sistema de financiamento à cultura. Em meio a esse tema existem dois marcos legais que merecem destaque: a Lei Câmara Cascudo e a Lei do Fundo Estadual de Cultura.
“Em 2016, o Fórum Potiguar de Cultura promoveu um encontro que apresentou uma minuta de Projeto de Lei para o SEFIC – Sistema de Financiamento à Cultura e, desde 2018, os encontros do fórum tem se dedicado a encontrar caminhos efetivos para uma melhoria no que tange a aplicação dos recursos estaduais para o segmento. A realização das oficinas é mais um passo que damos em coletivo para o alinhamento de informações, construção do conhecimento e exercício da democracia. Por isso a participação de todos que fazem a cultura no RN é muito importante”, afirma Renata Marques, membro da Comissão Executiva do FPC.
Criado em 2011, o Fórum Potiguar de Cultura é uma organização da sociedade civil com participação de artistas, produtores, redes setoriais, grupos e movimentos culturais, que têm se proposto a ser um espaço para dialogar questões relacionadas à produção, gestão e política cultura no âmbito estadual.
Sua atuação tem sido através de promoção de encontros e espaço de diálogos. Em 2012, através da realização do primeiro Encontro Potiguar de Cultura gerou a “Cartilha de Diretrizes para a Cultura Potiguar”. Em 2014, realizou um debate entre os candidatos ao governo estadual e tomou a iniciativa de indicar ao eleito uma lista tríplice com nomes para a gestão da área. Também foi responsável pela realização do terceiro, quarto e quinto Encontro Potiguar de Cultura, em 2016, 2018 e fevereiro de 2019, nos quais foi gerada uma proposta para o Sistema de Financiamento Cultural, que vem sendo discutido desde então.
Oficina: Debatendo a Lei Câmara Cascudo
22 de junho – das 09h às 12h
Teatro de Cultura Popular Chico Daniel (Rua Jundiaí, 641 – Tirol)
Arruda Sales foi personagem destacado no meio social e artístico natalense na década de 80. O livro Spleen de Natal, de Franklin Jorge, publicado em 1996 com produção de Danielle Brito, traz, entre outros perfis de figuras notáveis da história sócio-política potiguar, um retrato íntimo e ousado de José Antonio de Arruda Sales, morto na última sexta-feira aos 64 anos. Um papo entre amigos. Revelações íntimas, seus casos amorosos com políticos, padre, jogador de futebol… Sua carreira artística, ilusões e desilusões e uma insistência na temática do sexo. Um recorte sincero de uma época ainda glamourosa de sua vida. O texto foi transcrito na íntegra por este editor, sem modificações; apenas com o adorno de fotografias inexistentes no livro.
9 horas.
Arruda vem sorrindo. Óculos escuros. Jeans colados no corpo. Cabelo atrevido. Camiseta branca. Tem 32 anos.
– Nossa entrevista pode apimentar – recomenda.
E rimos.
– Você, que é o entrevistado, é que tem que apimentar. Não dormi com os rapazes.
A entrevista, descontraída, recorrente e afiada:
– Não dormiu também porque não quis – dispara.
Acervo – Tribuna do Norte
Arruda foi menino de engenho. Nasceu em São José de Mipibu, numa família da aristocracia rural, em 1955. Rapazinho em Natal, sua estreia leonina, impulsiva e afetuosa, começou a brilhar, nas artes plásticas, na segunda metade dos anos 70. Realizou numerosas exposições, dentro e fora do Estado, mas o seu destino era o show-biz, o teatro com o seu misterioso brilho, a gaiola das loucas, a noite excessiva de ventura.
– A última entrevista, Franklin, foi o maior frisson. Teve o pessoal que aplaudiu e o que virou a cara…
Mas enquanto os cães ladram, Arruda viaja. Entrou em um navio e se deu bem. Desmentiu o rock.
Começou a “pintar precocemente o sete”.
Gostosas gargalhadas.
– Nunca fui hipócrita. No meu tempo de estudante no Marista, troquei muitos beijos com o meu professor de religião, que me dava sempre, por isso, a nota oito…
Era padre, mas Arruda, por discrição, preserva o nome.
– Digo apenas que o ano era o de 1965…
Arruda está em verdadeira guerra santa com a hipocrisia de uma igreja que condena o aborto e o homossexualismo. Não esconde o seu estarrecimento diante da interferência da igreja brasileira na campanha anti-aids.
– Não fui ainda discriminado pela igreja, mas tomei as dores dos que sofrem – acrescenta, debruçando-se sobre a carta de vinhos.
Pela janela aberta descortina-se o mar natalense.
– Eu continuo uma meninota conservada em maresia -, ri. Meu grande amor em Portugal foi um diácono. Lá os diáconos casam. Ele está no livro de memórias que escrevo. Alto, parecia um árabe. Cara de pediatra. Conheci-o num bar. Nossos encontros foram num lugar tranquilo, a igreja. E com a proteção dos santos…
A conversa transcorre num restaurante à beira-mar, dois dias antes da viagem de Arruda a Portugal. De férias em Natal, antecipou seu regresso, chateado com o suburbanismo da cidade que, na sua opinião, retroagiu culturalmente debaixo do vendaval dos novos tempos.
– Aqui as pessoas continuam a nos cobrar muito. O tédio aqui é tão grande que, quando a gente sai à noite, volta sempre aborrecido para casa. Foi o que eu senti dessa vez…
A permanência de Arruda Sales em Natal, de férias do navio onde vive embarcado desde que deixou a tribo, foi marcada por um frisson que abalou os salões e as rodas de conversas nos cabeleireiros de primeira classe. Embora muito jovem, ele anunciou que está escrevendo um livro de memórias…
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Acervo – Tribuna do Norte
Tudo começou com a questão do “dom artístico”.
– Por conta do dom artístico, na escola eles achavam que todo papel cabia em mim. E eu adorava.
Na Escola Técnica Federal, começou a carreira artística:
– Num desfile de sete de setembro, fui o mártir da independência…
No ano seguinte, foi Santos Dumont. Não lembra as datas.
– Fazia, então, a linha mais fina. As roupas de época. Copiei até os gestos afeminados de Santos Dumont, o que não me exigiu maior esforço… Não fui Anita Garibaldi porque abandonei o curso.
O humor de Arruda, vivo. Mais vivo que vivíssimo de melo.
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O seu livro vai ter “orelha” e “brinco”. Exigente, explica:
– Mas não quero essas orelhonas acadêmicas ao gosto de Manoel Onofre Junior…
Arruda faz suspense quanto ao título. Por fim, revela:
– Pincel, Paetê e Panela… Tudo o que começa com a letra P eu gosto. Tirando o Papa, porque condenou o homossexualismo.
Arruda divide sua ventura de lobo do mar.
– Você escreve muito lentamente. Estou quase certo de que o livro se fará com estas entrevistas…, provoco-o.
– Não quero apressar o parto – diz Arruda, sentado à minha frente, os óculos escuros sobre a mesa.
– Você poderia adiantar alguma coisa do livro para os nossos leitores…?
– Poder, posso, pois não estamos numa “nova república”? Mas prefiro fazer suspense para vender mais. Aprendi com o Jesiel Figueiredo que a gente tem que vender o peixe… Só posso adiantar que não citarei nomes. Apenas comento os fatos sem revelar a identidade dos santos…
– Comenta-se que você vai criar uma nova hagiologia para nenhum bispo apócrifo botar defeito…
Arruda reage:
– Não pretendo derrubar nenhum senador. Ainda quero voltar à Natal.
A popularidade de Arruda é enorme e não poucas pessoas se detém, diante da mesa, para cumprimentá-lo. Um hoteleiro muito distinto, que soube de sua passagem pela cidade através da crônica social, recrimina-lhe a falta de notícias e reclama sua presença. Quer saber, numa rápida e bem humorada troca de informações, se Arruda, de fato, teve algum caso amoroso com um conhecido figurão de nossa vida administrativa.
– Calúnia. Fomos apenas bons amigos.
Perseguido pela letra P. Os padres do Marista eram uma tentação.
– Nunca quis saber de catecismo. Eu fazia tudo para me comportar mal.
Nunca foi de viver ajoelhado. O sonho do Cardeal, parente da família, era fazê-lo padre:
– Teria sido mais um Frei Boff na vida – ironiza.
Acervo – Tribuna do Norte
As blagues de Arruda são deliciosas. Mais rebelde que Frei Boff, Arruda prega a sua teologia da libertação.
Em 1968, José Antonio de Arruda Sales entrou para a Escolinha de Arte Cândido Portinari, “pensando que ia aprender alguma coisa”.
– Os cursos, dirigidos por Newton Navarro, eram muito bitolados, e eu sou muito impulsivo. Quando tenho uma ideia, quero realizá-la sem demora. Por isso, mesmo sem saber português, resolvi escrever esse livro…
Em 1970, depois que abandonou as aulas de pintura, defasadas em muitos anos, pois Navarro nunca se reciclou, como a maioria dos medalhões potiguares, Arruda fez um teste e entrou para um grupo de teatro, trabalhando com o ator e diretor Jesiel Figueiredo na peça Por causa de Inês, drama lírico do padre João Mohana. Sempre os padres na vida de Arruda.
– Foi uma experiência muito dura. Eu imaginava fazer uma tragédia e acabei fazendo uma comédia. Mas foi bom, afinal, porque comecei no teatro de trás pra frente, como tudo o que faço na vida, embora as pessoas continuem insistindo em não acreditar…
– Eu me lembro de você dançando e representando em diversas peças. No balé você estava sempre um passo adiante ou atrás…
– Ousadia nunca me faltou – diz, categórico. Só não pude fazer o papel de príncipe em peça de Jesiel…
– Mas o que aconteceu?
– Ora, meu querido, nunca tive caso com a Cacilda…
– Vocês sempre foram bons amigos.
– E ainda somos. Ele tem idade de ser minha avó. Naquela época, quando me iniciei no teatro, eu era uma meninota na frente de Jesiel e ouvia muito de suas teorias e orientações. Depois descobri o meu caminho…
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Órfão aos seis anos, o pai ainda era um homem bonito quando morreu de enfarte aos 45 anos.
– As pessoas idosas me atraem. Acho que sempre estive à procura do pai. Mas sem precisar de analistas e complicações, viu?
Fino psicólogo, Arruda acredita que o sexo traz o remorso para algumas pessoas.
– O problema não é de cavidade ou de protuberância. O problema está na cabeça. Como dizia Rogéria, o grilo está no grelo… Às vezes, a gente se realiza mais num papo do que na cama.
Foi convivendo com políticos de todas as cores ideológicas que Arruda desenvolveu sua capacidade analítica. “Mas nunca deixei transparecer que os analisava…”
Arruda diz que na política tem mais buchichos do que no teatro. Mas os dois mundos se assemelham.
– Só muda o plenário e o guarda-roupa. O buchicho é forte aqui e lá.
– Me fale mais sobre isso…
– Você não quer que eu volte à Natal?
– Me fale então dos rapazes. Como você encontrou, dessa vez, a rapaziada natalense?
– O pré-sexual desses garotos foi muito mal feito. Conheço rapazes em Natal que, mesmo estando acompanhados de namoradas ou mesmo de aliança no dedo, ainda reparam nos garotões.
Transar por transar nunca fez a cabeça de Arruda:
– Nunca fiz michê, mas nunca deixei de receber – ri. Adoro receber, e aqui não vai nenhuma segunda intenção. Se isso era michê, eu adorava…
Os buchichos sempre acompanharam os seus passos. O escândalo é chique.
– Eu não tenho vergonha de falar. Minha vida é, por assim dizer, um livro aberto…
Modesto, explica:
– Aqui dizem que eu consegui tudo na cama…
– Maldade dessas bichas perigosas…
– Eu consegui muita coisa, é verdade, mas não tanto quando dizem. Depois eu já tenho muitas horas de voo e de navegação e a experiência sempre ajuda…
Sempre sorrindo, Arruda revela que “teve uma fase lésbica” em sua vida. Foi quando namorou muitas mulheres. Uma delas, conhecida socialité, apaixonou-se de tal forma, que ele se viu obrigado a abandonar a cidade, fugindo das exigências dessa paixão outonal. Foi quando entrou de gaiato no navio, que o levaria por mares nunca dantes navegados.
– Era uma mulher fantástica, casada, insatisfeita como a maioria das mulheres…
– Como é que foi isso?
– Eu fazia a linha de consultoria sentimental junto às mulheres. Eu sempre gostei de mulheres, mas as pessoas, em geral, não acreditam nisso. Acabei tendo essa fase lésbica e, noutra ocasião, quase fui pai. Engravidei uma amiga sua…
– Eu sei…
– Foi preciso que eu falasse energicamente em favor do aborto. Eu disse a ela que não daria certo uma coisa dessas, porque o pai… bom, o pai faz shows… Gosta de lantejoulas… Já a futura mãe, como você sabe, não curtia homem tanto assim…
– Eu não sei de nada. O entrevistado é você.
Em ambos os casos, Arruda prefere manter o anonimato dessas mulheres apaixonadas. Diz apenas que foi uma fase maravilhosa, com os inevitáveis contratempos.
– Há tantas mulheres insatisfeitas, Franklin, casadas com machões grosseiros… Comigo, elas desopilavam e opilavam ao mesmo tempo.
Muito volúvel, Arruda nunca quis ter um caso na vida.
– Gosto mais do avulso… No começo de qualquer caso a convivência é ótima. Mas, em poucos dias, eles estão disputando os nossos amantes e querendo dividir, ao mesmo tempo, os nossos vestidos e batons…
Crédito: Estúdio 473
Entre quatro paredes as pessoas se revelam muito.
– A atmosfera romântica, no começo, é muito gostosa. Todo caso é gostoso quando começa…
Arruda observa que os rapazes daqui, agora, estão curtindo melhor o corpo.
– A pior invenção dos 80 é o uso da camisinha. A camisinha não deixa espaço para o romantismo.
Nunca se envolveu com rapazinhos porque, na escola, a concorrência era forte:
– Havia a Zairinha Flexeira, a Flavete, a Lalá, a Carlota…
Eram “as amigas” diligentes, conhecidíssimas na Escola Técnica.
– Não sobrava nada para mim -, confessa.
Da Escola Técnica, como do Marista, Arruda tem várias histórias. O malvado professor de educação física mandou Arruda “correr atrás da bola”.
– Quando, na verdade, eu queria mesmo era correr atrás dos jogadores…
– Uma vez, eu fingi que desmaiava para ser carregado pelos rapazes.
Arruda andou, então, lendo Shakespeare. Lançou uma maldição sobre a escola.
– Desejei ver os alunos da Escola Técnica dançando balé…
Riso. A maldição se cumpriu.
– Qualquer dia desses, eu me transformo em vidente e passo a me chamar Madame Carmem…
Um rapaz interrompe a entrevista para pedir algumas informações ao repórter. Arruda:
– Toda vez que você está me entrevistando aparece um rapaz… Bom sinal, bom sinal.
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Certa vez, uma estrela do ABC, clube de futebol, dormiu no apartamento de Arruda, voltando para a concentração de madrugada.
– Ele jogou mal no dia seguinte e foi um escândalo. Acho que ele era um centroavante ou lateral… Tem homem que diz que come, mas na hora H, dá como se fosse uma princesinha…
Arruda não se refere, especificamente, ao jogador abecedista, claro.
Recorda o caso que teve com um advogado fetichista:
– Ele sempre me pedia que levasse meu guarda-roupa do teatro para o motel. Me fazia vestir e desvestir a noite inteira todos aqueles vestidos e adereços. Ele curtia essa fantasia, mas o homem da história era eu mesmo… No frigir dos ovos, homem gosta mesmo de homem -, arremata do alto de sua experiência.
Acervo – Tribuna do Norte
Nas festas em boates, Arruda causava sempre a maior confusão. Os rapazes o tiravam para dançar pensando – ou fingindo pensar – que se tratava de uma mulher.
Arruda admite que colaborava nesse equívoco.
– Eu usava umas roupas pouco sérias que criavam a dúvida.
Em 1980 decidiu-se por interpretar papéis femininos no teatro. Ingressou no elenco do Vivace Café Concerto, uma casa de espetáculos que fez época em Natal.
– Eu acabava de vir da Europa. Criei coragem e fui em frente…
A experiência, porém, durou apenas um mês e quinze dias.
– Parti, então, para fazer o Frenezzi, minha própria casa, na Ribeira, o bairro boêmio. Foi emocionante.
Arruda manteve a casa funcionando durante um ano e oito meses.
– Fechei-a porque achei que não fazia mais sentido, embora a casa vivesse cheia e a clientela me prestigiasse.
Sentia-se, então, muito cansado e decepcionado com o comportamento antropofágico das pessoas em relação ao investimento que fizera.
– Certas pessoas investigavam a minha vida, procurando descobrir quem estava por trás de mim no empreendimento, sem pensar que tudo aquilo era fruto do meu esforço…
No Frenezzi, instalado num casarão na rua Doutor Barata, Ribeira, Arruda escrevia e produzia os próprios textos, ajudado por amigos. Aprendeu que é mais fácil fazer chorar do que rir, além de cuidar pessoalmente dos figurinos e cenários. A casa atraía uma clientela eclética. Sua popularidade era tanta, que Arruda acabou recebendo convite, de um político de prestígio, para disputar uma cadeira de vereador.
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Solidário, assumiu em primeira mão a defesa dos aidéticos, promovendo no final do ano passado, no Teatro Jesiel Figueiredo, um grande show em benefício dos pacientes do Hospital Gizelda Trigueiro, especializado no tratamento de doenças infecto-contagiosas, então desamparado pelo Governo do Estado.
A promoção alcançou um grande êxito, e, por sua militância na área, Arruda ganhou o apelido de Liz Talhada, em alusão à atriz Elisabeth Taylor, ilustre participante da luta anti-aids.
– Quando eu morrer, pede, não botem, por isso, o meu nome em nenhuma rua. Não quero servir de esquina para cachorro mijar…
O teatro e a noite não roubaram Arruda Sales às artes plásticas, outra de suas inúmeras paixões além da cozinha. Continuou pintando suas figuras inspiradas no imaginário popular.
Parecia, então, onipresente, participando ativamente da vida artística e social da cidade. Formava uma trinca famosa com Getúlio Soares e José Oliveira que, naqueles anos, não se metera ainda pela crônica social, nem assessorava a coluna de J. Epifânio.
– Um dos nossos programas: a gente se produzia e saía de carro pela cidade, sem objetivo determinado. Certa vez, faltou gasolina na frente do Comando Naval e um soldado veio nos dizer “moça, aqui é área militar, não é permitido estacionar nessa faixa”… Daqui que a gente explicasse que não éramos moças…
Arruda somente sofreu oposição da família quando resolveu fazer balé.
– Eles não achavam a coisa séria…
Em seguida aderiu ao samba e entrou para a Escola Balanço do Morro, a princípio, “fazendo a linha discreta, mas sonhando sair na ala das baianas”.
Preocupado com a crise econômica que se abateu sobre o país, Arruda atribui sua causa ao desmoronamento do edifício político.
– Você sempre circulou muito entre os políticos… Deve conhecê-los bem.
– Eles são bons de promessas… mas não de cama. Prometem tanto que, na hora H, não têm mais nada a oferecer…
– Você teve caso sério com algum desses políticos?
– Coisas ligeiras, mas variadas, desde o vereador até o deputado, passando pelo chefe do executivo…
Em matéria de ideologia, Arruda define-se como um franco atirador eclético.
– O melhor de tudo é que nunca fui fiel a nenhuma bancada…
Nessa quarta-feira (19), o cantor e compositor Felipe Nunes e o percussionista Victor Paes apresentam “Ajuntamento” a partir das 20h dentro da programação do Dia Duo Musical do Mahalila Café e Livros. O repertório foi construído a partir das influências acumuladas na formação musical da dupla (sambas, ijexás, canções praieiras, etc.) e que inspiram o novo EP de Felipe Nunes com previsão de lançamento para agosto. Juntos, passearão por Dorival Caymmi, João Bosco, Baden Powell, dentre outros. Além disso, serão apresentadas canções autorais, incluindo composições do EP de Felipe Nunes.
O EP tem previsão de lançamento para agosto e contará com 5 canções e trará diversas influências rítmicas, numa mistura de psicodelia tropicalista, grooves de funk, ijexás, afoxés, rock n’ roll, música eletrônica, dentre outros. Com sonoridade e escrita marcada por uma forte carga de ancestralidade negra e indígena, guias e norteadores da formação musical do cantor e compositor.
“Nesse EP procuro refletir a minha compreensão sobre a música e suas possibilidades. Não queria me abrigar em uma caixinha, nem em um único gênero musical. Prefiro explorar as possibilidades sonoras diversas e a partir daí compor minha música. Quase todas as canções foram compostas a partir da iniciativa de lançar o EP, o que me possibilitou visualizar um conceito sobre o trabalho. A inspiração desse primeiro álbum vem da minha ancestralidade negra e indígena, juntamente da resistência do povo para sobreviver às distintas formas de dominação e apagamento da nossa história”, conta Felipe Nunes.
Victor Paes é percussionista há mais de 15 anos e atua na cena cultural de Natal. Fez parte da banda Arrelia entre 2009 e 2013. Desde 2014 integra a banda potiguar Skarimbó que lançou o disco “Emaranhado” em 2018. Participou do Festival de Verão Mahaldeia, do Festival Dosol e de projetos culturais da cidade, como o Eco Praça e a Feira Cultural OIÁ. Além disso, faz parte de dos projetos “Agô” que realiza releituras de canções de inspiração afro-ameríndia e da “Tríade Rebelde” que realiza releituras de canções latino-americanas.
Inscrições para a 6ª Mostra de Cinema de Gostoso tem início nesta segunda-feira (17) e seguem até dia 23 de agosto, através da página do festival. Uma realização da Heco Produções e do CDHEC – Coletivo de Direitos Humanos, Ecologia, Cultura e Cidadania, com direção geral e curadoria de Eugenio Puppo e Matheus Sundfeld.
Tendo o palco principal ao ar livre, montado na Praia do Maceió, onde acontecem as sessões da Mostra Competitiva, o festival pretende agitar e somar culturalmente a cidade de São Miguel do Gostoso/RN, espalhando 600 cadeiras espreguiçadeiras, tela de 12m x 6,5m, projeção com resolução 2k e som 5.1, a sala propicia uma experiência imersiva, como a de uma sala de cinema de alta tecnologia.
Com mais de 2 mil pessoas por noite, todas as cadeiras e parte da faixa de areia ficam ocupadas pelo público, além de uma área de convivência montada próximo do acesso à sala, com praça de alimentação e espaço para comerciantes locais.
Ao longo de cinco dias, o público poderá assistir aos mais recentes lançamentos cinematográficos brasileiros. Serão exibidos mais de 60 filmes de todo o país, entre as mostras Competitiva, Panorama, Infantil e Sessões Especiais.
Os filmes da Mostra Competitiva concorrem ao Troféu Luís da Câmara Cascudo, concedido pelo voto popular ao melhor curta e longa-metragem. Também será concedido o Prêmio da Crítica, a partir da votação de jornalistas e críticos de cinema presentes à Mostra. Debates com produtores, diretores e atores dos filmes exibidos e um seminário sobre o mercado audiovisual fazem parte da programação e é toda gratuita.
A Mostra de Cinema de Gostoso mobiliza os moradores da cidade, que participam ativamente do evento. A curadoria do festival leva em conta a realidade local e a eficácia dos filmes em dialogar com a população. A soma desses fatores faz com que as sessões estejam sempre lotadas por um público que, até então, mantinha um contato distante com a produção cultural de outras regiões do país.
Com esse conjunto de ações, a Mostra conquistou um espaço significativo no calendário cultural do Nordeste como uma importante referência de difusão audiovisual. E, neste ano, acontece de 8 a 12 de novembro.
A 6ª Mostra de Cinema de Gostoso tem o patrocínio do Grupo Banco Mundial, Governo Cidadão, Governo do Rio Grande do Norte – Secretaria de Turismo (SETUR) e apoio da Prefeitura Municipal de São Miguel do Gostoso e SEBRAE RN.
Meses antes do início da Mostra, são oferecidos cursos de formação técnica e audiovisual para jovens de São Miguel do Gostoso. Desde 2013 foram ministradas 37 oficinas e produzidos 15 curtas-metragens, todos exibidos nas edições da Mostra de Cinema de Gostoso e em diversos festivais no país.
Como resultado dessa experiência, o grupo de alunos criou em 2015 o Coletivo Nós do Audiovisual, com o objetivo de ampliar as possibilidades de realização de novos projetos, de forma autônoma, apontando para a profissionalização no setor audiovisual do estado.
A primeira turma, composta por 53 alunos, formou-se ao longo de cinco anos, realizando 33 oficinas, 10 curtas-metragens e participando da organização das quatro primeiras edições da Mostra. A maioria desses jovens deu continuidade aos estudos e atualmente estão matriculados em institutos de ensino e universidades no estado. Em 2018 foi criada uma nova turma, com 45 alunos, que participou de 4 oficinas e realizou 5 curtas-metragens.
Dando continuidade aos Cursos de Formação Técnica e Audiovisual para o “Coletivo Nós do Audiovisual”, em 2019 serão realizadas novamente uma série de oficinas, que incluem Linguagem Audiovisual, Roteiro, Produção, Montagem e a realização de quatro Curtas-metragens. Ao final das oficinas, os jovens realizarão curtas-metragens que serão exibidos durante a programação da Mostra e em diversos festivais do país. O Coletivo Nós do Audiovisual já realizou quinze filmes em um período de seis anos.
Você conhece o bloco carnavalesco Bode Expiatório? Pois eles irão promover, nesta sexta-feira, dia 21, o Forródubode, um Arraial de São João nas imediações da Praça dos Gringos, em Ponta Negra. O início da celebração é a partir das 19h, com um set bem nordestino do DJ Rojão.
A 4ª edição do evento terá infraestrutura com tendas que limitam a área dos festejos de quadrilha improvisada e circulação de pessoas, seguindo as orientações dos órgãos de segurança pública. Uma noite para entrar no clima do Arraiá do Bode.
Entre as atrações estão a Orquestra Nó-Cego e o show Tá instigadinho que só!, com repertório de Luiz Gonzaga a maGodaSilva (voz-cavaquinho), formando a quadrilha com Sarah Oliver (voz-pandeiro-triângulo), Zé Hiltinho (sanfona) e Diego Ventura (zabumba-voz). Clássicos do gênero, como ABC do Sertão (Luiz Gonzaga), interpretados com o tempero de roda de samba, baião no côco, xote, arrasta-pé, etc.
É rojão! O público vai interagir com as brincadeiras para divertir a criançada e sugestões de apostas, inovando as tradições do mês da colheita do milho, como Leilão do Beijo, Cardápio Literário, Conversa Matuta, além do Balaio Etílico. E o que não vai faltar é: comidas típicas, fogueira acesa e muita gente bonita explodindo de alegria… Bóra?!
O show Som de Barro, da cantora Dani Cruz, leva um forró raiz ao Bardallos Comida e Arte (Rua Gonçalves Ledo, 671, Centro) nesta quarta-feira (19), véspera de feriado. Dessa vez, convidados especialíssimos engrossam o caldo da festa: Tiquinha Rodrigues, na rabeca e voz marcante, e Abner Moabe, flautista arroxado.
“Som de Barro” é um show em homenagem ao sons do Nordeste e ao mestre Dominguinhos. Tendo estreado em 2017, seus primeiros shows ganharam espaço especial para o público da cantora Dani Cruz, que agora aguarda a segunda temporada com entusiasmo.
O show vem com cara nova, pensando para além dos sotaques e trejeitos, em um resgate menos caricato, mais contemporâneo, mas acima de tudo exaltando essa grande festa que é o São João, tão presente no imaginário e na vida do nordestino.
Dominguinhos foi o nome escolhido para representar a forte cultura ligada a esses festejos juninos, com clássicos que merecem ser lembrados e aclamados. As canções consagradas ganham novas versões pela banda composta por Ricardo Baya (guitarra), Cacá Velloso (guitarra), Daniel Ribeiro (contrabaixo), Anderson Melo (baterista) e dessa vez contando com a musicalidade do sanfoneiro Lipe Guedes.
No dia 30, é a hora de levarmos pra Casa de Cultura de Macaíba um “Forrozinho bom” que é “Gostoso demais”. Além dessas músicas do nosso mestre, “Eu só quero um xodó”, “Sete meninas” e “Te faço cafuné” marcarão presença no repertório, que ainda traz outros representantes do gênero para arrastarmos a chinela como Flávio José, Santana e Elba Ramalho.
É pra dançar agarradinho, cantar juntinho, trazendo aquele clima do forró pé de serra que a gente adora! Segura o fole, menino!
Show Som de Barro – especial Dominguinhos.
Datas:
19/06, no Bardallos Comida e Arte (R$ 10), às 21h.
30/06, na Casa de Cultura de Macaíba (entrada franca), às 15h.
Os festejos juninos de São João em São Gonçalo do Amarante/RN iniciaram nesta sexta-feira (14) e seguem até dia 22 de junho. A tradicional Festa de Santo Antônio, no bairro Santo Antônio do Potengi, abriu a programação cultural no final de semana. O evento aconteceu na Avenida Maria Freire de Sá, onde artistas locais e o cantor Briola animaram o público presente.
De segunda-feira (17) a sábado (22), o Ginásio de Esportes Senador Luiz de Barros vira palco da 21ª edição do Arraiá Quatrocentão. Quarenta grupos estilizados e matutos vão se apresentar no festival. A vencedora da categoria ‘estilizada’ representa o Rio Grande do Norte no ‘Nordestão de Quadrilhas Juninas’, em Santa Rita (PB).
“A festa de Santo Antônio e o festival de quadrilhas, que agora ganha um espaço com sanfoneiros e forró pé de serra, fazem parte do nosso calendário anual de eventos. Além de fomentar a cultura popular na cidade que é considerada berço da cultura popular do Estado, esse período festivo também estimula o comércio local. São praticamente 8 dias consecutivos de festa, o que beneficia diretamente os vendedores locais e ambulantes”, observa Rodolfo Maia, secretário municipal de Comunicação e Eventos.
Emoção foi a palavra de ordem da cerimônia de encerramento do 2º Festival de Cinema Curta Caicó, realizada neste domingo (16), no Centro Cultural Adjuto Dias. O festival rendeu homenagens ao Chico do Cinema, cidadão caicoense que esteve à frente de antigos cinemas de Caicó e que dedicou toda sua vida à sétima arte.
Seu Chico foi duplamente homenageado: na exibição do curta-metragem “Chico do Cinema”, produzido durante a oficina Documentando de Marlom Meirelles, e ao receber o Prêmio REFERÊNCIA de Contribuição Artística. A família de seu Chico esteve presente na homenagem, que arrancou lágrimas da plateia, diante da emoção do momento.
“Não há palavras para descrever o quão forte foi a emoção de homenagear seu Chico. Um homem que dedicou toda sua vida ao cinema e que sabe bem que o audiovisual pode transformar a vida das pessoas. O Curta Caicó se sente grato por ter a oportunidade de celebrar a vida de um caicoense tão importante quanto seu Chico”, afirmou Raildon Lucena, diretor e idealizador do Curta Caicó.
A cerimônia teve ainda mostras especiais de filmes, exibindo “A Menina Banda”, do pernambucano Breno César; “Nomofobia”, curta produzindo durante a oficina Cinemando do 1º Curta Caicó; além do filme realizando durante a oficina de Cinema Alternativo, com Ernani Silveira.
O Curta Caicó também anunciou os filmes vencedores que teve os seguintes jurados: Diana Coelho, Lourival Andrade, George Holanda (Nacional); Carlos Segundo, Daniel Hetzel e Rebeca Souza (Potiguar); Breno César, Dênia Cruz e Titina Medeiros (Seridó); além de Laísa Trojak (Associação de Críticos de Cinema do RN).
O filme “A Parteira” de Catarina Doolan recebeu o prêmio de Melhor Filme na Competitiva Potiguar, o prêmio da Crítica do RN e o prêmio Místika de pós-produção, como melhor filme do Rio Grande do Norte. Na Competitiva Nacional, o filme vencedor foi “Nova Iorque”, de Leo Tabosa. O prêmio Elo Company foi para “Riscados pela Memória”, de Alex Vidigal. A Mostra Seridó teve como vencedor “Berro”, de Alex Macedo e Riely Silva, produção da cidade de Parelhas.
As mostras paralelas tiveram como vencedores os seguintes filmes: #Júri, de Samantha Col Debella (Curtas Fantásticos; “Um Corpo Feminino”, de Thaís Fernandes (Diversidade) e “Uma Balada para Rocky Lane”, de Djalma Galindo, (Matinês do Cine Pax). A homenagem da noite foi para Chico do Cinema, que recebeu o Prêmio Referência de Contribuição Artística.
O Curta Caicó é uma realização da Referência Comunicação. O evento conta com os seguintes parceiros: Governo do RN, Fundação José Augusto, Prefeitura de Caicó, Prefeitura de Parelhas, CERES – UFRN, UERN, SESC RN, SEBRAE, SINDSERV, Replac, Implarn, Calle, Óticas Mirna, Unicords, Auto Escola Caicó. Apoio cultural: BrisaNet, TV Kurtição, Elo Company, Místika, ACCIRN, ABDeC, Setcenas, Sistema Rural de Comunicação, Rádio Povo FM, Rádio Caicó AM, Solidariedade FM, Jovem Pan FM, Canal Futura, Gravura Filmes e InterTV Costa Branca.
Confira a lista completa dos vencedores:
MELHOR FILME: A Parteira (Catarina Doolan)
MELHOR DIREÇÃO: Enquanto o sol se põe (Márcia Lohss)
MELHOR ATOR: Derradeiro (Luiz Leonardo – Seu António)
MELHOR ATRIZ: A Parteira (Donana)
MELHOR ROTEIRO: Codinome Breno (Manoel Batista)
MELHOR FOTOGRAFIA: Derradeiro (Pedro Medeiros e Kennel Rógis)
MENÇÃO HONROSA: O Grande Amor de um Lobo (Adrianderson Barbosa e Kennel Rógis)
MELHOR FILME: Nova Iorque (Leo Tabosa)
MELHOR DIREÇÃO: Entremarés (Anna Andrade)
MELHOR ATOR: Rasga Mortalha (Buda Lira)
MELHOR ATRIZ: Nova Iorque (Hermila Guedes)
MELHOR ROTEIRO: Nova Iorque (Leo Tabosa)
MELHOR FOTOGRAFIA: Casulo (Durso BC)
MENÇÃO HONROSA: Caio Salles pela Montagem de Entremarés
MOSTRA DIVERSIDADE: Um Corpo Feminino (Thaís Fernandes)
MOSTRA MATINÊS DO CINE PAX Uma Balada para Rocky Lane (Djalma Galindo)
MOSTRA DE CURTAS FANTÁSTICOS: #Júri (Samantha Col Debella)
PRÊMIO DA CRÍTICA – ACCIRN
MOSTRA POTIGUAR: A Parteira (Catarina Doolan)
MENÇÃO HONROSA: Berro (Alex Macedo & Riely Silva)
PRÊMIO ELO COMPANY
MELHOR FILME: Riscados pela Memória (Alex Vidigal)
PRÊMIO MÍSTIKA
MELHOR FILME: A Parteira (Catarina Doolan)
PRÊMIO REFERÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO ARTÍSTICA
Chico do Cinema
E-mail: Sergiovilarjor@gmail.com
Celular / Zap: (84) 9 9929.6595 Fale Conosco Assessoria Papo Cultura