O experiente cineasta paraibano Torquato Joel virá a Natal para ministrar uma oficina de roteiro cinematográfico, no mês de fevereiro.
A capacitação é uma iniciativa da ABOCA Audiovisual, projeto que se reinventou como núcleo audiovisual a partir de longa trajetória nas artes cênicas potiguar quando grupos de teatro se juntaram e fundaram “A.B.O.C.A espaço de teatros”. Localizado na Ribeira, o espaço cultural recebia e fomentava diversas linguagens artísticas do RN e de outros estados.
A oficina acontece nos dias 13 e 14 de fevereiro, no Solar João Galvão, Av. Câmara Cascudo, 407-417 – Cidade Alta, no período das 8h até as 17h, com intervalo para o almoço. As aulas se destinam a realizadores, produtores audiovisuais, artistas e público em geral interessado no assunto. As inscrições abrem amanhã dia 1 de fevereiro, na página da ABOCA Audiovisual no facebook.
As vagas para a capacitação são limitadas a 20 participantes, ao investimento de 60 reais. A produção convidará mais 4 integrantes que representem coletivos artísticos que possuam ações em bairros da periferia natalense, como forma do conteúdo absorvido seja compartilhado nestes espaços.
As inscrições serão por meio de um formulário (preencha o formulário AQUI) preenchido pelo interessado. A ideia é que cada participante escreva, em até 20 linhas, um argumento de um filme que deseja realizar. E dizer a importância do tema do argumento para que seja feito um filme. Quem já tiver roteiros iniciados podem levar o material nos dias das oficinas.
A atividade terá desdobramento no Seridó Potiguar, em Caicó, nos dias 16 e 17, cidade que já tem história no cinema do estado e tem revelado cada vez mais interessados em produzir ações na área. Com mais informações em breve.
Essa é a segunda atividade no campo da formação depois que a ABOCA se transformou em núcleo cinematográfico. A outra foi ainda em setembro do ano passado com o projeto LAP – Laboratório Criativo do Audiovisual Potiguar, que contemplava ideias ousadas de argumentos e roteiros para filmagem.
“Nossa meta é fortalecer a linguagem cinematográfica potiguar, fazendo da ABOCA um espaço de fruição artística no audiovisual como um núcleo aberto a receber diversos colaboradores e ações. Pretendemos levar essa mesma capacitação para o interior do estado, tendo em vista a importância dessa oficina”, explicou o realizador Wallace Santos, que articulou a vinda de Torquato Joel para o RN.
Dessa vez, trazendo a experiência dos vizinhos paraibanos como lugar que tem forte tradição cinematográfica e é o estado onde o cinema mais se interiorizou, a produção através de ações e projetos como: “Viação Paraíba”; “Jabre – Laboratório para Jovens Roteiristas do Interior Paraibano”, resultando no surgimento de realizadores com diversas obras no interior do estado que ganharam notoriedade em vários festivais de cinema pelo país.
Torquato Joel, nasceu em Sousa, Paraíba, Brasil. Formou-se em Bacharelado em Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, pela UFPB (Universidade Federal da Paraíba). Estudou cinema no Atelier de Cinema Direto da UFPB e na Association Varan (Paris, França) onde iniciou uma produção de cinema através do Super 8, com filmes como Imagens do Declínio (12’, 1982), Seca (12”,1982), entre outros.
Trabalhou em diversos curtas como roteirista, assistente de direção e como consultor de direção. Em 1998, realizou seu primeiro curta em 35mm: O VERME NA ALMA. Posteriormente, realizou outros curtas: PASSADOURO (1999), TRANSUBSTANCIAL (2003), GRAVIDADE (2006), AQUI (2007), ESTES (2009), GRAVIDADE (2006), MOÍDO (2015), entre outros filmes que roteirizou e dirigiu.
Alguns destes filmes obtiveram expressiva a premiação em importantes festivais brasileiros, como Brasília, Gramado, Festival Internacional de Curtas de São Paulo, além da participação em festivais no exterior como Huesca, Rotterdam, entre outros.
Joel foi editor do fanzine A TELA DEMONÍACA. Atualmente é coordenador geral do Projeto ViAção Paraíba, de difusão de audiovisual no interior do estado, e do Jabre – Laboratório para Jovens Roteiristas do Interior Paraibano -, ações que estão obtendo significativos resultados com o surgimento de vários realizadores, cineclubes e festivais no interior da Paraíba. Finalizou recentemente seu primeiro longa: Ambiente Familiar.
As atividades serão divididas em 3 níveis: reuniões gerais (para todo mundo debater e criar junto), reuniões em subgrupos (quando cada proposta for dividida de acordo com seu gênero) e consultorias e processos individuais. Além disso, ainda será abordado temas e teorias sobre narratologia e estrutura dramática do roteiro, e análises de curta-metragens.
O que: Oficina de Roteiro Cinematográfico com Torquato Joel
Onde: Solar João Galvão – Av. Câmara Cascudo, 407-417 – Cidade Alta.
Quando:
13 e 14 de Fevereiro de 2019 (Natal/RN)
16 e 17 de Fevereiro de 2019 (Caicó/RN)
Quanto: 60 R$
O pagamento poderá ser efetuado via transferência bancária, depósito ou entregue aos organizadores.
Dados Bancários
Banco do Brasil S/A
Agência: 1668-3
Conta Corrente: 33995-4
Variação 51
CPF: 101559214-79
Wallace Yuri dos Santos
+ Informações
Wallace Santos (Produção)
+55 (84) 988832399 (Whatsapp)| 996715220
wyurisantos@gmail.com
Arlindo Bezerra (Produção)
+55 84 9100-5352 (Whatsapp)
jr.arlindo@gmail.com
Inscrições | Dúvidas
http://twixar.me/G3P3
abocaaudiovisual@gmail.com
Seguindo com a série de lançamentos de livros no estande da Fundação José Augusto (FJA) durante a FIART 2019, nessa sexta-feira (1° de fevereiro), a partir das 17h, será lançado o livro Antologia Literária Em Cantos Escritos, organizado pelas professoras Carla Alves e Cristiane Tomaz, no qual contém a produção literária de alunos do 6° ao 9° ano da Escola Estadual Almirante Newton Braga de Faria.
O livro foi feito com recursos provenientes do Edital de Cultura e Arte nas Escolas, da Secretaria Estadual de Educação. Ao todo são sessenta textos, escritos pelos alunos, divididos nos gêneros poesia, conto, memória e crônica.
Além do livro físico, o projeto prevê uma edição em e-book e áudio-livro, a ser lançado no mês de março desse ano. A primeira tiragem de 100 exemplares, pagos com os recursos do edital mencionado, foram doados aos alunos, equipe da escola, e demais pessoas, incluindo escritores potiguares e personalidades ligadas à área da educação; além de um número para compor o acervo da biblioteca da própria escola.
A tiragem extra com mais 100 exemplares, está sendo vendida, cada exemplar ao preço de R$ 20 e toda a arrecadação será destinada aos projetos de incentivo à leitura e escrita na Escola Estadual Almirante Newton Braga de Faria. No lançamento previsto para ocorrer nessa sexta-feira, participarão, além das professoras organizadoras, alguns alunos autores da obra.
O 2 de fevereiro é o dia dedicado pelas religiões afro-brasileiras ao orixá Iemanjá, divindade das águas doces e salgadas, rainha do mar, uma das orixás mais populares do Brasil, e como diz Caymmi na sua canção alusiva à data, “Dia de festa no mar. Eu quero ser o primeiro a saudar Iemanjá”.
É nesse espírito que desde 2012, a Nação Zambêracatu realiza o “Batuque para Rainha do Mar” em frente a sua estátua na Praia do Meio. Ao som forte das suas alfaias, gongues e agbés, com as suas músicas autorais saudando a ancestralidade negra e o candomblé, a Nação Zambêracatu tem arrastado centenas de pessoas todos os anos pelas ruas de Natal. Além disso, a atividade é uma homenagem à Rainha Iracema Albuquerque, matriarca e uma das fundadoras do grupo.
O cortejo ocorre neste sábado (02/02) na Praia do Meio e tem início às 15h, saindo da Ponta do Morcego em direção à estátua de Iemanjá, local tradicional onde os devotos da Mãe das Águas louvam e realizam suas oferendas.
A Nação Zambêracatu traz na força dos seus tambores a energia dos orixás e a ancestralidade negra potiguar. Desde 2012, o grupo – que possui ligação religiosa com o Candomblé Ketu, através da casa Ilê Axé Dajô Obá Ogodô, mas que agrega a todas, independente de credo – é uma trincheira na resistência da cultura negra no Rio Grande do Norte.
Por onde passa, emana Asé (a boa energia) através do ressoar das suas alfaias, agbês, gonguês e caixas, saudando os orixás com as loas (canções), compostas pelo próprio grupo.
Além do batuque no dia 02 de fevereiro, o grupo realiza durante o carnaval, o Cortejo Abrindo os Caminhos e a Coroação da Rainha Mãe Lázaro de Oyá.
A Nação ainda recebe novas pessoas interessadas a somarem no batuque ancestral, todas às terças (19h) e sábados (15h).
Bruno Alexandre, Leonardo Palhano e Victor Albuquerque interpretam as melhores músicas do ‘rei’ Roberto Carlos, neste domingo (3), às 18h30, no Palco Principal do Domingo na Arena, projeto cultural gratuito da Arena das Dunas, que tem o apoio do Sistema FIERN e projetos ‘Cultura na Praça’ e ‘Som na Caixa’.
Além da atração musical, a terceira edição do ‘Domingo na Arena’ 2019 contará com Zumba e Fitdance (Stylo Academia), apresentação dos ‘Saltimbancos’, da Cia. ‘Era uma vez’, e aulão de MuayThai, com o professor Sirleno Júnior. Os portões 4 e 5 que dão acesso à área externa da Arena, onde são realizados os eventos, abrem às 15h.
Leia também: Verão do Caxangá anima o domingo em Cotovelo com clássicos populares de 90
O ‘Domingo na Arena’ já virou ponto de encontro de famílias e turistas, mas quem faz a festa é a criançada. Atrações não faltam. Têm brinquedos infláveis, pula-pula e piscina de bolinhas (tudo gratuito).
Larissa Fontes e suas maquiagens artísticas encantam as meninas; a equipe da X Roller ministra aula e loca patins, enquanto a Kid’s Car loca Carrinhos Elétricos. A turma da Fábrica das Maravilhas vai promover uma Oficina de Slime, em dois horários: das 16h às 17h e das 18h às 19h.
A magia do circo é outra atração que tem encantado as famílias. O Circo Grock, localizado dentro do espaço do ‘Domingo na Arena’ (praça inferior), mantém a programação normal com sessões às 16h, 18h e 20h (o ingresso custa R$ 15,00 a meia entrada).
A Liga Digicom faz a festa dos gamers com os seus jogos eletrônicos. A escola Robotec é presença confirmada no núcleo de educação e robótica, do Sesi, e o movimento escoteiro do Escoteiros do Rio Grande do Norte apresentará atividades, jogos e canções.
As famílias terão à disposição na praça de alimentação as deliciosas mini coxinhas e baby churros, da Loucos por Coxinha, hambúrgueres e petiscos, da Shrimp & Bull e salgados e mini pizzas, da Salgarito.
Palco Praça Inferior:
15:30 – Zumba e Fitdance (Stylo Academia)
17:00 – Os Saltimbancos
17:00 – Aulão de MuayThai (Professor Sirleno Júnior)
Programação do Palco Principal:
18:30 – “Especial Roberto Carlos” com Bruno Alexandre, Leonardo Palhano e Victor Albuquerque
Loucos por Coxinha (mini coxinhas e baby churros)
Shrimp & Bull (hambúrgueres e petiscos)
Salgarito (salgados e mini pizzas)
Núcleo de Educação e Robótica (Roboeduc)
Oficina de Slime (Fábrica das Maravilhas) – 16h às 17h e 18h às 19h
Brinquedos infláveis, pula-pula e piscina de bolinhas (Gratuito)
Atividades escoteiras, jogos e canções (Escoteiros do Rio Grande do Norte)
Games com a Digicom (Liga Digicom)
Aula e locação de Patins (X Roller)
Locação de Carrinhos Elétricos (Kid’s Car)
Maquiagens artísticas com Larissa Fontes
Circo Grock – Sessão às 16h, 18h e 20h (R$15,00 / meia entrada)
Um dos mais atuantes músicos da cena potiguar, Fábio Rocha, ou vulto Zé Caxangá será a atração deste domingo do Porão das Artes, que volta ao aconchego de casa no Pium após temporada em Cotovelo.
O show tem início por volta das 15h, meio de tarde para curtir o setlist novo de Zé Caxangá e esperar o pôr do sol, montado especialmente para os shows de verão.
Músico desde 1999 na cena local, Zé Caxangá atua e atuou em várias bandas da cidade como Mc Priguissa, Orquestra Boca Seca, Clara e a Noite, Luisa e os Alquimistas e outras. Se você gosta de se jogar na noite, com certeza bailou ao som/teclados, beats e guitarras clássicas de Caxangá, ou na sua discotecagem.
Em 2018, Zé Caxangá e Seu Conjunto lançou seu primeiro EP, intitulado CLARA! Um trabalho de composição iniciado ainda em 2015 no melhor estilo Vila de Ponta Negra e nos últimos tempos retomou o processo de produção. As canções vão do amor à dor virtual, passando pela introspecção e pelo bom humor característico de Fabão.
Agora em 2019, ele vem divulgar seu mais novo show “Verão Do Caxangá” onde passeia pelo cancioneiro popular dos anos 90, com axés, pagodes e forrós no repertório, mas acreditem, tudo apresentado de forma bem peculiar.
Porão das Artes
Onde: Porão das Artes Beach (Rua da Aurora)
Data: dia 3, neste domingo
Hora: a partir das 15h
Couvert: R$ 10
Mais infos: 9 9922-8188
O Lendário Coração da África será a atração do Bosque Encena deste domingo, a partir das 10h, no Parque das Dunas. O espetáculo é do grupo Teart de Teatro e tem direção de Bárbara Cristina.
A narrativa é desenvolvida por meio da linguagem poética de contação de histórias. Ela apresenta, através de lendas africanas, uma aventura que começa quando um baobá era apenas uma sementinha, fazendo uma viagem no tempo, transformando-se numa gigante árvore nativa de onde se colhe muitas histórias, e assim seus personagens vão descobrir que dentro dessa grande árvore pulsa um coração cheio de mistérios, sabedorias e um imenso tesouro escondido.
Homenageando artistas da Música Popular Brasileira, a Banda Municipal de São Gonçalo do Amarante se apresenta no Som da Mata no final de tarde deste domingo, às 16h30
O repertório é mesclado por diversos arranjos de músicas que tocam o coração, compostas por Luiz Gonzaga, Tim Maia, Zé Ramalho, dentre outros.
Regida por Josialdo Correia da Silva, a banda é mantida pela Fundação Cultural Dona Militana e iniciou suas atividades em 1996 e desde então tem promovido a educação musical para crianças e jovens do município, tendo em vista a formação pessoal, social e profissional.
Ao todo, conta com 55 componentes e já participou de eventos como: Amistoso Internacional entre Brasil e USA (Sub 17), Carnaval do Natal antigo, Natal – Pega fogo (festividades juninas), e Abertura do Concurso Nacional de Bandas em Taubaté-SP.
A escritora Tereza Custódio lança quatro obras literárias simultaneamente nesta quarta-feira (30/01) a partir das 18h no estande da Fundação José Augusto, dentro da 24ª FIART, que ocorre até 3 de fevereiro no Centro de Convenções.
A autora, nascida no Ceará, lançará as obras “O Bálsamo”, “A Vida Colorida de Vitória”, “Herança da Diáspora Africana” e o “Valente Mendonça”.
Tereza Custódio é graduada em Letras pela UFRN com pós em Artes Cênicas e Línguas Estrangeiras. Professora aposentada do IFRN. Participou com poemas, crônicas e contos para algumas antologias nacionais e internacionais. Membro de entidades culturais como UBE/RN, SPVA/RN, AC.I.M.A/Itália e HELVETIA/Suíça.
Romance, editora Chiado/PT – 2016 – Relata o abandono emocional de uma menina órfã, que sofreu bullying. Quando adulta, ao se tornar cuidadora de idosos, ela começa a cuidar de si e, aos poucos, vai recuperando a capacidade de superação das vitimizações e danos psicológicos que vivenciou. Romance baseado em fatos reais. Duplamente premiado no Brasil. Valor R$ 40.
Infantil bilíngue, editora Karuá/CE – 2018-O cotidiano da menina Vitória é narrado numa linguagem poética, com rimas suaves e melodiosas, usando as cores como tema. Os desenhos, ilustrados com sensibilidade, captam a inocência da infância e o lado belo e colorido da vida. Valor R$ 25.
Cordel com 90 sextilhas, Editora Areia Dourada/SP – 2018 – História contada em versos, vivenciada pelos afro-brasileiros, os quais fizeram uma transformação sociocultural, econômica e política impregnada de saberes de seus ancestrais desde o período colonial. Valor R$ 10.
Poema em glosa, Editora Areia Dourada/SP – 2018 – O poema de gracejo, em glosa com mote no final da estrofe, desconstrói o conceito da fragilidade feminina de forma bem humorada. Valor R$ 5.
Tem Porão das Artes neste sábado com um showzaço de rock, blues e canções do maluco beleza Raul Seixas sob o som da guitarra virtuosa de Gustavo Cocentino. Como bom filho à casa retorna, os shows acontecem novamente no palco do Porão das Artes em Pium, a partir das 15h.
Gustavo é dos bons representantes do blues potiguar. Já esteve presente em cinco edições do Fest Bossa & Jazz, duas do Natal Blues Festival e do Canoa Blues, Festival de Guaramiranga, Oi Blues by Night, Cidadela Blues em Mossoró, dentro da programação do Mossoró Cidade Junina, festivais gastronômicos de Martins e Pipa.
Já acompanhou e dividiu o palco com Silvio Passos, presidente do maior fã clube de Raul no Brasil. Se apresentou ao lado de representantes do blues nacional e internacional, como Celso Blues Boy, Nuno Mindelis, Flávio Guimarães, os norte americanos John Primer e Willie Big Eyes Smith, ambos integrantes da banda do lendário Muddy Waters, Larry MacCray e Carlos Johnson, entre outros.
No repertório do show estão nomes consagrados como B.B King, Eric Clapton, Albert King, Stevie Ray Vaughan, Robert Cray, Albert Collins, Gary Moore, Muddy Waters, Jimi Hendrix e clássicos de bandas como The Doors, Creedence Clearwater Revival, Dire Straits, Pink Floyd, Stones, Bob Dylan, além do já tradicional bloco especial em homenagem a Raul Seixas.
Porão das Artes Beach – Gustavo Cocentino
Onde: Porão das Artes (Rua da Aurora, próximo à caixa d’água de Pium)
Data: dia 2, neste sábado
Hora: a partir das 15h
Couvert: R$ 10
O lançamento oficial do filme ‘O Morador do 1101’ acontece às 18h30 desta quarta-feira (30) durante a programação do Cine Verão, um festival com exibição de filmes gratuitos na orla de Ponta Negra e ainda com shows para fechar a noitada.
O filme é dirigido por Carito Cavalcanti, Fernando Suassuna e Eli Santos. Foram quatro anos de filmagem, com locações em Natal, entre 2015 e 2019.
Quem comenta mais do filme é o poemúsico, cineasta e um dos diretores do filme, Carito Cavalcanti:
A ideia do filme e do roteiro partiu de Fernando Suassuna. Ele teve a ideia do filme, escreveu o roteiro, me convidou, convidou Eli Santos… E foi uma direção coletiva. Além da direção também participei da fotografia junto com Eli. Usamos muito câmera na mão e brincamos com a linguagem cinematográfica. Fernando também participou da trilha sonora, e fez a montagem… e por ser músico, baterista, deu um ritmo e dinâmica muito especiais ao filme.
E o roteiro recebeu vários tratamentos, porque houve muita conversa entre nós, e também com os atores. Foi um processo orgânico, e o roteiro foi um ponto de partida, pois aproveitamos muito o timaço de atores para experimentar improvisações. Isso deu outro brilho na narrativa e mostrou mais caminhos além do roteiro.
Vivemos essa loucura das redes sociais, e acho que em tempos de fake news, a mensagem do filme é muito contemporânea. E tem aquela história de quando falamos do outro falamos mais de nós mesmos. Então lembro Caetano quando canta: “de perto ninguém é normal”. O Morador do 1101 é uma ficção, mas às vezes a vida e seus absurdos também parece ser uma ficção.
Nesse falso-documentário, o morador do 1101 talvez seja um cara reservado que paga um preço por não participar da boiada, do padrão de comportamento imposto pela sociedade cuja maior vítima é ela própria.
Quem é o morador do 1101? O que há por trás daquela porta? Há os que afirmam conhecê-lo e os que admitem nunca tê-lo visto. Mas todos têm opiniões formadas; todos têm algo a dizer. Entre certezas e dúvidas, muitas portas se abrem e se fecham. E nada é o que parece ser.
Cine Verão – Lançamento do filme ‘O Morador do 1101’
Onde: Praia de Ponta Negra (no deck em frente ao Astral Sucos)
Quando: Quarta-feira (30)
Hora: 18h30
Direção: Carito Cavalcanti, Fernando Suassuna e Eli Santos
Montagem, Roteiro e Desenho de Som: Fernando Suassuna
Fotografia: Carito Cavalcanti e Eli Santos
Trilha Sonora Original: Willames Costa e Fernando Suassuna
Finalização: Levi Herrera
Elenco: Kaiony Venâncio, Pedro Queiroga, Clotilde Tavares, Giovanna Araújo, Rogério Ferraz, Enio Cavalcante, Paula Queiroz, Titina Medeiros, Camille Carvalho, Marco França, Marcos Bulhões e César Ferrario
Projeto Gráfico: Gustavo Lamartine
Agradecimentos: Magnólia Fonseca, Elisa Fonseca, Clowns de Shakespeare, CBI, Nara Kelly e Nathalia Santana
Realização: Sucesso e Praieira Filmes
O mais premiado espetáculo da mundialmente conhecida companhia Giradança será apresentado neste sábado na Casa da Ribeira, a partir das 20h. Proibido Elefantes, atualmente dirigido por Alexandré Américo, tem concepção, direção e coreografia original de Clébio Oliveira e já foi apresentado em Coimbra (Portugal) e San José (Costa Rica).
“Eis, então, uma dança contemporânea que tensiona essa relação de estranhamento do corpo e cria desenquadramentos no ser visto e ser percebido, no mover e ser movido pelo olhar. O trabalho é árduo dos corpos que dançam na cena. Mérito para os bailarinos e bailarinas criadores, que se revezam na palavra falada, nos sotaques do corpo e na ação dançada para desestabilizar a ideia de uma mensagem de dança ou lição de vida a ser passada e transmitida.” Joubert Arrais para O POVO (Ceará)
Em 2012, após subsídio do Ministério da Cultura, a Companhia Giradança estreou seu mais premiado espetáculo, Proibido Elefantes. Desde então o grupo entrou na rota dos principais espetáculos de dança do país e recebeu diversos convites para fora. A reestreia do espetáculo em Natal conta com elenco composto por Álvaro Dantas, Ana Vieira, Iego José, Jânia Santos, Joselma Soares e Marconi Araújo.
Com mais de 100 apresentações no currículo o espetáculo volta para única apresentação, por enquanto, de reestreia na Casa da Ribeira. E para o ano de 2019, que completa 14 anos de estrada a Companhia também remontará o espetáculo “Dança que ninguém quer ver”, com reestreia prevista para março.
Proibido Elefantes é um espetáculo que fala do olhar como via de acesso, porta de entrada e saída de significados.
O modo como percebemos a “realidade” é resultante do diálogo que estabelecemos com esta: nosso olhar é constituído pela realidade assim como a realidade é constituída pelo nosso olhar – a construção do sentido transita em via de mão-dupla.
O olhar enquanto apreensão subjetiva do mundo é, neste trabalho, apontado como elemento potencializador do sujeito diante do mesmo.
Proibir elefantes é restringir o acesso, impedir o livre trânsito do animal que serve como meio de transporte na Índia, mas que causaria enormes transtornos em outras localidades.
Proibir elefantes, neste espetáculo, é proibir o olhar que ressalta as limitações, os impedimentos; que duvida da capacidade do sujeito frente à adversidade.
Proibir elefantes, aqui, é apostar no olhar do sujeito sobre si e sobre o mundo em que vive como elemento ressignificador e instaurador de realidade.
Espetáculo: Proibido Elefantes
Local: Casa da Ribeira – Rua Frei Miguelinho, 52, Natal/RN
Data: 02 de fevereiro
Horário: 20h
Valores: R$ 15 e R$ 30 (inteira)
→ Online via Sympla: clique AQUI.
→ Casa da Ribeira – aberta de seg à sexta das 14 às 17h.
Esta última quarta-feira de janeiro no Bardallos vem de forma bem especial. É a noite para comemorar o aniversário do dono da casa, o produtor Lula Belmont, que chega de idade nova abrindo alas para a folia mais irreverente do carnaval potiguar: o bloco d’As Kengas.
E a partir de fevereiro, As Kengas ganham as “Quartas Konectadas” no Bardallos. Esse será o tema 2019 do bloco. E em todas as quartas do mês, o Bardallos receberá artistas e shows carnavalescos com muito samba, frevo e marchinhas. E o melhor: tudo de graça!
No lançamento, nesta quarta dia 30, tem Clara Pinheiro e Zé Caxangá para a trilha da noite. Uma noite de celebração à vida, ao carnaval e a esse conectar com a cidade. Konectividade que Lula Belmont, através do Bardallos e das Kengas, há muito compartilha entre os natalenses.
Quartas Konectadas
Quem: Clara Pinheiro e Zé Caxangá
Onde: Bardallos Comida e Arte
Quando: nesta quarta (30 de janeiro)
Hora: 20h
Acesso livre
O Bardallos Comida e Arte é um espaço gastronômico e cultural aberto em 2005 pelo decano produtor Lula Belmont, fundador do bloco carnavalesco As Kengas e do saudoso bar Vice-Versa. O Bardallos foi aberto com o propósito de manter a chama boêmia e artística da Cidade Alta acesa. O espaço, localizado na Rua Gonçalves Ledo, 678, abre diariamente para almoço e tem sido palco para a arte potiguar na noite natalense, seja para música, performances, celebrações, festas privadas ou exposições. Contato: 9 9198-0045 (Ricardo Nelson).
Currais Novos recebe neste domingo (03/02), o V Encontro do Fórum Potiguar de Cultura (FPC), das 8h às 18h, no auditório do IFRN – Currais Novos. A pauta principal do evento será a implementação e melhorias do Sistema de Financiamento Estadual à Cultura, no que diz respeito ao Fundo Estadual de Cultura e a Lei Câmara Cascudo.
A programação do encontro conta, pela manhã, com uma mesa redonda sobre: “Sistema de Financiamento à Cultura: como a mobilização civil pode garantir recursos para a manutenção das práticas artísticas – da produção a fruição, passando pela educação”.
À tarde está prevista uma mesa aberta sobre “Efetivação da participação do Fórum Potiguar de Cultura na construção de Políticas Públicas”, seguido de debates e nomeação de representantes de cada linguagem artística.
“Desde o fim do ano passado a Comissão Executiva do FPC busca realizar suas atividades fora da capital potiguar como um exercício de descentralização das atividades abrindo espaço para protagonismos de diferentes agentes culturais de diversas regiões do RN. É um processo que amplia a visão das reais demandas do setor cultural por trazer maior diversidade e formas de pensar, de se expressar e ainda de enxergar e propor soluções”, afirma Tatiane Fernandes, integrante da Comissão Executiva do FPC.
A participação de produtores, artistas, gestores, arte-educadores e os mais diversos agentes e atores culturais é aberta, gratuita e fundamental para a realização e êxito de ações coletivas e autogestionárias como essa. Para participar basta se inscrever clicando AQUI.
Criado em 2011, o Fórum Potiguar de Cultura é uma organização da sociedade civil com participação de dezenas de artistas, produtores, rede s setoriais, grupos e movimentos culturais e tem se proposto a ser um espaço para dialogar questões relacionadas a produção, gestão e política cultural no âmbito estadual.
A atuação do FPC tem sido através da promoção de encontros e espaço de diálogos. Em 2012 a realização do primeiro Encontro Potiguar de Cultura gerou a ‘Cartilha de Diretrizes para a Cultura Potiguar’.
Em 2014, realizou um debate entre os candidatos ao governo e tomou a iniciativa de indicar ao eleito uma lista tríplice com nomes para a gestão da área.
Também foi responsável pelo terceiro (2016) e quarto (2018) Encontro Potiguar de Cultura onde se gerou uma proposta para o Sistema de Financiamento Cultural, que vem sendo discutida desde então.
V Encontro do Fórum Potiguar de Cultura
03 de fevereiro – 8h às 18h – auditório do IFRN – Currais Novos
O Teatro de Cultura Popular Chico Daniel (TCP) lança na segunda-feira (28/01) o Edital Pauta Livre para apresentações artístico-culturais para os meses de março e abril desse ano.
Poderão participar da seleção pessoas físicas ou jurídicas das áreas de Teatro, Dança, Performance e Circo, Música e Audiovisual.
Os dias disponibilizados para as apresentações são de quarta a domingo de cada semana, para presentações únicas ou curta temporada, com duração de até quatro apresentações por temporada.
Os selecionados no edital terão isenção do valor de aluguel do espaço (pauta) cobrado pela TCP e utilização de equipamentos básicos de iluminação cênica e sonorização do TCP.
De acordo com o Edital, 15% do valor arrecadado na bilheteria será utilizado pela administração do TCP para cobrir custos operacionais.
“Esta porcentagem será contabilizada de acordo com o número de ingressos arrecadados na urna do Teatro ao término do espetáculo”, explica do diretor do TCP, Beto Vieira.
O período de inscrição começa a partir de hoje (28) até o dia 8 de fevereiro. Todas as inscrições deverão ser entregues em envelope lacrado na secretaria do TCP no horário das 8h ao meio dia.
A programação no Parque das Dunas começa na tarde deste sábado com a volta do Ex-4 ao projeto Dançando nas Dunas, com o espetáculo Jukebox. O grupo promete diversão, nostalgia e movimento.
Sabe aqueles personagens que já são figurinhas carimbadas em determinados locais, como a solteirona esperando aquele match do tinder, o carinha que está sofrendo pela amada, os amigos que só querem curtir e até mesmo o funcionário que observa tudo para ter muitas histórias pra contar? Adicione tudo isso a uma boa dose de música, e essa mistura se chama Jukebox.
Espetáculo: JUKEBOX
Local: ANFITEATRO PAU-BRASIL | PARQUE DAS DUNAS
End: AV. ALEXANDRINO DE ALENCAR, S/Nº – TIROL
Dia: 26 DE JANEIRO
Hora: 16H30
Os palhaços Bisteca & Bochechinha fazem a manhã de domingo muito mais divertida no próximo Bosque Encena, com o espetáculo “A Alegria Chegou”.
Desde 2003, com uma proposta inovadora, a dupla conquistou o público adaptando suas montagens para agradar a todas as faixas etárias. Nessa exibição, os palhaços reúnem música, dança, teatro, circo e muito humor. O show conta ainda com as participações especiais do boneco Floquinho e do mágico Bisteskovski.
Espetáculo: A ALEGRIA CHEGOU
Local: ANFITEATRO PAU-BRASIL | PARQUE DAS DUNAS
End: AV. ALEXANDRINO DE ALENCAR, S/Nº – TIROL
Dia: 27 DE JANEIRO
Hora: 10H
Alumiando o Parque das Dunas, o Candeeiro Jazz apresenta o show Luz do Sertão no Som da Mata deste domingo. O trio reúne nesse show uma seleção de composições autorais instrumentais com ritmos nordestinos, além de rearranjos de músicas conhecidas no mundo inteiro de compositores como Sivuca, Dominguinhos, Hermeto Pascoal e Luiz Gonzaga. O resultado é muito suingue para a plateia dançar, cantar e arrastar o pé.
O grupo, formado pelo sanfoneiro Zé Hilton, pelo guitarrista e multi-instrumentista Jubileu Filho e pelo baixista e
multi-instrumentista Sérgio Groove, executam vários ritmos, passeando do Forró ao Frevo em uma linguagem contemporânea utilizando uma configuração inusitada: sanfona, guitarra e contrabaixo.
Show: LUZ DO SERTãO
Local: ANFITEATRO PAU-BRASIL | PARQUE DAS DUNAS
End: AV. ALEXANDRINO DE ALENCAR, S/Nº – TIROL
Dia: 27 DE JANEIRO
Hora: 16H30
Lembrando que as apresentações são gratuitas e o acesso ao parque custa R$ 1.
O novo álbum de um dos maiores representantes do reggaeton e da música da periferia potiguar será lançado nesta sexta-feira (25) no Whiskritório, na festa intitulada Ragafunketon. MC Priguissa traz uma fusão do reggaeton e do raga com as vertentes mais modernas do funk no disco ‘Som da Perifa, és mi Praia’. A festa de lançamento terá participação de MCs, tem início das 22h e irá adentrar a madrugada.
O disco é produzido em parceria com a empresa Futuristik Musik Production (K-naman & Lil Tec) de Curitiba e traz uma conexão sonora entre os ritmos que dominam as periferias da América Latina, mas sempre com a identidade potiguar, com gírias que só são compreendidas, com a vivência no Estado de Poti.
Destaque para a faixa Pinta Natalense, que traz a historia de um flerte fatal na periferia
Festa RagaFunketon – Lançamento do Novo CD do MC Priguissa
.
Palco Funketon
22h Dumara
23h Paulinha vs Luana
Palco RagaFunk
0h DJ DK
1h30 MC Priguissa
3h Rodrigo Cruz vs Edson Almeida
5h Fim
*Entrada:
Lista Amiga Free até 21h;
Lista Amiga R$ 15 até 00h; Normal R$ 20
*Compartilhando o banner direto da página do #Whiskritoriopub no Facebook em Modo Público até às 18h30 do dia do evento para entrar na Lista Amiga
*Cuba Libre e Sex On The Beach dobrados até às 23h ou enquanto durarem o estoque
*Proibida a entrada de menores de 18 anos
*Entrada apenas com documento em mãos
O curta metragem Tingo Lingo do cineasta potiguar Wallace Santos, com produção da Casa da Praia Filmes será exibido em Natal no final de Janeiro, no próximo dia 30. Essa é a primeira exibição pública na cidade.
Tingo Lingo teve seu pré lançamento na 5ª Mostra de Cinema de Gostoso, na cidade de São Miguel do Gostoso, no mês de Novembro de 2018. Desde então, o diretor Wallace Santos tem inscrito o filme em diversos festivais nacionais e internacionais. Já selecionado no Burburinho Festival de Artes, em fevereiro.
O curta metragem é fruto de longa pesquisa do realizador que tem em sua criação a vivência com personagens da cultura popular no seu dia a dia.
“Tingo Lingo é minha memória afetiva de criança que ainda reverbera nos dias de hoje. Sei que não é memória afetiva só minha, é de uma grande quantidade de pessoas, entre os mais novos até os mais idosos, que já viu vendedores de cavaco chinês passar nas ruas de Natal e no interior”, explica.
Mas Tingo Lingo é também a vivência no sertão do diretor, no urbano e no litoral. “A ideia é que as pessoas reflitam sobre o momento atual político a partir do recorte de personagens históricos do nosso cotidiano”, conclui.
Antes de fazer o filme, Wallace Santos viajou por longo período nos estados do RN, na PB, em PE, no CE e na BA, vivenciando como se dava a manifestação desses vendedores ambulantes em outras cidades.
“Tingo Lingo ” é uma produção da Casa da Praia Filmes, com patrocínio da Ancine, FSA – Fundo Setorial do Audiovisual, BRDE – Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul e Prefeitura do Natal, por meio do edital Cine Natal 2016.
Essa é a 2ª edição do Cine Verão – festival que acontece no deck na orla da praia de Ponta Negra, em frente ao Astral Sucos, realizada pela Pinote Produções.
Serão dois dias de programação cultural. A exibição de Tingo Lingo ficará no dia 30, junto com outros 7 filmes potiguares na sessão Cine Verão Poti (filmes do estado do RN). O festival continua no dia 31.
O que: Exibição de Tingo Lingo – curta metragem Potiguar.
Onde: Deck de Ponta Negra – Orla de Ponta Negra, em frente ao Astral Sucos.
Quando: 30 de Janeiro de 2019 (Natal/RN)
Hora: Sessão Cine Poti (19h)
O programa preferido das mães “recém-nascidas” está de volta a Natal em 2019 e começa com grande estilo. O CineMaterna inicia o ano no Cinépolis do Natal Shopping com o sucesso de bilheteria ‘Minha vida em Marte’ na próxima terça-feira (29) às 14h. A sessão é exclusiva para mamães e bebês com até 18 meses de idade, excelente oportunidade para a socialização e interação das mães que estão passando pela mesma fase da vida com seus pequenos.
Para garantir o maior conforto possível aos espectadores, a sessão é exibida na sala vip do cinema e dispõe de toda a estrutura necessária: trocadores dentro da sala, som reduzido, ar condicionado suave, luzes levemente acesas, estacionamento de carrinhos de bebê e equipe de apoio.
O filme escolhido para o mês de janeiro é a comédia que já arrancou risadas de mais de três milhões de pessoas em todo o Brasil. ‘Minha vida em Marte’ conta a história de Fernanda, interpretada por Monica Martelli, e a crise que enfrenta em seu casamento. Auxiliada por seu melhor amigo, Aníbal (Paulo Gustavo), Fernanda tenta superar o momento e decidir se salva seu casamento ou põe um fim a ele.
A exibição é seguida de um bate-papo entre as mamães presentes, oportunidade de interação e surgimento de novas amizades. O CineMaterna, presente em 53 cidades brasileiras, acontece em Natal sempre na última terça-feira de cada mês, às 14h, na sala VIP do Cinépolis do Natal Shopping – shopping que é patrocinador local do evento –, e o valor do ingresso é o mesmo cobrado para as salas convencionais, com meia entrada para todos. Além disso, as cinco primeiras mães com bebês de até 18 meses que chegarem à sessão ganharão uma cortesia para o filme.
Sessão CineMaterna “Minha vida em Marte”
Local: Cinépolis Natal Shopping (Av. Senador Salgado Filho, 2234)
Horário: Terça-feira, 29/01, às 14h
A 15ª edição do Troféu Cultura ofertará premiação a todos os vencedores das 14 categorias do prêmio. Apesar do orçamento enxuto, o jornalista e idealizador do prêmio, Toinho Silveira, conseguiu parcerias para viabilizar diárias em pousadas e resorts no litoral potiguar, com uma ajuda de custo e ainda brindes variados.
“Todos os vencedores receberão duas diárias em pousadas e resorts do nosso litoral, para usufruir até outubro deste ano, e ainda uma ajuda de custo e brindes que ainda estou buscando junto a parceiros. No caso do Artista do Ano, além das diárias em resort em Pipa, receberá mil reais em prêmio”, detalhou Toinho Silveira.
A votação, iniciada no último dia 19 de dezembro permanece aberta até 19 de fevereiro no site Papo Cultura (www.papocultura.com.br). Este ano, o número de indicados subiu de cinco para dez nomes e ainda com a opção “Outro”, caso o internauta queira votar em alguém fora da lista. Dois especialistas em cada área escolherão o vencedor a partir dos cinco nomes mais votados pelo público.
A cerimônia de entrega dos troféus será realizada pelo segundo ano consecutivo no Teatro Riachuelo, no próximo dia 12 de março, após o período do carnaval. As atrações para a festa ainda serão definidas. O acesso ao Teatro será livre, mediante distribuição de ingressos.
O Troféu Cultura homenageia dois nomes das artes potiguares em cada edição. Este ano, o homenageado post mortem e que dá nome ao Troféu será o ator e transformista Zezo, assassinado dentro de casa aos 62 anos, no último mês de outubro. Como homenagem em vida, a rouxinol potiguar, a cantora Glorinha Oliveira, no alto dos seus 93 anos.
O Troféu Cultura 2018 tem patrocínio da Cosern e da Comjol, ambos por meio da Lei Câmara Cascudo, do Governo do Estado; e da Unimed e do Salão Nalva Lopes, pelo Programa Djalma Maranhão, da Prefeitura de Natal, além do apoio da Faculdade Uninassau e do Caxangá Restaurante.
Estilhaço de Alegria é o título do terceiro CD do potiguar, radicado em Brasília, Geraldo Carvalho. Foi lançado em outubro e novembro de 2018 em Brasília, Nova York e Pirenópolis/GO. E dia 31 de Janeiro é a vez de Natal, cidade que acolheu o cantor e compositor até 2009, onde deixou vasta produção e passou a residir na Capital Federal.
Com 25 anos de carreira, Geraldo lançou dois álbuns: Manhecença (2001) e Um Toque a Mais (2009), hoje disponíveis nas plataformas digitais, Spotify, Deezer, Amazon, dentre outras.
Veja também: Músico nascido em Angicos recebe prêmio internacional de música
Participou de vários festivais e shows ao lado de grandes nomes da MPB, como Luiz Melodia, Belchior, Jair Rodrigues, Joana, Simoninha e Orlando Moraes.
Geraldo vem divulgando seu trabalho no Brasil e no exterior, representando o coletivo Música na Árvore em Festivais em cidades como Zurique, Lisboa e Londres, e recentemente em Nova York. Em novembro de 2018, foi vencedor com o Clip da canção Estilhaço de Alegria, em parceria com Mario Noya, do Prêmio Fox Music USA em Miami. Recebeu o Prêmio de Júri Popular no Festival da Radio Nacional de Brasília em 2016.
Estilhaço de Alegria, traz um repertório com dez canções que vão do xote ao baião, passando pelo pop, maracatu e balada. São elas: Da Paixão, Tudo Acontece, Kundaline, Flor Divina, Ressuscitou, Nada de Nada, Cartaz (música de Antonio Ronaldo e Artemilson Lima), e Por Janeiro (soneto do poeta potiguar Ferreira Itajubá, musicado em parceria com Eduardo Taufic e Li no Querer, com Franklin Mário em memória).
O trabalho foi gravado, mixado e masterizado no studio Promídia em Natal por Eduardo Taufic, que também assina os teclados e programações. Participam do CD o guitarrista Jubileu Filho, o baixista Erick Firmino, o baterista Darlan Marley e o percussionista Ramon Gabriel.
Nomes como Mário Noya, Jane Alcanfor, Paulo Sérgio Galo, Roberto Homem, Ednaldo Dantas, e outros compositores, compartilham as criativas parcerias.
O novo disco de Geraldo será lançado em Natal no Solar Bela Vista, dia 31 de janeiro, a partir das 20h e será apresentado ao público o repertório do novo CD e dos dois anteriores, canções conhecidas do público potiguar como, Pulsação e Desafio, essa última em parceria com Romildo Soares.
A banda que subirá ao palco com Geraldo, será praticamente a mesma que gravou o disco, com Eduardo Taufic na direção e teclados, Jubileu Filho na guitarra e violões, Erick Firmino no Baixo, Lerry Matheus na bateria e Ramon Gabriel na percussão.
O show de lançamento do CD Estilhaço de Alegria conta com a parceria da Prefeitura Municipal do Natal/FUNCARTE, do Grupo Vila e do Cartório Paiva Amaral.
Show de lançamento do CD Estilhaço de Alegria, de Geraldo Carvalho
Onde: Solar Bela Vista
Quando: dia 31, quinta-feira
Hora: 20h
Ingressos: 9 8831-1506 / 99687-3683 / 9 8867-0520 (Sebo Balalaika) / 9 9603-8798
Produção: Raquel Lucena
Debates e conversas sobre o parto humanizado vêm ganhando repercussão nos ciclos sociais. Mulheres foram, por anos, condicionadas a vivenciar situações de violência e constrangimento devido à assistência centrada na atuação médica e não nas necessidades e escolhas naturais da mulher. É nesse contexto, em razão de uma experiência pessoal da diretora Catarina Doolan, que “A Parteira” surge. O filme, que foi contemplado pelo edital Cine Natal 2016, terá sua estreia na quarta-feira, 30/01, às 19h30, no Festival Cine Verão, em Ponta Negra.
“De início percebia o filme com um viés político. Buscava ilustrar a retomada do protagonismo da mulher em suas escolhas na hora de parir, e estimular a reflexão sobre o caráter natural e fisiológico do parto, em oposição à natureza hospitalar que lhe foi atribuída com o tempo. Entretanto, com o tempo, convivendo com Donana, percebemos que esse não é um filme sobre parto, sobre a política que envolve a luta pela humanização, mas um retrato de uma mulher com quem muitas mulheres podem se relacionar e que é, sim, dona de suas próprias escolhas”, conta Catarina Doolan, diretora, roteirista e produtora executiva do documentário.
A partir daí, surgiu o gancho de um filme de personagem, com o propósito de retratar uma mulher: filha, mãe, madrinha, mãe de santo, parteira, curandeira, enfermeira. Que não se permite levar pelos julgamentos da sociedade para viver a vida que escolheu para si. Ana Maria Valcácio da Silva (Donana) é uma figura excêntrica e apaixonada pelo seu ofício de parteira o qual desenvolve desde os 16 anos de idade. Hoje, aos 65 anos, com meio século de profissão e mais de mil partos, Donana representa a Associação de Parteiras de São Gonçalo do Amarante. “Todas as mulheres podem olhar para ela e se identificar ou se inspirar de alguma forma”, completa Catarina.
Para a gravação de “A Parteira”, a equipe de produção, toda formada por mulheres, teve o objetivo de tornar o set mais íntimo e frequentou rodas organizadas pela Associação Potiguar de Doulas, a fim de se familiarizar com a temática e o universo do partejar. Paralelo a isso, o filme agregou um propósito profissional para o cenário do audiovisual potiguar: oportunizar a formação de mulheres especialistas em áreas técnicas do audiovisual, no mercado potiguar, tais como diretoras de fotografia, técnica de som e operadoras de câmera.
Além do lançamento oficial, o filme também será exibido na sexta-feira, para melhor acolher as famílias com crianças, 01/02, no Espaço Moara, em Ponta Negra, às 19h, com roda de conversa com a diretora após a exibição. Uma terceira exibição está sendo programada para a comunidade de Donana, em São Gonçalo do Amarante.
“A Parteira” é uma produção da Prisma Filmes, com patrocínio da Ancine, FSA – Fundo Setorial do Audiovisual, BRDE – Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul e Prefeitura do Natal, por meio do edital Cine Natal 2016.
Exibições de “A Parteira”
Festival Cine Verão, “Mostra Poti” – Quarta-feira, 30/01, às 19h30. Ponta Negra.
Espaço Moara – Sexta-feira, 01/02, às 19h. Endereço: Rua das Conchas, 2199, Ponta Negra.
Direção e Roteiro: Catarina Doolan Fernandes
Produção Excutiva: Catarina Doolan, Assis Carlos Fernandes e Dênia Cruz
Assistente de Direção e Direção de Produção: Diana Coelho
Produção Logística: Kinohaus
Direção de Fotografia: Giovanna Hackradt Rêgo e Sarah Wollermann
Operadoras de Câmera: Giovanna Hackradt Rêgo, Sarah Wollermann e Catarina Doolan
Som Direto: Marina de Lourdes
Montagem e finalização: Camila Fernandes
Colorização: Bruno Sarmento
Mixagem: Ricardo Félix
Trilha Sonora: Joana Knobbe
Designer: Gabriela Barbalho
Social Media e Assessoria de Comunicação: Atena Marketing – Andressa Vieira
Assessoria jurídica: Ana Flávia Ferreira
Assessoria contábil: Maria Auxiliadora Barreto
Audiodescrição e Legendagem descritiva: Beth Garcia e Rafael Garcia
Locução da audiodescrição: Rafael Garcia
LIBRAS: Cultura de Valor
Intérprete de Libras: Timótheo Machado Henrique
O fotógrafo e jornalista John Nascimento apresenta a seguir, um ensaio fotográfico da peça ‘Sal, Menino Mar‘, montada pelo grupo teatral Facetas, Mutretas e Outras Histórias e encenada na Casa da Ribeira.
A peça conta a história do menino Sal e suas aventuras no fundo do Oceano para combater um mostro que está destruindo o mundo com lixo. Num espetáculo dinâmico que não dispensa uma boa interação com a plateia.
O Grupo Facetas criou o espetáculo pensando em questionar e refletir sobre o comportamento humano e suas inter-relações, meio ambiente e preservação. Inspirados pelo livro “Mar doce Lar”, escrito por Liana F. Mendes e Fernando Suassuna para a Ong.Oceânica, como forma de sensibilizar crianças sobre a pesca predatória, fauna marinha e descartes de resíduos no mar.
Sal é uma criança apaixonada pelo mar, vive numa prainha, passa o tempo livre na praia, ao mesmo tempo que se banha nas águas e conhece os seres que vivem no mar. Um dia ele ouve a voz de uma concha pedindo ajuda.
De repente, a praia começa a ser invadida por um monte de lixo. Então, Sal o Menino Mar, para descobrir o que está acontecendo, se aventura nas profundezas. Entre os seres marinhos descobre que a mudança do planeta depende de nossas atitudes na terra, no mar e, principalmente, na nossa consciência.
O Insurgências Poéticas volta ao Bardallos Comida e Arte nesta quarta, 23 de janeiro, numa homenagem ao escritor e um dos maiores dramaturgos potiguares, Racine Santos, que na ocasião distribuirá seu novo zine “Geometria da Dor”.
Esta terceira edição da temporada de verão do sarau traz ainda música com duas gerações de cantores: o decano Mirabô Dantas e o show carnavalesco da talentosa Laryssa Costa.
O mix de atrações do Insurgências se completa com a participação do grupo de teatro Alegria Alegria; com os poetas Marina Rabelo e Thiago Medeiros; e performance da bailarina e pesquisadora de dança Rozeane Oliveira.
Para completar, a economia criativa também integra a programação com as participações do Estúdio Carlota e o bazar carnavalesco de Wecsley Mariano.
Sarau Insurgências Poéticas – homenagem a Racine Santos
Onde: Bardallos Comida e Arte
Quando: 23 de janeiro (nesta quarta)
Hora: 19h30
Entrada: 10
Mais informações: 986270893
O Bardallos Comida e Arte é um espaço gastronômico e cultural aberto em 2005 pelo decano produtor Lula Belmont, fundador do bloco carnavalesco As Kengas e do saudoso bar Vice-Versa. O Bardallos foi aberto com o propósito de manter a chama boêmia e artística da Cidade Alta acesa. O espaço, localizado na Rua Gonçalves Ledo, 678, abre diariamente para almoço e tem sido palco para a arte potiguar na noite natalense, seja para música, performances, celebrações, festas privadas ou exposições. Contato: 9 9198-0045 (Ricardo Nelson).
Poeta, escritor e advogado, Diógenes da Cunha Lima realizou-se nas variantes de sua vocação, tornando-se um intelectual respeitado. No entanto, é a sua simples figura humana que me desperta maior admiração. Homem cordial, não apenas afável, acolhedor, mas, principalmente cordial por artes do seu imenso coração novacruzense.
Câmara Cascudo, seu mestre, com quem conviveu de perto, definiu-o numa dedicatória, em livro de sua autoria: “Ao meu querido Diógenes, cuja lâmpada é o coração”. Assim se expressando, Cascudo faz alusão ao filósofo grego Diógenes, discípulo de Aristóteles, que, certa vez, saiu às ruas de Atenas com uma lâmpada em punho, à procura de um homem de bem.
Nosso Diógenes, como está visto, também busca o próximo, ou seja, o concidadão, em sua inteireza, mas, ao invés do seu xará grego, que usou, ironicamente, uma lanterna, Diógenes serve-se do coração…
Nessa permanente cordialidade (do latim – cor, cordis: coração) ele pode até mesmo ir de encontro à razão, isto é, afrontar o que se convenciona ter como certo e justo. Quando, por exemplo, quer fazer algo a favor de uma pessoa amiga, desconhece barreiras, vai em frente, decidido, e só descansa após atingir o seu objetivo. Neste sentido torna-se voluntarioso.
Conheço-o desde os tempos da velha Faculdade de Direito, na Ribeira, onde, por volta de meados da década de 60, eu estudava, e ele, ainda muito jovem, atuava como professor ou monitor – não me lembro bem – no Departamento de Prática Jurídica.
Tenho acompanhando, atentamente, a sua trajetória na Literatura e na Vida Literária do nosso Estado.
Em “Salvados – Livros e Autores Norte-rio-grandenses” (3a. ed., 2014), procurei situar o poeta no contexto das nossas letras, alinhando-o junto aos integrantes da Geração 61 – Luís Carlos Guimarães, Dorian Gray Caldas, Myriam Coeli, Sanderson Negreiros, Deífilo Gurgel, Augusto Severo Neto -, embora ele tenha estreado, em livro, um pouco mais tarde.
Toda a sua poesia, como já tive oportunidade de dizer, revela uma busca incessante de comunicação e síntese, numa cosmovisão humanística. Expressar o máximo de significados com o mínimo de palavras, este é o objetivo quase sempre alcançado. Mas, com isto – note-se bem – o poeta não assume o antiverso; seu espírito moderado, não de todo desprendido da tradição literária, rejeita experimentalismos mais ousados.
Seus versos transpiram lirismo, humor e certa dose de erotismo, deixando entrever, por outro lado, uma sólida formação cristã. Sem dúvidas, Diógenes da Cunha Lima, é poeta do primeiro time. E não é só de escrever, mas, também, vivencia a poesia em atitudes e gestos marcantes. Há algum tempo, comprou um baobá – sim, nada menos do que um baobá, aliás, o único existente em Natal – para conservá-lo, grandioso e belo, numa rua do bairro de Lagoa Seca.
O escritor e professor Thiago Gonzaga estudou relevantes aspectos da poética diogeniana, em sua dissertação de mestrado, na UFRN, a qual foi publicada em livro sob o título “Tempo, Memória & Poesia – Um Estudo das Obras Corpo Breve e Os Pássaros da Memória de Diógenes da Cunha Lima”. Esse trabalho veio enriquecer, e muito, a bibliografia sobre o poeta.
Além do culto às musas, Diógenes da Cunha Lima é cronista, articulista, colaborador de vários jornais e revistas culturais e ensaísta, autor de esboços biográficos sobre figuras emblemáticas da nossa História Contemporânea – Câmara Cascudo, Djalma Marinho, Onofre Lopes, Dinarte Mariz, D. Nivaldo Monte, etc. Cascudo, mestre e amigo, que se tornou uma espécie de pai intelectual para o escritor, surge em retrato afetivo, comovedor.
Não poderia encerrar estas palavras sobre o intelectual sem antes ressaltar a presença dele na vida literária potiguar. Basta dizer que, além de atuar como conferencista e participar do Conselho Estadual de Cultura e de outras entidades culturais, Diógenes é presidente da Academia Norte-rio-grandense de Letras há mais de 30 anos. E, ao que tudo indica, permanecerá por muito tempo à frente da Instituição, pois todos os membros da ANRL concordam que ele é a pessoa certa no lugar certo.
A propósito de Academia, dizem por aí que ele a tem na mão, que é o manda-chuva, etc, etc. Tudo mentira. Eu, que sou acadêmico e ocupo a cadeira nº 5 desde 1992, dou o meu testemunho:
“Diógenes nunca me pediu o voto para candidato a acadêmico de sua preferência. É democrata, sempre, em tudo. Particularmente, ele acha que a ANRL deve acolher, em seu quadro de sócios efetivos, não apenas escritores, mas também figuras notáveis da inteligência. Era este, aliás, o entendimento de Joaquim Nabuco em relação à Academia Brasileira. Eu, modestamente, discordo; prefiro ficar com Machado de Assis, para quem a Academia é a casa de escritores, e só excepcionalmente, de elementos alheios à literatura”.
Há muito o que contar a respeito dessa figura humana fora de série, que é Diógenes da Cunha Lima.
Costumo dizer que ele é um ser atemporal. Por que? Vejamos. Ele teria vindo ao mundo em 20 de julho de 1937, mas, no Registro Civil, consta 26 do mesmo mês como sendo a data do seu nascimento. Recentemente, porém, descobriu-se que, de acordo com o batistério, ele nasceu num dia do mês de setembro. Só o lugar de nascença é inconteste: Nova Cruz. Disto aliás, se ufana.
Qual seria sua idade? Há algum tempo comemorou 80 anos, mas, quem o vê, não lhe dá mais de sessenta. E nunca fez cirurgia plástica, que eu saiba. Na verdade, esse novacruzense cidadão do mundo, tem várias idades. Como assim?… há de indagar o caro leitor. Pois bem, trata-se de um fenômeno extraordinário. Numa determinada hora, ele tem cinquenta e cinco anos, noutra já chega aos sessenta. Ontem, eu o ví, alegre, contente, estava com quarenta anos!
Lê bastante, sobretudo poesia, sua praia; é bom de garfo e de copo, apreciando um bom vinho, e só não gosta de cebola. Caminha todo dia, faz ginástica (musculação) e nunca falta ao expediente em seu escritório de advocacia, exceto três meses por ano, quando viaja pelo exterior.
Principalmente, cultiva, com esmero, a arte de fazer amigos. Tanto assim, que se Dale Carnegie, aquele famoso autor do livro “Como fazer amigos e influenciar pessoas”, vivo fosse, com certeza, viria pedir-lhe conselhos…
“Leva todo mundo na lábia…” Quem disse isto foi a sua primeira mulher, Moema Tinoco, mulher invulgar, de saudosa memória, autora do livro “Ensina-me a Viver”. Ela também disse: “Ele é grande no coração e nas atitudes”. Assino embaixo.
Começando a semana já convidando todo mundo para se despedir da neguinha dos nossos corações, que passou por Natal com o musical Elza e deixou os potiguares deslumbrados e cheios de orgulho pela sua atuação. Mas agora, Khrystal volta ao palco da música nesta quinta-feira, no restaurante e espaço cultural Mormaço, em show de nova despedida de Natal.
O show Acústica trará versões mais cruas da discografia de Khrystal e canções inéditas com parceiros como Chico César e Larissa Luz. Acompanhada de seu violão e do baixista Paulo de Oliveira, o repertório vem recheado de brasilidade e saudade, já que retorna ao Rio de Janeiro ainda nesse mês. Bom momento para matar saudade do público e das cantorias nas noites potiguares.
◇ Evento: Khrystal Acústica
◇ Data: 24/01/2019 (quinta-feira)
◇ Horário: 19h
◇ Local: Mormaço – R. Histo. Tobias Monteiro, 2014 – Lagoa Nova (por trás do Correios de Nova Descoberta)
◇ Ingresso: R$ 20,00
◇ Informações: (084) 98804-1629
◇ Realização/ Produção: *HD Produções*.
O Porão das Artes funcionará a partir desta semana e até o carnaval, na praia de Cotovelo. O Porão das Artes Beach oferecerá, sempre nas sextas, sábados e domingos, das 12h às 19h, atrações musicais em um ambiente aconchegante com direito a banho de mar, banho de ducha e banho de artes. Portanto, verão no Porão é Beach, na Av. Praia de Cotovelo, 14-A (há duas faixas colocadas para identificar o local, tanto à beira-mar quanto na pista).
Nesta sexta, dia 25 de janeiro, o novo local será aberto apenas para quem desejar curtir o ambiente. Mas no sábado e domingo já têm shows imperdíveis.
Nos embalos de um sábado à tarde animam a galera Cleudo Freire e Nelson Coelho tocando o lado B dos nordestinos Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Ednardo, Jackson do Pandeiro, Belchior e outros, além de algumas das várias canções autorais da dupla.
Leia também: Papo Reto com Cleudo Freire
E domingo, um tributo a Raul Seixas com Vitoriano Roberto e também um passeio pela regional do Nordeste – um show já apresentado no Porão em Pium e com excelente aceitação do público.
Os shows acontecem sempre a partir das 15h com couvert a R$ 10. Faça sua reserva pelo telefone 9 9922-8188 (fone e zap). A casa tem apenas 30 lugares para garantir o conforto dos clientes e a aura intimista dos shows.
O Porão das Artes Beach é uma parceria com a goiana Marcia Ungarelli, a santista Mirtes Massa e a brasiliense Leizzy Leite.
Lembrando que a atual sede, em Pium, permanece ativa para eventos privados, além de promover a Feira da Diversidade, que por razões especiais acontecerá no segundo domingo de fevereiro, dia 10.
Porão das Artes Beach
Local: Porão das Artes (Av. Praia de Cotovelo, 14-A)
Data: sempre sexta, sábado e domingo, até o carnaval
Hora: 12h às 19h
Couvert: R$ 10
Reservas: 9 9922-8188
Show com Cleudo Freire e Nelson Coelho
Hora: 15h
Couvert: R$ 10
Tributo a Raul Seixas com Vitoriano Roberto
Hora: 15h
Couvert: R$ 10
Ontem, tardemansa chegando, fui tomar um cappuccino no Praia Shopping. Dou de cara com Pantoja e Jair, ex-alunos meus de Filosofia, aposentados do Banco do Brasil, e amigos de papos-desfilosóficos e confidências-de-cotovelo.
Voz cava e olharsorrindo Pantoja anuncia: “Rubão, agora é mundial! Mundial!”. Jair sorriu. E confirma balançando a cabeça.
Pensei na Copa do Mundo, nas terríveis vuvuzelas, no fiasco-Dunga, aliás em todos os fiascos das outras copas, inclusive nas “caidinhas” e nos dribles improdutivos do Neymar. Irra! Sapralá!
No Café da Livraria pedimos cappucino e pão de queijo. Mas, o que é que é Mundial, mago-velho? – pergunto. Jair esclarece: “A preferência nacional!”.
Daí, Pantoja mostra no seu netbook reportagem sobre livro lançado nos EEE.UU, em 2004: The Big Butt Book (que de repente se pode traduzir como O Livro da Bundona), de Dian Hanson.
A autora é uma bela mulher madura de 60 anos, americana de Seattle. Contam que era ex-hippie. E acrescentam que era adepta do ménage à trois.
Dian é a responsável pelo departamento de sexy books da Taschen, considerada a maior editora de arte do mundo.
Entre outros editou: “The Little Book of Legs”, “Lesbian for Men”, “The Little Book of Pussy”, “The Big Book of Breasts”, “The Big Penis Book”.
Na capa, de “The Big Butt Book” uma mulher com belo traseiro e minicalcinha preta transparente. O livro traz mais de 400 fotos de traseiros femininos de várias épocas. Com entrevistas e opiniões de especialistas.
A autora entrevista o biólogo Dennis Bramble sobre como a ciência vê a importância do bum-bum e suas grandezas relativas.
Com certa lógica bizarra, o biólogo diz que do ponto de vista do equilíbrio físico as “enormes nádegas humanas não passam de algo que nos permite correr e impede que mergulhemos de nariz, sempre que um dos pés toca o chão”.
No livro, Dian Hanson, ela mesmo, registra com erótica franqueza: “Não me canso de ver rabos”.
Lembrei de outra reportagem, no Le Monde, em dezembro/2009. A pesquisadora Pochon e o jornalista Rothschild, após 18 meses de pesquisa, lançaram a obra, “La Face Cacheé des Fesses” (“A Face Oculta das Nádegas”). Editada pela Arte éditions. Na capa, foto sensual de mulher nua de costas.
De cara, os autores afirmam que a bunda “é a parte mais subversiva da anatomia humana”.
E que: “Quando falamos de nádegas, falamos de nós mesmos”
E ainda rematam que o rabo, além de prazeroso, é coisa social séria: “Há mil coisas a dizer sobre nádegas. Elas nos falam sobre fundamentos – no sentido literal e figurado – de nossa sociedade, os seus tabus e os seus desejos”.
Sem dúvida, há alguma lógica nessa concepção da bunda-fundamento. Não como uma essência pura ou causa filosófica: razão de ser de algo: aitía, em grego. Não bem assim.
Mas bunda-fundamento como conjuntura física da bunda servindo de base de apoio ao corpo do Homem conjuntado a um assento qualquer: cadeira, poltrona, cana, banquinho, chão, etc.
Nessa perspectiva prática, pode-se dizer que se trata da bunda como um fundamento de causa-efeito conjuntados.
Ou, num olhar d’escracho técnico: espécie de “cu-juntura”: bunda-cadeira, bunda-poltrona, bunda-banquinho, por aí…
Olhando sob esse ângulo, a História Humana, percebe-se que nas discussões e decisões sérias, das famílias, tribos, assembleias, parlamentos; ou mesmo nas diversões do teatro, cinema, jogos, circos, o Homem de fato está sempre sentado, relaxando – literalmente cu-juntando – suas nádegas sobre algum assento. De preferência uma “cu-juntura” confortável. Tipo Rei no trono.
Imagine se a famosa escultura “O Pensador”, do francês Rodin, estivesse de pé ou deitado, de bobeira, pensando na Vida e na Morte. Seria um destrambelho de Pensador.
Escultura de magnífica estética e força, “O Pensador” de Rodin, possui sem dúvida uma nobreza “cu-juntural”. Uma obra-prima. Sua cabeça se apoia nas mãos e na firmeza do pensar. Dá pra sentir o pensar dele saindo-revoando. Que nem vagalumes no cio. E sua bunda-fundamento se assenta na firme dureza da rocha.
Nessa concepção de bunda-fundamento, os autores de “A Face Oculta das Nádegas”, citam então Sartre: “A pátria a honra a liberdade nada existe: o universo gira em torno de um par de nádegas”.
S’avexe não, cumpadi, que o existencialismo de Sartre é assim mesmo. Mostra as carnavalidades da realidade fática cu-juntural, mesmo estrambóticas.
Bem, mas ambos os livros acima focados, embora falem de sexo, fogem da vulgar pornografia machista. E foram tidos pela crítica, em geral, como “sérios e lúdicos” e, por vezes, com pitadas de “humor libertino”.
O curioso é que embora o biólogo Dennis Bramble e o filósofo Sartre, acima citados nos livros, em suas referências a traseiros, se refiram a traseiros universais. Isto é: femininos e masculinos. Todavia, ambos os livros mostram imagens e fotos de traseiros femininos.
Que, diga-se logo: tanto do ponto de vista da criticada macharia-alfa, quanto do ponto de vista dos próprios autores supracitados, os traseiros femininos são muito mais generosos sedutores sexinspiradores que o esquálido e espetado traseiro masculino.
Que nem navio em maré picada, os bum-buns das mulhas, te jogam boreste-bombordo, caturrando, afundando, nas espumas dos desejos mais doidos.
E haja vagabundagem maruja pelos portos do mundo, my friend!!!
Há neles, nos bum-buns de mulher, como quê, uma vida própria. Há neles movimentos que te envolvem em ondas de ímpetos selvagens das cavernas e ternas carícias de motel e lua de mel. Há neles desejos e vôos te chamando aos brios e correções monetárias.
E falam. Quando passam bum-buns-feminas falam com todos e cada um. Que sejam de qualquer raça, sexo, religião, ideologia… é o mundo todo, parça!
E o que dizem os divinos rabos?
Falam num quase-murmúrio de acocho, chefia: “… Me olhem desgraceiras, me olhem bem… olhem bem e sintam… no meu balanço a Vida e os Destinos… o abismo infinito de sonhos, divinações… os curruchios das bagaceiras… e escanchos do ApocalipseCráu!..”.
E haja disritmia, meu parça!!!
Moralismos repressores à parte, de fato, há na bunda feminina para além do vuco-vuco chapa-quente, para além dos machismos grosseiros e impostos a pagar, uma estonteante volumosa-voluptuosa carnespiritualidade.
O carnespiritual é estado essencial da natureza humana. Que é sem dúvida um estado de meia-maluquez herdada dos deuses-uivantes. “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança” (Gn. 1, 26).
E hajam vícios chapados nas ligações carnespirituais, meu santo!!!
Assim, nem somos só fumacinha-espiritual, que é coisa de deuses-dos-legítimos, dos anjos-trans ou dos bósons de Higgs. Nem somos só carne, que é coisa de açougues e churrascos.
Somos carnespiritualidade desconjurados.
Saramago, esse escriba-portuga que sabe das coisas, diz que “o espírito não vai a lado nenhum sem as pernas do corpo, e o corpo não seria capaz de mover-se se lhe faltassem as asas do espírito”, in Todos os Nomes, pp. 73 e 74, 2003. Ed. Planeta DeAgostini, Coleção Grandes Escritores da Atualidade, São Paulo – SP.
Mas o que quero dizer é que há nesses livros acima, sobre traseiros, tanto n’O Livro da Bundona, quanto n’A Face Oculta das Nádegas, um eco cultural dos tempos. Não eco machista grosseiro e degradante da história patriarcal humana.
Mas eco do religare humano com a transcendência. Ou seja: eco da perene busca de nossa “ligação” com os Mistérios que nos cercam dentro e fora de nós. E que também flui da cult–visão quase-divinatória e carnespiritual, do rabo-de-mulher.
E por que o rabo-de-mulher, mon ami?
Porque, apesar de chula, a forte expressão – “rabo-de-mulher” – nos sacode pra valer, dos bagos à alma. E nos faz sentir intensa a mix-encantatória envolvência de sua materialidade-com-transcentalidade.
Desejo e divinação.
Como poetiza com fina sensibilidade carnespiritual Walt Whitman, em “Folhas de Relva”, 1892: “Esta é a forma fêmea/ dela dos pés à cabeça emana um halo divino/…/ ela chama com ardente atração irrecusável/…/ cabelo, peito, quadrís, curvatura de pernas, mãos displicentes caindo todas difusas/…/ maré de influxo e influxo de maré, carne de amor inturgescendo e a doer deliciosamente/ inexauríveis jatos límpidos de amor…”
Divinação e desejo.
Destarte, desde o olharlentodescendo dos ombros, até a fronteira vulvar, contornando ancas e abismos, emana da nádega-femina poderoso estímulo a mistérios e fantasias. Nem só sexuais. Mas também de êxtase espiritual encantatório. Algo que liga sexo com o além-sexo. Tipo epifanias dos deuses-uivantes saudando, cheios de néctar ou quem sabe vinhos – as abundâncias imortais e mortais.
Nas Bacantes, tragédia de Eurípedes (480-406 aC), há a descrição de uma das seitas religiosas da antiga Grécia. Os Mistérios de Elêusis.
Onde belas matronas, em seu sacro culto – a Bacanal – iam para as montanhas, com Dionísio(ou Bacchus, Deus do vinho) e Príapo(Deus da fertilidade, que possuía enorme e peculiar falo – imbroxável).
E nuas e loucas, as bacantes, bebiam vinho e dançavam, meneando frenéticas suas ancas e abundâncias em honra aos deuses que nelas penetravam como deuses: “Com tua taça de vinho erguida no ar/ E tua orgia enlouquecedora/ Ao florido vale de Elêusis/ Tu chegas, Salve Baco! Salve Pã!/…/ Óh que alegria, que alegria/ desmaiar exausta, nas Montanhas/ Quando o fauno sagrado nos envolve/ E tudo o mais se desvanece!” ( Bacantes, Eurípedes)
Em outro cenário da antiga Grécia, Afrodite, deusa do amor, era também venerada como Afhrodite Kallipygos, que significa em grego Afrodite Belabunda.
No templo de Siracusa, há estátua da deusa levantando a túnica, “dando um lance” no seu vistoso traseiro que ela olha no reflexo do lago.
Qual mulher não olha seu traseiro no espelho?
Essa intrigante imagem de Afrodite não é tão-só narcisismo estético ou lúbrico. Ou simples vaidade de mulher. Vai mais além. Há algo de moral-amoral. Ou até algo de psico-a-moral.
Mostra em ampla perspectiva, mesmo como simbolismo estético de Afrodite Belabunda se admirando, que o desejo de avanços, se vincula ao que vem de trás.
Ou seja: do antigo, da tradição, da trajetória, da história, do fundamento. Daquilo que vem do passado e te faz avançar e até voar em si mesmo.
Olhando, pois, certos ângulos segregados da História, a gente percebe que o esbugalhar d’olhos sarrando diante d’abundâncias passando em seus hipnóticos movimentos ondulantes sinaliza não apenas uma mundanidade libertina da VidaViva.
Há também nisso, nesse milenar gesto imoral-a-moral, de dar uma sacada na bunda que passa, um talvez eco de generosa mixmoral latente em nós. Certamente até inconsciente. Que numa certa medida também atua como um religare. Ou a constante “ligação” nossa com os Mistérios da Vida.
Mas é também engraçada… a bunda. Como poetisa Drummond de Andrade. Cito trechos de “A Bunda, que Engraçada”:
A bunda, que engraçada.
Está sempre sorrindo, nunca é trágica
Não lhe importa o que vai
pela frente do corpo. A bunda basta-se.
Existe algo mais?
(…)
A bunda se diverte
por conta própria. E ama.
Na cama agita-se. Montanhas
avolumam-se, descem. Ondas batendo
numa praia infinita.
Lá vai sorrindo a bunda. Vai feliz
na carícia de ser e balançar.
Esferas harmoniosas sobre o caos.
A bunda é a bunda,
redunda
Redondas, e “redundas”, razões tem o poeta. A bunda é sempre risonha. E com ênfase a bunda-de-mulher por naturalmente ser mais ancuda, expansa, graciosa.
Além do que, é solução contraceptiva natural e autosustentável para contrôles demográficos do planeta. Pra quê camisinha artificial? Ou ligadura de trompas?
Pablo Juan, argentino-amigo, ex-marujo dos sete mil mares e bares, que se achegou ao papo, sentenciou numa mistura de castelhano com portugues: “mís amigos hay siempre que exaltarse los misterios traseros de las mujeres… son nacos de transfiguración de las deusas…
Deu um longo gole na sua, dele, cerveja e rematou: …pero el esfíncter, compañeros, es uno aplicativo de los sietecentos mil demônios que te engata, esgana y arrebata hasta los trampos del escancho infinito…
Fui carola do catolicismo na infância. De rezar, confessar, comungar. Mãe Guilé foi minha primeira influência, no afago do seu jardim florido e no afeto que guarda minhas melhores lembranças da infância. Nunca mais eu tive nada parecido com a casa da minha avó. Seu jardim de jasmins e resedás.
Por essa dívida eu ainda concordo com Mãe Guilé? Não. A ela devo gratidão, mas abomino tudo que ela tentou impor-me de crenças e opiniões. Guardo seu colo, reverencio seu coração, mas dispenso seu pensamento.
Depois, o Diocesano de Caicó. A primeira janela para o mundo. No trem sem linha, cujos catabis, nas estradas, de um velho caminhão de mangai eu ingressei na primeira e única universidade da minha iniciação.
Foi lá, nesse Colégio de padres, por quem guardo admiração reverencial, que comecei a duvidar dos deuses de Mãe Guilé. Monoteísmo de três deuses. Nada contra. São os mitos mais fantásticos da criação humana. E o homem na ânsia de explicar-se criatura acaba criando os deuses que explicam sua existência. Criador criatura dos seus criadores.
Aí vem o fim da adolescência, o contato com teses revolucionárias, a constatação das injustiças sociais, o apelo à luta dosada de romantismo e esperança. Valia tudo pelo sacrifício pessoal. A negação do indivíduo, sacrificado pelo bem coletivo.
No que resultou? Na criação de mais um mito. Os deuses negados foram substituídos por novas divindades. Tudo mantido e alimentado no campo fértil do fanatismo.
Até que a ficha despenca. Ou despenha, igual a bananas maduras no cacho esquecido da bananeira.
A constatação histórica da falência dessa crença não me levou ao conluio com a crença antagônica. A esquerda foi a negação da minha esperança. A direita é a confirmação de que eu estava certo, mesmo errando.
Aqui eu mando um recado aos fanáticos. Tenho pena de vocês. Bocós. Vocês são manipulados e manipuláveis nesse embate de espertos aproveitadores da sua ignorância.
Rebanho. Cada lado cego da safadeza dos seus. E ávidos cobradores da sacanagem dos não seus. Mas todos são seus. Todos. E todos sobrevivem nessa patifaria porque contam, cada lado, com a burrice dos seus seguidores. De um lado e do outro. A esquerda, que trocou o sonho pelo populismo esmoler; E a direita cujo sonho continua sendo a ganância. Ambas irmãs, diferentes apenas na forma. O conteúdo é o poder, pra cujo alcance não há escrúpulo.
Não existe combatente mais fácil do que o estúpido. E o fanatismo é o estuário confortável da estupidez. Té mais.
“Seu ouvido, sua cabeça e seu coração são a sua escola”. Palavras como essas, escritas por um dos maiores artistas da nossa história, inspiraram o concerto ‘Com amor, Mozart’, que celebra a vida e obra do compositor austríaco no dia do seu aniversário, 27 de janeiro, marcando 263 anos de um músico imortal, cuja voz ecoa calorosamente nos corações de pessoas de todas as idades ao redor do mundo inteiro.
Unindo jovens músicos e músicos experientes, o concerto propõe expor a atemporalidade da obra do grande compositor, de modo a romper com a ideia de que a música de concerto pertence a um público específico. Pode e deve ser apreciada por todos! Afinal, Mozart nos mostra que a arte diz das misteriosas paixões humanas, que nos incendeiam a todos, sem absolutamente nenhuma distinção. Contemplar a natureza humana através da arte é identificar-se com as dores e emoções do outro, sendo em última instância, um exercício de humanizar-se, de empatia.
Além das obras executadas, o concerto aproximará ainda mais do gênio da música através de cartas que o próprio Mozart escreveu, abrindo seu coração e trazendo à tona suas inspirações, seus pensamentos e suas emoções de uma forma unicamente íntima.
No programa, sob regência e direção artística do Maestro Eli Cavalcante, serão executados o Allegro da Serenata 13 (“Eine Kleine Nachtmusik”); o primeiro movimento do Concerto para piano e orquestra N20, em ré menor; Árias das óperas “Don Giovanni”, “A Flauta Mágica” e “As bodas de Fígaro”; e encerrando a noite, o “Agnus Dei” da Missa em Dó – “Coroação”, para coral e orquestra.
Os solistas da noite: a pianista Isadora Rezende, as sopranos Lúcia Tabita, Sabrina Fernandes, Leciana Oliveira e Daliana Cavalcanti, o tenor César Leonardo e os barítonos Lailson Toscano e José Fernandez.
Com amor, Mozart
Local: Auditório Onofre Lopes (Escola de Música da UFRN)
Data: 27 de janeiro
Horário: 19h
Entrada Gratuita
Depois de um ano e meio longe dos palcos potiguares, a cantora Camila Masiso e o instrumentista Diogo Guanabara retornaram a Natal para um show especial, foi uma noite incrível, om músicas dos dois álbuns autorais da cantora e inspirado na musicalidade lusófona. E justamente pela demanda, a dupla resolve voltar ao mesmo palco para fazer o show da despedida.
O show acontece dia 22 de janeiro, às 20h, na Casa da Ribeira. Os ingressos limitados estão disponíveis no valor promocional de R$ 30 no restaurante Takami Sushi (Lagoa Nova e Ponta Negra), na bilheteria da Casa da Ribeira e aqui (site Sympla).
Camila Masiso e Diogo Guanabara revisitarão músicas dos dois álbuns autorais já lançados da cantora, Boas Novas e Patuá. Residentes em Lisboa atualmente, os músicos também se valerão dessa imersão cultural em Portugal para imprimir a lusofonia no show, bebendo da fonte de canções do fado e da intensidade dos ritmos de Cabo Verde, já que a africanidade exerce forte influência cultural entre os portugueses. Um concerto musicalmente diverso e refinado, que pretende surpreender o público potiguar.
Com dois álbuns originais lançados, Camila Masiso investe na carreira internacional a fim de desbravar o mercado da música na Europa. Após apresentar seu último disco “Patuá” em cidades como Rio de Janeiro, Paris (FR) e Chicago (EUA), a cantora fixou morada em Lisboa (PT) há cerca de um ano e meio, onde cursa mestrado em performance.
Em 2018, lançou-se na FNAC Portugal (showcases), fez doze concertos pela Itália, apresentou-se no Festival Pé na Terra (Algarve, PT), no Festival Baião in Lisboa e em diversas cidades portuguesas. A sonoridade de sua música mescla estilos como samba, jazz e ritmos nordestinos.
Instrumentista com mais de 20 anos de carreira, Diogo Guanabara deixa por onde passa a expressão e força do som de seu bandolim. Fez-se na escola do choro, entretanto, sempre buscou influências em outros estilos como o jazz e a música regional brasileira, o que se reflete de forma nítida em sua virtuosidade e pluralidade musical.
Já atuou ao lado de artistas renomados da música brasileira e tem se firmado cada vez mais na cena da música instrumental. Destaca-se não só como solista ao bandolim, mas também como acompanhador em seu violão.
Já se apresentou nos Estados Unidos, Japão e diversos países da Europa. Atualmente reside em Lisboa, Portugal, onde protagoniza e participa de shows regularmente.
O quê? Camila Masiso e Diogo Guanabara
Quando? 22 de janeiro, às 20h
Onde? Casa da Ribeira (Rua Frei Miguelinho, 52, Ribeira, Natal, RN)
Vendas? Takami Sushi (Ponta Negra e Lagoa Nova), bilheteria da Casa da Ribeira (mais informações: 3211-7710) e no site Sympla AQUI.
Hoje, sexta (18/01), o cantor e compositor Yrahn Barreto, dos mais premiados na última edição do Prêmio Hangar de Música e indicado a melhor cantor na atual edição do Troféu Cultura, faz show no Bardallos Comida e Arte. No repertório estarão canções de seus dois mais recentes álbuns: Ao Gosto dos Anjos e Eu e a Máquina!
Músicas já conhecidas do público, como “Ao gosto dos anjos”, “vim te ver”, “nem todo mundo é de ferro” e outras canções estarão somadas a algumas músicas do cancioneiro nordestino brasileiro.
Yrahn Barreto é instrumentista, cantor e compositor premiado, já com 25 anos na estrada e tem revelado seu trabalho como “cantautor” tendo participado de diversos festivais locais e nacionais.
Durante esses anos na música, entre o músico instrumentista, até chegar sua fase como cantor e compositor, Yrahn teve várias indicações a prêmios importantes e festivais, chegando a galgar o reconhecimento como cantor e compositor premiado na música autoral do estado.
Show: Yrahn Barreto
Data: 18/01/2019
Hora: 21h
Entrada: 10,00
Local: Bardallo’s Comida e Arte
O Bardallos Comida e Arte é um espaço gastronômico e cultural aberto em 2005 pelo decano produtor Lula Belmont, fundador do bloco carnavalesco As Kengas e do saudoso bar Vice-Versa. O Bardallos foi aberto com o propósito de manter a chama boêmia e artística da Cidade Alta acesa. O espaço, localizado na Rua Gonçalves Ledo, 678, abre diariamente para almoço e tem sido palco para a arte potiguar na noite natalense, seja para música, performances, celebrações, festas privadas ou exposições. Contato: 9 9198-0045 (Ricardo Nelson).
E-mail: Sergiovilarjor@gmail.com
Celular / Zap: (84) 9 9929.6595 Fale Conosco Assessoria Papo Cultura