Que haja a hipótese de outros amores.
Amores de muitos rostos. Amores de multicenas e ziriguiduns.
Cada um na sua própria e infinita intensidade de sonho, ternura, fiesta y loca pasión.
Num mesmo tempo de vida, talvez. Embora nunca num mesmo agora, of course.
Que esse agora seja pois somente enrosco a dois. Um pas-de-deux único.
Que seja rolo de namorâncias e esfregâncias… entre heteros, homos, bi, tri, trans, casados, enredados,
amizades coloridas e descoloridas… por aí…
Que, olhando nos olhos, se vejam deslizar no infinito de cada um faixas d’amores com o doceterno mantra das gamações chapadas de todas as épocas: eu te amo!
Ainda que esse “eu te amo!” seja mix d’amores-quase-perdidos nas distâncias, nas ciumeiras, bobeiras
e arrêgos; e tanto que tanto… até se tornar faixa-sauvage d’amor-encanado e mordido: “te amo, porra!”.
Que – com porra ou sem porra – todas as faixas d’amores inescapáveis sejam sempre na vida real maravilhosa lokera absurda.
Pois como pode um Amor pra valer não ser louco de pedra? Se o Amor é a doença mais saudável que existe, meus cumpadis.
e vamuquevamu numa nice… chega mais, mô… quem te ama tanto quanto eu te amei? (clic)… diga-aí-diga… diga não, mô…
Que seja até – o Amor – delírio obsessivo dum donjuanismo incurável: onde rola o doce-canalha mantra da pegação
desembestada: “amo todas”.
Camus, esse extraordinário romancista-desfilósofo, em “O Mito de Sísifo – ensaio sobre o absurdo“, 1942, diz que
a galinhagem de Don Juan não é puro vuco-vuco machista, como pensa a oposição moralista. E os machões de raiz.
A xavecagem de Don Juan, segundo Camus, por absurdo que pareça, é dom-e-doença afetivos profundos.
Transbordamento incontrolável do ego para se compartilhar com o alter ego da mulha mais próxima. Um socialismo do amor.
O macho casca-grossa come a fêmea. Don Juan é cavalheirobandidorefinado: ele degusta a amada. Saboreia seus mistérios.
Arrancando de cada uma, não só o gozo carnal, mas também o gozo do coração e da alma.
Daí que, em Don Juan a bipolaridade amor e sexo se torna nobre cavalheirismo de artepoesiafilosofia em contínuos
delírios e sobrepassos dum libertino romantismo carnespiritual.
“Por que seria preciso amar raramente para amar muito?” – pergunta-se Don Juan.
Ou seja: amar muito não é só amor intenso por uma só pessoa: mas também amor extenso por porrilhões de pessoas:
todas as vezes: com todas: com tudo: apesar de tudo: em todos os tempos: para além-de-absurdos: é espalhamento
generoso da boa energia do amor: forever and ever…
Para Camus, Don Juan é um homem absurdo que leva ao absurdo a natureza absurda do amor. Daí também sua surpreendente
louca sabedoria messiânica bipolar: “esse louco é um grande sábio“, comenta Camus.
Em Don Juan DeMarco (filme com Johnny Deep, Marlon Brando e Faye Dunaway, 1955), Leven e Copolla, diretor e produtor,
fazem uma excelente paródia desse amor expanso e delirante de Don Juan.
É desses filmes que vez em quando é preciso dar um repeteco. Johnny Deep, vocês lembram, é o Don Juan, um serial-lover,
louco de pedra e taradaço, porém romantiquérrimo.
Logo no inicio do filme Don Juan DeMarco, marca seu delírio: “Sou o maior amante do mundo! Aos 21 anos amei 1502 mulheres.
“Nunca me aproveito delas. Dou-lhes prazer se assim o desejam”.
Olho-no-olho, em close, voz morna, charme irresistível, segura delicadamente as mãos das madamas-a-perigo e diz que toda
bela mulher tem dedos tão sensíveis quanto as pernas.
Daí beija as pontas dos dedos indicador-médio, dizendo que é como se beijasse os pés da madama. Sobe mais um pouco e
beija-chupando-leve a junção indicador-médio, murmurando que assim gostaria de beijá-la entre-coxas, na alcova.
Numa palavra: chupá-las até o bagaço-uivante. As madamas ficam molhadinhas. Pois bem: ganhou todas.
A propósito, é preciso que se registre sempre – pela beleza – a cena final desse filme: uma dança na Ilha de Eros.
Fundo musical: Have ever had you really love a women? (clic): um belo single soft-rock romântico: dançado por um anti-estético
casal de velhudos que sacodem a ferrugem doméstica numa repaixão inesperada.
Ela: a coroaça FayeDunaway. Ele: o já obeso MarlonBrando.
Cafona, ridículo? Nada disso: dançaram numa romântica leveza apaixonada. Pensem numa linda mulher com lindas rugas.
Pensem num grotescobeso galã sensual.
Nada mais galante, nada mais leve, nada mais amorado, que a magreza refinada da bela velhuda Faye e o barrigaço de 200 kgs
do MarlonBrando. Que faz papel de um psiquiatra redescobrindo o amor antigo pela esposa ao tratar das loucas fantasias de amor
do paciente Don Juan De Marco – para quem: “A melhor parte do amor é perder todo senso de realidade!”.
Xanavá, manusho!
Negócio é o seguinte, bro: se você lê o velho poeta grego Hesíodo, você sente que a gregalhada antiga tinha razão: não dá pra brincar
com Eros, Deus do Amor, o mais belo, mais sacaninha, mais brincalhão deus-menino: Eros é quem brinca e desbrinca, sem recall:
com aquelas flexadas no coração botava a deusalhada toda doidona: que nem viagra, a flechada de Eros liberava tudo: membros, mistérios,
desejos, bagos, grêlos, línguas, prudências e protocolos divinos e humanos: tocava fudelança geral, mano… uma doidura…
… não dá mesmo pra brincar-de-brincar com o Amor. Nem mesmo os deuses podem.
… é o que dizem as Musas na poesia épica de Hesíodo-velho…
… Eros, doma no coração os espíritos, as vontades, as prudências, de deuses e homens…
… e o orgiasmo apaixonado rolava solto nos primórdios da criação grega… e até hoje continua rolando…
“Sim bem primeiro nasceu Cáos, depois também
Gaia de amplo seio, de todos sede irresvalável sempre,
……….. e depois Eros: o mais belo entre deuses imortais,
que libera-membros dos Deuses todos e dos homens todos,
ele doma no coração o espírito e a prudente vontade”
HESÍODO, Teogonia, 115-120, séc. VIII aC.
Flechado por Eros, o sacaninha Deus do Amor, o coração assume o comando. Isso te faz, de repente, perder a noção de tudo:
e tu vai-que-vai, se coçando, se rebentando, uivando, sonho-flutuando, por cima de pau e pedra. Você se cativa e você quer mais.
Amorâncias e gamâncias se desmancham em faixas de chamêgos e safadezas.
Seja como vuco-vuco na tardemansa dos motéis.
Seja como “azaração” ou “ficação” nas baladas funks, axés-music, forrós-eletrônicos, das noitevadias.
Mesmo sendo tudo rapidinho, vapt-vupt!, bateu-levou. Mesmo sem aquele velho charme do namorico na pracinha.
Eros sempre pega e gruda, de alguma forma romântica ou sacaneta ou até nas paradas do mundo digital, nos zaps, faces, websites…
Não dá mesmo pra brincar-de-brincar com o Amor. Nem deuses, nem mortais, seguram a barra.
Há sempre ou uma divina-louquidão, ou uma rebordosa, ou um racha ou um cotovêlo-inchado.
Nesses novos tempos pós-moderninhos, amigão, até o status de “amante” vai virar cornice regulamentada.
Enquanto Eros rola de rir de nossas gostosas ilusões.
Explico: com a presença de 3 deputados e a assinatura fantasma de 39, foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)
da Câmara, em 2011, o bizarro projeto chamado Lei da Amante. Se a legítima chifreira provar que é de fato amadamante, passa a
ter os mesmos direitos da legítima chifrada amadacasada. O projeto de Lei embora aprovado ainda está na Comissão já há 7 anos.
Daí, mano, se algum dia a Lei da Amante for aprovada no Plenário, aquele amor mocosiado que levanta a auto-estima do
macho-jurubeba e da mulha-fatal, perde todo o fascínio da transgressão, da “amarração” clandestina, dos segredos-de-ventilador
e das calcinhas-safadinhas.
Perde – o Amor – a atmosfera romântica e aventuresca de Casablanca (clic) – o eterno filme dos amores impossíveis.
Ou perde o terno chabadábadá de Un Home et une Femme (clic), de Francis Lai – outro filme de amores-perdidos-e-achados.
Com a Lei da Amante o Amor-regra-tres vira simples B.O (boletim de ocorrência), nada romântico.
Seja lá como for, mesmo que o amor em seus loucos enredamentos seja perigoso demais, como canta Djavan em
Vida Real (clic) – amar é preciso… perigosamente preciso… ternapaixonadamente preciso…
Desconfio até que energiamor é o que move e sustenta toda essa geringonça de corpo, alma, crenças, história, capitalismo, contas a pagar,
fanatismos, artes, planetas, partículas, galáxias, infinitos, vidamorte, deuses…
Meus campanhas de copa-y-pasión, o Homem é o único ser que quando ama ilumina a si, o outro, a rua, a lua, o sol, a Vida.
Mesmo que seja a luz negra de amores distorcidos e destrambelhados. Ou as taradices de velhos vampiros aposentados e desdentados.
Só o Homem, por conta do amor, sai por ai, em voo leve livre nú, se-achando-se-perdendo, luz alta piscando, como um farol no mar imenso
das paixões, catando sonhos e gaivotas que se perderam pelos caminhos.
Um amor, cada amor, deixa para sempre sua marca dupla na pele do Infinito. Como um tatoo de destinos vivos trançados-se-retrançando.
De corações-amantes saltam sonhaduras que se engancham no céu: faixas de estrelas em gozo de luz.
Não importa se é um amor, dois, ou zent’amores. Não importa.
Seguinte, chefia: brilhou e fez brilhar sonhos, sorriu e fez o mundo sorrir, transbordou e fez transbordar – é amor do bom!
Que não pode ser travado. Que precisa esvoar suas fantasias, mesmo nas fascinantes brumas do proibido.
Do amor único ao multi-amor, dos amores possíveis aos impossíveis – ficam todos lá gravados nos seus avêssos dos avêssos,
nos cotovêlos inchados, nas inelutáveis xifruras, naquele beijo livreloucoalegrefeliz ao luar, nas todas lembruxas passando
nuas na Rua dos Amores (clic) de Djavan, que saindo do coração atravessa os Infinitos de cada um…
Sem lenço, lógica ou documento, o Amor não se explica, nem pede licença.
Chega e pronto. Trisca, engancha. Trolagem e trolhagem, Tá tudo ali no fogo d’olhar. Bagunça o coração.
Encarnações, encadernações, reencarnações, avatares, transmigrações, metempsicoses? – sei não.
Sei que as marcas do amor são inoxidáveis, garranchentas, eternas.
Esse o verdadeiro casamento – amoral – na mais profunda simbólica liberdade de si mesmo e do outro.
GrandesAmores são proclamados em faixas de luz espalhadas no céu. Talvez por isso esteja escrito nas estrelas – em infinitas
faixas d’amores como canta o mágico StevieWonder em Ribbon in the Sky. (clic)
Quem sente sabe, menina…
Adélia Costa é natalense criada pela sua mãe artesã, Conceição de Maria da Silveira, em Cidade da Esperança. Ainda no Ensino Médio, a poeta se destacou em prêmios literários nacionais com um conto sobre a vida e obra de Castro Alves e um cordel sobre Câmara Cascudo. Hoje é mestre em Literatura. Seu lado poético aflorou há dois anos, com poesias já publicadas na Folha Poética e na Revista Eletrônica Kukukaya.
Há alguns anos, ela tem realizado o “Sarau Poético Vozes, Sons Rimas” e a “Mostra Cores Poesias” realizados, simultaneamente, com contribuições de moradores voluntários do condomínio em que mora. A sua participação na Sociedade dos Poetas Vivos e Afins (SPVA/RN) é recente, contribuindo como Diretora de Comunicação do grupo. Sua maior poesia são seus dois filhos.
Adélia Costa é nossa POETA DA SEMANA
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A minha poética é tão cheia,
Que chega às vezes a existir…
E percebe o quanto é vazia…
Ao se negar numa rima
Haja cores com flores,
Amar olhando o mar.
Haja versos brancos, barrancos…
Em silêncio a cantarolar
Um dia encontrou um poema
Quão grande o seu dilema
Quão difícil o seu poetar
Reconheceu ser só um espectro…
Do tipo inexistente cavaleiro
Então, cavalga sem sair do lugar
Existe, mesmo que presa,
Inexiste, mesmo etérea a vagar
Quem sabe um dia,
Ela se despenteie
E resolva enfim o que quer
E faça um baita poema
Daqueles com versos e trema,
Expondo todo o dilema
De quem nasceu para ficar!
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Os teus personagens hoje,
Esqueceram as tuas viagens
Miragens…
Para comigo falar!
Tiraram tuas máscaras,
Entregaram os teus palcos…
Disseram-me que em teus parágrafos,
Havia menos verdade que numa ficção..
Impossível verossimilhança…
Teus personagens estavam cansados
De tanta prosa…
Não queriam mais tuas glosas
Nem tuas conversas longas
Querendo ser clássicas histórias!
As tuas letras sem rima,
De caligrafia tortuosa,
Os deixaram em colapso.
Desejam distância…
Aposentadoria!
Não compor teus cenários!
Querem mais nenhum laço…
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Teu corpo, meu corpo
Cópula, perfeição
Muito-pouco: imensidão
De almas e líquidos: encontro
Juntos: infinito e limite
Aurora, eclipse, clarão
Oh, que bela paisagem
Mãos, lábios, verdades
Amor em habitat
Alinhando planetas ‘meusteus’
Quão suave o trêmulo sussurro
Contrariando a performance
Produzindo órbitas
Momentos únicos
Momentos mágicos
Apagando o trágico
Versificando poemas
Fim do caos
Houve luz
E tudo se fez renovo
Nós
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Eu vim para derramar vida!
Ecoava uma voz mágica, aveludada…
Enquanto o cheiro da morte
Alastrava-se nas ruas e vilas.
Esparramava-se sem pedir licença,
Sem dó, ceifava inocentes vítimas.
Eis o ringue: a luta vida-morte!
E no fim… muitos zumbis sobraram,
Corpos vazios que perambulavam velados,
Na esperança de encontrar aquela voz!
Há esperança? Quem sabe?
Talvez assim tornem-se livres,
Enfim livres de seu tórpido algoz…
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Quando geme a alma
Pela dor da partida
Do tipo sem despedida
Onde as horas se dissipam,
Os pulsos não mais sinalizam
E as lágrimas transbordam…
Sentimos que tudo é vaidade
Que o ontem é a melhor saudade
E que a vida é sempre um adeus
Daquilo que nos aconteceu
Afinal, é real a fugacidade
E quando percebemos
A nossa completude se foi
Nos laços de amor e amizade
Viver é dádiva maior
Mesmo que para isso
E durante todo o caminho
Seja preciso despedida e saudade.
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Ser cão sem plumas…
Ser rio sem lua,
Ser meandros ao anoitecer…
Segregado!
Aonde anda os teus?
É de pó como os meus?
Os becos sem saídas,
Os ossos em que viveu,
Tornaram secos riachos Zeus!
Aonde estão os brios teus?
Andarilhando com os meus?
Tudo em mim arde:
A ausência da paternidade,
A tua presença saudade,
E tua ausência natividade.
De um rio secante,
Teus parentes são errantes.
Tão perto distantes…
Plumagem em orfandade
Rio sem irmandade,
Sangrante erosão!
Murcham suas plumagens,
Hidrografia triste:
Juntos, segregados em solidão!
—————
Quisera encontrar meus heterônimos
Aqueles sujeitos inexistentes
De almas perenes ou intermitentes…
Quem sabe me reconheceriam?
Diriam enfim quem eu sou
Deixar-me-iam menos anônimo
Mais eu; mais meu, mais teu.
Nos braços, pura volúpia,
Brindaríamos a nossa poesia!
A mesma que nunca existiu…
Delírio de almas metáforas!
Qual figuras projetadas
Nas paredes de nossa nudez,
Sonhos de nossas crias
Daquilo que se prometeu…
Ruído que se perdeu
Nos sons da nossa mudez …
Seríamos enfim belos versos!
Inverso do que se viveu…
Ficção que nunca fui eu
Um eu que nunca fui tantos
Melodia de minha surdez!
—————
Mofado
Teu corpo almofado…
Deitado esticado
Vivo, enforcado!
Parece lamento,
Nem cinzas produz.
De tão ressecado,
Escorre-lhe um pus.
Morre em tormentos
Acaso não vês?
És inverno ressequido,
Um morto vivo!
Carne em putrefação!
Tua fantasia
Fez da tua mentira
Inverdade que te ardia:
Escárnio, picardia!
Finges ser belo,
Do acaso, esmero!
És deserto molhado
Um vaso rachado.
Um inverno sem água,
És dor,
És lamento
De uma alma cisterna!
Foi-se teu contentamento!
Até quando suportas?
Teu mundo sem portas?
Que mudes teu rumo:
Epifanie teu sumo!
Assim como outros eventos já realizados em Natal com boa adesão contra as reformas da atual gestão do Governo Federal e também a favor do #ForaTemer, será promovido nesta sexta-feira (30) o Forró da Greve Geral, promovido pela Frente Brasil Popular com apoio dos coletivos culturais do PT e PCdoB.
A concentração acontecerá a partir das 15h em frente ao Midway, na Salgado Filho, já animado por um forrozinho. O percurso segue até a Árvore de Mirassol, onde a mobilização encontrará, já perto das 19h, um mini trio elétrico animado pelo Trio Ariado, que se intitula de forma original e nativa, como o verdadeiro Forró Pé de Duna.
E claro, o evento visa expor seu protesto contra a atual situação política e ética do país, mas a organização recomenda também que os participantes se vistam com trajes juninos para curtir um tipo de quadrilha diferente dos políticos, puxada pelo ator e agente cultural Rodrigo Bico, já na Árvore de Mirassol.
Para que a mobilização aconteça, a faixa sentido Leste-Sul da avenida Salgado Filho será interrompida durante o percurso e o trânsito, lógico, será desviado pela guarda municipal.
Também neste mês foram realizados dois eventos com grande mobilização em favor das Diretas Já, sendo uma no Galpão 29, na Ribeira, com um dezenas de artistas, em maioria rappers e rockers, e outra em frente ao Bar de Nazaré, com um sambinha maneiro, no Centro Histórico de Natal, também com apoio da Frente Brasil Popular.
Tempos difíceis. E se durante quase oito anos o Fest Bossa & Jazz teve sua edição em Pipa agendada para agosto e planejada antecipadamente, este ano a captação de patrocínio para um evento que ano passado reuniu quase 20 mil pessoas, permanece difícil. Ainda sem confirmar o apoio da prefeitura de Tibau e do trade local, não há data para o carro chefe do Festival, que é a edição Pipa. A segunda edição consecutiva em Mossoró já está confirmada para 22 e 23 de setembro graças à iniciativa da Setur RN com recursos do Governo Cidadão, e ainda da Prefeitura de Mossoró com parte da estrutura e da hospedagem do Hotel Thermas. E ainda não cobre todos os custos!
E se falo de dificuldade em captar recursos para projetos culturais é claro que a expectativa da classe artística para o resultado do edital da Cosern é enorme. Faz meses que me perguntam. Ainda em maio repassei a notícia da Comunicação da empresa que sairia ainda em maio. A nova estimativa é para início de julho. A Cosern tem funcionado como força motriz da cultura potiguar, pelo menos no segundo semestre.
O Bardallos recebe nesta quinta a exposição do Quina Coletivo de Fotografia, formado pelos fotógrafos Alex Rodrigues, Andre Chacon, Erick Attos, Everson de Andrade, Gustavo Gabriel, Luisa Medeiros, Uiara Nunes, Vanusa Maria e Yuri Padilha. Imagens para debater questões humanas no contexto da urbanidade. A partir das 19h e com bate papo com os autores. Acesso livre. E no sábado, o Bardallos recebe Elton Marques para um acústico Engenheiros do Hawai a partir das 21h.
A ‘Arca de Noé Bazar de Ponta’ terá sua primeira edição programada para o próximo 9 de julho. Um projeto idealizado pela produtora Danielle Brito com dez expositores escolhidos a dedo. E será a estreia das estampas da Creative Camiseta para o público. Uma marca cheia de conceito e de cultura pop. O Bazar acontecerá na Avenida Praia de Genipabu, em Ponta Negra. Mais detalhes na sequência.
O Arkhétypos Grupo de Teatro participará do II Encontro de Capoeira e Dança, realizado nesta sexta-feira, às 20h, no Teatro Laboratório Jesiel Figueiredo – DEART. A peça encenada será Gosto de Flor. Em cena, quatro homens falam de amor, quatro corpos que dançam suas memórias, suas dores, seus desejos e suas emoções. Entre eles uma flor, que é sentida, cheirada, saboreada, compartilhada e dilacerada num jogo de sedução e desejo… Bocas, corpos e saudades que deixam no ar um gosto de flor…
A próxima atração do projeto Dançando nas Dunas, no próximo final de tarde de sábado no Parque das Dunas, será o Grupo de Dança da UFRN, em atividade permanente desde o ano de 1992 com uma história de produção criativa e educativa no campo da dança. A partir das 16h30. No domingo, a Famílila Pádua no Som da Mata, mesmo horário. Acesso ao Parque das Dunas por R$ 1.
Se ligue: tem Sinfônica da UFRN em ensaio geral e aberto nesta quinta, das 09h às 11h30, na Escola de Música da UFRN. Eles estarão com os grandes solistas internacionais integrantes do Simpósio Internacional de Trompas e que vão executar obras de alto nível junto à Orquestra. O concerto propriamente dito acontece na sexta, às 19h, no hotel PraiaMar.
O encerramento do Arraiá da Meninada, adiado no último dia 25 devido às chuvas, será realizado neste domingo a partir das 15h. A entrada para a Cidade da Criança custa R$ 1. Quadrilhas juninas, brincadeiras, pratos típicos, artesanato, ações educativas que enfatizam a inclusão social e show com o Forró Meirão, integram a programação do evento.
Premiado no Festival de Cinema Brasileiro de Paris, o longa-metragem “Como Nossos Pais”, de Laís Bodanzky, foi escolhido “Melhor Filme” pelo voto do público, concorrendo com outros sete filmes na Mostra Competitiva. O Festival com curadoria de Katia Adler, já está em sua 19ª edição, e é reconhecido por revelar aos franceses a diversidade do cinema brasileiro autoral, além de servir de vitrine do cinema do nosso país na Europa. O festival se encerrou ontem.
No Ceará há uma “tradição” que cai sobre os pensadores e artistas. Se não virar um gaiato pra contar piadas nos vários palcos espalhados na Beira Mar de Fortaleza, o cearense torna-se escritor, seguindo a tradição de José de Alencar.
O empresário Mardone França escolheu a escrita para mostrar sua verve literária com o lançamento do livro Histórias de Menino, cujas narrativas são contos e crônicas, lembranças de uma vida inquieta de um menino danado, morador de uma cidadezinha no interior do Ceará.
Em Histórias de Menino, Mardone narra passagens que viveu misturando com uma pitada de ficção, na cidade de Palma, que se transformou em Coreaú, memórias que levam o leitor a mergulhar junto com o Gavião Carijó predador em busca dos morcegos, numa aventura de vida e morte.
O Banco do Jaime ficou na mente dos mais antigos com um lugar encantado aonde tudo acontecia. No seu disparate, o autor sugere que se faça uma estátua, nos moldes daquela de Carlos Drummond, em Copacabana, no Rio de Janeiro, do Banco do Jaime em Coreaú.
Numa linguagem rebuscada, o leitor vai acompanhar a aventura na construção de uma vara de pescar ovos da Galinha Pedrês que botava um ovo todo dia, às 12h, ao lado do farinheiro. O ovo reforçava o almoço do menino todos os dias até quando percebeu que comia o pirão da galinha pedrês e, dali em diante, não teria mais ovos ao meio dia.
Vai brincar junto com o menino Mardone nas algazarras da meninada em dias de chuvas. Os meninos construíam barragens e outras obras de engenharia complexa com alvenaria e barro no cantos das esquinas de Coreaú, quando a água descia com força nos declives das ruas estreitas.
O alumbramento com a Serra da Meruoca permeia o livro inteiro. Porém, o autor se dar ao cabimento em inventar uma cor especialmente para a grande Serra da Meruoca, localizada por trás da Fazenda Ramalhete. Depois que as chuvas despejavam suas águas pelas encostas da serra, a ribeira do Rio Coreaú sangrava água e ficava a beleza da Serra da Maruoca no horizonte azulado. Não era um tipo de azul qualquer, segundo o autor era um “Azul Meruoca”.
Como fotógrafo observador, tempos depois, ele percebeu que o tom azulado: “acontece não propriamente com a chuva que lava, mas os efeitos da meia luz ao entardecer filtrada pelas nuvens carregadas de gotículas de água”, palavras do autor.
Como todo bom “cruzadinho” que ajudava as missas matinais, o menino Mardone era encarregado de conseguir flores para o autor da Igreja e perpetuou em seu livro senhoras de sua infância como a Tia Deusa, dona Quintina, dona Dalila… relatando sua ligação com a igreja cada vez mais forte. Mas, conta pouco sobre o pecado da vaidade com sua primeira calça comprida de linho branco, deixando de ser um menino de calças curtas. Naquele dia que saia da puberdade, passou o dia usando a calça de linho branco bem engomada e ninguém o notou.
As redes de segundo andar para livrar as goteiras é tudo que se tem sobre a casa onde morou o menino Mardone, que não descreveu como era a vida em sua casa cheia de irmãos em nenhum de seus contos. Também não descreve as características da Fazenda Ramalhete, assim como descreve tão bem a paisagem do sertão vestida com o “azul Meruoca” depois de uma chuva invernosa no sertão, no pé da serra. Senti falta dos detalhes das casas, dos móveis, das brincadeiras com os demais irmãos e primos. Acho que o autor deixou para outro livro.
Não faltou a literatura fantástica no encontro com São Tarcísio, protetor dos cruzadinhos. Ainda teve tempo para sua primeira investida amorosa em Isabel, uma linda galega, que iria embora no outro dia para Florianópolis, sendo seu primeiro e último encontro com ela.
As fotografias que permeiam o livro deveriam ter legendas para criar uma referência de lugar aos leitores. Não é todo mundo que conhece (numa foto antiga) a região de Coreaú e a Serra da Meruoca. O menino que vivenciou todas as pelejas do livro aparece numa das fotografias do livro, em um banho no Rio Coreaú com outros meninotes em tempos de chuva.
Definitivamente, com seu livro Histórias de Menino, editado pela Z Editora de Natal, resgatando retratos de sua infância, narrados de forma lúdica e literária, como deve ser a pena de um bom alencarino, o empresário Mardone França entrou de cabeça erguida no mundo das Letras, deixando de ser membro honorário para ser um membro efetivo da conceituada Academia Palmense de Letras.
O Brasil vem ganhando destaque no ranking internacional de violência urbana (infelizmente o Rio Grande do Norte está entre os estados mais violentos do país) e, dentro de uma sociedade em que o ódio e a intolerância estão cada vez mais disseminados, é urgente ampliarmos o acesso a mensagens de amor e não-violência.
Assim, o projeto Amor em Quadrinhos foi pensado para abraçar o movimento ‘Eu sou do Amor’, que tem como essência o estimulo às ações que neutralizem o medo e potencializem os verdadeiros valores humanos.
O Amor em Quadrinhos trará 15 poemas do livro ‘O Amor é… 108 poemas para simplificar a vida’, da jornalista e poeta Glácia Marillac.
Os poemas foram adaptados para a arte sequencial, fazendo com que crianças, jovens e adultos sejam tocados por palavras e imagens que levem à reflexão e gerem posicionamento ativo para o bem estar em suas vidas, suas cidades e para todo o Brasil.
Todas as 15 HQs foram roteirizadas por Milena Azevedo (Visualizando Citações/Fronteira Livre/Haole) e estão sendo desenhadas por uma equipe de “Ilustradores do Amor”:
Germana Viana (Lizzie Bordello/As Empoderadas)
Dika Araújo (Quimera)
Blenda Furtado (Haole)
Renata Nolasco (Atóxico)
Talles Rodrigues (Mayara & Annabelle)
Daniel Brandão (Liz)
Wendell Cavalcanti (BlackAcre/Boca do Lixo)
AnaLu Medeiros (Ana e o Sapo/Carvalhos)
Cristal Moura (Maldito Sertão em Quadrinhos)
Jackie Monteiro (Seu Sol, Dona Lua)
Vinicius Visentini (Visualizando Citações/Fronteira Livre)
Raíssa Bulhões (A casa e a velha/A casa de minha avó)
Estrela Santos (Coletânea Potiguar de Quadrinhos)
Dany Melo (Dany que Fez)
Carlos Victor Rosso
O álbum terá 76 páginas em formato 21 x 28 cm, com papel offset 90g., P&B, capa colorida com laminação fosca e lombada quadrada.
E o lançamento já tem data para acontecer!
Será no dia 26 de agosto, no Praia Shopping, em Natal, dentro da programação da HQ Zone 3.0, numa sessão de autógrafos especial com o quadrinista mineiro Vitor Cafaggi (Valente/ Graphic MSP Turma da Mônica – Laços/ Graphic MSP Turma da Mônica – Lições), autor da capa de Amor em Quadrinhos.
Para imprimir o álbum em quadrinhos, será criada uma campanha de financiamento coletivo, no Catarse, que se estenderá de 29 de junho a 02 de agosto.
O valor da meta a ser batida é de R$ 11 mil, pois assim poderemos pagar alguns gastos de produção, da confecção das recompensas, da postagem (para apoiadores de fora de Natal), além dos 13% que ficam com o Catarse e o Moip, pelo uso do serviço da plataforma.
Serão aceitas contribuições a partir de R$ 10 (o pagamento pode ser feito via boleto bancário e cartão de crédito) e há recompensas exclusivas, feitas especialmente para os apoiadores, os quais terão seus nomes listados no álbum impresso.
Para ajudar esse lindo projeto a sair do papel e ainda ser recompensado, clique AQUI para conhecer ainda melhor a campanha.
O Mercado Público de Petrópolis receberá um equipamento moderno de exibição de filmes a partir do próximo 3 de julho. E o melhor: com todas as sessões gratuitas.
Lançado em 2015, o Cinemóvel Carrefour exibirá filmes exclusivamente sobre a diversidade. As sessões são realizadas em sala especialmente montada em um caminhão climatizado, que conta com telão de 120 polegadas, 30 poltronas, incluindo rampa e acomodação para cadeirantes, e sistema de som estéreo.
A maioria das sessões é voltada ao público infantil, principalmente alunos do ensino fundamental de escolas públicas, mas há na programação opções de filmes indicados para jovens com mais de 12 anos, plateia mais comum nas sessões noturnas.
Em Natal, o projeto conta com parceria da Prefeitura do Natal, através da Secretaria de Cultura (Secult/Funcarte) e Câmara Municipal de Natal. As exibições acontecem dias 3 e 4 de julho, no Mercado de Petrópolis, na avenida Hermes da Fonseca.
Nesta edição, serão exibidos quatro filmes: Up Altas Aventuras, Divertida Mente, O Sorriso de Monalisa e Mãos Talentosas. As sessões ocorrerão em três turnos: manhã (8h e 10h), tarde (13h30 e 15h30) e noite (19h).
A iniciativa faz parte do Projeto Gira Brasil, coordenado pela Magma Cultura e pelo Instituto Carrefour e patrocinado pelo Carrefour Soluções Financeiras, por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura.
Esta é a 3ª edição do Cinemóvel Carrefour, que neste ano visitará 22 cidades de oito estados – Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Goiás, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Amazonas, até o dia 11 de agosto.
Antes da exibição dos filmes, os educadores recebem uma cartilha educativa que sugere atividades que podem ser usadas pelos professores em sala de aula, antes e após as sessões de cinema, reforçando os temas de respeito e valorização das pessoas e de sua diversidade. Os filmes são escolhidos na hora, pela própria plateia.
Nas duas primeiras edições, o Cinemóvel passou por 17 cidades e contou com mais de 8,6 mil expectadores, entre crianças e adultos.
“O Cinemóvel existe para democratizar o acesso à cultura, contribuindo para estimular a valorização da diversidade por meio da linguagem do cinema. Queremos atingir um número ainda maior de pessoas, principalmente crianças, contribuindo para sua formação”, destaca Jefferson Bevilacqua, da Magma Cultura, responsável pela produção do projeto.
Natal – 3 e 4/7
Mercado Público de Petrópolis, avenida Hermes da Fonseca, 804, Petrópolis
Da caatinga do sertão do Seridó emana a poesia da escritora e poeta Maria Maria Gomes, que reúne no CD “O Ciclo das Coisas” dez dos seus textos musicados em parceria com os amigos Adelson Filgueira e Biruca Melo.
O Ciclo das Coisas expressa o mais profundo sentimento de pertença dos autores – todos curraisnovenses – em relação à existência sertaneja, desde o contato na infância com a literatura de cordel – dos cantadores de viola e emboladores de côco nas feiras livres – às influências poéticas e musicais dos mestres nordestinos Luiz Gonzaga, Patativa do Assaré, Anastácia, João Cabral de Melo Neto, Jackson do Pandeiro, Dominguinhos, Marinês, Elomar, entre tantos.
As letras fazem referência ao cotidiano da vivência do sertanejo; remetem-nos a um sertão que, como diz Guimarães Rosa “…é dentro da gente” – “O sertão é sem lugar” –, ele é a própria travessia da existência.
A sonoridade das canções preza pelo que há de mais original no cancioneiro popular nordestino: a sanfona, o zabumba, o triângulo, o violão e mais um tanto de instrumentos. Os ritmos vão do xote ao xaxado, do baião à ciranda, passando ainda pela balada e pelo samba.
A música sertaneja de raiz nordestina dá o tom deste trabalho.
O primeiro videoclipe gravado captou a singeleza do sertão. É simples como a canção, como a letra e a poesia de Maria Maria, e ao mesmo tempo tem a complexidade que só as coisas puramente simples possuem.
O CD e o vídeo foram lançados semana passada. Um trabalho bonito tão adaptado à época junina quanto um cacto no sertão.
Já temos a referência do trabalho poéticomusical do também curraisnovense Wescley Gama, já com três álbuns lançados.
E agora esta surpresa da poesia de Maria Maria, tão reverenciada no início deste século pelo mestre Moacy Cirne, agora musicada. Se Wescley é músico profissional, Maria Maria é aprendiz na seara, mas já com uma canção que joga julgamentos tecnicistas ao alto e provoca aquela vontade de chamego numa rede de alpendre.
O filme potiguar de ficção científica ‘Em Torno do Sol’ tem seguido um verdadeiro périplo de mostras competitivas Brasil e mundo afora.
No último domingo concorreu no maior festival de cinema ambiental da América Latina, o FICA, Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, na Cidade de Goiás (GO).
França, Bélgica, Japão, Chile, Irã, Bielorrússia, Suíça, Rússia, Argentina, México, Alemanha e Brasil são os países representados nos vinte e cinco filmes finalistas que compõem a 19a edição anual do FICA, com premiações de R$ 280 mil reais.
“Quem agiliza a inserção do nosso filme em festivais é a MUDERNAGE, assim quando recebemos a notícia de que estávamos selecionados no FICA, ainda não tínhamos uma ideia precisa da magnitude do festival, quer seja do porte do evento, como da sua vasta programação”, comentou Júlio Castro, diretor do filme.
Infelizmente, o filme de Julio Castro e Vlamir Cruz não paparam essa. Mas aproveitaram a estadia e hospedagem pagas pelo festival para captar imagens da região para projetos que tão por vir.
E o ano de 2017 tem sido de boas mesmo para o curta de Júlio e Vlamir. Receberam a notícia, ainda no Festival, que foram selecionados em mais um Festival Internacional, deste vez na Martinica.
Este fim de semana eles irão à Fortaleza com ‘Em Torno do Sol’ participando de competição no Congresso de Comunicação INTERCOM, representando a UnP.
O filme já contabiliza participação em seis festivais estrangeiros: Madeira Fantastic Filmfest (Portugal), Sembrando Cine (Peru), Tlanchana Fest (México), End of Days (U.S.A), Wave Of Films (Filipinas) e Netia Of Camera (Polônia).
Em terras potiguares foi recentemente agraciado na Mostra Sesc de Cinema com os prêmios de Melhor Direção, Direção de Fotografia, Direção de Arte e Desenho de Som.
EM TORNO DO SOL, dirigido pelos potiguares Vlamir Cruz e Julio Castro, é um curta-metragem filmado em Natal no ano de 2016 e produzido em preto e branco.
No filme, num futuro imaginário, o sol está com suas atividades mais intensas, o aumento das interferências solares dificulta a geração de energia elétrica na Terra e os equipamentos eletrônicos já não são regularmente fabricados no planeta.
Em meio a essas adversidades, Mister “X” (Adriano Azambuja), busca por possibilidades a sua existência numa Natal desértica.
A obra tem inspiração em fato real ocorrido em 1989 quando efeitos de uma tempestade solar chegou até a Terra e provocou blackouts no Canadá e arredores.
Na narrativa do filme, uma reflexão para os rumos atuais da humanidade, onde o dia a dia e hábitos estão cada vez mais dependentes de energia e parte considerável da indústria mundial consolida a estratégia de ter a obsolescência programada como pilar.
Assinam o roteiro Julio Castro, Sidenei Junior e Vlamir Cruz; Direção de arte e Produção, Karol Barreto; Desenho de som, Paolo Araújo; Trilha sonora original, Adriano Azambuja e Paolo Araújo; Efeitos visuais, Aderbal Andrade e Elson Fernandes.
O envio e inscrições de “EM TORNO DO SOL” em festivais para além das fronteiras do RN é uma ação da MUDERNAGE/ÍCONE, empresa potiguar coordenada pela produtora Scilla Gabel.
A Prefeitura do Natal, através da Secretaria de Cultura (Secult/Funcarte), publica na edição de hoje (27) do Diário Oficial do Município (DOM) a relação de atrações musicais locais que irão se apresentar nos diversos arraiás de Natal.
A Chamada Pública credenciou e selecionou grupos musicais através de comissão formada por profissionais da área e dos quadros da Secult, a saber: Flávio Freitas, Josenilton Tavares, Carlos Balduíno e Neemias Lopes.
Trios de forró, grupos regionais e intérpretes musicais serão distribuídos na programação dos diversos festejos juninos que acontecem na capital.
Os selecionados foram: Forró Chapéu de Paia, Yranh Barreto, Selminha Ferrari, Trio Alumear e Hallison Marcelino. Cada atração irá receber o valor de R$ 1.500,00.
Na edição de hoje (27) também está publicado o resultado da Chamada Pública que selecionou coordenador técnico para os festejos juninos 2017, conforme Chamada Pública 009/2017. O selecionado foi Filippo Damásio.
Para conferir o DOM de hoje, só clicar AQUI.
Acabou a espera. Após recesso junino diante da ocupação dos jardins da Pinacoteca com festejos da época, o Mostra de Música Sete e Meia volta no próximo dia 11 de julho. E as duas atrações estão confirmadas. O pauferrense Eliano, agraciado na última edição do Prêmio Hangar e já confirmado também no MADA 2017, pelo segundo ano seguido, abrirá os trabalhos. E o decano Pedro Mendes fará o show de encerramento. Como se sabe, o projeto acontece na segunda terça-feira do mês, às 19h30, na Pinacoteca, com ingresso a preço único de R$ 5.
Para artistas e grupos que almejam participar da CIENTEC Cultural 2017, o prazo máximo para inscrição na Chamada Pública será até o dia 30 de julho. Após esta data a Chamada Pública permanecerá aberta, porém para ações posteriores à CIENTEC Cultural 2017. Importante lembrar que serve para cadastro reserva do Plano de Cultura da UFRN. Para inscrição e demais instruções, clique AQUI.
Para quem não viu o vídeo do Burburinho Festival, saiu hoje e já está aqui. Mais novo trabalho da Praieira Filmes, de Carito Cavalcanti.
O terceiro concerto oficial da Orquestra Sinfônica da UFRN é nesta sexta, dia 30, dentro da programação do Simpósio Internacional de Trompas que ocorre pela primeira vez em Natal. O evento recebe renomados solistas internacionais. Por conta disso, o concerto ocorre excepcionalmente no Hotel PraiaMar em Ponta Negra, às 19h. Acesso livre. Belíssimas obras poderão ser ouvidas pelo público natalense tendo como principal instrumento a trompa. E executada por grandes nomes da música mundial. As obras são “Concert for Horn” de Gordon Saville, “Melodia para Trompa” e “Pequena Fantasia Ouro Negro” de Moacir Santos e “Danse Infernale” de Stravinsky. Os solistas internacionais da noite são Frank Lloyd (Inglaterra), Philip Doyle (Inglaterra) e a grande trompista brasileira Waleska Beltrami.
A preocupação em fazer com que as pessoas reflitam sobre o cuidado com a natureza levou Guaraci Gabriel a entrar para o Livro dos Recordes (Guinness World Records), em 2000, com a maior escultura feita de material reciclado do mundo: Guerra e Paz. E sobre essa importância da proteção do Mangue e seu processo de criação, o artista visual conversará com crianças do 2º ano do Ensino Fundamental do Colégio Nossa Senhora das Neves, nesta terça.
Agora não tem volta, pelo menos judicialmente. O Aeroclube do Rio Grande do Norte será devolvido ao Estado, mediante decisão do Tribunal de Justiça do RN. O equipamento até já encerrou suas atividades. O processo já tramitava desde 2014, com ação impetrada pela Procuradoria Geral do Estado. E já está autorizado uso de força policial caso haja descumprimento.
Em razão desta decisão, o Aeroclube soltou essas notas endereçadas à imprensa e à sociedade norteriograndense, no qual o Papo Cultura reproduz, sem qualquer juízo de valor, até por desconhecer a rotina do lugar. Mas seria de bom tom saber quais as pretensões do Estado com a área. E que sejam preservadas características marcantes da estrutura antiga, como os arcos.
Desde a inauguração em 17 de fevereiro de 1928, sob a presidência do Governador JUVENAL LAMARTINE DE FARIA até hoje, foram muitas lutas que marcaram a História do Aeroclube do Rio Grande do Norte na promoção da aviação, cultura e do esporte, com responsabilidade social ao longo desses 89 anos. Essa sempre foi e será a nossa grande missão.
O Aeroclube foi construído pelo esforço de milhares de abnegados Norteriograndenses que dedicaram a sua vida a PRESERVAR tão importante SÍMBOLO CULTURAL DA SOCIEDADE, que por tantas vezes foi defendido pelo MESTRE LUÍS DA CÂMARA CASCUDO “a propaganda de Natal, cidade do avião, é feita pelos aviadores”.
A Escola de Aviação do Aeroclube é a maior do Estado, com a parte teórica nas salas de aulas no prédio sede da Hermes da Fonseca e a parte prática no aeródromo em Ceará Mirim, tendo formado centenas de pilotos, comissários de bordo, mecânicos, instrutores de voo e agentes de aeroportos que ajudaram a desenvolver e divulgar o Estado.
Na parte esportiva, o Aeroclube tem prestado relevantes serviços sociais, de forma gratuita, sediando inúmeras competições, tais como: Jerns, competições de escolas municipais e estaduais, torneios da associação dos Cadeirantes e Cegos e Corpo de Bombeiros.
Na parte cultural o Aeroclube já promoveu e sediou inúmeros eventos que passaram a fazer parte do calendário Cultural do Estado, como: Semana do Aviador, Exposição de obras dos artistas locais, Exposição das Forças Armadas, Conferência do Potengi e, em breve, CASACOR.
O Acervo Cultural do Aeroclube é de suma importância para a Cultura Potiguar e precisa ser preservado. Somente quem se dispõem a lutar pela PRESERVAÇÃO DA CULTURA nesse Estado sabe que não é fácil, pelos mais variados motivos. Talvez por isso, poucas pessoas se dispõem a dedicar o seu tempo, para deixar um legado às futuras gerações, face as grandes batalhas a serem enfrentadas e nem sempre JUSTAS.
O AEROCLUBE DO RIO GRANDE DO NORTE lutou bravamente pela verdade que sempre defendeu. No entanto, respeita a opinião divergente e está acatando a decisão judicial que determinou a reintegração de posse no imóvel, onde foi fundado o AEROCLUBE DO RIO GRANDE DO NORTE, ao Estado.
O AEROCLUBE DO RIO GRANDE NORTE irá buscar o apoio da SOCIEDADE, IMPRENSA e do GOVERNO, para continuar a preservar a História do nosso Estado.
Esperamos contar com a ajuda de todos para que o AEROCLUBE possa continuar servindo à sociedade do NOSSO ESTADO e preservando a NOSSA CULTURA.
Natal é matéria de capa da mais nova edição da revista de bordo da companhia aérea Latam. São dez páginas exaltando belezas naturais, gastronomia, hospedagem e também a cultura da capital potiguar.
Tudo isso guiado por “quatro personalidades de Natal”. São elas, a cantora Roberta Sá, o chef Daniel Cavalcanti, a empresária Clara Medeiros, e a atriz Quitéria Kelly.
Cada um recomenda lugares e sabores de sua Natal. Lugares para turistar, curtir praias, baladas e comer bem, por mais simples que sejam os pratos ou comércios.
A matéria destacada numa das principais companhias aéreas do Brasil foi possível graças à articulação do setor de Comunicação da secretaria estadual de Turismo.
Na sessão dada à Quitéria, a matéria se inicia assim: “Artistas, músicos, poetas e boêmios em geral sempre encontram seu reduto. Em Natal, esse lugar é o bairro da Ribeira, zona portuária com casarões antigos e uma decadência charmosa”.
E começa a descrever os passos de Quitéria pelas ruas até entrar na Casa da Ribeira. “Fazer arte em Natal é resistência porque concorremos com a praia”, afirmou, “mostrando a pele que há tempos não bronzeia”.
Capa da revista Vamos Latam
Cita o espaço de resistência da própria Casa da Ribeira e do Grupo Carmin, fundado por Quitéria. O Espaço Duas, em Ponta Negra, também mereceu destaque pela atriz.
Quitéria também se rende às dicas de praia e sugere Camurupim, a 40 minutos do centro de Natal. Só não achei que combinasse com ela a dica do Rastapé para um “típico forró pé de serra”.
E finaliza: “Só não pode deixar de conhecer a vasta (e animada) cultura local”.
Entre os destaques dos outros três “ilustres”, estão o Mercado da Redinha, o bar OldFive, o Instituto Câmara Cascudo, o Centro de Turismo e outros.
Para ler a matéria completa é só clicar AQUI.
O projeto Quartas Clássicas chega à quarta edição da temporada 2017 e a Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte (OSRN) faz apresentação inédita com trompistas internacionais e participação especial da Banda Sinfônica da Cidade do Natal. O concerto gratuito será nesta quarta-feira (28), no Teatro Riachuelo, às 20h. A iniciativa conta com patrocínio do Morada da Paz, Cosern, Unimed e CEI Mirassol.
Entre os solistas convidados, está a alemã Marie-Luise Neunecker, o canadense Jeff Nelsen, o português Abel Pereira, o britânico Frank Lloyd e os americanos Kristina Mascher-Turner e Gregory Helseth, sendo este último conhecido por participar ativamente de orquestras, bandas e conjuntos de câmara, atuando como solista em países, como México, França, Escócia, Inglaterra, Alemanha e Brasil. Atualmente, o renomado musicista dá aulas como professor-adjunto de trompa, na Universidade do Arizona.
Sob a regência do maestro Linus Lerner, o Quartas Clássicas de junho marca mais uma parceria da Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte com a Escola de Música da UFRN (EMUFRN), que está recebendo, até o dia 30 deste mês, o 49º Simpósio Internacional de Trompistas, em que os músicos convidados para a quarta edição da temporada 2017 do projeto também estarão presentes no evento.
O segundo lote de ingressos gratuitos será distribuído para o público no dia 28 de junho – dia da apresentação – a partir das 12h, na bilheteria do Teatro Riachuelo. Os interessados deverão apresentar seu CPF na bilheteria. Cada pessoa terá direito a retirar até dois ingressos.
O projeto Quartas Clássicas conta com patrocínio do Cemitério e Crematório Morada da Paz, da Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern), por meio da Lei Câmara Cascudo do Governo do Estado, da Unimed Natal, por meio da Lei Djalma Maranhão da Prefeitura Municipal de Natal e do CEI Mirassol, além de apoio do Teatro Riachuelo, Restaurante Camarões, Poti e La Cachete. A realização do projeto é da Fundação José Augusto e da Mapa Realizações Culturais.
Imagino como deva ser complicado ao músico e sobretudo ao compositor ter sua canção executada para um público alheio, barulhento, pouco atento à apresentação.
Quando falo “imagino” é porque por vezes escrevo alguns textos por aqui e lamento quando é pouco lido. Sensação de tempo perdido e, mais ainda, da mensagem não repassada ou reconhecida.
Nesta última sexta-feira cheguei já pelo final da festa de celebração dos 10 anos do Substantivo Plural. Casa cheia no Bardallos e o palco assumido por Antoanete Madureira e Samir Almeida.
Talvez pela lotação, talvez pelo acesso gratuito, talvez pela razão comemorativa do evento havia muito barulho no Bardallos. Difícil culpar o público que também quer conversar, celebrar entre amigos.
Já conhecia as duas atrações. A Antoanete era descoberta mais nova, quando ouvi três de suas músicas para curadoria do projeto Sete e Meia. Adorei. Foram duas das melhores descobertas entre os inscritos, ao lado da Rousi Florcaeté, mas ao vivo parecia outra artista, muito mais intensa. E que voz!
O Samir Almeida me é um velho conhecido. Escrevi sobre ele desde o tempo do lançamento de 40 CDs de artistas locais pelo Prêmio Núbia Lafayette, acho que em 2010. Samir e uma penca de artistas que nunca mais lançaram mais nada foram contemplados.
Samir havia entrado por uma repescagem, ainda com o nome Samir Bilro, mas o achava entre os cinco melhores álbuns lançados pelo Prêmio. Compositor refinado, com letras e melodias bem trabalhadas, uma voz grave bem encaixada, um violão versátil.
Mesmo depois do CD lançado, da oportunidade, Samir não decolou. E sexta estava lá, como violonista de Antoanete. Lá pras tantas teve espaço para apresentar suas músicas. Cantou ‘Um sonho de criança’, a minha preferida, para poucos ouvirem, entre as conversas. Mas bastou suas versões dos Beatles para chamar mais atenção.
O compositor até tentava comentar sobre a canção que iria cantar, mas o jeito tímido, contido, que contrasta com a potência vocal, também não ajudava.
Veja no vídeo abaixo que essa timidez me parece bem latente, como também seu talento. Um cover do clássico do Queen. Mais abaixo, uma de suas canções, ‘Sinestesia’. E por último, ‘O menino em pessoa’, também composição sua interpretada pela limpidez vocal de Antoanete, com Samir ao violão. Até sugeriria um dueto vocal; seria uma mistura interessante de timbres.
No mais, uma noite bela para prestigiar 10 anos de um trabalho abnegado de Tácito Costa com o Substantivo e que sempre torcemos pela longevidade. Mereceu a presença dos amigos, simpatizantes e desses dois artistas maravilhosos. Vida longa ao Substantivo e reconhecimento a curto prazo para Antoanete e Samir.
A capital do Oeste Potiguar, Mossoró, já tem data para receber o maior Festival de jazz, bossa e blues do Nordeste. Nos dias 22 e 23 de setembro, a Cidade Junina será palco para grandes músicos locais, nacionais e internacionais com o Fest Bossa & Jazz – Circuito 2017.
Juçara Figueiredo Produções, com apoio da Prefeitura Municipal de Mossoró e Governo do Estado do Rio Grande do Norte confirma presença do músico luso-brasileiro, nascido em Angola, Nuno Mindelis, conhecido como um dos melhores guitarristas de blues do Brasil. Amante da guitarra desde os cinco anos de idade, aos nove já construía seus próprios instrumentos para tocar. Em 1990 lançou seu primeiro disco “Blues & Derivados” e, desde então, coleciona críticas positivas e prêmios, como os da revista americana ‘Guitar Player’ e da ‘Rolling Stone Brasil’.
Este ano, a cidade vai receber o Festival pela segunda vez consecutiva e será a primeira do Circuito 2017. Mas, para os ansiosos, Juçara Figueiredo garante que terão prévias, um mês antes, no Thermas Hotel e Resort – Hotel Oficial do Fest Bossa & Jazz.
A primeira edição do Fest Bossa & Jazz aconteceu em 2010, em Natal, passando a ser um dos mais importantes eventos dentro do calendário cultural anual do Estado. Já a partir de 2011, expandiu sua música para a paradisíaca Praia da Pipa, no Litoral Sul e, em 2015, tornou-se Circuito chegando até São Miguel do Gostoso, no Litoral do Leste Potiguar.
Com entrada gratuita, o Festival busca novas parcerias e promove intercâmbio entre nomes consagrados e expoentes da música local, nacional e internacional por meio de shows e Jam Sessions. Com programação diversa, também assume o lado da responsabilidade social através de oficinas socioambientais, palestras e workshops para músicos e estudantes.
Ontem foi diferente no Bardallos. Uma galera boa para assistir ao show Ser Tão Potiguar, de Yrahn Barreto. Repertório entre canções do autor e clássicos do xote, forró e baião, infelizmente prejudicados pela falta da zabumba, do triângulo e da sanfona. A voz e violão agora são exigidos por força de lei ao estabelecimento. Mas ainda assim, um ótimo show. E pensei: Yrahn sempre divulga bem sua agenda, curte e compartilha quando esse ou outras mídias divulgam. Seria esse o motivo para apresentações esvaziadas de outros artistas?
Eis “Ouro da Mina”, single da Orquestra Greiosa. Vem aí “Toda Cor, Toda Massa”, álbum completo do grupo. Produzido por Gabriel Souto e Chico Correa. Direção Artística por Anderson Foca. E capa de Caio Vitoriano.
Foi sucesso, então repete. Vai ter hoje de novo o Arraiá do Zé Reeira. Show com a banda Cactus do Forró a partir das 19h. Acesso gratuito. No Espaço Cultural Ruy Pereira, ao lado do IFRN Cidade Alta.
Nesta sexta, às 16h, a Cia de Dança do Teatro Alberto Maranhão (CDTAM) apresenta o espetáculo Gonzagando dentro da programação do Arraía da Meninada na Cidade da Criança. A programação terá ainda o Arraíá da Casa Durval Paiva, as quadrilhas Arrasta Paz e Nísia Floresta, Recreação Brincarte, Orquestra Sanfônica e o show da cantora infantil Bia Vilar e Banda, também às 16h, com participação da cantora mirim Duda Rolembeg.
Nesta sexta tem show especial de forró de Dodora Cardoso, a partir das 19h30, no Praia Shopping. No sábado (24), será a vez do show de forró do Paraíba do Forró e também a apresentação da tradicional quadrilha “Rei do Baião”. A quermesse está aberta todos os dias, a partir das 16h, com todos os produtos juninos que se pode imaginar no meio do mall.
Tome nota para uma das mais tradicionais brincadeiras juninas que alegra o bairro do Alecrim há dez anos. Como nos anos anteriores, a brincadeira ocorre no canteiro da av. Presidente Bandeira com a rua dos Caicós, a partir das 9h30, neste sábado (24). A regra é simples e democrática: os participantes tentam subir no pau melado e pegar o dinheiro (R$ 300) que está no alto. São muitos curiosos e moradores que prestigiam esse tradicional evento junino tradicional no bairro. Muito massa.
Neste sábado (24) é Dia de São João e Tistu, o Menino do Dedo Verde, vai entrar na brincadeira para manter a tradição nordestina e convidou um trio para animar o “Arraiá do Tistu”, que vai acontecer às 16 horas, no Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte. O projeto “Tistu, que bicho é esse?” será especial, mas vai ter contação de histórias, brincadeiras, troca de livros usados e sorteio de brindes. Depois, a animação junina fica por conta do grupo Canários do Litoral.
Gente, Jacy está em cartaz de novo por aqui. Precisa ver se já não é a peça mais longeva do nosso teatro. Será dia 08 de julho, um sábado, às 20h na Casa da Ribeira. Ingresso a R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia). Promoção: os 80 primeiros, comprando antecipado até dia 7 de julho, pagam R$ 20. Venda de ingressos: Bilheteria da Casa (3211-7710 à tarde) ou online AQUI.
Iracema Macedo nasceu em Natal, mas atua como professora de Filosofia no Instituto Federal Fluminense. É licenciada em Filosofia pela UFRN e pós-graduada pela Unicamp. Tem participado do cenário poético potiguar desde os 21 anos. Morou em Ouro Preto, Minas Gerais, por seis anos e vive no Rio de Janeiro há dez anos. Publicou os seguintes livros de poemas: Lance de dardos (2000), Invenção de Eurídice (2004), Poemas inéditos e outros escolhidos (2010) e Cidade Submersa (2015), além de sua tese de doutorado: “Nietzsche, Wagner e a época trágica dos gregos” (2006).
Iracema Macedo é nossa POETA DA SEMANA:
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No forno de tua casa
quero acender minhas palavras
nas dunas que te cercam
esconder minhas armas
de motocicleta rondas e rondas
minha juventude
pai dos filhos que não tive
pai do meu riso e pranto
Saudade de tudo que sou
e canto
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Mulher, mulher
não vê que eu tô na paz
vamos sambar um pouquinho
vamos descer comigo
solta esse cabelo, põe uma flor
pegamos o teleférico e depois o metrô
Chama a galera toda
todo mundo no liquidificador
Vamos sambar na praça São Salvador
quem sabe a gente se salva
com o samba na causa
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cadeados quando quebrados
abrem caminhos, deixam entrar
os hóspedes, bandidos ou inimigos
sem lei nem vez
que ao invés de roubarem
trazem o presente do novo
mistérios, sustos, segredos
coragem para se desviar, migrar
assaltos às vezes são saltos
para um novo e belo lugar
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Em meu ninho longínquo
inicio ventos
invento cios
canto e danço em volta do fogo
transformo meu leite em vinho
e ofereço meu corpo para os lobos
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Esqueci meu vestido
na casa do homem que amo
esqueci os sapatos, o pente
os fios dos meus cabelos
minha calma ficou lá estendida no quintal
entre manjericão e pitangas
quero a brisa forte dos seus olhos
e a ventania do seu peito
destravando minhas âncoras
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Enquanto ele acalma os olhos com colírios
recito o poema de Laura
desfilo sem pudor
em sua frente
exerço meus ritos, meus mitos
meus vícios
Me atiro inteira
trapezista de circo
e meu salto deixa os marujos confusos
mancho os lençóis com meu sangue
me entrego
sinto o fulgor gelado do champanhe
Não tenho mais medo nem susto
por entre atalhos escuros e secretos
um homem belo me busca e me fareja
cegamente escravo dos meus versos
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Não precisa ser um longa metragem
pode ser um curta
sem nenhuma tempestade
há de ser suave
romance, amizade
ou affair
sem eternidades
beijo, gozo, toque
um mistério a mais
ou viagem
Não precisa ser nenhum milagre
pode ser só um riso a dois
à tarde
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Nessas águas que entrei a vida inteira
Não busquei nem arcas, nem peixes, nem tesouros
Só quis a branda viração das ondas
E a branca luz dispersa sobre o mar
Tentei achar um abrigo
Me queimei em caravelas
Senti dor, medo, frio
Esqueci todo perigo
Nessas águas que entrei
Aprendi a ser espuma
Aprendi com as ondas a perder e a perdoar
E quem aprendeu assim a navegar
Quem se apartou da terra desse jeito
Não sabe mais como voltar
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Tua pequena varize
se insinuando na perna
fino rio de sangue azul
onde as tristezas navegam
herança de tua avó, de tua bisavó
marca do teu trabalho
do trabalho delas
cicatriz do filho que esperaste
e das escadas que subiste
tua pequena varize
não é doença ou velhice
mas antes sinal de beleza
irmã dos rios, dos navios e da chuva
irmã de todas as coisas
que ultrapassaram limites
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Ao meu redor cresce verde a lavoura
e eu sou de seca palha
Ao meu redor homens se movem e trabalham
e eu resisto imóvel ao meu ofício triste
Estou cercado de arame por toda parte
por toda parte assusto pássaros que amo
Meus braços estão abertos para o espanto
não para o trabalho ou o abraço
Meu corpo de palha seca
nunca sentiu a volúpia dos bichos
Vivo abismado e só
escancarado sob a luz dos astros
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Se houver perigo esta noite,
preciso que me abrigues
Não te fies no delicado trato
que tenho com os monstros
Eles mentem
Nós mentimos, todos mentem
Se houver perigo esta noite,
não penses que sou forte
só porque vivo só
e conheço toda a ilha
e domino palavras e com elas
construo armas e escudos
Se houver perigo,
preciso que sejas meu pai,
forte, amigo,
afastando com a espada os inimigos
Preciso que pises sobre o meu terror
como pisarias mansamente
sobre um demônio adormecido
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Minha coragem me deixará leve
suspenso entre olhares abismados
Pela última vez ouço o vento
Basta uma corda, basta um salto
E nunca mais as igrejas
e nunca mais essas ruas
e nunca mais a volúpia do sol
sobre minha carne
Talvez seja só um exílio
uma leveza erguida sobre as pedras
um modo desconhecido de ser pássaro
Os arraiás de Natal estão de volta. A Prefeitura do Natal publicou na edição desta quinta-feira do Diário Oficial do Município a relação de arraiás de rua e quadrilhas juninas selecionadas através de Chamada Pública para os festejos juninos do São João de Natal.
Os selecionados irão receber apoio financeiro e passam a integrar a programação oficial das celebrações dos festejos juninos em todas as regiões da cidade.
Na publicação oficial constam os nomes dos proponentes de cada arraiá e quadrilha, processo e a nota final de classificação após avaliação da comissão instituída pela Secretaria de Cultura de Natal (Secult/Funcarte).
Tradicionais arraiás que fazem parte da história cultural da cidade começam a partir desta sexta-feira (23) e vão até o mês de julho em todas as regiões da cidade.
Entres os selecionados estão arraiás como do Bairro Nordeste e o Arraiá dos Beijoqueiros; o Arraiá da Imperatriz Alecrinense; Vim pra Ficar; Arraiá de Rua de Claudianor, Arraiá do Arroxonó; Arraiá Sol do Norte; Arraiá da Florestina e tantos outros.
Já nas quadrilhas selecionadas estão nomes como as quadrilhas juninas do “Rei do Baião”, “Encanta São João”; “Coração Matuto”; “Sol do Norte”; “Arrocha o Milho”, “Coração Matuto” e muito mais.
Cada quadrilha irá receber R$ 3,5 mil, nas categorias Tradicionais, Estilizadas e Cômicas, e cada Arraiá de Rua de Natal receberá como auxílio financeiro R$ 2,5 mil dentro das especificações e condições constantes.
A fotografia potiguar estará em alta no próximo 19 de agosto. Vinte e cinco fotógrafos foram selecionados para compor uma exposição coletiva chamada “Chão Potiguar”, que vai apresentar paisagens do Rio Grande do Norte.
Todos os cenários foram fotografados a partir das expedições fotográficas Engenho na Estrada, um projeto da Escola de Fotografia Engenho de Fotos.
Ao longo do ano foram realizadas várias expedições fotográficas para capturar as belezas e as tradições do povo potiguar.
Para compor essa exposição coletiva Chão Potiguar houve uma convocação através de edital para seleção das fotos e dos fotógrafos.
E a data da exposição não foi escolhida à toa. Dia 19 de Agosto é celebrado o Dia Mundial da Fotografia. Todos os trabalhos estarão expostos no Palácio Potengi, onde funciona a Pinacoteca do Estado do RN.
1. Alex Gurgel
2. Antonio Alencar
3. Arima Viana
4. Cristiano Oliveira
5. Daniel Corsino
6. Danielle Granja
7. Delson Cursino
8. Eliane Dias
9. Eliane Monteiro
10. Geísa Barbosa
11. Germana Aguiar
12. Gileide Melo
13. Ivanilson Felix
14. Janilson Dornelas
15. Janisson Gois
16. Lucia Barros
17. Marcelino Champagnat
18. Mardone França
19. Maria Barros
20. Nazareno Felix
21. Neuza Costa
22. Olga Soares
23. Rosângela Machado
24. Sônia Eulálio
25. Vivaldo Junior
O Estado do Rio Grande do Norte pode ser a próxima parada de um projeto único no Brasil de união de poetas de vários estados para discutir a produção contemporânea entre artistas e público. Um país unido pela poesia, pela arte e pelo diálogo.
O ‘Estados em Poesia’ é um evento que tem um propósito cultural de gerar intercâmbio artístico com outros poetas do Brasil, afim de movimentar, diversificar e entreter o cenário poético, tendo como holofote principal, a poesia. Simples e complexo assim.
E o projeto desembarca por aqui no próximo 22 de julho. Será no Bar do Zé Reeira, ao lado do IFRN Cidade Alta. Um dia inteiro de atividades, com intervenções poéticas, shows, rodas de conversa, muita declamação, venda de livros, zines e muito mais. Tudo gratuito.
O evento tem total caráter colaborativo, ou seja, feito na amizade, no intuito de disseminar a arte e a poesia pelo país. Por isso, a organização pede sua colaboração para ajudar nos custos de hospedagem dos poetas, produtores e escritores de outros estados, que vêm por conta própria.
Mais abaixo segue a lista de poetas, músicos e expositores já confirmados para este evento. A organização local está por conta de Adélia Danielle, Ana Cláudia Mafra, Ayrton Alves, Gessyka Santos, Gonzaga Neto, Leonam Cunha, Marina Rabelo, Olga Hawes, Regina Azevedo e Thiago Medeiros.
Esse projeto foi criado para favorecer a dinâmica de circulação poética, se configurando como um projeto de Zona Literária Itinerante. Dessa forma, para cada edição, uma nova cidade recebe poetas de diferentes lugares, fortalecendo o diálogo sobre a produção contemporânea no país.
Na ocasião do evento, serão reunidos os artistas e trabalhos artísticos, dando visibilidade às obras e seus autores permitindo, assim, que a população tenha conhecimento da produção cultural do Rio Grande do Norte e dos demais estados presentes de forma gratuita.
– Marize de Castro (RN)
– Márcio Junqueira (BA)
– Luna Vitrolira (PE)
– Gleison Nascimento (PE)
– Giuseppe Damascena (PE)
– Mardônio França (CE)
– Noélia (BSB)
– Eliakin Rufino (PR)
– Elizeu Braga (RR)
– Folha Joice (RN)
– Ian Itajaí (RN)
– Yvanna Oliveira (PB)
– Antônio Lira (PB)
E muito mais.
Exposição:
– Civone Medeiros
– Carol de Santi
– Jackie Monteiro
– Ceres (Mais poesia)
Músicos:
– Joana Knobb
– Uma Senhora Limonada
– Danilo de Sales
Por unanimidade, a Câmara Municipal de Natal deu parecer favorável na sessão ordinária desta terça-feira (20) ao Projeto de Lei encaminhado pelo vereador Fernando Lucena, que declara Patrimônio Cultural Imaterial da Cidade de Natal o Teatro Municipal Sandoval Wanderley. Faz algumas semanas defendi a derrubada do teatro em prol de um novo no bairro da Ribeira. Li mais algumas postagens a respeito e confesso ter uma opinião, agora, indecisa. Ainda quero colocar um post com prós e contras. Talvez seja melhor.
Nesta sexta e sábado tem São João com o tradicional “Arraiá da Zona Leste”, que reúne moradores do bairro e também de Santos Reis e Brasília Teimosa. Os festejos acontecem na rua Pereira Simões (Vila Ferroviária), com shows de CPI do Forró, Panka de Bacana, banda Performance, Os Forrozeiros e Zé Hilton do Acordeon. Começa às 19h e tem também apresentações de quadrilhas juninas, feira de comida típica e artesanato. Já na Vila de Ponta Negra, dia 28 de junho, tem o “Arraiá Entre Rendas e Peixes” (próximo ao Cruzeiro), com apresentações de artistas residentes no território criativo da Vila de Ponta Negra, comida típica produzida por gastrônomos residentes e artesanato. O ritmo predominante do arraiá é o nosso coco de roda.
Um projeto chamado Reeducar-se teve aprovação de cachês pela Fundação José Augusto para oficinas de percussão e de pintura no Ceduc Padre João Maria, no total de R$ 6 mil. De dança, no Ceduc Nazaré, de R$ 3 mil. De grafite e de capoeira no CIAD Natal, de R$ 6 mil. E de percussão no Ceduc Pitimbu, com mais R$ 3 mil. Total de R$ 18 mil.
A programação do Bardallos esta semana começa já quinta-feira com show Ser Tão Potiguar, de Yrahn Barreto, às 21h e ingresso a R$ 10 com direito a uma cervejinha. Na sexta acontece a celebração dos 10 anos do site Substantivo Plural com show de Antonanete Madureira e Samir Almeida, e ainda poéticas de Thiago Medeiros, também às 21h, mas com acesso gratuito. E no sábado, o show Som de Barro, com Dani Cruz, em homenagem ao sanfoneiro compositor Dominguinhos, desta vez mais cedo, às 19h e ingresso a R$ 10 com uma cervejinha.
No Porão das Artes, em Pium, tem arraiá “La Belle de Jour” com a banda Casa de Taipa. Será nesta sexta, às 20h e entrada R$ 10. Pula o sábado porque domingo tem portão aberto para leros a partir das 14h e showzaço às 17h com a Família Pádua e convidados. Entrada para o show também R$ 10.
O cantor e compositor decano da nossa terrinha, Mirabô Dantas aprovou projeto com seu nome na Lei Câmara Cascudo no valor de R$ 67 mil. Deve vir coisa boa por aí.
A exposição SOBRE-COLAGEM, do artista plástico Isaías Ribeiro, está em cartaz até o próximo dia 30 de junho, na Galeria ConvivArt, do Núcleo de Arte e Cultura da UFRN, Centro de Convivência do Campus Universitário. O horário de visitação é das 9h às 17h, de segunda à sexta-feira.
A exposição é formada por 19 trabalhos onde Isaías Ribeiro utiliza a técnica da colagem para compor um painel de linguagens diversas, memórias, provocações, sensações, compondo um universo próprio e instigante de imagens fragmentadas.
Abaixo, texto do curador da exposição Jaime Biela sobre a obra de Isaías Ribeiro. Mas antes, uma curiosidade sobre Jaime Biela. Este blogueiro, aos 19 anos, aprovado no vestibular para o curso de Filosofia e já na primeira aula o professor aplica uma questão valendo ponto. Era Jaime Biela.
Não bastasse a surpresa, olhem a pergunta: “O que é, quando é, já não é?”. O que vocês responderiam? (rs). Pane geral aos jovens aprendizes. Já no fim do curso, a prova também veio com uma única questão, desta vez mais simples: “O que é filosofia?”, no que Jaime Biela explica ter o mesmo significado da pergunta do primeiro dia de aula.
Ad Parnassum. Rádica. Rostos. Censura. Círculos. Respekt. (M)Ar. Cúpulas em Berlin. Cópulas no Marais. (Águas do)Céu. Smiths. Da Vinci. Cabeça Dinossauro. Regenbogen. Seduction Machine. Exposed. Exhibition. Freedom of choice. Dream. Planos.
Para onde?
A arte de Isaias Ribeiro, como a arte contemporânea, é múltipla, diversa, polissêmica. Em seu arquivo pessoal cabem memórias, registros, sensações, passagens, ações, tickets, textos, imagens, música, arte, sumários, desejos, dejetos, inúteis não-descartáveis. Fragmentos de crônicas futuras.
SOBRE-COLAGEM combina citacionismo, processo de criação de imagens novas a partir de imagens preexistentes, e upcycling, arte de produzir movimentos/deslocamentos. Em cada uma das dezenove crônicas expostas, tudo é o que é e nada é o que parece ser.
Num primeiro momento, o artista recolhe, rasga, combina, mistura e separa a matéria prima do arquivo. Aqui tudo é COLLAGE. Mas a tela pede mais, pede pintura, veladura, transparência. Construção através da desconstrução. Ocultar para exibir. Desvelar. Tudo aqui é sedução.
A mostra contém dezesseis trabalhos inéditos. #02, #03, #04 foram produzidos há alguns anos. As obras que abrem a exposição (Ad Parnassum I e II) registram a continuidade de temas, técnicas e ideias que formam a trajetória de Isaias. Ideias que o artista resgata e desenvolve. Permanência e transformação.
A opção por apresentar um conjunto formado apenas de COLAGENS permitiu a descoberta de novas possibilidades a explorar. Nas telas #09, #10, #11 é possível reconhecer a estética Merz de Kurt Schwitters, mas também a pop art, o rock, a Renascença. E #09 também invoca as fotocolagens de David Hockney.
Os poemas visuais de Jiří Kolář estão presentes em #12, #13, #01, #06, mas as rádicas destas duas últimas também nos remetem às pinturas recentes de Daniel Senise. A exposição se encerra (#19) com a indicação de que não há um plano, um caminho, mas setas, sentidos, vetores a explorar. Crônicas expostas. Crônicas…
Para onde?
Em meio a tantas variáveis, optou-se por uma expografia que registrasse o traço de racionalidade que se faz presente na longa jornada de recolher, guardar, criar e mostrar que marca o conjunto da obra do artista, daí a opção por um conjunto de trabalhos no mesmo formato, visando à construção de um discurso fluído.
Uma mistura de ritmos é o que define o show “Uma Casa Brasileira” da cantora Laryssa Costa, que será realizado no próximo 22 de junho, na 3ª edição da Quinta Cultural – projeto patrocinado pelo Sindicato dos Bancários, sediado na avenida Deodoro, 419, Petrópolis. A partir das 18h30 e com acesso gratuito.
A artista potiguar explora a diversidade e a riqueza dos gêneros que compõem o cancioneiro tradicional do Brasil, como modinha, samba, e chorinho. No show, ela também promete apresentar músicas autorais, além de um repertório popular aproveitando o período junino com ritmos tipicamente nordestinos, como xote, xaxado e baião.
“Fiquei muito feliz com o convite, pois acredito que o evento tem esse apelo mais artístico e cultural, em que se busca a valorização da música brasileira e a vivência desses ritmos que não costumam tocar nas rádios. Quem não conhece vai conhecer, e quem conhece vai relembrar das canções mais populares do Brasil”, promete a cantora.
A poesia de Marina Rabelo e Michelle Ferret também marcará o evento. A parceria entre as duas começou em meio a construção de textos de dramaturgia junto ao escritor Thiago Medeiros, uma das atrações da edição de maio.
A afinidade com as palavras estreitou os laços de amizade, e essa parceria poderá ser vista na apresentação da Quinta Cultural deste mês, onde Marina e Michelle apresentarão poesias autorais e de outros poetas potiguares.
“Vejo um momento muito bom de saraus pela cidade, e fico muito feliz que o Sindicato dos Bancários do RN esteja abraçando a poesia nesse projeto tão lindo”, destaca Marina Rabelo.
Mais um potiguar é destaque na literatura nacional. Depois do natalense Estevão Azevedo vencer o Prêmio São Paulo de Literatura 2015, outra premiação das mais importantes do país tem como ganhador outro potiguar desconhecido em sua terra.
José Almeida Junior venceu o Prêmio Sesc de Literatura 2017 na categoria Romance, com o livro ‘Última Hora’. Ele concorreu com outros 980 romances inéditos inscritos por autores ainda não publicados. O escritor terá sua obra publicada pela editora Record, com tiragem inicial de dois mil exemplares.
O potiguar tem apenas 34 anos e é natural de Mossoró. Reside em Brasília há 10 anos, onde exerce o cargo de Defensor Público do Distrito Federal. Talvez por isso seu nome seja desconhecido por aqui, na terrinha de literatura ainda carente de bons romances.
O romance é uma narrativa histórica, que retrata o jornal fundado por Samuel Wainer, sob o ponto de vista de um repórter ficcional torturado no Estado Novo. A avaliação ficou por conta de uma comissão especializada formada pelos escritores e críticos literários Andrea del Fuego, Luis Rufatto, Sidney Rocha e Ronaldo Correa de Brito.
Ativista ambiental e empreendedor social, João Meirelles Filho, 57 anos, é o ganhador da categoria Conto com ‘Poraquê e Outros Contos’. Nasceu em São Paulo e há 13 anos vive em Belém do Pará. Seu livro trata da relação do homem e o desconhecido na Amazônia – seja diante do impacto de mudanças climáticas, seja das encantarias.
Os ganhadores da 14ª edição do Prêmio Sesc de Literatura estão confirmados na programação do Centro Cultural Sesc Paraty, durante a Flip 2017, que acontece de 26 a 30 de julho, e também serão premiados em cerimônia, no segundo semestre, por ocasião do lançamento dos livros.
Quando faltam conselhos dos pais à educação dos filhos a lacuna aberta pode ser preenchida por bons ou maus exemplos. Escola, amigos da rua, filmes e demais formas de entretenimento ganham força na formação da criança ou adolescente. É o risco pago pela ausência.
É mais ou menos esse o vazio vivido por uma manifestação artística mergulhada numa cena na qual falta crítica cultural, a exemplo do silêncio decano da imprensa potiguar nesta seara. O artista perde uma possível referência abalizada para seu trabalho e o resultado, tais quais as influências educacionais do filho por outros, pode ser maléfica.
Claro, a metáfora é superficial. Há muito em jogo e as regras são quase sempre inválidas quando o assunto é produção artística. O relativismo, a essência e o talento espontâneo falam mais alto que qualquer opinião. Ora, na arte há sempre um significativo percentual de incompreensão alheia. A história comprova isso.
Quantos artistas hoje considerados cults foram amaldiçoados pela crítica? ‘Admirável mundo novo’ de Aldous Huxley foi massacrado por críticos e hoje é cultuado entre clássicos literários. J. D. Salinger, Charles Bukowski e até ‘Moby Dick’, de Herman Melville são outros de tantos exemplos reconhecidos quase um século depois.
Então, a crítica nunca é definição e sim opinião. E sob outro aspecto importante é também divulgação. Uma coluna crítica publicada em veículos de boa audiência incentiva o público a comprar determinado produto ou acompanhar a evolução e produção de determinada forma artística.
Infelizmente, as artes visuais potiguares pouco ou quase nada mereceram atenção ao longo do tempo na imprensa. Exemplos parcos e sem regularidade pontuam essa história. Talvez a exceção seja a coluna do professor, artista plástico e crítico Vicente Vitoriano, publicada semanalmente entre 1994 e 1996, e entre 1998 e 2005 no já extinto Diário de Natal.
Vale ainda a lembrança dos textos sobre arte, estética e poesia, escritos na Tribuna do Norte pelo traço textual e artístico de Dorian Gray Caldas. De resto são referências pontuais. Franco Jasielo, décadas atrás, ou Ângela Almeida e Sayonara Pinheiro, mais recentemente, escreveram críticas de arte de forma esporádica.
A crítica na imprensa alternativa talvez seja mais vasta e também mais escondida entre publicações de poucas tiragens, regularidade ou longevidade. Nessa seara, o artista visual Novenil Barros colocou suas impressões em suplementos, revistas e fanzines. Em menor número, Franklin Jorge, Jota Medeiros, Falves Silva, João Batista de Morais…
É neste novelo histórico de ausência crítica às artes visuais no Rio Grande do Norte que a produção evoluiu e hoje alcança bons níveis técnicos e presença no chão da contemporaneidade, apesar dos pesares. Mas se somos marcantes sem a referência dos nossos “pais”, que dirá se tivéssemos o auxílio dos bons conselhos?
No final das contas, ele não sabia que a sua história era mais bonita que a de Robinson Crusoé. Às vésperas do aniversário de 30 anos da sua morte, o mineiro Carlos Drummond de Andrade continua tão presente na vida dos brasileiros quanto a nossa própria língua. Com “apenas duas mãos e o sentimento do mundo”, escreveu e traduziu dezenas de obras importantíssimas para a literatura brasileira e mundial.
O poeta gauche nasceu e morreu sobre a proteção de um anjo torto. Um dos filhos de seu Carlos e de dona Julieta, proprietários rurais em Itabira. Desde cedo escreveu poesia para o povo mesmo, nada muito elitista. Por insistência da família é que formou-se em farmácia apenas para ter o diploma e nunca entrar numa botica para trabalhar.
Um dos pais do verso livre moderno, Drummond foi uma pedra no caminho de muitos artistas modernistas brasileiros. E atire a primeira pedra quem nunca ouviu “E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José?”.
Trinta anos depois, já somamos mais de 50 obras entre suas prosas e poesias. O tempo passou, o mundo mudou e até a quadrilha acabou; a obra do poeta perdura, no entanto.
Carlos Drummond de Andrade – poeta, contista e cronista – nasceu em 31 de outubro de 1902 em Itabira e faleceu dia 17 de agosto de 1987 no Rio de Janeiro, aos 84 anos, vítima de complicações cardíacas. “Mundo mundo vasto mundo, mais vasto é meu coração”.
A tradição dos festejos juninos e da cultura popular nordestina será resgatada para a criançada potiguar entre esta quinta-feira e domingo, a partir das 15h, na Cidade da Criança, com o Arraiá da Meninada, festividade com programação cultural direcionada ao público infantil.
O festejo retorna ao público natalense após o sucesso da primeira edição em 2016 que atraiu um público estimado em cerca de seis mil pessoas.
Promovido pelo Governo do Estado, através da Fundação José Augusto (FJA) e da Secretaria de Trabalho, Habitação e Assistência Social (Sethas), o evento busca resgatar e transmitir o espírito dos festejos juninos para as novas gerações.
A celebração representa também um encontro com a identidade cultural regional através do artesanato, das brincadeiras, das quadrilhas, das práticas religiosas e da culinária.
Além da transmissão de costumes, saberes, fazeres, danças folclóricas, a festa propicia o intercâmbio artístico, gerando a inclusão de vivências e necessidades socioeducativas e culturais.
Quadrilhas juninas, brincadeiras, pratos típicos, artesanato, ações educativas e apresentações musicais integram a programação do evento que terá início ás 15h durante quatro tardes.
O “Arraiá da Meninada” utilizará os principais espaços artísticos, lúdicos religiosos e educativos que integram a Cidade da Criança, como a biblioteca, anfiteatro, igreja, a varanda e o parquinho.
Entre as atrações estão programadas as quadrilhas juninas de escolas estaduais, participação da APAE e Casa Durval Paiva, recreação da Brincarte, desfile infantil da Loja Daya e apresentação do espetáculo “Gonzagando”, da Companhia de Dança do Teatro Alberto Maranhão (CDTAM).
Bia Vilar fará show na sexta e no sábado
Também estão programadas as apresentações da Orquestra Sanfônica, Trio Forró Mirim e das cantoras mirins Bia Vilar, Jhennifer Cunha e Duda Rolemberg, além do show do Forró Meirão.
A festa abre espaço para o humor e a alegria circense com duas apresentações especiais dos palhaços Bisteca e Buchechinha.
O evento terá a participação dos apresentadores do Programa Adoleta, da TV Record.
A entrada para o evento custará R$ 1 a partir de sete anos de idade.
22 A 25 DE JUNHO
CIDADE DA CRIANÇA
HORÁRIO: 15H
ENTRADA: R$ 1
15h- ARRAIÁ DA APAE
16h-ESCOLAS ESTADUAIS
QUADRILHA DE CANGUARETAMA
16h -RECREAÇÃO BRINCARTE
17h -TRIO FORRO MIRIM
15h- ARRAÍA CASA DURVAL PAIVA
15h- ESCOLAS ESTADUAIS
QUADRILHA ARRASTA PAZ
QUADRILHA DE BREJINHO
16h- RECREAÇÃO BRINCARTE
16h- ORQUESTRA SANFÔNICA
17h- CANTORA MIRIM BIA VILAR E BANDA
15h- RECREAÇÃO BRINCARTE
15h- DESFILE INFANTIL DA LOJA DAYA
16h-‘ ’BISTECA E BOCHECHINHA A ALEGRIA CHEGOU’’
17h- SHOW COM AS CANTORAS MIRIM JHENIFER CUNHA E BIA VILAR
(PARTICIPAÇÃO: DUDA ROLEMBERG)
15h-RECREAÇÃO BRINCARTE
15h -GONZAGANDO – EDTAM
16h – ‘’BISTECA E BOCHECHINHA A BRINCADEIRA VAI COMEÇAR’’
17h -FORRÓ MEIRÃO
“Uma das brincadeiras preferidas da meninada era esperar as chuvas para fazer açude barrando as corredeiras das águas que desciam velozes nas ruas de terra. Ficávamos todos, à tardinha, de olho no horizonte, onde se descortinava altaneira a Serra da Meruoca.”
É com trechos assim, mesclando cenários urbano e rural e com meninos como personagens, que o professor e estatístico Mardone França troca os números pelas letras e constrói um conjunto de lembranças da infância e adolescência em Palma nos contos reunidos em “Histórias de menino”. Mardone França é professor aposentado da UFRN e vive em Natal há 40 anos.
Palma fica no Ceará, no belo vale do Coreaú. Mas, é, também, toda cidade onde viveu, criou-se, fez travessuras e aventuras, conheceu o amor e os tropeços da vida quem nasceu em algum lugar do interior do Nordeste. Porque as histórias que Mardone narra pertencem a um lugar universal na alma de todo menino, se ele jogou bola na rua, roubou goiabas, tomou banho de rio, fez molecagens durante a missa ou atanazou a vida dos adultos.
São 15 contos que percorrem dos primeiros percalços dos meninos personagens, como atolar-se em bosta de vaca com a roupa nova na noite da festa da padroeira, até a despedida do primeiro amor ao som de uma canção do Roberto.
Se for pouco, o leitor poderá se deliciar com o diálogo entre um menino que pede flores e a dona do jardim, para cumprir uma tarefa dada pelo padre. Ou, acompanhar como Peninha, perdido num arrozal, se arranjou para encontrar o caminho de volta.
Título: Histórias de menino
Autor: Mardone França
Edição: Z Editora
Lançamento: quinta-feira/22 de junho
Horário: a partir das 18 h
Local: Bar de Temístocles, no Clube do Rádio Amador (Tirol, ao lado da Cidade da Criança)
Vou insistir. Mais um post com variações sobre o mesmo tema: a falta de prestígio à música potiguar. Mais um exemplo vivido in loco. Mais um artista excelente. Mais um show vazio. Mais um exemplo de profissionalismo em tocar como se houvesse uma multidão.
Mas desta vez nem vou jogar argumentos como fiz outras vezes para tentar ratificar minha tese de que ainda falta público satisfatório para prestigiar nossos artistas. Claro, a situação já melhorou bastante. Mas o bastante é pouco, muito pouco.
Vou me ater aos pormenores, aos “bastidores” do show de Sami Tarik, neste último sábado no Bardallos Comida e Arte. Vou me ater aos fatos, ao acontecido, aos comentários, às impressões dos poucos presentes.
Cheguei antes das 19h ao Bardallos. Umas cinco pessoas estavam presentes. Pensei: no decorrer das horas mais umas 15 chegariam até o início do show, às 21h, e formaria um público razoável. Mas destes ficou apenas um. E pouco antes do show chegaram mais três pessoas, que sentaram à mesa comigo. No meio do show, mais três. Éramos, pois, oito pessoas na “plateia”.
Além de pouquíssimos, pelo menos os três que estavam comigo sequer conheciam Sami e foram ao Bardallos sem nem saber do show (os outros três que chegaram na metade me pareciam desconhecer, também). Era um casal que tive o prazer de conhecer ali e meu amigo Plínio Sanderson. O casal ouviu, gostou e até comprou o CD Executivo do Pandeiro, que Sami levou para venda.
No início do show o papo rolava solto. Eu tentava jogar comentários sobre a música tocada, sobre o artista. Aos poucos todos prestávamos mais atenção ao pequeno palco montado. A música atraía, o entusiasmo de um artista que, como disse, tocava sem saber quem ou quantos estavam ali. Isso contagiava.
Sami tem um setlist divertidíssimo. É um ótimo show. Balanceia canções autorais com excelentes canções clássicas, de Chico César ao Rappa. De Dorival Caymmi a Genival Lacerda. E com pandeiro. E com um violão virtuoso. E com regionalismo moderno. Tem muita sofisticação no trabalho desse cara.
Em dado momento, o casal se questiona se a canção tocada era uma de João Bosco. Afirmei que desconhecia. Ao final da música, Sami revela: “Esta é uma canção meio estranha porque foi composta por mim e Caio Padilha no período que passamos no Oriente Médio”. Nada de João Bosco – um dos compositores bambas da história da MPB.
Então é essa a impressão deixada por quem “ousa” curtir a música potiguar. Ousa descobrir. Ousa apostar em um programa divertido, pagando pouco e ouvindo coisa boa. Eu, que fui sozinho só para ver o show e tomar umas brejas, já que precisei sair mais cedo quando Sami abriu o projeto Sete e Meia, com encerramento de Mirabô, pude reencontrar Plínio e conhecer um casal gente boa, a Cris e o “Zé da Cris” (rs).
Havia muito São João espalhado pela cidade. Teve programação gratuita montada pela Prefeitura na Arena das Dunas. Teve quem apostasse em outros recantos. Eu gostei da minha escolha. Bardallos e música boa são quase sinônimos. Fica a dica para a próxima.
Aliás, outra oportunidade boa será neste domingo. Sami tocará no Som da Mata, no Parque das Dunas. Mas desta vez, como um dos integrantes da banda Qu4tro, formada ainda por Khrystal, Zé Fontes e Ronaldo Freire. Vai ousar ouvir?
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Celular / Zap: (84) 9 9929.6595 Fale Conosco Assessoria Papo Cultura