Fundada por iniciativa de Câmara Cascudo, em 1936, a Academia Norte-rio-grandense de Letras constitui-se em uma das mais importantes instituições culturais do Estado, senão a mais importante. Com um passado de glória, vivencia atualmente auspiciosa fase sob a presidência de Diógenes da Cunha Lima.
A Revista da ANRL, cujo número 1 data de 1951, passou a circular trimestralmente desde março de 2014. Há algum tempo, foi avaliada pela Qualis Periódicos como uma das publicações de revelo, na área de Letras/Linguística, em todo o país.
Instituíram-se e vêm sendo concedidas, anualmente, as Palmas Acadêmicas, “Câmara Cascudo” e a Medalha do Mérito “Jornalista Agnelo Alves”.
Eventos significativos tem dinamizado a programação cultural da entidade, e a Biblioteca “Padre Luiz Monte”, reorganizada e acrescida do acervo do acadêmico Américo de Oliveira Costa, deverá entrar em funcionamento, dentro em breve.
No próximo dia 14 de dezembro será realizada eleição para o provimento da cadeira nº 12, vaga em decorrência do falecimento do acadêmico Paulo Bezerra. Acham-se inscritos três candidatos: o poeta, ficcionista, cronista e editor Clauder Arcanjo; o jovem articulista Fernando Antônio Bezerra e a professora Naide Gouveia.
Diante da disputa, que se têm travado entre os dois primeiros nomes, ponho de parte relações pessoais (dou-me bem com todos os candidatos) e levo em consideração tão-somente os altos interesses da instituição. Outro não poderia ser o meu posicionamento, na condição de acadêmico.
Entendo que a Academia não é apenas uma simples associação literária, mas, antes de tudo, um templo da cultura, com caráter honorífico, onde só devem ingressar aqueles escritores que já tenham um caminho percorrido; que sejam não só competentes em seu ofício, mas, também, representativos da Intellligentzia do Estado, como um todo.
Creio ser este o entendimento dos acadêmicos que desejam o Bem da Casa de Manoel Rodrigues de Melo.