Se você acha que carnaval animado e com grandes shows no Litoral Sul se resume à folia em Pirangi, eu pensaria bem e estacionaria sua energia uns quilômetros antes e curtiria o carnaval em Pium. A 14º edição da Aurora na Rua promoverá quase 20 shows com artistas e bandas expoentes da cena musical potiguar, além de bandas de frevo e os mais variados estilos. Tudo coordenado pelos produtores Nelson Rebouças (Porão das Artes), na sexta e sábado, e Anderson Foca (Festival Dosol), na segunda e terça.
Os shows de sexta e sábado acontecerão na Rua Aurora, bem próximo ao point cultural Porão das Artes. Domingo, como não tem programação em Pium, sugiro domingo vocês se vestirem de rapariga ou kenga e se dirigir, primeiro à Redinha, para o Bloco das Raparigas que desfila no sol frio das 12h, e depois emenda com o bloco As Kengas, já de maquiagem borrada, no Centro Histórico. Na segunda e terça, volta a Pium, para os shows que acontecem próximo ao Ginásio de Esportes.
Confere aí:
22h: Carnaval LadoB com Nelson Coelho e Cleudo Freire.
00h: Cleudo & Os Bambelôcos.
02h: Dodora Cardoso sendo coroada “Madrinha da Aurora!
04h: Orquestra de Metais do Maestro Almeida pelas ruas da comunidade.
06h: Café da Manhã na Cigarreira Santa Luzia.
17h – Rosa de Pedra
18h – Pretta
19h20 – Skarimbó
20h20 – Sueldo e os Grovves
21h40 – Dusouto
17h – Luisa e os Alquimistas
18h – Orquestra Greiosa (FOTO)
19h20 – Cleudo Freire e os Bambelocos
20h20 – Carcará na Viagem
21h40 – Arquivo Vivo
O Aurora na Rua é uma parceria da Fundação Parnamirim de Cultura, Cigarreira Santa Luzia (Ademir de Queiroz) e Porão das Artes.
“Eu tava meio triste e todo acanhado / quando cantou o Galo dos Perturbados. // Um som meio magia e todo afinado / fiquei todo feliz a até meio assanhado”. A julgar pelos primeiros versos da canção composta pela letrista e atriz Eliene Albuquerque, não faltará animação e frevo no nono carnaval d’O Galo dos Perturbados, o maior bloco do Centro Histórico.
A agremiação que dará o ar da graça na terça-feira (5), mais uma vez percorrerá as ruas da Cidade Alta e encerrará a folia no Polo Centro Histórico, com palco montado na rua Vigário Bartolomeu. Neste dia, as atrações musicais do polo ficarão por conta do cantor Rodolfo Amaral, cantora Dani Cruz e da banda Skarimbó. Antes, os foliões do Galo se concentrarão no tradicional Bar do Naldo, sede do bloco, a partir de 14 horas. O esquenta será por conta do cantor e tecladista Fabinho Luz, que agitará os foliões até às 17 horas.
A partir daí a banda de frevo composta por 26 músicos, resultado de aprovação no edital de Seleção Pública para o Carnaval Multicultural 2019, agitará os foliões. O edital é iniciativa da Prefeitura de Natal, por meio da Fundação Cultural Capitania das Artes (Funcarte) e Secretaria Municipal de Cultura (Secult). E às 18 horas, a agremiação ganhará as vias da Cidade Alta em direção à Vigário Bartolomeu.
Os tradicionais bonecos gigantes nas figuras do Galo – o mascote da agremiação -, do ex-Rei Momo Paulo Maux e do Garçom também se juntarão aos foliões para abrilhantar o bloco. “O Galo resgatou o carnaval do centro histórico e neste ano vai fortalecer o polo. Estimamos contar com cerca de 3,5 mil foliões. A tendência é sempre aumentar”, assinala o diretor do bloco, Naldo Alves. Ele avisa que mesmo sem o abadá, qualquer pessoa com o espírito carnavalesco pode se juntar ao bloco e curtir a fuzarca.
De acordo com ele, em que pese a crise econômica, as 400 camisetas colocadas à venda, ao preço de R$ 25,00, serão adquiridas pelos foliões: “O nosso público não se restringe apenas aos moradores da Cidade Alta. Foliões das Rocas, Alecrim, Felipe Camarão e Cidade Satélite, por exemplo, também frequentam o bloco”.
No sábado (2), O Galo dos Perturbados fará uma prévia no Bar do Naldo, com o músico Fabinho Luz, de 18h às 21h, e o cantor Waldick Moral, entre 21h e 24h. E no dia 9 de março, Fabinho Luz volta ao bar para comandar a Ressaca do Galo.
“O carnaval no centro histórico melhorou muito depois do Galo, porque vieram os blocos Nazi Vai à Ribeira, Maria Bonita e as prévias no Bar do Zé Reeira, e isso está fortalecendo o carnaval do centro”, registra Naldo Alves.
A Xaranga do Riso comemora 30 anos de existência com muita folia no Bosque Encena nesta manhã de domingo, no Parque das Dunas. Ela é a única banda infantil de palhaços do Nordeste e a 3º do Brasil, tendo participado de apresentações em todo o país, animando crianças e adultos nas mais diversas festividades, desde 1989.
O grupo proporciona com seu repertório uma viagem à infância, executando obras autorais, de domínio público e de artistas como Toquinho, Vinícius de Morais e Balão Mágico, dentre outros. Todas as canções serão tocadas em ritmo de marchinha e frevo.
Nessa próxima manhã de Carnaval, vão ser distribuídos troféus para a melhor fantasia masculina, para a feminina e para o folião mais animado.
A banda é formada pelos palhaços: Xaréu, Tamborete, Algaroba, Cabeleira e a palhaça Priziaca, além da participação de palhaços convidados.
Espetáculo: Xaranga do Riso
Local: Anfiteatro Pau-Brasil | Parque das Dunas (av. Alexandrino de Alencar, Tirol)
Quando: domingo, 3 de março
Hora: 10H
Acesso ao Parque: R$ 1 (UM REAL) – O ESPETÁCULO é GRATUITO!
O Bloco Suvaco do Careca, que em 2019 comemora nove carnavais em Ponta Negra, será puxado pela Orquestra Dragões do Frevo, que repete a dose dos anos anteriores e comanda o desfile do bloco pelas ruas do bairro no sábado (2) e domingo (3).
A concentração do Suvaco do Careca começa a esquentar os tamborins a partir das 16h no palco montado na Av. Praia de Jenipabu (ao lado do Praia Shopping): no sábado de Carnaval o esquenta fica por conta da bateria da escola de samba Balanço do Morro; e no domingo a festa será por conta da Banda Skarimbó e sua mistura animada de ritmos. Todo o acesso é gratuito!
O Bloco Suvaco do Careca começa sua evolução pelas ruas do bairro a partir das 18h até a Praça Ecológica (do Gringos) para a apoteose no palco principal do Polo Ponta Negra do Carnaval de Natal 2019 – Ricardo Chaves é a atração do dia 2, e os Titãs agitam o dia 3. Mas antes do axé da Bahia e do rock de São Paulo, muito frevo, marchinhas, bonecos gigantes, estandartes, fantasias e animação com o melhor “Bloco do Ano” eleito em 2018.
Um livro necessário. Acho que poderia classificar assim a obra escrita pelo professor e artista Artemílson Lima e com lançamento previsto para hoje à noite no charmoso Salão de Nalva Melo, na Ribeira, a partir das 19h. ‘Escaladas da Contracultura – Natal, década de 80’ mapeia um movimento cultural intenso na capital potiguar e de registros esparsos. E Artemílson – ele próprio um agente contracultural integrante de um dos grupos efervescentes da época, o Gato Lúdico – conseguiu compilar essa aura em capítulos que abordam lugares, pessoas, movimentos e publicações da época. Confira a seguir a íntegra da apresentação do livro, pelo próprio autor.
Pensar uma narrativa que contemple algumas manifestações ditas “alternativas” ou undergrounds em Natal, independentemente do tempo, é fazer um exercício bem maior do que a escrita em si. É tentar mapear afetos, sentimentos, pulsões que se amalgamam de algum modo, como expressão do humano em qualquer época, aqui ou alhures. É voltar os olhos para uma parte da existência humana que nem sempre está visível às panorâmicas de nossa cabeça em torno do eixo de nosso tronco, na busca de acontecimentos que destoem da massacrante e uniformizadora massa de produtos despejados pela grande indústria cultural. É socavar guetos, encontrar malditos e com eles congraçar-se nos buracos inalcançados pela higiene do ilustracionismo de salões e academias. É reconhecer a bravura de quem, a contrapelo, entrega-se ao desenfado de ir, na proporção de suas forças, reunindo gente em torno de uma resistência que se manifesta de maneira plural e aberta. É identificar no mapa-múndi as utopias e as heterotopias, sem as quais tudo seria igual ou, no máximo, o mais do mesmo.
Assim é que se constitui a dissidência. E é por meio dela que a cultura se move. Se não fossem os dissidentes não haveria cultura como práxis, como movimento. E a cultura, enredada na tradição petrificada, sem a dissidência, não seria mais que um amontoado de expressões amorfas, putrefatas.
É por isso que desde tempos remotos, ela, a dissidência, institui outra tradição. A tradição do movimento, da impermanência, da mudança, da ruptura; que não permite que a cultura, estagne. E a arte tem se constituído o caminho pelo qual essa dissidência sobrevive e se arma contra o massacre diário da grande indústria cultural à qual se submete a intelligentsia.
Poema Processo de Moacy Cirne
Aconteceu e acontece assim em Natal. Desde o Poema Processo – de Dailor Varela, Falves Silva, Anchieta Fernandes, Ney Leandro de Castro, Marcos Silva, Moacy Cirne – movimento que projeta a cidade como um polo de vanguarda, promove um ajuntamento de cabeças destoantes do empolamento da poesia de “fardão”, dos sonetos ensebados pela pieguice ufanista que decantava o prodígio da exuberância geográfica e a pureza das donzelas bem nascidas. Rompe-se pelo deslocamento estético, pela ousadia da racionalização; outra grafia que se retira dos suportes tradicionais de veiculação do poema, criando novo tipo de relação com o público e forjando outras linguagens, distanciadas das sonolentas expectativas da oratória empostada, abrindo-se para a urbanidade e todos os seus contrastes, ruídos e odores. E mesmo à “Parada tática”, cria uma disposição de seguir: uma fenda na imposição da “Parada” através da Art-correio. Novos agenciadores da margem e, à margem, dispostos à não deixarem a dissidência recuar: J. Medeiros, Avelino Araújo, Venâncio Pinheiro, Falves Silva… Ainda viriam máquinas de lavar para fazer girar as vestimentas ensaboadas da imponderabilidade.
Um acidente? Quiçá. Acidente ou não, João Gualberto contorcendo-se dentro do agitador dá a senha: Máquina de Lavar Poemas. Poemas nem tão sujos assim, a ponto de não serem ignorados pela asséptica instituição que o premia. Porém Gual, para publicar, prefere a manivela do mimeógrafo de Djalma e sua parca habilidade para juntar as páginas e lançar o que seria o primeiro livro de poema marginal mimeografado que agita, como disse Bianor Paulino, “A tal nata do medo… artesanal espontâneo irracional da poesia marginal a máquina de lavar poema traz a voz vertida na vertente experimental da resistência poética desse Dom Sancho potiguar travessia dos anos setenta fruto de sua inquietação existencial.”
Dunas migrando. Era preciso fincar uma estaca. Pinotando nas dunas e tabuleiros, bodejando alto, um certo grupo de jovens caprinos, o Cabra, fincam-na: a Estaca Zero. Dali, daquele marco, abrem-se as porteiras para campos de pastagens de vastidão cada vez mais imponderável. As cercas do latifúndio imaginário, comandado pelos coronéis afeitos ao enquadramento das rosetas pontiagudas, começava a ter seus moirões carcomidos pelas castas de cupins indesejáveis. Moleques do tempo: Aucides Sales, Jóis Alberto, João da Rua, Venâncio Pinheiro, Marcelo Amorim, Tadeu Litoral cavando Buraco no Muro: Um buraco no muro/uma abertura/que mostra claro/o outro lado escuro da vida. Outros lutando contra o destino das Suelenes Gredsons. Todos bodejando: Trabalho de Poeta. Lidar com o que, para a maioria, soa indesejável.
Galeria do Povo
E o indesejável se expunha todos os finais de semana ao sol causticante na Praia dos Artistas, onde cada vez mais se engrossava a mancha de ansiosos querendo fazer parte do protesto que virava mostra, que virava festa e da festa que virava fluido na Galeria do Povo. Ali onde muitos nasceram para a arte, onde muitos se conheceram, se encontraram e se engramparam, ao sabor da maresia salgada e fria que sovava os cabelos e consumia o baseado noutra velocidade, a velocidade da pulga.
Sim! Ali também onde se imaginou outros voos, onde se sonhou abrindo picadas, derrubando muros, vivendo em festivais: Festivais de Arte do Natal, (FAN) ou Festival do Forte que proporciona um metabolismo diferenciado, provoca um sentimento de expectativa permanente entre os artistas, poetas e escritores da Cidade, uma espécie de leitimotiv durante 362 ou 361 dias do ano – conforme o caso – para as iniciativas da produção alternativa que desembocava nele, quase toda, assim como as águas do Potengi se esparramam na Praia do Forte, margeando a Fortaleza, dividindo a Cidade e proporcionando do lado de lá uma outra frente de inspiração: a Redinha. Depois dos Garstmans, a segunda invasão da Fortaleza. Os novos invasores agora acompanhados de Baco. Outra disposição, outras finalidades: a poesia, a música, a festa, a esbórnia.
Dali para cima, sempre, mesmo que tudo tenha origem no Baixo.
E no Baixo o underground seguia, entre Irenes, Marlenes e Basticos; nos labirintos da Ponta do Morcego, Mel Borges com limão no Boliviano, cerveja no Café de Paris, Vodka no, Chernobyl, Cachaça no Boteco, ao som de Sueldos e Pedros. E com a chegada da cobra Costeira, no Cruzeiro da Vila, na Bodega, um arranque para o lado de lá da cidade. No centro, Verso e Prosa tabelava com o Zumbar. Hora tarda. Aratarda, enchia as cabeças de novidades.
Os anos passavam ao som dos riffs das guitarras do BRock (soníferas ilhas, somos todos inúteis). Mas o traçado aqui era outro: Gato Lúdico, Alcatéia, Fluidos, Cabeças Errantes, Grupo Escolar, Descarga Violenta estourando tweets noutra voltagem.
E o mimeógrafo rodando… Tonéis de Aluás despejados do Alto do Juruá, invadiam a cidade, as praças, praias, botecos em brochuras precárias e folhas de A4. Astrais, Barras, Das Ruas, Litorais, Dungas, Gurgéis, Volontés, Du Bois, Dorians, Blacautes, Gossons, Pinheiros, Afonsos, Lisboas, Novenis, Vitorianos, Lúcios, Limas, Sandersons, Medeiros, Berbes, Bobs, Almeidas, Lopes, Cirillos… Estrelas de um hotel imaginário que aparece e desaparece num movimento quase estroboscópio: O Hotel das Estrelas. Um zine? O que é isso? Os Punks, comandados por Sopa d’Osso dirão mais tarde na Voz do Ódio, e na sonoridade gutural minimalista do Antitudo, O.R.$.A. e Abaporu.
Por enquanto, Folha Poética, Rangal, Desobedeça, Sol que Faltava, Provokação, Cebola Faz Chorar, Franga…. um Delírio: Anti-escola, anti-confraria, anti-manifesto, antipanfleto dos oitenta das novas ondas. Jovem no espírito da qualquer coisa. Relaxando a estética sisuda. Espaço onde passeiam gerações. Pedra que rola ou folha que corre. Prosa dos espontâneos. Contra o tódio. Pelo delírio dos campos e pelos sonhos concretos dos absurdéticos urbanos. O Delírio Urbano.
À margem, sempre seguindo à margem, dezenas de cabeças inquietas forçando a barra para pintar a cidade com outras cores. Cambiar ideias, fincar novas estacas, nove, dez, vinte mil vezes em profusão infinita. Nunca recuar, como os Zeróis de Batman & Robin, ou o poeta magérrimo, vestido de Nosferatu que deambula numa rua de Temporada de Ingênios.
Tudo isso são acontecimentos de caráter-modificador, como quer Edgar Morin, são também expressões de revolta, de culturas-revoltas que se determinam, pelas margens, a assumirem infensas atitudes de resistência que aos poucos demarcam outros espaços, infundem outros marcos, forjam mundos novos, paralelos e independentes, possibilidades à parte, encarando de um lado um tipo de ilustracionismo empolado, do outro, a indústria cultural massificante, uniformizante. Falo de contracultura, ainda que para alguns essa expressão esteja mofada.
Timothy Leary disse uma certa vez que a contracultura florescerá sempre onde existam membros de uma sociedade que escolham “estilos de vida, expressões artísticas e formas de comportamento que sinceramente incorporam o antigo axioma segundo o qual a única e verdadeira constante é a própria mudança.”
Mimeógrafo
Como poderia deixar de haver vozes dissonantes, se é a partir delas que o mundo se transfigura como constante? Podem mudar os meios, os suportes, os termos, as maneiras de deslocamentos, os espaços de atuação, mas a resistência não desaparecerá, nunca. E, se os alvos são outros, as paredes simbólicas erguidas de novos materiais, que se construa novos instrumentos de labuta.
È disso que trato neste livro. Ele é fruto de uma pesquisa de doutorado, vinculado ao PPGCS (Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais) da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte). Tratei de fazer algumas adaptações para a versão como livro, pensando em torna-la mais palatável, levando o texto para o campo de acessibilidade ao leitor, de qualquer formação.
Um aspecto que talvez mereça esclarecimento prévio é a forma como me refiro à experiência contracultural em Natal ao longo do texto, ora a tratando como contracultura e, em decorrência, nominando a geração de jovens de contraculturais, ora a denominando cultura alternativa, adotando (uma terminologia bem comum no meio), geração alternativa ou ainda underground, termo inglês muito comum no tratamento desse tipo de experiência no Brasil e no mundo. Em qualquer dos casos, estou falando de um só fenômeno, a contracultura, que é um termo plurissignificativo e abriga muitas possibilidades, uma palavra-mestra.
No tocante à estrutura do trabalho, tomei de empréstimo a metáfora sloterdjikiana da “escalada do monte improvável da cultura”, e defini quatro capítulos, sendo cada um deles um estágio de uma escalada (daí é que tirei o título), desde o Acampamento de Base até a Parada Obrigatória, que tem a função de considerações finais. Entre esses dois grandes estágios, estão as Escaladas 1, 2 e 3.
No Acampamento de Base, o capítulo 1, encaminho os preparativos para o início da escalada, refletindo sobre a contracultura e seus sentidos. Aí, então, mobilizo as duas teses centrais sobre a contracultura, com as quais trabalho: a visão clássica da contracultura em Theodore Roszack e a visão da contracultura como expressão da cultura em qualquer tempo, defendida por Ken Goffman e Dan Joy. Nesse capítulo também discuto a contracultura agregando uma noção nova, moriniana, de “Palavra-mestra”. De certa forma, e em acordo com a ideia de jornada vertical (escalada), considerei esse capítulo como um acampamento de base, onde estaria preparando as providências para iniciar o processo de escalada do monte; nesse caso, a experiência contracultural em Natal no recorte pelo qual optei.
Na Escalada 1, capítulo 2, começo a narrativa da experiência contracultural aqui vivenciada, a partir do que foi produzido no campo da imprensa alternativa. Defini cada acontecimento como um estágio dessa escalada. Inicialmente escolhi dois jornais que tiveram bastante impacto à época. O Hotel das Estrelas, no Estágio 1 e o Delírio Urbano, no Estágio 2. É também nesse capítulo que trato de narrar a experiência com a produção poética marginal e o mimeógrafo. Elejo quatro obras consideradas como expressões dessas vertentes: Máquina de Lavar Poemas, de João Gualberto, no Estágio 3, publicado em 1973; No Estágio 4, O Buraco no Muro, de Jóis Alberto, João da Rua e Tadeu Litoral, publicada em 1980; Batman & Robin: um poema das abstrações vivenciais, de Carlos Gurgel e Eduardo Alexandre Garcia, publicado em 1982, no Estágio 5; e o romance-minuto Temporada de Ingênios, de João da Rua (João Batista de Morais Neto), lançado em 1986, no Estágio 6. Por fim, narro algumas escaramuças dos happenings que ficaram conhecidos como Passeios Poéticos, em comemoração ao Dia da Poesia, cujo título da seção que é Pega-poeta, Estágio 7.
Na Escalada 2, Capítulo 3, intitulado De Galerias e Festivais, detenho-me nos acontecimentos mais significativos e expressivos dessa experiência: A Galeria do Povo e o FAN (Festival de Artes do Natal) ou Festival do Forte. A Galeria do Povo, narrada no Estágio 8, Maresia, sol, arte e poesia no muro, foi uma iniciativa de Eduardo Alexandre Garcia, que surgiu em 1977. A ideia inicial, segundo o próprio Garcia, era criar um espaço aberto para as expressões políticas e artísticas que mobilizassem forças contra o estado de coerção vivido pela sociedade brasileira por ocasião do recrudescimento da Ditadura militar; no Estágio 9, A segunda invasão da fortaleza, narro o FAN (Festival de Artes do Natal), que foi uma iniciativa de artistas e intelectuais que eram também frequentadores da Galeria. O Festival tem sua primeira edição em 1978 e segue até 1988.
Na Escalada 3, Capítulo 4, De Coletivos, bandas e heterotopias, construo a narrativa da atuação dos mais importantes coletivos no período, destacando dois deles: o Cabra, apresentado no Estágio 10, e o Aluá, apresentado no Estágio 1, Aluá dos Aluados. Traço também uma panorâmica sobre a cena cultural em foco, com ênfase na cena musical, destacando a performance do Gato Lúdico no Estágio 11, As unhas do Gato Lúdico, grupo músico-performático surgido em 1982, a partir do grupo de teatro Nuvem Verde, que encarnou, como poucos, o espírito contracultural de maneira mais intensa e anárquica. Seguindo a escalada, no Estágio 13, Agitos e Heterotopias, detenho-me nos pontos (points) que marcaram épocas na década de 1980, na faixa litorânea conhecida como “Baixo”, que compreendia a Praia de Areia Preta, Praia dos Artistas, Praia do Meio e Praia do Forte, onde se concentravam, em maior número, as casas noturnas, os bares e as barracas por onde circulavam praticamente todos os atores da cena narrada e onde também aconteciam, em boa parte, os eventos. Destaco, ainda, nesse percurso, alguns lugares no centro antigo da cidade, a Cidade Alta. Em arremate, construo breve reflexão sobre o tema estudado na sessão Parada Provisória. A ideia é a de que essa seção ocupe o lugar das tradicionais considerações finais. Cumpre também o papel de esclarecer que as minhas opções de estudo ao longo do trabalho foram apenas o início dessa escalada, e que o caudal de temas por mim levantados, e não desenvolvidos em função da necessidade de um recorte, pode ser um amplo acampamento de base de onde podem partir dezenas de expedições em diversas escaladas.
Estruturei o texto na intenção de que ele motive a leitura. Sigo um princípio interessante, defendido por Mills (2009), de que toda escrita reivindica um leitor, sendo para este leitor que procuro direcionar minha preocupação. Isso não quer dizer que negligencio o rigor do texto acadêmico, mas que procuro, na medida do possível, suavizá- lo. Uma das formas que encontrei foi imaginar uma situação de viagem em que dialogo com um amigo, diálogo a partir do qual vou recuperando o contexto de época e articulando as reflexões teóricas. Vali-me largamente da forma ficcional de escrita para recriar alguns episódios que me foram narrados nas entrevistas e que foram fortemente enfatizados. Todos eles fazem parte de um folclore, razão pela qual poderiam ter sido julgados desnecessários. No entanto, acredito haverem contribuído muito no plano imaginativo. Essa imaginação, vale ressaltar, é fustigada pelo recurso dos Estágios, metaforicamente alcançados. Alguns deles iniciam com a narrativa desses episódios ou com a apresentação fac-similar de alguma passagem de obras publicadas na época e, na medida em que se vai consolidando o tema, valho-me das reflexões teóricas que dão a cobertura às teses com as quais trabalho.
Dito isso, resta-me esperar a leitura e o crivo dos leitores aos quais submeto este trabalho. Finalizo pensando no que disse Roth (1998, p. 374): “Escrever nos transforma em uma pessoa que está sempre errada. A ilusão que temos de que algum dia poderemos vir a acertar é a loucura que nos empurra para adiante”. Tenho a impressão de que cometi muitos erros, mas os cometi porque vivi a ilusão de que, de alguma forma, acertaria. Por isso, mesmo mediante as angústias e aos vacilos do processo de escritura, insisti na loucura de continuar escrevendo não apenas a partir do que apurei na empiria, mas também a partir do que julguei ser capaz minha imaginação. Por obrigação acadêmica, óbvio. Porém, sobretudo, pelo prazer.
Chegar até aqui não foi tarefa solitária, ao contrário, só foi possível como uma grande mobilização de caráter adjutório. Daí porque sou imensamente grato a Alex Galeno, meu amigo de longas datas e orientador da tese, sobretudo pela presença acadêmica diuturna, sem a qual o percurso teria sido muito mais difícil.
Ao Professor João Batista de Morais Neto, o amigo que me incentivou e me despertou para o tema e pela consequente e produtiva interlocução em toda a escalada.
A Fátima Lima Lopes, que me acompanhou de perto durante toda a escalada, segurando a maior onda; a Fernando Mineiro, Venâncio Pinheiro, Véscio Lisboa e Afonso Martins, pela solidariedade e pelo altruísmo demonstrado ao abrirem as portas de seus arquivos pessoais, sem os quais este trabalho seria bem mais lacunar. A todos os que colaboraram diretamente com a construção desta tese: Antônio Ronaldo, Aucides Sales, Carlos Gurgel, Jóis Alberto, Carlos Magno, Ciro Pedroza, Eduardo Alexandre Garcia, Luiz Galdino dos Santos Lima (Lola), Hugo Manso Júnior, Novenil Barros, Rose Barros, J. Medeiros, Pedro Osmar, Dorian Lima, Lula Belmont, Samir Cristino, Vicente Vitoriano e Carlos Lima, os dois últimos meus parceiros de Gato e de prosa-poética; aos colegas de jornada acadêmica, especialmente a Jucieude Lucena e Fagner França, pelo diálogo constante. E aos rapazes da secretaria do PPGCS, Otânio e Jefferson, pela forma diligente e amigável com que sempre nos trataram; por fim, ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), pelo apoio institucional e incondicional.
Mucamas na festa
No Extra, estrangulamento.
Um Trono para os convidados
No jeitinho colonial.
E ninguém segura o segurança
Descontrolado
Que estrangula, ninguém segura?
Saudades da escravidão?
flagelos em plena luz do dia.
Vocês têm medo de Exu
Porque Sabem o que fazem com seus filhos.
Já pensaram se os papéis se invertem?
Eu não, porque tortura gratuita é coisa de cristão.
Ninguém segura o segurança
Descontrolado que estrangula
Ninguém segura?
Outrora capitão do mato
Agora
Usa farda e atira com autorização
Do estado.
Atira nas pernas!
Atira no ombro!
Atira no peito preto ladrão!
Enquanto no baile de gala da casa grande,
A elite goza a nostalgia da escravidão.
Vocês têm medo de Exu
Porquê sabem que o jornal noticia a morte de seus filhos
Também temem que na bancada do jornal tenha sempre uma Maju.
Vocês têm medo de Exu
Porque Exu é preto
E no dia em que o povo preto resolver se vingar.
AíAí vocês verão que Exu não é demônio
Mas seus filhos revoltados
farão disso aqui um inferno.
Eliano é artista multimídia do interior do Rio Grande do Norte. Escreve contos, poemas e principalmente, letras de músicas. Lançou em 2015 o álbum Ecdemomania, que lhe rendeu destaque no cenário artístico potiguar. Faz mestrado em Literatura e prepara para 2019 um novo disco intitulado Bicho da seda.
Quando publicou seus primeiros poemas no “Livro de Bolso” (Natal, edição do autor, 1980) João Batista de Morais Neto (João da Rua, como se assinou nos anos 80), talvez não tivesse uma real noção da sua relevante contribuição para a literatura produzida no Rio Grande do Norte.
Poeta dos mais atuantes na chamada geração mimeógrafo, João Batista estreou, na verdade, um ano antes, em 1979, numa obra coletiva denominada “Buraco de Muro”.
João Batista de Morais Neto nasceu em Natal, no início dos anos 60, e participou ativamente da cena cultural na capital, sobretudo entre os anos de 1970 e 1980. Colaborou como organizador do Festival de Artes de Natal. Nessa época participou de vários mimeógrafos como “Liquidação de Poema”, “Buraco no Muro”, “Vibrações Panfletárias”, além de colaborar em suplementos literários e culturais de vários Estados.
João da Rua. Acervo de Antônio Ronaldo
Para efeitos didáticos, explicamos que essa geração em que João Batista surgiu como poeta, ficou conhecida pela frequência com que os seus escritores recorriam ao mimeógrafo para reproduzirem seus textos. O método quase artesanal era um procedimento alternativo de criação, produção e distribuição do poema, que substituía os meios clássicos de circulação das obras, como editoras e livrarias.
Vendidos ou doados, de mão em mão, os trabalhos eram comercializados a um valor simbólico, na maioria das vezes restrito aos que frequentavam eventos relacionados com a própria cena cultural alternativa, apelidada também de marginal, conhecida dessa maneira por estar fora dos chamados cânones literários.
Evidentemente o movimento, que teve uma espécie de boom, no país, revelou importantes nomes como Paulo Leminski, Waly Salomão, Francisco Alvim, Torquato Neto e Chacal. No Rio Grande do Norte, pelo menos três importantes livros abordam a temática, “Geração Alternativa” de Jota Medeiros, “Poesia Submersa” de Alexandre Alves, e mais recentemente, “Delírio Urbano” de Afonso Martins e outros. Evidentemente, existem outros trabalhos e pesquisas na área.
Entretanto, é bom dizer que João Batista de Morais Neto, não se limitou apenas à experiência informal dessa fase, e deu um salto significativo em sua produção literária contribuindo de modo acentuado para nossa literatura, sobretudo ao publicar a novela “Temporada de Ingênuos”, em 1986, espécie de romance fragmentado, combinando aforismos, reflexões, prosa poética, dialogando com a literatura universal e fazendo uma espécie de balanço daquele período, antenado com o que acontecia no universo das artes. Tudo com um estilo moderno para a época, aqui na província, que via surgir seus primeiros espigões, como cantou Zila Mamede em seu famoso poema “Rua Trairí”.
Nos anos seguintes João Batista de Morais Neto continuou a contribuir com a nossa cultura publicando vários outros trabalhos como, por exemplo, “A Canção e o Absurdo Revisitados” (Natal: Edições Sebo Vermelho, 2001); “Revendo Itajubá” (Natal: Sebo Vermelho Edições, 2007); “Caetano Veloso e o Lugar Mestiço da Canção” (Natal: IFRN editora, 2009); “O Veneno do Silêncio” (Natal: Edições Sebo Vermelho, 2010), além de ser autor de dezenas de ensaios críticos e literários.
Graduado em Letras, João Batista fez mestrado na Universidade Federal da Bahia e doutorado em Estudos da Linguagem pela UFRN. Atua profissionalmente como Professor de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira no IFRN de Natal. Mais recentemente, lançou o livro de poemas “Bissexto” (Editora Gageiro Curió, 2018). O livro traz uma amostra, em dezesseis poemas, da sua recente produção artística.
Ao ler os versos de João Batista rememoramos o mestre Mário Quintana, que disse, certa vez: “Esquece todos os poemas que fizeste/Que cada poema seja o número um”. Compreendemos através dos versos do genial escritor gaúcho a sugestão de criar, de se surpreender, de se espantar com novos textos.
Rememoramos Quintana após termos lido “Bissexto” percebendo bem o amplo potencial de criação, o poder intrigante e transformador da poesia. Seja pela mobilização da fantasia, seja para aliviar uma dor, pelo simples prazer da leitura ou até mesmo para desvendar os homens, a poesia, nos deixa nus diante da existência; é uma arte essencial ao ser humano e, como tal, revela muito do que somos e como somos hoje e sempre.
Encontramos na leitura dos versos de João Batista de Morais Neto uma espécie de intimismo que está ligado ao fato de que, sendo este um dos principais atributos de sua experiência poética, traz consigo também uma tensão, que transparece em versos como, por exemplo no trecho seguinte:
Meu bem,
Sejamos sublimes
Não deixemos
Que nos invadam
As almas pequenas
(…)
Interessante compreender também, que “Bissexto” não se trata de uma obra de poesia de vanguarda, dessas que parecem receita de laboratório, mas é moderno, e ao mesmo tempo alcança certos efeitos linguísticos e estéticos, cuja análise pode ser aprofundada em estudos futuros.
O inconformismo com os moldes literários impostos pela “academia” e com a chamada “cultura oficial” brasileira, responsável por deixar à margem toda produção cultural que estiver fora dos padrões, foi a propulsão para escritores como João Batista, assaz criativos subverterem o lugar comum ao propor uma constante inovação poética, tudo sem “forçar a barra”, mas de maneira interessantíssima.
Em nossa compreensão, embora João Batista tenha nascido artisticamente e participado de forma ativa da geração mimeógrafo no Estado, sendo uma das suas principais figuras, atualmente ele ganhou um destaque maior, e justo, de poeta, escritor e pesquisador consciente de seu oficio e da sua produção.
O livro “Bissexto” inaugura a mais nova editora do Estado, Gageiro “Curió, do também poeta e livreiro Oreny Júnior, que faz com o titulo homenagem ao grande Newton Navarro e sua novela publicada em 1974, “De Como se Perdeu o Gajeiro Curió”.
Todos os 15 contratos publicados de pagamento de cachês nacionais com verba do Plano Municipal do Livro e da Leitura foram tornados sem efeito, segundo a edição de hoje do Diário Oficial de Natal. Todos eles foram refeitos sob a rubrica devida, de Festas Populares e Festejos Tradicionais. Mais detalhes, clique AQUI.
Os livros finalistas das últimas três edições do Prêmio Kindle de Literatura estão com 50% de desconto na Amazon (versão e=book).
O livro do cineasta e escritor Edson Soares, ‘Os Últimos Passos do Enforcado’ é um deles. Custava R$ 10 e agora está por R$ 5 só esta semana.
Lembrando que este livro está concorrendo ao Troféu Cultura na categoria Literatura Potiguar. Confiram e vejam se este seridoense escreveu algo que mereça ser lido. Quem leu, gostou.
Lembrando que a versão impressa, capa dura, lançada pela CJA Editora, encontra-se à venda nas melhores bancas de Natal ao preço de R$ 40. Na banca de revistas do Nordestão (Prudente) eu sei que tem.
A última edição do projeto Quartas Konectadas vai encerrar com chave de outro hoje o esquente para o carnaval do Bloco d’As Kengas. A partir das 20h e com entrada gratuita, muito samba, irreverência e exposição fotográfica estarão abertos ao público no Bardallos Comida e Arte (Cidade Alta).
O show será comandado pelo grupo sambissta Batuque de um Povo, vencedor da última edição do Prêmio Hangar de Música e com repertório de samba raiz. E o idealizador do bloco As Kengas, Lula Belmont também promete uma presença surpresa durante a festa.
Também nesta quarta konectada estará o acervo de fotos do decano fotojornalista João Maria Alves para o bloco d’As Kengas. São oito registros selecionados entre os anos de 2011 e 2016. E em 2019, o bloco vem a mesmo deboche e animação de sempre, animado pelos shows de Laryssa Costa e Sidney Magal, na tarde de domingo de carnaval na rua Ulysses Caldas, ao lado da Pinacoteca do Estado.
O Movimento Cultural Grandes Carnavais acontece nos dias 28 de fevereiro com o bloco Fica Comigo e no dia 1º de março com os tradicionais blocos de Carnaval. Nos dois dias a concentração será às 16h, no Largo do Atheneu, percorrendo as ruas de Petrópolis e Tirol em direção ao grande baile no Aeroclube. Este é o quarto ano do evento.
No dia 28 de fevereiro, quinta-feira, o bloco Fica Comigo, sensação do carnaval do Rio de Janeiro, será uma das atrações dos Grandes Carnavais animado pelo trio pranchão e alegorias com Frevo do Xico e Fobica do Jubila. E show no Aeroclube com a banda Fica Comigo, destaque do carnaval do Rio de Janeiro, tendo a atração regional de Rafa Mesquita (PE), no encerramento do bloco e início do grande baile no Aeroclube.
Já na sexta-feira (1/3) tem os blocos tradicionais de Natal: Ressaka, Kuxixo, Puxa Saco, Saca Rolha, Bakulejo, Jardim, Jardineiros e Psyu também animados pelo trio pranchão e alegorias com Frevo do Xico e Fobica do Jubila. Neste dia terá show de Bangalafumenga (RJ) no Aeroclube com as atrações locais: Banda Detroit, Rildo Lima e Sueldo Soares, no grande baile do Aeroclube.
Portanto, os grandes shows são: No dia 28 a banda Fica Comigo, sensação do carnaval do Rio de Janeiro e na sexta-feira (1) com Bangalafumenga, também do Rio de Janeiro, e já bastante conhecida do público do Movimento Cultural Grandes Carnavais.
O movimento cultural Grandes Carnavais promove o resgate do jeito natalense de brincar Carnaval, a partir de um novo formato, mas mantendo as tradições. O evento tem o apoio da Lei Estadual Câmara Cascudo de Incentivo à Cultura e Governo do Estado. Sergio Fernandes e Dickson Meméia são os coordenadores do evento.
Ingressos – A venda presencial ocorre na lojas O Boticário do Shopping Cidade Jardim e CCAB Petrópolis e loja Bransk do Midway Mall. Venda online no site outgo.com.br e no app da ingresse. Mais informações: (84) 98140-2345 ou Telepesquisa.
No próximo dia 01 de março (sexta-feira), a partir das 18h, no Mormaço, em Lagoa Nova, acontece o Baile do Bloco do Submarino Amarelo. Uma festa super animada que promete relembrar os clássicos dos Beatles. O bloco foi uma das revelações do carnaval de Natal no ano passado.
A terceira edição do Concurso Dosinho terá semifinal nesta sexta-feira (1), no Palco das Marchinhas, em Petrópolis, com 15 músicas selecionadas. Concurso vai oferecer aos vencedores troféus e prêmio no valor total de R$ 10 mil
O concurso homenageia o compositor Claudomiro Batista de Oliveira, o Dosinho, artista norte-rio-grandense que se notabilizou no cenário carnavalesco como importante e criativo autor de marchinhas gravadas por vários intérpretes brasileiros.
O concurso programou a Semifinal 2019 para esta sexta-feira que abre o carnaval (1º de março), com apresentações das 15 marchinhas classificadas, ao vivo, no Palco das Marchinhas montado no Largo do Atheneu (Polo Petrópolis), a partir das 19h30.
A noite terá participação de orquestra e intérpretes, e logo depois acontece o show da Orquestra Maestro Papão e o lendário grupo pernambucano Quinteto Violado, dentro da programação do Carnaval de Natal.
Segundo o idealizador do projeto, o produtor Marcelo Veni, a premiação está focada no estímulo à produção líteromusical das marchinhas carnavalescas. Para quem ainda não ouviu as novas músicas, vale lembrar que as marchinhas classificadas estão na grade musical da Universitária FM, 88,9 desde janeiro até o carnaval.
Troféus e 10 mil reais serão oferecidos aos primeiros colocados, entregues posteriormente numa festa de premiação. Também será lançado um CD com as músicas finalistas, gravado ao vivo na ocasião da Semifinal.
A Marchinha do Ano, equivalente ao 1º lugar do concurso, receberá prêmio de R$ 4.000,00; 2º lugar do concurso R$ 2.000,00 e 3º lugar do concurso R$ 1.000,00. O Intérprete de Marchinhas do ano de 2019 receberá premiação única de R$ 3.000,00.
As 15 marchinhas foram selecionadas após escolha de curadoria formada por representantes da cadeia da música, do carnaval da cidade e da cultura potiguar. Dessas 15, cinco finalistas sairão da Semifinal, dia 1.º de março.
A Final do concurso acontecerá no dia 15 de março de 2019, no Auditório da AABB/RN (Associação Atlética do Banco do Brasil), quando serão apresentadas ao vivo as cinco finalistas para definição e premiação da Marchinha do Ano – 1º Lugar e do 2º e 3º Lugar; além da premiação de Intérprete de Marchinhas 2019.
Serão avaliados os quesitos de Letra, Harmonia e Melodia, Originalidade do tema abordado, Caracterização e Performances dos Intérpretes, Aceitação popular (notas de 6 a 10).
Prêmio Dosinho de Marchinhas Carnavalescas – III Edição
Semifinal
Palco das Marchinhas
Sexta – 1º de março
Largo do Atheneu – Programação oficial do Carnaval de Natal
17h30 Bailinho do Fun Kids (Show de marchinhas para a criançada)
18h30 Xaranga do Riso
19h30 3º Concurso Dosinho de Marchinhas Carnavalescas
Apresentação das 15 marchinhas classificadas – 2019
(Direção Musical de Jubileu Filho)
21h Isaque Galvão – Homenagem a Dosinho
21h30 Orquestra das Marchinhas – Maestro Papão
22h Show Quinteto Violado (PE)
SEQUENCIA DAS APRESENTAÇÕES
SEXTA 1º DE MARÇO – 19h30m
PALCO DAS MARCHINHAS – Polo Petrópolis
1º – É hora de tirar a fantasia – Jôsy Ribeiro (Malu Barbalho/Carlos Ponta Negra)
2º – Vida de Brasileiro – Dodora Cardoso (Luiz Antônio/Selma do Samba)
3º – Viva a Vida – Charles Newton (Charles Newton)
4º – Triste Ressaca – Laryssa Costa (Edmundo de Souza/Evilásio Galdino/Luiz Antônio)
5º – Pink and Blue – Elias do RaioX (Carlos Mafra/Ivo Neto)
6º – Liquidificador – Lysía Condé (Daniel Campos)
7º – De novo a Colombina – Jamilly Mendonça (Antônio Ronaldo /Yrahn Barreto)
8º – Caixa 03 – Artemilsom (Kiko Alves)
9º – Natal, estou careca de saber – Eudes Santos (Eudes Santos)
10º – Rasgando a Fantasia – Edja Alves (Waldir Luzz)
11º – Não é Não! – Analuh Soares (Analuh Soares)
12º – Vítor ou Vitória – Camila Rodrigues (Lupe Albano)
13º – Primeiros Pássaros – Antoanete Madureira (Antônio Ronaldo)
14º – Já é Quarta-Feira – Ivando Monte (Ivando Monte)
15º – Assis é Cis – Yrahn Barreto (Yrahn Barreto)
Marchinha do Ano (1º lugar do concurso): R$ 4.000,00
2º lugar do concurso: R$ 2.000,00
3º lugar do concurso: R$ 1.000,00
Intérprete de Marchinhas do ano: R$ 3.000,00.
No Sítio Araras, a quarta-feira é o dia da semana que passa o carro do lixo. Logo de manhã cedo. Até o ano passado, o caminhão da prefeitura passava à tarde, mas a partir de uma vez, que não me lembro mais quando foi, começou a passar de manhã e pronto; agora, é entre as seis e meia e as sete horas que aparece.
Buzinando, para avisar todo mundo, o caminhão desce pela vila até o fundo da estrada de terra. O motorista faz manobra na frente da casa de Chico Felix e os garis começam a recolher o lixo, que cada morador coloca num saco, ou num balde, diante de casa. Rapidinho, o caminhão atravessa a vila, com os garis que avançam a pé e jogam o lixo na caçamba. Tudo isso dura menos de dez minutos, creio. Tem que ficar ligado no dia e na hora, senão se corre o risco de seguir com o lixo guardado em casa por mais uma semana.
No meu caso, isso não seria tão grave, pois, numa semana, eu produzo uma quantidade de resíduos secos irrisória e ainda destino quase todo o lixo orgânico para a compostagem. Algumas cascas de fruta, tipo mamão, melão, manga etc, eu reservo para vacas, cabras e jumentos que andam soltos pela vila. Coloco as cascas no chão na frente de casa e o primeiro que passa, come. Tem até uma burrinha atrevida aqui na vila que, de vez em quando, vem bater no alpendre a pedir uns umbu-cajás pra ela. Já pensou?! kkkkkkkkkkk
Porém, para falar a verdade, a Quarta por mim é e resta principalmente o dia de fazer a feira verde semanal; quer dizer, o dia de comprar frutas e hortaliças, ingredientes essenciais de minha alimentação, assim que seja, de preferência, sempre bem saudável e gostosa.
Há alguns anos, num processo de transformação dos hábitos alimentares, comecei a eliminar uns muitos produtos que realmente não me interessa mais consumir, pelo menos no dia a dia. Na atualidade, o que mais eu como são grãos, frutas e hortaliças em geral; peixe, ovos e queijo, pouco.
Gosto bastante de arroz e aqui no meu sertão encontra-se com certa facilidade um grão integral orgânico típico da oeste potiguar: o arroz da terra. Desse aí, eu gosto mesmo e posso come-lo até todo dia.
Em bicicleta, são sete mais sete os quilômetros que pedalo para ir e voltar até o mercadinho Padre Cícero, o maior da cidade, onde duas vezes por semana chegam produtos frescos de Mossoró. Mas é claro que eu não deixo de ser cliente e dar uma passada em praticamente todos os mercadinhos da cidade, pois compro uma coisa aqui e outra ali, conforme produto, preço e disponibilidade.
Na praça da lotérica, nem sempre mas quase, na quarta-feira está armada a banca de um agricultor local com seus produtos; ali eu paro e consigo comprar por um bom preço a batata doce, o jerimum, o mamão, a melancia, o feijão verde, a fava, quando tem, e às vezes até os ovos de galinha caipira.
Estou já com muita fruta em casa: umbu-cajá, acerola e goiaba do quintal, mais a manga do vizinho. No mercadinho, comprei um pouco de uva só porque está bem docinha. Ao todo, hoje, reabasteci a despensa, comprando: batata doce, batatinha, abobrinha, jerimum, mamão, beterraba, vagens, cenoura, cebola, pepino, tomate, couve folha, alho, cúrcuma, gengibre e coentro. Está garantida uma alimentação gostosa e relativamente saudável pelos próximos dias.
A chuva é um tema recorrente de conversa no sertão o ano inteiro. Nesta época do ano, então, só se fala nisso. Seja Nhô Bilu que Pintinho, cada um na porta de seu mercadinho, logo que me viram, me perguntaram se tinha chovido bastante no Sítio Araras na semana e se a barragem tivesse já pego uma boa água. Também na lanchonete ao lado do clube, na outra praça, onde parei para tomar um belo caldo de cana, antes de empreender a pedalada de volta, me perguntaram exatamente o mesmo.
Na verdade a barragem ainda está com um volume bastante reduzido, porque mal começou a chover este ano. Localmente, janeiro totalizou um bom numero de chuvas, mas fevereiro foi meio fraco. Na realidade, as chuvas que podem fazer aumentar consideravelmente o volume da barragem ARG devem começar a cair na Paraíba, não só de Jucurutu pra cá.
Segundo os meteorologistas, numa reunião na Enparn da semana passada, as chuvas de março, abril e maio no semiárido potiguar vão estar dentro da média. A esperança, então, é que chova bastante e que todos os açudes da região recebam muita agua.
Não por nada, fui de manhã na rua, hoje, fazer a feira; porque, nesta época do ano, à tarde, de repente, o céu pode fechar e começar a chover, cair aquele toró assustador, com trovoadas e relâmpagos, e você não sai mais de casa.
O Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger, um dos mais importantes do país, foi lançado na última sexta-feira (25), na Galeria da Fundação Pierre Verger, Centro Histórico de Salvador.
As inscrições acontecerão de 22 de março a 30 de maio, via postal.
Realizado pela Coordenação de Artes Visuais da Funceb, o Prêmio foi instituído em 2002 e busca dar destaque aos trabalhos fotográficos que tenham se destacado no cenário nacional.
Neste ano, haverá premiação em três categorias: Ensaio fotográfico e de reconstrução histórica, com o tema Ancestralidade e Representação; Ensaio Fotográfico Documental de tema livre; e Ensaio de Inovação e Experimentação Fotográfica, tema livre.
Além dos três premiados, a Comissão de Seleção indicará artistas para participar da Exposição Coletiva e do Catálogo do Prêmio Pierre Verger. Cada um dos 15 participantes receberá uma ajuda de custo no valor de R$ 1.500,00 para despesas com os trabalhos a serem expostos.
Além disso, três fotógrafos, um em cada categoria, serão premiados com o valor de R$ 30.000,00.
Confira mais informações no EDITAL!
O sábado de carnaval em Ponta Negra vai ser ainda mais animado com a saída do Cores de Krishna. A concentração será a partir das 15h, na Samosaria Hare (restaurante vegetariano – Av. Praia de Búzios, 9128 – Conjunto Ponta Negra), onde os foliões pintam suas faces e realizam as produções da indumentária indiana. Lembrando, porém, não ser exigido nada neste sentido, sendo o bloco aberto a todas as cores, roupas, fantasias e pessoas.
Após a concentração o Cores de Krishna sairá em cortejo Ratha-Yatra às 16h, em direção à Praça dos Gringos, onde faz performance até 19h.
O Cores de Krishna é composto por devotos de Krishna, simpatizantes e foliões em geral, com presenças confirmadas vindas de: Campina Grande, João Pessoa, Recife, Índia, Caruaru e Fortaleza.
Os puxadores são: Vrindavana Dasa (MantraCatu/PE) e Yamunacarya Das Goswami (Natal), além da Banda de Percussão de Pium, com maestro Nathan Medeiros.
O bloco foi fundado pelo escritor e jornalista Flávio Rezende e pelos devotos Nitay Chand e Radha Gopali,
não tendo venda de camisetas e nem de produtos, bastando aos foliões comparecer e se fantasiar da maneira que gostar, existindo uma predominância pelo uso da cor azul no rosto, temática indiana na indumentária e muita alegria e criatividade.
Algumas alegorias de Krishna, Radha e deidades acompanham o bloco.
A tropa do trocadilho
Vê melhores dias a pino
Num processo literotário
Para decodificar, catártico,
Nos Campos de concreto,
O espermaformático fato
Em Coca-Cola do deserto.
Mas logo após a celeuma
O poeta sacode a glande
E saúda os três paideumas
Editores de noigandres.
A Nação Zambêracatu se prepara para mais um carnaval, desde 2012, o grupo – que possui ligação religiosa com o Candomblé Ketu, através da casa Ilê Axé Dajô Obá Ogodô, mas que agrega a todas, independente de credo – é uma trincheira na resistência da cultura negra no Rio Grande do Norte. Nesse ano os cortejos se realizarão na quinta (28/01) e na sexta (01/03), ambos às 17h. Confira a programação do batuque negro potiguar.
O “Cortejo Abrindo os Caminhos” abre o carnaval da cidade de forma independente, propagando a musicalidade e religiosidade negra da cidade do Natal através do maracatu de baque virado. A intenção do cortejo é pedir a benção e proteção dos orixás para que os quatro dias de folia no carnaval sejam de paz e muita alegria nesta festa que é a mais popular do nosso país.
A Coroação da Rainha é sem dúvidas o momento mais especial e mais esperado do ano, é quando a nação se reúne em frente a Igreja do Rosário dos Pretos para coroar uma mulher negra como representante daquele povo e como testemunho vivo de resistência e ancestralidade, aquela que representa para toda a cultura Iorubana, a grande matriarca, referência e ligação entre orun (céu) e Aiyê (terra), em 2019 pelo quarto ano consecutivo vamos coroar a Rainha Maria Lázaro de Oyá sucessora e mãe de Iracema Albuquerque (Rainha Iracema) que foi fundadora e rainha da nação de 2012 a 2015 quando fez sua passagem, sendo hoje considerada uma grande luz ancestral que também rege a Nação.
A Nação Zambêracatu traz na força dos seus tambores a energia dos orixás e a ancestralidade negra potiguar. Por onde passa, emana Asé (a boa energia) através do ressoar das suas alfaias, agbês, gonguês e caixas, saudando os orixás com as loas (canções), compostas pelo próprio grupo.
O Maracatu é uma manifestação cultural de espírito, corpo e musicalidade africana, num movimento de luta, resistência e preservação das práticas culturais afro-brasileiras, dentro dessa perspectiva a Nação Zambêracatu mescla o maracatu com ritmo do Zambê, manifestação cultural autenticamente potiguar, raiz negra norte riograndense que dá nome a nossa Nação.
O grupo desenvolve um trabalho autoral, que traz em suas canções, a exaltação do negro potiguar e de sua religiosidade, sendo também um instrumento de combate ao racismo e intolerância religiosa, através de ações em comunidades da grande Natal, como ensaios abertos, oficinas e apresentações, fortalecendo a construção e afirmação de uma identidade negra.
O poemúsico Wescley Gama apresenta uma nova roupagem da ciranda ˝Sonho de quem não quer mais nada˝ tocada ao vivo na ProSounds Session.
A música foi composta a partir de um poema de Michelle Ferret e faz parte do seu terceiro disco, Campos Grandes Reunidos.
Confere o vídeo:
O bloco Folia de Rua potiguar traz suas tradições folclóricas ao carnaval de natal nesta quarta e quinta-feira, em Petrópolis. A concentração nos dois dias será no CCAB, quase na esquina das ruas Afonso Pena e Seridó, a partir das 17h.
O Folia de Rua se caracteriza por um som diferenciado de sambas de terreiro, batuque, zambê e as tradições de grupos folclóricos como o Bambelô e o Caboclinhos de Ceará-Mirim. Uma aura carnavalesca misturada ao desfile de fantasias e cortejo pelas ruas do bairro.
Nesta quarta, o bloco promove o Baile Pavão Misterioso, uma parceria entre o Folia de Rua e a Casa de Cordel, comandado pelo Mestre Presepada, e ao som de sambas de terreiro e cortejo pelas ruas.
Na quinta, a programação segue abaixo:
A Prefeitura de Natal pagou todos os cachês nacionais do Carnaval de Natal 2019 com recurso do Plano Municipal do Livro, da Leitura e das Bibliotecas da Cidade do Natal. Um total de R$ 1,183 mil destinados à promoção e produção literária da capital.
A denúncia partiu da vereadora Divaneide Basílio e ganhou as redes sociais nesta terça-feira. O pagamento desses cachês foi publicado nas edições do Diário Oficial de Natal nos dias 19 e 25 de fevereiro.
Os cachês foram pagos da seguinte forma: R$ 130 mil para Alexandre Pires, R$ 150 mil para Carlinhos Brown, R$ 110 mil ao Monobloco, R$ 120 mil para o Paralamas do Sucesso, R$ 45 mil ao Quinteto Violado, R$ 75 mil para a cantora Roberta Sá, e R$ 120 mil aos Titãs.
Esses no DOM do dia 19 de fevereiro. Dia 25 foi a vez do grupo Capilé com R$ 18 mil, mais R$ 40 mil ao Casuarina, R$ 65 mil a Sidney Magal, R$ 20 mil para Silvério Pessoa, R$ 130 mil a Ricardo Chaves, R$ 20 mil para Adúlio Mendes, R$ 10 mil para a artista local Jarita, e outros R$ 130 mil para Margareth Menezes.
Alguns cachês de atrações locais também já foram publicados no DOM, mas dentro da rubrica da ‘Apoio às Festas Tradicionais e os Festejos Populares do Município de Natal’, dentro da normalidade.
Diante da repercussão nas redes sociais, a Prefeitura de Natal emitiu uma nota. Segue a íntegra:
A Secretaria de Cultura de Natal (Secult-Funcarte) vem a público esclarecer a publicação no Diário Oficial do Município (DOM) referente às contratações de atrações previstas na programação do Carnaval de Natal 2019, que geraram diversas notícias na mídia local.
Por equívoco no momento da elaboração da publicação foram lançadas indevidamente contratações artísticas na rubrica de “Implementação do Plano Municipal do Livro, da Leitura e das Bibliotecas”.
Na edição de amanhã do Diário Oficial do Município (DOM) haverá a republicação na rubrica específica para contratações referentes ao Carnaval de Natal, que é a de “Apoio às Festas Tradicionais e os Festejos Populares do Município de Natal”.
A Secretaria de Cultura de Natal (Secult/Funcarte) esclarece que até o momento não houve pagamento algum das contratações para o Carnaval em Natal 2019 e que todo o orçamento para a implementação do Plano Municipal do Livro, da Leitura e das Bibliotecas está assegurado.
A Secult-Funcarte esclarece também que elaborou – em parceria com a Secretaria de Educação, Câmara Municipal de Natal e a Sociedade Civil – o referido Plano Municipal do Livro, Leitura e Bibliotecas, reafirmando o compromisso na sua implementação. Inclusive por ser um dos pilares do pioneiro Plano Municipal de Cultura, lançado em 2018.
Por fim, a Secult-Funcarte se coloca à disposição para qualquer outro esclarecimento ou dúvida sobre esta ou outra atividade cultural.
A idoneidade de Dácio Galvão e de Josenilton Tavares não carecem de dúvida. Esse “equívoco” nunca foi cometido na gestão Carlos Eduardo Alves. Pelas evidências – duas edições com essas referências de pagamento e rubrica, em um total de 15 artistas contemplados – fica difícil a crença em um equívoco repetidas vezes e que, não houvesse a denúncia, passaria em branco.
Pelo histórico desses gestores, não só como comandantes da máquina pública, mas como pessoas de altíssimo gabarito e incentivadores do livro e da leitura, só posso acreditar em “ordens de cima” ou um real equívoco grosseiro. Seria interessante constar na nota o destino específico dessa aplicação para compensar o tal equívoco.
Resta monitorar não só o conserto do erro, mas a aplicação correta desses recursos no município, que só dispõe da Biblioteca Esmeraldo Siqueira, instalada na Funcarte e acervo de parcos 10 mil livros.
E aqui não sugiro a troca da verba pública para o carnaval ao investimento da política do livro e da leitura. Reconheço o carnaval, resgatado pelo então prefeito Carlos Eduardo Alves com colaboração da competente equipe da Funcarte, como fonte de renda municipal, já provado em números divulgados não só pela Prefeitura, mas por entidades como a Fecomércio. Mas tão somente a real aplicação dessa rubrica aos fins devidos.
O Plano Municipal do Livro é um desdobramento da Política Nacional do Livro, instituída pela Lei 10.753/2003, que estabelece, em seu artigo 16, que estados e municípios “consignarão, em seus respectivos orçamentos, verbas às bibliotecas para sua manutenção e aquisição de livros”. Esse processo tem como principal marco legal o Decreto Presidencial 7.559, assinado em 2011 pela presidenta Dilma Rousseff.
O trem liga Mogi das Cruzes à capital São Paulo. Liga também o sonho de dois estudantes músicos em cursar a UFRN. Entre os sacolejos desse trem, os amigos de infância Caio Augusto de Godoy Souza e Danilo Moisés de Oliveira executam canções populares no violoncelo e no violão.
Caio, 16 anos, quer aprofundar seus conhecimentos no violoncelo e escolheu a Escola de Música da UFRN pela referência nacional no instrumento, o professor Fábio Presgrave. E Danilo, 17, embarcou no sonho do amigo para morar em Natal, ele na cátedra da geofísica na mesma Universidade.
Tocando por quatro meses no trem, de MPB, rock e samba à música clássica, ganharam algum dinheiro para investir em cursos online, se prepararam para o Enem e pagaram pela viagem que queriam fazer para estudar. E conseguiram. A dupla está em Natal desde 4 de fevereiro e já em seus respectivos cursos.
Um esforço de adolescentes nascidos no interior paulista de Mogi das Cruzes para cursar a universidade federal em Natal, pela referência do seu corpo docente ou pelo campo de trabalho, enaltecido por Danilo em matéria publicada pelo G1.
A Escola de Música da UFRN tem se mostrado cada vez mais um exemplo de formação de jovens músicos para o Brasil e para o mundo. Mantém uma das orquestras sinfônicas formadas por estudantes mais importantes do país. E semanalmente oferece programação gratuita qualificada. É de se admirar.
Uma das grandes promessas do pop brasileiro, a banda Melim, formada pelos irmãos Rodrigo, Gabi e Diogo lançou seu primeiro álbum, “Melim”. Após o lançamento bem-sucedido de um EP no final de 2017, o disco conta com 16 músicas autorais, entre elas o sucesso “Meu Abrigo” e “Ouvi Dizer”.
Em 2019, os irmãos sairão em turnê e o show em Natal está agendado para 15 de março, às 21h, no Teatro Riachuelo. Ingressos vão de R$ 120 a R$ 160 (inteira).
“O Carnaval Nunca Acaba”, novo álbum da Orquestra Greiosa, está na rua. Segundo álbum da banda e que conta com participações lindas de Felipe Cordeiro, Teago Oliveira (Maglore), Chico Correa, Ricardo Braga e Wilton Batata. Lançamento do Dosol, selo potiguar com 17 anos de vida. Ouça alto.
Discurso de Spike Lee ao receber o Oscar para melhor roteiro adaptado com o filme “Infiltrado na Klan”.
“A palavra de hoje é ‘ironia’. Dia 24. Mês de fevereiro, o mês mais curto do ano, que também é o mês da História Negra. Ano de 2019. O ano de 1619. História. A história dela. 1619. 2019. 400 anos.
Quatrocentos anos. Nossos ancestrais foram roubados da Mãe África e comercializados em Jamestown, na Virgínia, como escravizados. Nossos ancestrais trabalharam a terra dia e noite. Minha avó, que viveu 100 anos, formou-se no Spelman College, apesar de sua mãe ter sido uma escrava. Minha avó que guardou 50 anos de cheques da previdência social para colocar seu primeiro neto – ela me chamou de Spikie-poo – ela me conduziu ao Morehouse College e à faculdade de Cinema da Universidade de Nova York. NYU!
Diante do mundo esta noite, eu louvo os nossos antepassados que fizeram este país o que é hoje, junto com o genocídio de seus povos nativos. Nós todos nos conectamos com nossos ancestrais. Recuperaremos o amor e a sabedoria, vamos recuperar a nossa humanidade. Será um momento poderoso. A eleição presidencial de 2020 está chegando. Vamos todos nos mobilizar. Vamos todos estar do lado certo da história. Faça a escolha moral entre amor versus ódio. Vamos fazer a coisa certa! Você sabe, eu tinha que colocar isso aqui!”
O Carnaval de Natal esquenta com o bloco “Se Parar Eu Caio!”, nesta terça-feira, concentrando às 17h no Largo do Atheneu, saindo às 18h pelas ruas de Petrópolis e Tirol com animação da orquestra Frevo do Xico até o Clube de Radioamadores para uma grande festa com Capilé, Pedro Luccas e Banda Rojão. .
Para este ano o bloco vem com uma pegada cultural em homenagem aos prédios históricos dos bairros Petrópolis e Tirol como: Colégio Atheneu, Quartel da PM, Câmara Municipal de Natal, Fundação José Augusto e o próprio Clube de Radioamadores.
Em parceria com o artista plástico Carlos Sérgio Borges, o bloco “Se Parar Eu Caio!”, vai estimular o uso de adereços carnavalescos. A ideia é que os foliões interajam com os brincantes do boi de reis, palhaços em perna de pau e outros personagens de nossa cultura popular. Os brincantes já podem adquirir a camisa da folia com temática cultural com prédios históricos na Sunline Viagens e Turismo, em frente ao Nordestão da Prudente.
O carnaval está chegando e o Bloco Goiamum quer levar sua alegria, cores e fantasias novamente às ruas de Ponta Negra pelo 5º ano consecutivo. Foi a pedida deste blogueiro ano passado e recomendo demais!
Para isso, o bloco precisa de sua colaboração e lançou um link para doação até o chegar ao limite de R$ 2.500,00 para se poder armar a festa; estandarte, bandinha de frevo, banda Skarimbó na concentração e pessoal de apoio.
Para colaborar clique AQUI e confira os detalhes.
Essa ajuda é fundamental. Sem isso, fica difícil, pois o bloco é fruto de resistência cultural, sem ajuda e verba oficial, formado por profissionais e amantes do Cinema e do Audiovisual que resolveram se juntar e se divertir.
Democrático, o Bloco Goiamum não tem cordas, camiseta ou abadá. Basta colocar uma fantasia de personagem de cinema, série, novela, e cair na folia! Diretores, cinegrafistas, roteiristas, atores, atrizes, fotógrafos, produtores, publicitários, jornalistas, amantes de cinema, formavam o bloco no início. Mas a irreverência e criatividade dos foliões conquistou e tem conquistado cada vez mais famílias inteiras.
O desfile de personagens do cinema e da TV acontece no sábado de carnaval, na Praça Jardim de Alah, no conjunto Ponta Negra.
Então, vamos colaborar? Ajude o Bloco Goiamum a fazer o Carnaval Multicultural de Natal ainda mais animado!
Estão abertas as inscrições para as Mostras Competitivas do 2º Curta Caicó – Festival de Cinema de Caicó. Os realizadores interessados podem inscrever seus filmes em formulário virtual disponibilizado no website AQUI, no período de 25 de fevereiro a 10 de março.
A segunda edição do Curta Caicó será realizada no mês de junho, entre os dias 13 e 16. O evento que tem toda sua programação gratuita terá exibição de filmes, debates, apresentações culturais e oficinas de formação.
O Curta Caicó já realizou sua primeira oficina de formação, em 2019, nos dias 16 e 17 de fevereiro: Roteiro Cinematográfico com o cineasta Torquato Joel. A atividade contou com representantes de Caicó, Natal, Jardim do Seridó e Cruzeta.
Em 2018, foram inscritos 413 filmes de todo o país nas Mostras Competitivas do festival. “No Fim de Tudo”, de Victor Ciriaco venceu a Mostra Potiguar e “O Vestido de Myriam” (Lucas Hossi), a Mostra Nacional.
O Curta Caicó também realizou as oficinas “Cinemando com Kennel Rógis e de Roteiro, com Michelle Ferret, além de debates sobre a produção audiovisual nas universidades e debates sobre a importância das mulheres no cinema. O 2º Curta Caicó – Festival de Cinema de Caicó é uma realização da Referência Comunicação.
O Carnaval em Natal, promovido pela Prefeitura do Natal, vem com força total no revigorado Beco da Lama, no Centro Histórico. Depois das intervenções com artistas do grafitti comandados por Dicesarlove, o coração da cidade terá três palcos durante a folia: Beco da Lama, Praça 7 de Setembro e Espaço Cultural Ruy Pereira.
A folia começa no Beco da Lama já sexta-feira, dia 1º, com shows de Quarteto Linha, às 20h e Dodora Cardoso às 21h30. Segue no sábado (2) com Ana Tomaz (20h), Gereba (21h30) e Carlos Zens às 23h. Também no sábado (2), no Espaço cultural Ruy Pereira (lateral do IFRN Centro) tem Leão Neto levantando a galera a partir das 16h30.
No domingo (3) tem a tradição decana do Desfile das Kengas, no palco instalado nas imediações do Tribunal de Justiça (Praça Sete de Setembro). A partir das 16h15 tem o Bloco Educação no Trânsito, depois Laryssa Costa (16h30) e Sidney Magal fechando a noitada depois da acirrada disputa pelo título de Kenga do Carnaval de Natal.
Na segunda-feira (4) a folia volta ao Beco da lama a todo vapor com o Bloco Educação no Trânsito (16h45), Xaranga do Riso (17h); Leão de Judá às 20h e Kanelinha e CPI do Forró às 21h30. E na terça-feira (5) tem Rodolfo Amaral (20h), Dani Cruz (21h30) e Skarimbó às 23h.
“Trata-se de uma programação diversificada, de várias vertentes e estilos, mas com a linguagem consagrada daquele espaço da cidade, com irreverência, alegria e muita qualidade musical”, comentou o secretário de Cultura de Natal, Dácio Galvão.
Reunem-se neste livro diversos escritos do escritor e jornalista mossoroense sobre temas de interesse literário.
Dono de estilo aliciante, Jaime Hipólito exerce a crítica tendo em vista o grande público ledor de jornal. Simplicidade é sua marca registrada. Longe dele o formalismo da chamada crítica universitária, tão em moda.
Para expressar-se, Jaime Hipólito não precisa de nada além da linguagem corrente, coloquial, dispensa aquela terminologia intrincada, cabalística até, muito do agrado de alguns críticos e professores de literatura, hoje em dia.
Sem ostentar conhecimentos técnicos, ele vai fundo nos assuntos que escolhe criteriosamente. E diz tudo aquilo que um crítico ultra sofisticado poderia dizer, só que nunca se utiliza do indefectível jargão pseudocientífico.
Neste “De Autores e de Livros” vai, com a mesma segurança, de um estudo da poesia concreta aos discursos parlamentares de Carlos Lacerda; de André Gide a Mauro Mota; de Hemingway a Veríssimo de Melo, e muita coisa mais, inclusive notas quase didáticas sobre T.H. Lawrence, Ezra Pound, etc., e oportunas observações acerca dos nossos poetas e prosadores.
Vale ressaltar alguns trechos polêmicos, como, por exemplo, aquele sobre “Tocaia Grande”, de Jorge Amado, “um romance muito ruim”.
Jaime Hipólito expressa as suas opiniões com absoluta franqueza, sem temer desagradar a quem quer que seja.
Por tudo isto, e muito mais, que não cabe numa simples nota, este seu livro deve ser saudado com as melhores palavras. Pequenos deslizes existem nele, é verdade, todavia fáceis de sanar numa reedição.
Que venham outras coletâneas da vasta produção jornalística do autor, na mesma linha de revalorização da velha e boa crítica de rodapé.
Conhecendo, como conheço, há longos anos, Maria Emília Wanderley, nunca pensei que ela fosse capaz de escrever algo mais do que cartas e bilhetes. Claro que sempre soube dos seus dons de inteligência e sensibilidade, do seu amor pelos livros, mas, quanto aos seus escritos, ela guardava total discrição.
Eis que, agora, já na chamada terceira idade, embora plena de vitalidade, Maria Emília surge com esse livro de crônicas, minicontos, páginas de memórias e poemas em prosa. Gratíssima surpresa! Pois trata-se, na verdade, de uma obra com apreciáveis qualidades literárias, reveladora de uma escritora em potencial, que, esperamos, não fique só nessa pequena coletânea.
Dialogando com escritores e poetas famosos, num interessante exercício de intertextualidade, a autora relata momentos que marcaram sua vida – episódios inusitados, tipos humanos, sensações -, tudo expresso numa prosa repassada do mais puro lirismo. Uma ou outra falha da escrita, pequenos erros de pontuação, por exemplo, não chegam a ser comprometedores. Já a nota de abertura do livro, muito abreviada, deixa a desejar.
Imagino o que diria deste livro Berilo Wanderley se vivo fosse. Berilo, o grande amor da vida de Maria Emília, ficaria, com certeza, muito feliz.
Parece-me que o autor juntou, neste livro, fragmentos de um romance inédito, em tom memorial, e dessa maneira revela grande potencial como ficcionista. Mas, não descarto a hipótese de que o evidente caráter fragmentário tenha sido deliberado.
A linguagem, notadamente no que diz respeito à forma de disposição dos diálogos, conferida ao texto, afigura-se como um sopro de novidade, e instiga à leitura.
Da nova geração de escritores potiguares, é Gustavo Sobral um dos poucos que escreve moderno, ousado às vezes. E tem estilo.
Constato, no entanto, que embalado na prosa corrente, com notável poder inventivo, o autor, por vezes, não presta atenção a detalhes, pormenores da escrita. Ou seja, deixa de dar ao texto o acabamento devido. Alguns ciscos e restos do material de construção ficaram em meio à obra construída. Isto, porém, com certeza, será remediado na 2ª edição que há de vir.
Dorian Jorge Freire escreve com objetividade e clareza. Escreve moderno. Frases curtas, incisivas. Períodos breves. Isto não é de surpreender: ele foi jornalista quase a vida toda. E dos bons.
Nestas memórias esparsas, compiladas pelo pesquisador Raimundo Soares de Brito, dá para perceber o excelente memorialista que Dorian Jorge Freire poderia ter sido. Até a página 90 – mais ou menos a metade do livro – há trechos antológicos. Daí em diante a narrativa torna-se, extremamente, lacônica e fragmentária. Por vezes semelha simples apontamentos.
Faz-se necessária uma nova edição expurgada dos numerosos erros de revisão.
A vida de um menino pobre em Acari, pequena e bela cidade do Seridó potiguar, evocada com sensibilidade, numa prosa fluente e clara, que prende o leitor.
Descrições admiráveis de tipos humanos, usos, costumes, tradições, etc., valendo como documentário etnográfico e folclórico.
Esta segunda edição, com excelente apresentação gráfica, vem acrescida de muitas fotografias e novos textos que a enriquecem.
Na parte final, os capítulos “Três Crônicas” e “Meus Pensamentos” já não se situam na área da memorialística, poderiam compor publicação autônoma, enfeixando outros escritos do autor, inclusive da sua produção como colaborador de vários jornais natalenses.
Biografia de Waldemar de Almeida (1904- 1975), pianista, compositor, educador musical, primeiro diretor do Instituto de Música do Rio Grande do Norte, fundado em 1933, entidade que marcou época, tendo contribuído pioneiramente para o estudo e a difusão da Grande Música em nosso Estado. Para se avaliar sua importância, basta dizer que, dentre os alunos do Instituto saíram dois artistas, que se projetaram além das fronteiras do país: Aldo Parisot, violoncelista, e Oriano de Almeida, pianista.
Além de dirigir, durante cerca de vinte anos, o Instituto de Música, Waldemar de Almeida foi também diretor da Escola de Música da UFRN, instalada em 1962, e participou ativamente de várias outras instituições em prol da Música. Fundou e manteve, em Natal, o “Curso Waldemar de Almeida”, de piano. Sem dúvidas, um benemérito.
Vale ressaltar que o autor de “O Nosso Maestro”, biógrafo consagrado, juntou ao seu trabalho as memórias inéditas de Waldemar de Almeida, que conseguiu resgatar do manuscrito original, engavetado há décadas. Essas reminiscências – cento e vinte seis páginas -, embora fragmentárias e inacabadas, constituem momento alto da memorialística potiguar.
Leitura absorvente, transporta-nos à cidade do Natal das primeira décadas do século vinte, onde viveu o menino Waldermar – seus tipos inesquecíveis, sua geografia lírica e docemente provinciana, seus acontecimentos marcantes. Imperdível. De lamentar, apenas, alguns erros de revisão.
Acompanha o livro um cd com diversas composições de Waldemar de Almeida interpretadas pelos pianistas Oriano de Almeida, Marluze Romano, Elyanna Caldas Silveira e Nara de Oliveira.
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